Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Conservação - PPGBC/Altamira
URI Permanente desta comunidadehttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/9260
Surge em 2014 diante da necessidade de formar profissionais capacitados para lidar com os aspectos ambientais, econômicos e sociais que permeiam a biodiversidade brasileira e, em especial, a da região amazônica. O PPGBC está vinculado ao Campus Universitário de Altamira, da Universidade Federal do Pará (UFPA), suprindo uma importante demanda do ensino superior na região Transamazônica e Xingu.
Área de conhecimento: Ciências Biológicas (Ecologia, Zoologia, Fisiologia, Morfologia, Genética, Botânica, Sistemática, Taxonomia, Filogenia, Microbiologia), as Ciências Exatas e Naturais (Geologia, Matemática e Estatística), e às Ciências Sociais Aplicadas (Economia e Sociologia).
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Conservação - PPGBC/Altamira por Orientadores "SOUSA, Leandro Melo de"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Caracterização espermática de Parancistrus nudiventris Rapp Py-Daniel & Zuanon, 2005 (Siluriformes, Loricariidae), espécie amazônica endêmica do Rio Xingu, Pará, Brasi(Universidade Federal do Pará, 2025-03-21) LOPES, Thaís da Silva; SOUSA, Leandro Melo de; http://lattes.cnpq.br/6529610233878356; https://orcid.org/0000-0002-0793-9737A caracterização seminal é essencial para o desenvolvimento de protocolos para reprodução artificial, possibilitando um manejo de conservação ex situ de espécie. O conhecimento sobre os parâmetros seminais, é o primeiro passo para a propagação artificial pois é uma ferramenta de predição da capacidade fecundante e potencialmente aplicável em espécies endêmicas que sofrem possíveis impactos em decorrência de alterações em seu habitat natural, como o Parancistrus nudiventris. O objetivo desse trabalho é realizar a caracterização espermática de Parancistrus nudiventris selvagens. Para isso, foram analisados 22 espécimes machos capturados direto da natureza (peso ±EP; comprimento padrão ±EP), sendo os procedimentos realizados no mesmo dia. Após anestesiados com eugenol (30 mg. L-1), o sêmen foi então coletado através de massagem abdominal em sentido cefalocaudal, e o ejaculado coletado com micropipetas calibradas para 5 μL. Cada pipeta, representando uma fração do ejaculado, foi empregada para se avaliar um parâmetro espermático, sendo a primeira para se analisar a motilidade computadorizada (CASA) e as demais aliqyotas foram acondicionando em macrotubos de 1,5 mL para avaliação dos parâmetros de morfologia, morfometria e integridade de membrana. A motilidade espermática e parâmetros cinéticos foram estimadas pela captura do vídeo, , avaliando os seguintes parâmetros: MOT (%), VCL (μm s-1), VAP (μm s-1), VSL (μm s-1), STR (%), WOB (%), PROG (μm), BCF (Hz) e SPZs. A concentração espermática foi determinada através de hemocitômetro. A morfometria foi determinada através do software ImageJ para avaliação das proporções em micrômetros das estruturas espermáticas. As análises estatísticas foram realizadas usando o software R Studio, pelo teste de análise de variância ANOVA para dados paramétricos e Kruskal-Wallis para dados não paramétricos, considerando um valor de P < 0,05 para significância dos dados. Os resultados demostram que, a duração de motilidade de Parancistrus nudiventris é de 5,29 ± 2,57 minutos, com motilidade espermática em média de 82,91%, com velocidades VCL, VSL e VAP de 182,12 μm, 133,13 μm e 167, 88, respectivamente. Quanto a morfometria, o espermatozoide de P. nudiventris apresenta comprimento total em média 29,44 ± 3,06 μm, enquanto a integridade de membrana demostrou 92,56% de espermatozoides íntegros. A morfologia revelou que 34,62% dos espermatozoides avaliados possuíam alguma anomalia secundária, sendo a flagelo enrolado (15,12 ± 6,3%) anormalidade mais presente nos espermatozoides, enquanto apenas 5,17% detinham de alguma anomalia primária, sendo cabeça degenerada (2,68 ± 5,17%) a mais frequente. Neste estudo foram analisados pela primeira vez os índices espermáticos de Parancistrus nudiventris, possibilitando a caracterização da morfometrica, morfológica, integridade e parâmetros cinéticos de motilidade e aplicação em estratégias de conservação envolvendo a propagação artificial.