Programa de Pós-Graduação em Letras - PPGL/ILC
URI Permanente desta comunidadehttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2310
O Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) do Instituto de Letras e Comunicação (ILC) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Confere ao candidato habilitado o título de Mestre e/ou Doutor em Letras, nas Áreas de Concentração em Estudos Literários ou Estudos Linguísticos, tem como objetivos gerais e fundamentais: preparar pesquisadores capazes de desenvolver trabalhos científicos no campo dos Estudos da Linguagem; desenvolver a competência profissional e científica do graduado para que ele atue com criticidade na sua área de conhecimento; e produzir conhecimento científico relevante para o país, com ênfase, quando oportuno, para as especificidades linguísticas e literárias presentes na Região Amazônica.
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Antônio Tavernard: vida em versos de um flâneur estático(Universidade Federal do Pará, 2012-02-02) JANGOUX, Izabela de Almeida Alves; CASTILO, Luís Heleno Montoril del; http://lattes.cnpq.br/3519128535996125Antônio Tavernard é um poeta que até então não inspirou muitos estudos acadêmicos a respeito de sua obra literária. O pouco que se sabe dele é o pouco que se repassou até hoje: um poeta triste, uma poesia pessimista e romântica. No entanto, há muito mais do que parece haver nos versos deixados por Tavernard. A vivência guardada em um chalé no fundo do quintal, o afastamento social por conta de uma doença incurável, possibilitou ao poeta a revelação de outros olhares seus sobre a realidade externa. Este trabalho propõe um percurso diferente pela obra poética de Tavernard, reconhecendo os espaços poéticos existentes na mesma. A partir da definição de flâneur dita por Walter Benjamin, aplica-se ao poeta paraense tal adjetivo de forma metafórica, já que ele, mesmo estático fisicamente, passeia pela Belém do início do século XX através de suas sensações e leituras e retrata, em seus poemas, a cidade de uma forma muito singular, como um dia, Baudelaire fez com Paris. Através da leitura de várias edições da extinta revista A Semana, a pesquisa trata também da relação que a obra do poeta tinha com um público contemporâneo formado por escritores famosos da cena literária local como, por exemplo, Bruno de Menezes.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A aventura histórico-literária: uma leitura de “O Tetraneto Del-Rei” de Haroldo Maranhão(Universidade Federal do Pará, 2011-08-05) MUNIZ, Aline de Souza; CASTILO, Luís Heleno Montoril del; http://lattes.cnpq.br/3519128535996125O Tetraneto Del-Rei é uma obra que mescla linguagens, gêneros, discursos e tece, nesse emaranhado de fios, um texto original que recria parte de nosso período colonial questionando destrutivamente o discurso cristalizado pela história e mesmo por textos que compõe nosso cânone literário. Os textos utilizados na obra do paraense Haroldo Maranhão são reconstruídos num tom, sobretudo crítico, revelando uma outra visão do processo de colonização. Assim, partindo da produção literária dos países com colonização semelhante ao nosso, inicio a leitura considerando alguns trabalhos como os de Silviano Santiago, Antonio Candido e Roberto Schwarz. Além disso, há que se considerar aspectos históricos e sociais da empreitada portuguesa e dos discursos construídos acerca das terras recém descobertas e dos seus habitantes, discursos esses que serão reafirmados e reconstruídos pelo texto literário. Nesse sentido, serão utilizados alguns textos quinhentistas que auxiliarão a demonstrar os aspectos do discurso colonial e sistematizá-los com base em Eni Orlandi, Homi Bhabha e Michel de Certau. Ademais, serão observadas as estratégias textuais escolhidas por Haroldo Maranhão para recriar ficcionalmente nosso período de colonização.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Candunga: fissuras do presente ressignificando uma certa Amazônia e um certo nordeste no romance de Bruno de Menezes(Universidade Federal do Pará, 2009-08-28) WANZELER, Rodrigo de Souza; CASTILO, Luís Heleno Montoril del; http://lattes.cnpq.br/5839293025434267Os estudos sobre a cultura vêm, desde a década de 60 do último século, tornando-se cada vez mais explorados como ferramenta de observação em diversas áreas. A cultura, neste sentido, é, então, muito mais complexificada por ela ser resultante de um contato entre diversos grupos sociais e, portanto, necessitar de um estudo aprofundado no que diz respeito à sua formação. A literatura, inserida neste contexto, reflete essa complexificação cultural. Nesse aspecto, utilizada como forma