Programa de Pós-Graduação em Letras - PPGL/ILC
URI Permanente desta comunidadehttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2310
O Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) do Instituto de Letras e Comunicação (ILC) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Confere ao candidato habilitado o título de Mestre e/ou Doutor em Letras, nas Áreas de Concentração em Estudos Literários ou Estudos Linguísticos, tem como objetivos gerais e fundamentais: preparar pesquisadores capazes de desenvolver trabalhos científicos no campo dos Estudos da Linguagem; desenvolver a competência profissional e científica do graduado para que ele atue com criticidade na sua área de conhecimento; e produzir conhecimento científico relevante para o país, com ênfase, quando oportuno, para as especificidades linguísticas e literárias presentes na Região Amazônica.
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Letras - PPGL/ILC por Orientadores "CUNHA, Myriam Crestian Chaves da"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Aprendentes idosas e produção textual escrita: uma sequência didática em contexto de educação emancipatória(Universidade Federal do Pará, 2012-06-20) SOUSA, Betânia Rocha de; CUNHA, Myriam Crestian Chaves da; http://lattes.cnpq.br/0057919162522146O presente trabalho relata e analisa uma pesquisa-ação, realizada em uma turma de 2ª etapa do Grupo de Educação na Terceira Idade (GETI), programa de extensão da Universidade Federal do Pará (UFPA). O GETI desenvolve ações socioeducativas direcionadas ao público idoso, no Campus Universitário de Castanhal, tendo como fundamentação teórica a concepção da educação emancipatória de Paulo Freire. A pesquisa-ação focaliza-se no ensino/aprendizagem da produção de textos escritos em turmas de pessoas idosas, em sua maioria afastadas dos espaços formais de escolarização por décadas. Com base nessa experiência, pretende-se ampliar a reflexão didática relacionada a este público, tendo por objetivo geral contribuir para a construção de uma base didático-metodológica para o ensino e a aprendizagem do português como língua materna para o público de aprendentes idosos. Mais especificamente busca-se: a) testar a hipótese de que o dispositivo da Sequência Didática coaduna-se perfeitamente com os pressupostos pedagógicos freireanos, ao favorecer o desenvolvimento da capacidade reflexiva e, portanto, da autonomia dos aprendentes na aprendizagem do Português; b) construir uma proposta de produção escrita congruente com pressupostos de educação emancipatória; c) experimentar e analisar atividades elaboradas para verificar se as mesmas contribuem efetivamente para que os aprendentes idosos desenvolvam sua competência de produção escrita. A abordagem teórica deste estudo desdobra-se em quatro pilares: 1) educação emancipatória (FREIRE, 1983, 1987, 1996), que visa educar para a cidadania; 2) envelhecimento humano como um processo natural da vida, cuja compreensão não elimina a visão de um sujeito ativo e potencialmente capaz (NERI; FREIRE, 2000; BOSI, 1994); 3) abordagem interacional de ensino-aprendizagem de língua (GERALDI, 2004, 2006; ANTUNES, 2006, 2009); 4) avaliação formativa (AMARAL, 2008; CUNHA, 1992, 2008) como dispositivo de ensino-aprendizagem adequado às exigências da atividade redacional e ao desenvolvimento de um sujeito da aprendizagem autônomo. A metodologia da pesquisa-ação, escolhida para desenvolver o estudo, inscreve-se no paradigma qualitativo e visa ao envolvimento das participantes na construção da competência almejada – a escrita de textos pertencentes ao gênero receita culinária – e na realização de um projeto de comunicação – a venda de uma coletânea de receitas no seminário anual do Programa GETI –. Além das atividades e dos materiais utilizados em sala de aula, os procedimentos instrumentais que viabilizaram a geração de dados foram a observação participativa, com notas em diário de campo, e entrevistas semiestruturadas realizadas com as aprendentes. A análise dos dados mostra claramente a validade da hipótese, tanto no que diz respeito à atitude das aprendentes, que passaram a assumir-se como sujeitos de sua aprendizagem e de seu dizer, quanto no que diz respeito à elevação qualitativa de sua produção escrita.