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Descrição e osteologia de uma nova espécie do gênero Leporinus (Characiformes: anostomidae) do rio Xingu, Para, Brasil(Universidade Federal do Pará, 2022-12-19) CHAVES, Cláudia Sousa; BIRINDELLI, José Luis Olivan; http://lattes.cnpq.br/4475607120379771; https://orcid.org/0000-0001-9646-9636; SOUSA, Leandro Melo de; http://lattes.cnpq.br/6529610233878356; https://orcid.org/0000-0002-0793-9737; https://orcid.org/0000-0001-9646-9636Os peixes da família Anostomidae são popularmente conhecidos no Brasil como aracus, piaus e piaparas, estando amplamente distribuídos na região Neotropical, sendo que na Amazônia se concentra mais da metade das 150 espécies conhecidas. No rio Xingu são conhecidas 23 espécies de anostomídeos, e o presente estudo busca ampliar o conhecimento sobre a diversidade de Anostomidae da bacia do rio Xingu através da descrição de uma nova espécie. Para isso, foram utilizadas ferramentas da taxonomia tradicional e marcadores moleculares. Além disso, o padrão de distribuição e status de conservação da espécie foram avaliados. O material analisado é proveniente de coletas nos trechos superior, médio e baixo do rio Xingu, e encontra-se depositado nas coleções científicas do LIA, INPA, MZUSP, MPEG e MZUEL. Um total de 56 indivíduos foram analisados. Leporinus sp.2 possui corpo com uma listra escura longitudinal que vai desde a porção anterior do opérculo até o pedúnculo caudal, formada por maculas horizontalmente alongadas, barras escuras transversais no dorso e fórmula dentária 3/4. Sendo similar no padrão de colorido a L. britskii, L. guttatus, L. marcgravii, L. microphthalmus, L. microphysus, L. unitaeniatus, L. vanzoi L. octomaculatus. A espécie nova difere de L. britskii, L. guttatus, L. marcgravii e L. octomaculatus por apresentar 16 séries de escamas ao redor do pedúnculo caudal (vs. 12), de L. unitaeniatus, L. vanzoi por ter três dentes na pré-maxila (vs, quatro). Os dados de DNA Barcode também corroboram esta hipótese, já que a espécie nova difere de todas as congêneres analisadas. As espécies congêneres mais próximas da espécie nova são Leporinus unitaeniatus e L. vanzoi, com quem possui distância genética de cerca de 3%. Características osteológicas da espécie são descritas, ilustradas e discutidas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Desenvolvimento inicial do Pacu-branco Myloplus Rubripinnis (Characiformes: serrasalmidae) da bacia do Rio Xingu(Universidade Federal do Pará, 2023-08-22) OLIVEIRA, Elzamara de Castro; ZACARDI, Diego Maia; http://lattes.cnpq.br/8348319991578546; HTTPS://ORCID.ORG/0000-0002-2652-9477; SOUSA, Leandro Melo de; http://lattes.cnpq.br/6529610233878356; https://orcid.org/0000-0002-0793-9737A espécie Myloplus rubripinnis, popularmente conhecida como pacu-branco, possui grande potencial ecológico como dispersora de sementes e representa importante recurso alimentar e econômico para diversas famílias ribeirinhas. Entretanto, pouco se conhece sobre a bioecologia dos adultos e não existem investigações relativas ao desenvolvimento inicial desta espécie. Neste contexto, este estudo teve como objetivo caracterizar morfologicamente as primeiras fases do ciclo de vida do M. rubripinnis, capturados no trecho médio do rio Xingu e identificar as principais mudanças nos padrões de crescimento através de diferentes modelos de regressão. Os indivíduos foram coletados com rede de plâncton em diversos habitats presentes no rio Xingu, durante as quatro fases do ciclo hidrológico local (enchente, cheia, vazante e seca) entre os meses de janeiro de 2021 a abril de 2022. Os espécimes depois de identificados, foram classificados de acordo com o estágio de desenvolvimento em períodos larval (larval-vitelino, pré-flexão, flexão e pós-flexão) e juvenil. Foram analisados 55 indivíduos com comprimento padrão variando de 7,21 a 35,53 mm. Durante o período larval os olhos são grandes e esféricos, a cabeça varia de pequena a grande e o corpo fusiforme variando de longo a moderado com perfil dorsal convexo. O intestino alcança a região mediana do corpo e a boca é terminal. O desenvolvimento é do tipo altricial, e inicialmente a pigmentação é escassa no corpo restringindo-se a uma faixa linear ao longo da notocorda com intensificação na parte posterior do pedúnculo caudal. Em estágios iniciais (flexão) observa-se pequenos