da história e da cultura, a literatura é uma rica fonte de informações que pode desvendar muitos mistérios acerca da formação cultural em diferentes níveis, do local ao global. A conjuntura de um maior contato intercultural atinge a região amazônica, sendo refletida, principalmente, por meio do aspecto migratório após os ápices da comercialização da borracha, o chamado boom da borracha, na região durante a segunda metade do século XIX e primeira metade do século XX. A literatura de Bruno de Menezes, em Candunga, faz referências a esta realidade ligada aos deslocamentos humanos, mais precisamente dando enfoque à Estrada de Ferro Belém-Bragança. Nesse sentido, nosso foco de estudo será a relação cultural estabelecida entre os migrantes nordestinos recém-chegados e o caboclo amazônico, este último representado no romance pela voz do narrador de Candunga, detentor de um discurso cultural em prol do homem amazônico da zona bragantina. Perceberemos que há um conflito identitário e cultural em partes várias de Candunga por conta da emergência das diferenças entre caboclos e nordestinos. Notaremos um discurso de afirmação, por meio do narrador, da cultura amazônica em detrimento da nordestina, agregando, inclusive, juízo de valor, em que a cultura do caboclo seria superior à cultura do migrante. No entanto, não se deixará de ressaltar a relação de hibridação, observando como se dá o processo de hibridação cultural existente no romance.Dissertação Acesso aberto (Open Access) O cavalo desembestado do pensamento: fluxo de consciência como condutor da narrativa em Afonso Contínuo, Santo de altar, de Lindanor Celina(Universidade Federal do Pará, 2020-06-30) REIS, Gleice do Socorro Bittencourt dos; CASTILO, Luís Heleno Montoril del; : http://lattes.cnpq.br/3519128535996125; https://orcid.org/0000-0002-2507-5346A presente dissertação analisa o romance Afonso Contínuo, Santo de Altar (1986), de Lindanor Celina, o qual é uma fonte inesgotável de temas interessantes e importantes, tanto do ponto de vista literário quanto do social, por abordar questões polêmicas que provocam debates férteis e necessários. A relevância de um estudo como este está na valorização de nossos autores amazônicos que, mesmo falando sobre sua terra, desenvolveram, em suas obras, assuntos extremamente universais. O objetivo geral deste trabalho é analisar a construção da narrativa do romance sob a perspectiva do fluxo de consciência, buscando compreender as significações que podem ser extraídas nesse processo. Os objetivos específicos são: identificar quais técnicas são utilizadas para a composição do fluxo de consciência; delimitar o foco narrativo utilizado no romance e elencar e analisar as temáticas debatidas. Esta pesquisa abordará o “fluxo de consciência”, absorvido pela literatura dos estudos da psicologia para definir escritos que possuem, como maior característica, a construção da narrativa através de aspectos psicológicos das personagens. Para a compreensão da construção dessa técnica, são necessárias, também, a identificação e a análise do ponto de vista ou foco narrativo, pois o estudo da focalização também permite que seja possível delimitar determinados entendimentos sobre a vida e o mundo.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Colagem, antropofagia e subversão em Galvez imperador do Acre, de Márcio Souza(Universidade Federal do Pará, 2011-03-18) SANTOS, Francisco Ewerton Almeida dos; CASTILO, Luís Heleno Montoril del; http://lattes.cnpq.br/3519128535996125O presente trabalho aborda o romance Galvez Imperador do Acre, publicado em 1976, pelo escritor amazonense Márcio Souza, estabelecendo as relações entre o texto literário e as propostas estéticas das vanguardas modernistas, tanto européias quanto brasileiras, propondo, assim, a investigação das relações entre modernismo e pós-modenismo, bem como as relações entre literatura, sociedade, história e cultura. Abordaremos questões como a ressignificação de textos literários ou não em Galvez imperador do Acre por meio do processo de colagem e intertextualidade, as relações entre o romance e o momento histórico que retoma e com aquele em que foi produzido, a operação de retomada do passado de forma crítica e transformadora e as possibilidades de leitura do texto literário com vista a algumas teorias pós-modernistas e pós-colonialistas. Observaremos, assim, a maneira como o mesmo retoma a Belle Époque e a extração do látex na Amazônia e sua estética fragmentária, constituída de diversas citações de autores canônicos, investigando o funcionamento da colagem e da antropofagia como principais ferramentas de denúncia e subversão ao processo cultural de importação