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação da aprendizagem em língua inglesa no primeiro ano do ensino fundamental em escolas públicas do município de Castanhal (PA)(Universidade Federal do Pará, 2014-06-27) BARBOSA, Emília Gomes; CUNHA, Myriam Crestian Chaves da; http://lattes.cnpq.br/0057919162522146O presente estudo investiga as práticas avaliativas em inglês como Língua Estrangeira para Crianças (LEC) no primeiro ano do ensino fundamental das escolas públicas no município de Castanhal, PA. A pesquisa teve como objetivo analisar quais as orientações contidas nos documentos oficiais municipais no que diz respeito ao ensino e à avaliação em LEC, descrever as práticas avaliativas desenvolvidas pelos docentes nesse contexto, analisar a integração dessas práticas com os objetivos de ensino e aprendizagem de LEC e indicar pistas que possam, teórica e metodologicamente, tornar essas práticas mais eficazes. Para alcançar os objetivos propostos, foi realizada uma pesquisa qualitativa de caráter documental, na qual foram analisados os documentos oficiais que norteiam o ensino e a avaliação em LEC no município, 220 relatórios de desenvolvimento, que são o instrumento de avaliação preconizado para esse nível da escolaridade, além de entrevistas e questionários com 14 docentes que atuam nesse contexto. O referencial teórico sustenta-se nas contribuições de Cameron (2001), Strecht-Ribeiro (2005) e Scott e Ytreberg (1990) sobre o ensino-aprendizagem de LEC, bem como na discussão de alguns aspectos da avaliação da aprendizagem (HADJI, 1994; 2007; BONNIOL e VIAL, 2001; FERNANDES, 2009; PERRENOUD, 1999) e da avaliação da aprendizagem em LEC (MCKAY, 2006; IOANNOU-GEORGIOU, 2011; SHAABAN, 2001). Para a análise dos dados obtidos, foi utilizada a técnica de Análise de Conteúdo (ROSA, 2013). Os resultados da análise indicam uma ausência de coerência entre as práticas avaliativas e os objetivos e princípios do ensino de LEC. Os dados revelam ainda a falta de formação para ensinar, avaliar e elaborar programas de LEC, aliada a uma já conhecida tendência em se priorizar aspectos estruturais no ensino de línguas estrangeiras, em detrimento de atividades comunicativas. Por fim, este trabalho mostra a necessidade de promover outras pesquisas que investiguem as práticas avaliativas em LEC e, da urgência em se definir diretrizes oficiais nacionais para o ensino e avaliação que levem em consideração as características e necessidades das crianças nesse contexto.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação da compreensão escrita de alunos surdos do ensino fundamental maior(Universidade Federal do Pará, 2012-09-26) CARVALHO, Márcia Monteiro; CUNHA, Myriam Crestian Chaves da; http://lattes.cnpq.br/0057919162522146Esta pesquisa, que tem por pano de fundo a problemática da inclusão dos surdos na escola, volta-se mais especificamente para a avaliação da proficiência em leitura desses alunos no Ensino Fundamental maior, com o objetivo de identificar as habilidades de leitura que os alunos surdos melhor dominam e as dificuldades encontradas por eles no tocante à apropriação da modalidade escrita da língua portuguesa. Para essa pesquisa, foi realizado um estudo de caso com três alunos surdos dos 6º e 9º anos da rede regular de ensino em uma escola municipal inclusiva de Castanhal (PA). Como instrumento de análise de sua competência leitora foi feito um recorte da prova do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica. Para a coleta de dados o teste foi aplicado três vezes: uma primeira vez sem nenhum tipo de interação com os alunos; uma segunda em que a pesquisadora pediu aos alunos que justificassem suas respostas para elucidar melhor suas estratégias de leitura. Na última aplicação, foram usados dois itens do teste traduzidos para LIBRAS, para verificar se, dessa forma, a compreensão do texto seria mais elevada. Pretendia-se, com isso, propor pistas para a realização de uma avaliação diagnóstica dos alunos surdos, contribuindo assim para uma melhor orientação dentro das escolas inclusivas que supostamente adotam a proposta bilíngue. Porém os resultados obtidos