agrupamentos de cromatóforos puntiformes na região occipital, na lateral do focinho, nos primeiros raios da nadadeira dorsal e anal, na base do ânus e dos raios da nadadeira caudal, e em estágios mais desenvolvidos (pós-flexão) formam faixas verticais irregulares pelo corpo. O número total de miômeros varia de 41 a 42 ((21 a 22 pré-anal e 20 pós-anal). A sequência completa da formação das nadadeiras e o número de raios não ramificados e ramificados são: caudal (superior iiii+9-7+iiii inferior), dorsal (iii,20), anal (iii,32), ventral (i,5) e peitoral (i,10). Os modelos de crescimento indicaram maiores modificações na transição dos estágios de flexão para pós-flexão, com mudanças abruptas nas taxas crescimento relacionadas à cronologia de eventos importantes na história inicial de vida dessa espécie, como alteração no hábito alimentar, posição na coluna da água e ocupação de novos habitats. O padrão de pigmentação associado a dados merísticos são caracteres eficazes para distinguir as fases iniciais de M. rubripinnis de seus congêneres. Os achados desse estudo possibilitam a correta identificação de larvas e juvenis de M. rubripinnis em ambiente natural e, em última análise, contribuem para a compreensão dos locais e períodos de desova, bem como nas ações de manejo, conservação e sustentabilidade deste peixe Neotropical.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Desenvolvimento osteológico de Pseudacanthicus pirarara (Siluriformes, Loricariidae)(Universidade Federal do Pará, 2023-02-16) RAMOS, Lucas Fernando Peres; CHAMON, Carine Cavalcante; http://lattes.cnpq.br/6917927460947313; https://orcid.org/0000-0003-1122-6788; SOUSA, Leandro Melo de; http://lattes.cnpq.br/6529610233878356; https://orcid.org/0000-0002-0793-9737A família Loricariidae caracteriza-se por abranger uma grande diversidade de espécies das quais muitas estão presentes na bacia amazônica. Pseudacanthicus pirarara é uma espécie de cascudo de grande porte que possui registros de ocorrência ao longo da bacia do rio Xingu. A espécie apresenta em suas nadadeiras uma cor alaranjada intensa ou quase vermelha, além de fileiras de amarelo recobertas por placas ósseas dérmicas formadas por odontódeos bastante desenvolvidos. São essas características que fazem P. pirarara ser uma espécie de destaque no mercado da aquariofilia, no qual a muito vem atraindo a atenção de aquaristas do mundo todo. Um dos sistemas anatômicos mais estudados nos peixes é o esqueleto, de forma que as características presentes nos ossos dos indivíduos são essenciais para o direcionamento de trabalhos acerca da descrição e da morfologia das espécies. Estudos que investigam o desenvolvimento osteológico de peixes podem ser realizados com indivíduos em diferentes períodos de vida, porém, trabalhos que utilizam exemplares nos estágios iniciais de desenvolvimento são mais detalhados, apresentando dados exclusivos, além de servir como material de comparação para outros Teleósteos. Assim, o objetivo central deste estudo é realizar uma descrição osteológica completa dos representantes de Pseudacanthicus pirarara que se encontram nos estágios iniciais de vida, além de relatar o desenvolvimento osteológico dos indivíduos durante o período larval. Os exemplares utilizados para este estudo são provenientes de técnicas de reprodução ex situ realizadas no Laboratório de Aquicultura de Peixes Ornamentais do Xingu (LAQUAX). Foram obtidos 100 indivíduos em diferentes estágios de vida e graus de desenvolvimento. Para as análises osteológicas, os indivíduos foram submetidos ao protocolo de diafanização de Taylor & Van Dyke com adaptações para larvas. Posteriormente, foram realizadas análises osteológicas através da dissecção dos exemplares, para que fosse possível a elaboração completa da nomenclatura das estruturas ósseas. Durante as análises investigamos o momento de ossificação das estruturas, levando em consideração os estágios de vida e o comprimento padrão dos indivíduos, a fim de registrarmos o desenvolvimento ontogenético inicial, e elaborarmos a primeira descrição osteológica de uma espécie de Loricariidae de grande porte. Por fim, discutimos as heterocronias e o momento de ossificação dos complexos ósseos em P. pirarara, comparando com os dados ontogenénéticos disponíveis de outro representante de Loricariidae, e de outros dois Siluriformes.