de valores europeus vivido pelas capitais amazônicas no momento representado pelo romance e cuja crítica pode ser extrapolada para todo um processo de formação cultural no Brasil e na Amazônia. Para isso, poremos em causa as teorias de Jaques Derrida, Walter Benjamim, Claude Levi-Strauss, Fredric Jameson, Luiz Costa Lima, Antonio Candido, Aijaz Ahmad, Homi Bhabha, Stuart Hall, Canclini, Silviano Santiago, Angel Rama, Linda Hutcheon, Antoine Compagnon, entre outros, afim de, a partir do romance em análise, aprofundarmos a discussão teórica acerca das relações comparativas entre textos literários e entre os Estudos Literários e outros campos de estudo.Dissertação Acesso aberto (Open Access) As formas do mito nos cantares amazônicos do poeta João de Jesus Paes Loureiro(Universidade Federal do Pará, 2009-06-25) SILVA, Nivaldo Carlos Lima da; CASTILO, Luís Heleno Montoril del; http://lattes.cnpq.br/3519128535996125Analisa os poemas da Trilogia Amazônica (Cantares Amazônicos) com o objetivo de apontar como o poeta aborda as formas do mito e como revive e recria um pouco da história da Amazônia. Os conceitos teórico-metodológicos que a permeiam são do próprio poeta, tais como conversão semiótica e epifania negativa, dentre outros. Utilizam-se, também, algumas obras que retratam a situação da Amazônia a partir dos anos 50, período da implantação do projeto de desenvolvimento para modernização da região. A leitura dos poemas se realiza à luz desse contexto histórico e cultural em que a chegada de novos capitais à região desestrutura as relações aí existentes. Como se deu esse processo? Quais as suas conseqüências para as populações autóctones e para a natureza, que virou espaço paradoxal de civilização e barbárie, produto de exploração e cobiça, perturbando o homem amazônico? Como se processa a passagem de uma mentalidade mítica a uma racionalidade, isto é, a deslenda mítica e a visão da cidade como um espaço de ruína: memória e esquecimento é desse trajeto, entre poesia e realidade, que o poeta colhe o material para sua escritura, convertendo a realidade como material estético, não para estetizar a miséria, mas como maneira de dar forma poética ao tempo histórico que cruza e é cruzado com o mito, ou as formas poéticas do mito.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Identidade e erotismo em Batuque, de Bruno de Menezes(Universidade Federal do Pará, 2007-04-27) SANTOS, Josiclei de Souza; CASTILO, Luís Heleno Montoril del; http://lattes.cnpq.br/3519128535996125Analisa através das ferramentas dos estudos culturais, o erotismo na obra Batuque do poeta Bruno de Menezes, como meio de leitura para se estudar a identidade negra. Para tanto se estudou o conceito de erotismo relacionado ao corpo e ao sagrado, enquanto manifestação identitária negra. O estudo do fenômeno da identidade do erotismo serviu de base para a análise de como o autor, através do erotismo na linguagem, construiu o signo poético, fruto do fenômeno do hibridismo.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Lavoura arcaica: diálogos entre literatura e cinema e outras interfaces(Universidade Federal do Pará, 2013-02-28) LIMA, José Augusto Pachêco de; PANTOJA, Tânia Maria Pereira Sarmento; http://lattes.cnpq.br/3707451019100958; CASTILO, Luís Heleno Montoril del; http://lattes.cnpq.br/3519128535996125Tendo como objeto de estudo o livro Lavoura arcaica, de Raduan Nassar, e a obra cinematográfica homônima, de Luiz Fernando Carvalho, este trabalho se debruça sobre as análises possíveis no processo de adaptação como recriação da obra, interpretando temas como a família, as paixões proibidas e o trágico. Para tal estudo, a visão teórica de autores como Freud, Bataille, Marcuse, Bakhtin e Nietzsche, em seus pontos convergentes, auxilia a compreensão secular de interditos, proibições e transgressões, presentes na obra de Nassar.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Leituras intertextuais de O Tetraneto del-rei de Haroldo Maranhão(Universidade Federal do Pará, 2011-03-25) POMPEU, Thaís do Socorro Pereira; CASTILO, Luís Heleno Montoril del; http://lattes.cnpq.br/3519128535996125O presente trabalho tem como objeto de investigação a escrita de Haroldo Maranhão, buscando compreender os aspectos que influenciaram na formação deste autor, bem como a particularidade de sua escrita, repleta de traços eruditos e, paralelamente, apresentando expressões obscenas e de valor popular. Para tanto, pautou-se a presente análise na obra O Tetraneto Del-Rei, que apresenta com riqueza de detalhes, aspectos relacionados ao período de nossa colonização, porém sob um prisma diferenciado e reinterpretativo, a partir dos diversos signos e elementos manifestados na obra de Haroldo. Converge, portanto, ao caráter reinterpretativo, a figura do Torto, colonizador português que protagoniza momentos de fraqueza, angústia, desejos e medos, sentimentos esses que não constam em obras que disseminaram em prosa e verso o imaginário de um herói. Como subsídio conceitual e literário, apresentamos autores precursores a Haroldo Maranhão, buscando identificar as relações deste com o estilo daqueles. Por fim, a investigação buscou demonstrar a presença de três elementos intertextuais na obra O Tetraneto Del-Rei, a saber: releituras da colonização, o significado do chapéu e as interpretações do obsceno.