evidenciaram uma realidade alarmante, na qual os alunos investigados apresentam um nível de leitura abaixo do esperado para a série na qual estão matriculados e não dominam nenhuma das capacidades identificadas nos oito descritores do teste. Na tentativa de ler, os alunos utilizam estratégias como “caça-palavras”, não relacionam o comando de questão com o texto e fazem poucas inferências, entre outros problemas. Esses resultados mostram o quanto são nefastas as consequências de uma inclusão feita sem uma avaliação diagnóstica da competência linguageira efetiva dos surdos, tanto em LIBRAS quanto em língua portuguesa. A reflexão fundamenta-se em estudos relativos à educação do surdo, em particular no que diz respeito à leitura da criança surda, ao acesso a LIBRAS e à escola bilingue, com base em autores como Quadros (1997), Gesser (2009) Pereira (2009), Lopes (2004), Reily (2004), Salles (2004). Também são apresentados conceitos de leitura e modelos psicolinguísticos da construção do sentido, com apoio em especialistas da leitura ou em ensino/aprendizagem de língua, tais como Smith (1989), Kleiman (1985), Moita Lopes (1996), Soares (1998) e Rojo (1999). Finalmente, a reflexão sobre a avaliação da aprendizagem, com especial atenção para as competências de leitura busca apoio em estudiosos como Perrenoud (1999), Luckesi (2006), Hoffmann (2009), Marcuschi (2004) e Suassuna (2007), entre outros.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A avaliação da compreensão leitora em espanhol língua estrangeira: análise de provas de vestibular(Universidade Federal do Pará, 2007-05-31) SÁEZ BENEYTEZ, María Freya; CUNHA, Myriam Crestian Chaves da; http://lattes.cnpq.br/0057919162522146Analisa quantitativa e qualitativamente a avaliação da compreensão leitora do Espanhol Língua Estrangeira em provas de vestibular da região norte do Brasil, para assim evidenciar os tipos de operações e, dessa maneira, os tipos de modelos de leitura privilegiados nos testes analisados; estabelecer uma relação entre as provas coletadas e as concepções didáticas subjacentes; identificar problemas nos itens das provas com base em uma série de parâmetros de qualidade; analisar a validade dos testes selecionados; e detectar possíveis diferenças entre as provas elaboradas por Instituições de Ensino Superior públicas e privadas. Essa análise evidencia, por um lado, a tendência a se priorizarem, nessas provas, modelos ascendentes de leitura, com valorização das operações cognitivas de baixo nível e de aspectos léxico-gramaticais da língua, como conseqüência de uma concepção didática de leitura baseada em um enfoque estruturalista. Por outro lado, o estudo empreendido mostra a existência de sérias deficiências nos itens das provas de vestibular, afetando assim sua validade.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação em obras didáticas de língua portuguesa : regulação no ensino e na aprendizagem da escrita?(Universidade Federal do Pará, 2019-08-22) BAHIA, Emídio Júnior Santos; CUNHA, Myriam Crestian Chaves da; http://lattes.cnpq.br/0057919162522146Este trabalho investiga a função da avaliação nas atividades relativas ao ensino e à aprendizagem da escrita em obras didáticas de língua portuguesa, uma vez que os documentos de referência para a educação em línguas no Brasil indicam que os recursos de avaliação nas obras devem estar alinhados à perspectiva da avaliação formativa cognitivista, cuja função é a regulação da aprendizagem. Para investigarmos isso, discutimos algumas concepções relativas aos eixos deste trabalho: avaliação, escrita e obra didática. No eixo “avaliação”, discutimos os conceitos de regulação da aprendizagem (ALLAL, 1984/1988, HADJI, 2011, PERRENOUD, 1999) e de autorregulação da aprendizagem (HADJI, 2011, PANADERO; ALONSO-TAPIA, 2014a, ZIMMERMAN; MOYLAN, 2009), conceitos basilares da avaliação formativa cognitivista. No eixo “escrita”, debatemos as modelos teóricos dessa atividade em contexto escolar (CHABANNE; BUCHETON, 2002), as concepções de avaliação da escrita nos documentos de referência (BRASIL, 1998a, 2013, 2016), além de comentarmos o modelo de escrita sugerido pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998a), que apresenta semelhanças com o modelo de Hayes e Flower (1980). No eixo “obra didática”, tratamos dos conceitos de “obra didática” (BRASIL, 2015, 2015a), de “livro didático” (BATISTA, 2003), e situamos a obra didática como dispositivo didático para a regulação da escrita (WEISSER, 2010); além disso, discutimos as suas funções essenciais (CHOPPIN, 2004), dando especial atenção às funções referencial e instrumental, as quais são alinhadas, respectivamente, à perspectiva de transposição didática dos conteúdos (CHEVALLARD, 1991) e à perspectiva de mediação e de auxílio à intervenção (HALTÉ, 1992, CUNHA; CUNHA, 2011). Com base nessa reflexão examinamos três obras didáticas: “Português - linguagens”, “Projeto Teláres – Português” e “Para viver juntos – Português”; por meio de uma análise com categorias de conteúdo, com base nas variáveis de avaliação (HADJI, 1994), focalizando as propostas de avaliação dos manuais do professor e os projetos didático-avaliativos dos livros do estudante das obras que constituem o corpus. E para isso, utilizamos o método interpretativista dos dados, conforme as orientações de Moita Lopes (1994). Os resultados mostraram que duas das obras didáticas mais adquiridas do PNLD apresentam uma proposta de avaliação da aprendizagem alinhada à perspectiva da avaliação formativa neobehaviorista (BLOOM et al., [1971]1983), cuja função é a correção do ensino e não a regulação da aprendizagem em curso, e uma das obras sequer apresentou proposta de avaliação. Além disso, mostraram que os projetos didático-avaliativos dos livros do estudante seguem a mesma perspectiva, com exceção de uma obra, que apresentou um projeto didático-avaliativo no prisma da regulação da aprendizagem em curso. Contudo, essa obra foi a terceira mais adquirida, o que mostra ainda que obras didáticas de língua portuguesa mais adquiridas no PNLD não apresentam uma função da avaliação na perspectiva da regulação. Esses dados nos revelam que, apesar de passados mais de vinte anos desde a publicação do primeiro volume dos PCN, as obras didáticas de língua portuguesa que mais circulam no país ainda apresentam concepções de avaliação da aprendizagem e da aprendizagem da escrita numa perspectiva não condizente com as pesquisas mais atuais em avaliação.Tese Acesso aberto (Open Access) Avaliação formativa como estratégia de desenvolvimento profissional de professores de português língua estrangeira(Universidade Federal do Pará, 2022-01-01) SILVA, Fernanda Sousa e; CUNHA, Myriam Crestian Chaves da; http://lattes.cnpq.br/0057919162522146; https://orcid.org/0000-0002-9635-5054Esta pesquisa tem como objeto a formação inicial de professores de Português Língua Estrangeira (PLE). Tendo em vista o paradigma contemporâneo de formação docente, que prima pelo desenvolvimento da reflexividade como meio de preparar profissionais capazes de lidar com os desafios de situações de ensino-aprendizagem cada vez mais complexas, buscou-se, com este estudo, contribuir para a formação inicial do professor de PLE com base na avaliação formativa enquanto estratégia de desenvolvimento profissional. Diante disso, construiu-se uma articulação teórica entre o desenvolvimento profissional do professor de PLE e a avaliação formativa, adotada como princípio organizador de um dispositivo de intervenção e formação elaborado com base na perspectiva francófona de avaliação formativa – enquanto dispositivo de ensino-aprendizagem (ALLAL, 2007; MOTTIER LOPEZ, 2015) e estratégia de desenvolvimento profissional (JORRO, 2007) – bem como nos trabalhos de Pastré (2002, 2005, 2007, 2011a, 2011b), nos estudos sobre gestos profissionais (BUCHETON et al., 2008) e sobre gestos didáticos (AEBY-DAGHÉ; DOLZ, 2008; SCHNEUWLY, 2009). Assim, foi desenvolvido um estudo de caso interventivo (FALTIS, 1997) junto a um professor-estagiário iniciante no curso de PLE da Universidade Federal do Pará dirigido a estudantes estrangeiros pré-selecionados do Programa de Estudantes-Convênio Graduação (PEC-G) que se preparam Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras). Ao longo de cinco meses, buscou-se favorecer o despertar da reflexividade do participante da pesquisa por meio de atividades que envolviam