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Leituras: literatura e [homo] erotismo(Universidade Federal do Pará, 2006-02-17) CORRÊA, Paulo José Maués; CASTILO, Luís Heleno Montoril del; http://lattes.cnpq.br/3519128535996125O presente trabalho é resultado de uma investigação acerca do [homo]erotismo em autores paraenses: Inglês de Sousa, Eustachio de Azevedo, Abguar Bastos, Dalcídio Jurandir, Haroldo Maranhão e Maria Lúcia Medeiros. As principais ferramentas utilizadas advêm da Psicanálise, especialmente os estudos fundadores de Sigmund Freud, e da Semiologia, sobretudo considerações de Roland Barthes, além de determinados posicionamentos de Michel Foucault a propósito da Sexualidade. No tocante ao conceito de Erotismo, é Georges Bataille a referência mais importante, principalmente no que diz respeito à estreita relação entre erotismo e agressividade, mesmo em seu ponto culminante, a morte. Ao final, o plano geral do estudo mostra uma visão panorâmica das principais manifestações do [homo]erotismo entre autores paraenses, mas ressalte-se que a pesquisa não se resume a um mero levantamento, pois desenvolvo leituras de todos as obras enumeradas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Literatura nas redes da Pós-modernidade: a adaptação de Dois irmãos, de Milton Hatoum, em quadrinhos(Universidade Federal do Pará, 2019-02-28) FERREIRA, Fabrício de Miranda; CASTILO, Luís Heleno Montoril del; http://lattes.cnpq.br/3519128535996125As adaptações estão relacionadas às revoluções tecnológicas que marcaram as expressões culturais do mundo contemporâneo. Nesse contexto, da arte denominada pós-moderna, de múltiplas vozes e signos, intensificou-se a prática da adaptação, tornando-se recorrente. Assim, podemos observar a intertextualidade na adaptação: o texto baseia-se em outros textos para se criar, existindo completamente por meio de uma relação intertextual com os primeiros. Dessa forma, uma análise dessa adaptação levaria em conta as relações de intertextualidade que a adaptação tem com a obra adaptada, e como a adaptação em quadrinhos recria essas relações por meio de sua linguagem própria, no caso, a linguagem dos quadrinhos. Nesse sentido, esta pesquisa partiu do seguinte questionamento: se a adaptação é um processo cujo produto é uma obra autônoma e carregada de novos significados, como a literatura é reinterpretada e recriada na adaptação para os quadrinhos, no contexto da arte pós-moderna? Portanto, o objetivo desta pesquisa é analisar a adaptação do romance Dois Irmãos, de Milton Hatoum, como um produto formal e como um processo de reinterpretação e recriação de uma obra literária no contexto da arte pós-moderna. Por fim, esta pesquisa proporcionou reflexões sobre a adaptação de uma obra literária e seu lugar na problemática da arte contemporânea, partindo da análise das relações dialógicas intertextuais que se estabelecem entre o literário e os quadrinhos no processo de adaptação.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Marajó: espaço, sujeito e escrita(Universidade Federal do Pará, 2007-09-04) VELOSO, Ivone dos Santos; CASTILO, Luís Heleno Montoril del; http://lattes.cnpq.br/3519128535996125Este trabalho pensa o romance Marajó de Dalcídio Jurandir como um bem de cultura numa perspectiva pós-colonial, na qual se questiona e se rearticula os discursos hegemônicos e homogeneizadores da modernidade. Proponho, desse modo, defender a idéia de que, à semelhança do arquipélago do Marajó, o romance homônimo de Dalcídio Jurandir pode nos dizer que sob a aparente homogeneidade da região está o ambivalente e o heterogêneo, e que essa narrativa redefine, portanto, o processo simbólico e o imaginário social sobre a Amazônia que, tradicionalmente, têm constituído a imagem dessa região.Para tanto, demonstro como se forja um novo signo cultural a partir da representação de um espaço que oscila entre o documento e ficção, bem como da representação de um sujeito em condição fronteiriça e ambivalente e de uma escrita