a elaboração de diários reflexivos, entrevistas de autoconfrontação (CLOT; FAÏTA, 2000) e reuniões de formação centradas na análise de sua prática com intuito de favorecer a construção de um agir didático (SILVA, 2013) mais formativo. O impacto desse dispositivo de intervenção e formação na atuação profissional do professor-estagiário se fez sentir pela emergência de gestos específicos e, consequentemente, pelo incremento do seu repertório didático em direção a um agir didático mais voltado para o propiciamento de fontes potenciais de regulação da aprendizagem de aprendentes de PLE. Ademais, também houve aprofundamento dos seus processos reflexivos rumo a análises mais minuciosas, pautadas em operações de conceitualização da ação passada, tendo em vista a regulação do agir futuro, análises estas que foram favorecidas pelo contínuo processo de “reflexão-sobre-a-ação” (SCHÖN, 1983). Desse modo, esta investigação concluiu que a avaliação formativa, como dispositivo de formação, pode atuar efetivamente como motor do desenvolvimento da reflexividade docente e consequentemente, contribui positivamente para o desenvolvimento profissional do professor de PLE.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação formativa e ensino-aprendizagem de Língua Francesa na Educação Básica(Universidade Federal do Pará, 2017-05-05) ALVES, Luciana de Oliveira; CUNHA, Myriam Crestian Chaves da; http://lattes.cnpq.br/0057919162522146Este trabalho tem como objeto de estudo a avaliação formativa no ensino-aprendizagem do francês como língua estrangeira no ensino básico. Essa reflexão, que se apoia, principalmente, nos estudos de Nunziati (1990), Perrenoud (1998, 1999), Hadji (1992b, 2011) e Allal (1986, 2007, 2010), focaliza os processos formativos, como o estabelecimento e a verificação dos objetivos de aprendizagem, a elaboração coletiva de critérios avaliativos, a avaliação mútua e a autoavaliação, objetivando, ao mesmo tempo, favorecer a aprendizagem da língua francesa – na perspectiva delineada no Quadro Comum Europeu de Referência para as Línguas (CONSELHO DA EUROPA, 2001) – e o consequente domínio de procedimentos avaliativos pelos alunos. Estudos recentes sobre a avaliação escolar e o ensino-aprendizagem de línguas apontam que a avaliação formativa permanece incompreendida e praticada de maneira aleatória pelos sujeitos envolvidos no processo, para muitos dos quais avaliar diariamente é observar o aluno não como aprendente de uma língua, mas como bom ou mau estudante, do ponto de vista comportamental, social, sendo a aprendizagem quotidiana da língua – tanto do ponto de vista do saber sobre a língua quanto de seu uso – objeto exclusivo dos instrumentos somativos. Nossa experiência no meio escolar também indica que as línguas estrangeiras enfrentam constantes limitações, como carga horária reduzida, baixa motivação dos atores e sistemas avaliativos de predominância somativa sob a responsabilidade unilateral do professor. Assim, neste trabalho, buscou-se contribuir teórica e metodologicamente com os estudos que consideram a avaliação formativa como dispositivo de ensino e de aprendizagem, verificando quais procedimentos formativos podem ser utilizados, no ensino básico, não apenas para ajudar o aluno a aprender, mas também para ajudá-lo a participar ativamente do processo avaliativo das aprendizagens em curso. Para isso, foi realizada uma pesquisa-ação, que se desmembrou em duas direções: uma análise exploratória em uma escola de ensino médio, que permitiu descrever, mediante a análise de textos oficiais e de questionários respondidos por coordenadoras e professoras de francês, o sistema de avaliação da instituição e as concepções dos envolvidos a respeito das práticas avaliativas; uma estratégia de ação junto aos alunos de francês do primeiro ano do Ensino Médio, da mesma escola. Nas sequências didáticas, foram implementadas estratégias formativas que possibilitassem a (auto)(r)regulação das aprendizagens ao longo do ano letivo. Os resultados indicam inegáveis impactos na autonomização dos alunos no que diz respeito à reflexão sobre os objetivos de aprendizagem, à construção de critérios avaliativos e à avaliação mútua, mas também limitações em suas capacidades de autorregulação e autoavaliação, que convém analisar em suas diversas dimensões (sociais, pedagógicas e cognitivas).Dissertação Desconhecido Avaliação formativa em educação online(Universidade Federal do Pará, 2017-05-05) SANTOS, Tiago Sousa; CUNHA, Myriam Crestian Chaves da; http://lattes.cnpq.br/0057919162522146A grande procura pela educação online suscita a necessidade de se pesquisar como as práticas de avaliação-regulação ocorrem nesse ambiente. Esta dissertação investiga se a avaliação formativa alternativa pode, no âmbito da educação online, ajudar a desenvolver competências de produção acadêmica. Para tal, realizamos, quanto aos procedimentos, uma pesquisa-ação e, quanto à técnica de análise, uma pesquisa qualitativa em educação online, em que implementamos, junto a estudantes universitários de uma oficina online, uma Sequência Didática com o pôster acadêmico. Os dados construídos a partir dos diversos processos de regulação (compartilhada, co- e auto-) propiciados pelas ferramentas do Moodle 2.9 (Fóruns, Wikis, Tarefas, Laboratórios de Avaliação, Pesquisa, Lição, Checklist) permitiram analisar o percurso de um dos aprendentes. Do ponto de vista teórico, o trabalho fundamenta-se em três pilares: i) a noção de avaliação formativa alternativa, com foco nos processos de regulação do ensino/aprendizagem, ii) a educação online e as características da Web 2.0, como a colaboração e a interação, iii) o pôster acadêmico, com foco nos letramentos acadêmicos e com ênfase em suas características multissemióticas (dimensões visuais e verbais do objeto de ensino). Os resultados indicam que é possível uma prática de avaliação formativa em educação online e que ela pode ajudar a desenvolver competências de produção acadêmica. Também se verificou que a avaliação formativa não é construída somente pelos processos metacognitivos e autorregulatórios do aprendente individualmente, mas também por meio de diversas interações e colaborações, que ocorreram com as dimensões ensinadas e que puderam ser melhor visualizadas no ambiente virtual, pois a escrita permite o registro de cada interação.Dissertação Desconhecido Avaliação formativa na Licenciatura de Espanhol: autoavaliação e autorregulação em foco(Universidade Federal do Pará, 2014-05-21) NEYRA, Patricia; CUNHA, Myriam Crestian Chaves da; http://lattes.cnpq.br/0057919162522146Neste trabalho discute-se uma experiência com a avaliação formativa voltada para a autoavaliação e autorregulação das competências linguageiras e das estratégias de aprendizagem. A pesquisa aqui relatada tinha por objetivo identificar o que estudantes de Licenciatura de Espanhol Língua Estrangeira (E/LE) autoavaliam e autorregulam em sua aprendizagem, que impacto tem a autoavaliação e autorregulação efetivas em suas competências de comunicação e de aprendizagem e, por fim, que atividades didáticas favorecem a autoavaliação e autorregulação dessas competências. Para alcançarmos os objetivos propostos, optamos por realizar uma pesquisa-ação, que foi desenvolvida na disciplina Língua Espanhola III da Licenciatura em Letras Espanhol da Universidade Federal do Pará (UFPA) - Campus de Castanhal, com base em suporte teórico de autores pesquisados, como Allal (1986; 2007), Bonniol e Vial (2001), Perrenoud (2007), entre outros. Para a análise dos dados obtidos, foi observado como três estudantes da turma tinham lidado com as atividades formativas propostas ao longo do curso e relacionando seu desempenho na disciplina com sua atitude no tocante a essas atividades. Os resultados revelam que inicialmente os objetos mais avaliados e autorregulados pelos alunos diziam respeito às competências linguísticas. No entanto, conforme os aprendentes eram induzidos a refletirem sobre outras dimensões da aprendizagem da língua estrangeira, alguns deles passaram a incluir em suas autoavaliações e autorregulações outros aspectos, como os metacognitivos, o que favoreceu uma melhoria das competências comunicativas e de aprendizagem. As atividades formativas que propiciaram uma autoavaliação e autorregulação mais eficazes foram o roteiro de autoavaliação, o diário de aprendizagem, a elaboração de objetivos