que se faz dupla e fragmentária. A fundamentação teórica desse estudo consiste, sobretudo, nos pressupostos a respeito da construção de narrativas que representam uma nação e criam uma identidade cultural estabelecidas, principalmente, por Timothi Brennan, Homi Bhabha e Stuart Hall, bem como, na idéia de dissimulação e suplemento depreendidas dos estudos de Barthes e Jacques Derrida; nas contribuições de Deleuze e Guatarri, Donaldo Schuller, Finazzi-Agro,Garcia Canclini, Costa Lima, Angel Rama, dentre outros, para se pensar a condição do sujeito e a construção do espaço na narrativa dalcidiana, e, ainda, nas contribuições analíticas de pesquisadores da obra dalcidiana como Assmar, Vicente Salles, Marli Tereza Furtado, Castilo,dentre muitos outros.Tese Acesso aberto (Open Access) Max Martins: diálogo entre o verbal e o visual plástico na cena literária em Belém(Universidade Federal do Pará, 2020-06-15) SANTOS, Ilton Ribeiro dos; CASTILO, Luís Heleno Montoril del; http://lattes.cnpq.br/6393961522804578Este estudo sobre a hibridização do verbal – a temporalidade - na literatura com o visual plástico – a espacialidade - é uma reflexão contextualizada sobre as expressivas mudanças pelas quais a linguagem literária passou a partir da modernidade. Para isso, fez-se um recorte histórico, pós-mallarmeano, especificamente depois de 1950, momento em que se apresentaram novas maneiras de se produzir e perceber a linguagem literária, e também um recorte local, refletindo sobre como alguns poetas da cidade de Belém passaram a relacionar-se com essa nova literatura, com destaque para a obra de Max Martins. Esse poeta desenvolveu um projeto bioliterário e, desse modo, contribuiu para a revolução da linguagem poética na segunda metade do século XX. Refere-se, portanto, a obras de caráter complexo, ressonância de um fenômeno poético que reverberou da crise da linguagem na virada do século XX. Para tal reflexão, as esteiras teóricas são a literatura comparada e a semiótica [as interfaces do plástico estético verbalizado – a iconicidade – com verbal literário visualizado]. Esse novo tempo literário é provocador de novos tecidos verbais poéticos, como, também, exige-se uma nova dinâmica para leitura – crítica –, abrindo, assim, novas condições de se habitar no poético – arte literária.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A metaficção nos romances Boca do Inferno e Desmundo, de Ana Miranda(Universidade Federal do Pará, 2019-05-14) COSTA, Carla Patrícia da Silva Guedes; CASTILO, Luís Heleno Montoril del; http://lattes.cnpq.br/3519128535996125; https://orcid.org/0000-0002-2507-5346A presente dissertação trata da temática da metaficção nas obras Dias & Dias (2002), Clarice Lispector (1996), A última Quimera (1995), Amrik (1997) e, concentra-se, em maior parte, nos romances históricos Boca do Inferno (1989) e Desmundo (1996), todos de autoria de Ana Miranda. Nas duas últimas obras supracitadas, cujos enredos retomam o contexto do período colonial brasileiro, há a possibilidade de se pensar numa desconstrução histórica, pois a escritora emprega documentos e fatos da própria história para subsidiar a escrita literária. O trabalho será erguido sob o fulcro de observar como o mosaico de textos históricos permite a construção do processo metatextual de Ana Miranda em seus romances, principalmente em Boca do Inferno e Desmundo. Além disso, será desdobrada a inter-relação discursiva de um narrador que utiliza tanto recurso estético-estilístico da literatura, quanto o contexto histórico da narrativa, a fim de que se possa investigar a relação entre as características do autor Gregório de Matos Guerra e Oribela, personagens respectivos de Boca do Inferno e Desmundo, considerando o momento da colonização portuguesa em território nacional. Há de se destacar, sobretudo, nestas duas obras, o fato de o poder soberano das instituições Estado e Igreja determinarem alguns dos comportamentos das personagens. Como ponto ulterior, tratar-se-á, ainda, da construção do sujeito feminino, ressaltando, principalmente a repressão de suas ações no contexto colonial. A partir da discussão em torno da teria da metaficção historiográfica (HUTCHEON, 1991 e WHITE 1995), buscar-se-á a compreensão do processo de metaficção de Ana Miranda como uma característica que possibilita a problematização dos discursos históricos que enredam suas obras. Desse modo, será possível apontar o fato de que a metaficção surge com a finalidade de se estabelecer no texto literário uma atmosfera de confrontação e de contraponto, uma vez que nele é possível desterritorializar o sentido de verdade oriundo dos discursos oficiais, sem esquecermos de que o ponto de vista da narração, sendo ocupado por um sujeito à margem, faz surgir, embora ficcional, um horizonte interpretativo novo.Dissertação Acesso aberto (Open Access) As mulheres choradeiras: literatura e cinema(Universidade Federal do Pará, 2011-03-11) VIEIRA, Mônica do Corral; CASTILO, Luís Heleno Montoril del; http://lattes.cnpq.br/3519128535996125Este trabalho tem como objetivo a compreensão e estudo de cultura da Amazônia, visando a produzir conhecimento qualificado sobre Literatura e Cinema na Amazônia e suas relações com estratégias artísticas para interpretá-las. Para atingir este objetivo, utilizo o conto „As Mulheres Choradeiras‟, de Fábio Castro, e o curta homônimo, de Jorane Castro, permitindo assim um estudo focado em material de análise específico voltado para os costumes, as crenças, o mito, a hibridização e as traduções interculturais que se desenham nessa obra. O objetivo dessa pesquisa é estudar o conto e o curtametragem, enfatizando assim a diferença de linguagens por ele apresentadas e mostrar a leitura universal que se pode fazer a partir de cada uma dessas expressões artísticas. Essa pesquisa pretende apresentar leituras universais de um conto paraense com temática voltada para a realidade amazônica e ressaltar o estudo dos mitos e da oralidade que envolve a criação do conto de Fábio Castro e sua propagação. Os mitos e a oralidade possibilitam uma (re)construção e desenvolvimento de conhecimentos que permeiam a atividade da leitura (conhecimentos artístico, cultural, social, filosófico e histórico) além de enriquecer e (re)afirmar a identidade latino-americana. Por isso, esse trabalho tem o intuito de relacionar a história do conto a outras leituras, tais quais sua aproximação e semelhança aos mitos, oralidade e outras literaturas em geral. Entende-se, portanto, que todos estes elementos constituem uma literatura rica e de grande importância para o mundo, e não apenas para a região onde foi produzida.Tese Acesso aberto (Open Access) Necronarrativas em três romances contemporâneos brasileiros(Universidade Federal do Pará, 2021-07-30) AUTIELLO, Sheila Lopes Maués; RUSSO, Vincenzo; http://lattes.cnpq.br/4108882812232683; CASTILO, Luís Heleno Montoril del; http://lattes.cnpq.br/3519128535996125; https://orcid.org/0000-0002-2507-5346A presente tese trata da ocorrência de necronarrativas na Literatura Brasileira Contemporânea a partir dos romances Pssica (2015), de Edyr Augusto; Enterre seus mortos (2018), de Ana Paula Maia e A Morte e o Meteoro (2019), de Joca Reiners Terron. O objetivo é analisar, a partir de uma abordagem analítico-comparatista, de que modo as narrativas ficcionalizam os processos necropolíticos da sociedade brasileira, nos últimos cinco anos. A pesquisa propõe análise dos romances a partir de três eixos críticos: o primeiro, corresponde aos corpos dispensáveis, que terá como base os conceitos de vida nua, de Giorgio Agamben (2002) e de vida precária, de Judith Butler (2019); o segundo, respeita à presença predatória dos negócios ‘gore’, que se fundamenta nos estudos sobre o capitalismo ‘gore’, de Sayak Valencia (2010) e, por fim, o terceiro, que relaciona-se à recorrência da imagem do morto-vivo ou zumbi, tendo como chave de leitura os estudos de Deleuze e Guattari (2010) e de Leo Barros (2020). O estudo concentra-se na análise temática das obras, apesar de fazer breves incursões por outros elementos narrativos. Conclui-se que os romances estudados fazem parte de uma força estruturante de composição romanesca, que representa esteticamente os processos necropolíticos brasileiros, a qual denominei: necronarrativa. Portanto, entende-se que as obras analisadas, fazem parte de um trecho do romance brasileiro que está preocupado em problematizar esteticamente a vida a partir da necropolítica (MBEMBE, 2018). A caracterização das necronarrativas se dá, sobretudo, pelas representações da precarização dos corpos contemporâneos; da emergência de mercados criminosos que florescem nos grupos submetidos a condições mortíferas e da iniciação a processos simbólicos de zumbificação social. Trata-se, todavia, de um estudo que identifica uma tendência e não uma generalização.Tese Acesso aberto (Open Access) No resflor da idade: a velhice em Corpo de baile(Universidade Federal do Pará, 2022-02-28) HENRIQUE, Rosalina Albuquerque; CASTILO, Luís Heleno Montoril del; http://lattes.cnpq.br/3519128535996125; https://orcid.org/0000-0002-2507-5346; HOLANDA, Sílvio Augusto de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/0928175455054278; https://orcid.org/0000-0003-3971-9007Nesta tese, propõe-se uma discussão em torno das figurações da velhice com base nas narrativas das personagens de Corpo de baile (1956), Camilo, Cara-de-Bronze, Liodoro, Manuelzão e Rosalina, escritas por Guimarães Rosa (1908-1967), cujas estórias nos fazem discutir acerca da condição humana deles que permanece ainda inacabada ao ser assinalado a evocação do seguinte discurso: o de que a atual condição de velho não os destina ao nada. Em oposição a isso, continuam a alimentar sentimentos, desejos e projetos. Ao se destacar a importância da produção literária de Guimarães Rosa para o cenário da literatura brasileira, assinalar-se-ão algumas considerações sobre a velhice (de ontem à terceira idade de hoje) e sua correlação com a morte. O trabalho está alicerçado em pesquisas de caráter bibliográfico, como as de Beauvoir (2018), Ariès (2014), Elias (2001), Bosi (1994), Bolsanello, A.; Bolsanello, M. (1981), Kübler-Ross (1981, 1996), Debert (1988, 1999) e Cícero (2006, 2011), e, além de algumas produções críticas de estudiosos das obras rosianas: Rónai (2020), Oliveira; Schröder (2020), Salles (2020), Leonel; Nascimento (2018), Diogo (2017), Mendonça (2013), Lucchese (2011), Ferraz (2010), Holanda (2009), Fantini (2008), Zilberman (2007), Xisto (1991), Brasil (1969), Ramos (1968), Candido (1964), Lins (1963), Secco (1994, 2003), Martins (1996, 2001), Passos (2000, 2007), Roncari (2007, 2008), Atroch (2013, 2017), Marchelli (2016, 2018), Nunes (1957, 1998, 2000, 2009) e Vasconcelos (1996, 1997, 1998). O escopo teórico é o da Estética da recepção, proposto por Jauss (1994, 1982, 2002) por meio de uma hermenêutica centrada no leitor com base em Gadamer (2002), na qual o interesse primordial reside na maneira como a obra de arte deveria ser recebida, levando em conta a relação entre texto e leitor ou ainda entre efeito e recepção, sem perder de vista a importância do valor e da experiência estética da obra recebida e para quem está destinada, assumindo-se, nesse sentido, uma nova postura para o leitor em que a obra literária só existe quando é motivada por este sujeito, fulcral tanto para o conhecimento estético quanto histórico. Por último, baseado no método estético-recepcional serão estabelecidas discussões pertinentes à velhice em Corpo de baile, sem que se deixe de lado a relação do indivíduo com o tempo, o mundo e com a sua própria história.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Palavra e imagem: encontros da escritura literária com escritura cinematográfica(Universidade Federal do Pará, 2010-08-16) CASTRO, Jacksonilson dos Santos; CASTILO, Luís Heleno Montoril del; http://lattes.cnpq.br/3519128535996125Este trabalho se apresenta como uma abordagem da palavra e da imagem e suas possibilidades de encontros em textos literários e cinematográficos a partir da noção de escritura. Sua construção se dá de modo a não seguir um percurso histórico destes encontros, no sentido de não fazer exatamente levantamentos cronológicos de termos ou correntes que abordassem o texto literário e cinematográfico enquanto escritura de imagens, mas sim pela perspectiva de sua inscrição como imagem mental. Neste aspecto, a leitura e escritura se dão como tradução, passagem e passeio de sentidos que o texto produz, não enclausurando uma sua percepção ancorada em uma compreensão fechada. Tomando a escritura como ponto de partida para a leitura da imagem e da palavra em textos literários e cinematográficos, parte-se para uma discussão de tópicos da teoria e crítica em amplas vertentes, privilegiando uma organização transversal deste material que parte de um conjunto de teoria de forte marcação transdisciplinar, promovendo também um encontro de campos da Teoria Literária com as Artes Visuais, Cinema, Vídeo, Pintura, Filosofia, História, entre outros. A noção de escritura adotada neste trabalho tornou importante tecer algumas considerações a partir de certas ideias de Roland Barthes e Jacques Derrida, entre outros estudiosos e comentadores do termo. Outro termo que atravessa o trabalho é a noção de tradução, aqui tomadas a partir da leitura de autores como Márcio Seligmann-Silva, Walter Benjamin, Jacques Derrida, Paul Valery, entre outros. As distinções destes termos não se devem a um esforço para delimitar os espaços dos campos de estudos, mas sim para afirmar justamente uma sua perspectiva de abertura, ou de aberturas, além do que há o entendimento de que a filiação a certos pensamentos, teorias e autores já configuram a marcação de um lugar do pensamento, lugar político, inclusive. A opção por estas concepções imprime nos corpos dos objetos de estudo, a escritura literária e a cinematográfica, uma diferença bem mais de acordo com o caráter dinâmico e movente destes objetos, produzindo um redimensionamento teórico de forte marcação política. Também interessa neste trabalho discutir tópicos dos estudos literários de maneira a permitir o atravessamento pelas outras disciplinas. A partir destas linhas gerais, o trabalho se completou com leituras de textos literários e cinematográficos, textos estes de forte caráter plural em que o encontro entre a imagem e a palavra é promovido pela escritura, constituindo também um encontro entre as teorias e as modalidades artísticas, primando por um atravessamento das teorias e pensamentos desenvolvidos ao longo da escritura do trabalho, em um tratamento ensaístico e de forte marcação intertextual, fazendo destas leituras um exercício de abertura dos textos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Questões identitárias em Alfredo: uma análise de Chove nos Campos de Cachoeira, de Dalcídio Jurandir(Universidade Federal do Pará, 2019-02-15) RODRIGUES, Mayara Cristiny Souza Martins; CASTILO, Luís Heleno Montoril del; http://lattes.cnpq.br/3519128535996125Esta dissertação de mestrado tem como objetivo analisar o processo de identificações vivido por Alfredo na obra Chove nos campos de Cachoeira (1939), haja vista que por ter um pai branco, o Major Alberto e a mãe negra, Dona Amélia, sente-se em conflito e angústias, ora tendo vergonha da mãe, ora não se reconhecendo como um menino branco. Esse processo de auto identificação é interpretado neste trabalho como uma ação contínua e não um produto, a partir disso, utilizar-se-á o conceito de entre-lugar dado por Homi Bhabha (2013), em Local da cultura. Além disso, a pesquisa fundamentar-se-á no conceito de identidade discutido por Zilá Bernd (2011) em Literatura e identidade nacional e em Marli Furtado (2002) na sua tese Universo derruído e corrosão do herói em Dalcídio Jurandir em que a análise das personagens com seus respectivos dramas psicológicos serão fundamentais para o entendimento da obra estudada. Para tanto, a metodologia que será empregada é a leitura teóricointerpretativa, com o intuito de compreender de que forma Alfredo vai percebendo o que chamaremos de hibridização étnico-cultural ou processos de identitários. Assim, esta dissertação está dividida em três seções: a primeira denominada “Chalé-ilha: uma metáfora étnico-racial do Marajó” que discutirá os conceitos e desdobramentos da palavra identidade, analisando como essas classificações vão permitir entender o garoto marajoara em formação. A segunda seção intitulada “Chalé de madeira: um encontro com as personagens” objetivará uma análise das personagens que habitam o chalé de madeira, lugar onde Alfredo mora, em que encontramos Major Alberto, Dona Amélia, Eutanázio e Mariinha, compreendendo que cada espaço possibilita ao menino refletir sobre seu lugar social. E por último, a terceira seção, assim chamada “Pátio-fronteira: um espaço de apagamentos e silêncio” a qual discutirá sobre Alfredo e suas inquietações, suas identidades e, principalmente, sua reflexão diante do seu espaço na sociedade.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Raymundo Moraes na planície do esquecimento(Universidade Federal do Pará, 2007-06-05) LARÊDO, Salomão; CASTILO, Luís Heleno Montoril del; http://lattes.cnpq.br/3519128535996125O escritor Raymundo Moraes (1872 - 1941), autor de dezessete trabalhos em que o universo literário é a Amazônia, obteve por seu livro Na Planície Amazônica , dentre outros, o elogio feito por um Presidente da República - Washington Luís - que o utilizou para conhecer a região, e em seguida a obra obteve repercussão nacional com o autor usufruindo de fama e fortuna crítica que depois o levaram, paradoxalmente, a completo esquecimento: não mais se pronunciou seu nome, também impronunciado da Justiça Comum pelo crime imputado - homicídio. Esta dissertação tem por objetivo principal chamar a atenção da comunidade acadêmica e do leitor em geral para a importância da obra literária deste escritor paraense, hoje, desconhecido, autodidata, comandante de navios pelos rios da região, jornalista, político, partícipe de atividades intelectuais de seu tempo, inclusive membro de entidades ligadas às letras. Foi ao pódio literário na década de 1930 e depois baixou às catacumbas do olvido, merecendo ser reapresentado e reconhecido num preito de gratidão e justiça, em decorrência de sua considerável produção a respeito da Amazônia, pois muitas de suas obras, como O meu dicionário de cousas da Amazônia (1931), continuam sendo fonte de investigação imprescindível para os que se dedica[re]m a estudar a respeito da Região Amazônica e sua(s) cultura(s), assim como alimentaram a voracidade antropófaga de Mário de Andrade.