comunicativos e de critérios de avaliação, bem como situações que envolviam práticas de autoavaliação, coavaliação e avaliação mútua.Dissertação Desconhecido A avaliação formativa no ensino-aprendizagem do português: o procedimento webquest em análise(Universidade Federal do Pará, 2012-07-02) RODRIGUES, Keifer Eleutério; CUNHA, Myriam Crestian Chaves da; http://lattes.cnpq.br/0057919162522146A presente dissertação aborda o tema da utilização da Internet no ensino/aprendizagem de língua materna, mais especificamente o uso do procedimento tecnológico Webquest, como recurso didático-pedagógico que auxilia tanto os processos de ensino e aprendizagem quanto os de avaliação e visa a otimizar a apropriação de competências linguageiras por parte do aluno. Para fundamentar a inserção das Novas Tecnologias da Informação e Comunicação no ensino-aprendizagem da língua materna, realiza-se, a princípio, uma reflexão em torno do quadro teórico-metodológico que vem sendo proposto pelos estudiosos da Didática das Línguas e pelos PCNs para a língua materna. Nessa reflexão, enfocam-se os princípios da abordagem interacional de ensino-aprendizagem de línguas e da modalidade formativa de avaliação, mostrando sua relevância para um trabalho fecundo em sala de aula. Em seguida, unem-se a estes fundamentos, os estudos desenvolvidos pela Tecnologia Educacional, que tratam do uso do computador como recurso educativo, destacando-se o pensamento construtivista como base teórica que orienta esta prática. Neste contexto, define-se mais especificamente a metodologia de pesquisa Webquest, que pode se utilizar da Internet para favorecer a interação do aluno com variadas informações, pessoas e para lidar com a língua em seu uso real, contextualizado dentro das práticas sócio-comunicativas. Com base nesse tripé teórico, analisam-se sete Webquests produzidas por graduandos do Curso de Letras da Universidade Federal do Pará, objetivando-se verificar se essa metodologia se coaduna com as concepções da abordagem interacional de ensino/aprendizagem da língua materna, bem como da avaliação formativa, favorecendo procedimentos (auto) avaliativos e de (auto) regulação da aprendizagem indispensáveis ao desenvolvimento das competências linguageiras na produção escrita. Nesta análise documental, realizada na perspectiva da pesquisa qualitativa, propõe-se, como objetivo principal, contribuir para a inserção do procedimento tecnológico Webquest em práticas produtivas de ensino-aprendizagem de língua materna, de forma a fundamentar o emprego deste instrumento, em princípios interacionais e formadores.Dissertação Desconhecido A avaliação somativa nas sequências didáticas para o oral e a escrita em português(Universidade Federal do Pará, 2011-09-23) SILVA, Denise Prado da; CUNHA, Myriam Crestian Chaves da; http://lattes.cnpq.br/0057919162522146Desde os anos 80, a avaliação somativa tem sido denunciada como sendo um dos principais mecanismos de classificação, de seleção e de exclusão social. As críticas suscitaram várias propostas de transformações das práticas avaliativas levando ao predomínio teórico da modalidade formativa. Consequentemente, as pesquisas sobre a modalidade somativa foram relegadas a um segundo plano. Porém, esta modalidade continua amplamente usada por professores do nível básico ao acadêmico. Além disto, a aplicação desta modalidade é necessária para a validação e certificação, pelo sistema educacional, dos resultados obtidos ao término de um período de aprendizagem. Recentemente, tem sido cada vez mais divulgadas as propostas de Schneuwly e Dolz (2004) para o desenvolvimento das capacidades de produção textual em língua materna com base no procedimento didático-metodológico chamado “Sequência Didática” com vistas ao domínio de uma diversidade de gêneros da escrita e da oralidade. Embora os autores tenham previsto a realização da avaliação somativa em um dos componentes do modelo (a produção final), pouco parece ser dito ou escrito em torno das práticas que tal modalidade pressupõe e sobre sua inclusão em uma proposta marcadamente formativa. Esta pesquisa tem como objetivo, portanto, identificar dificuldades e possíveis soluções a respeito da realização da avaliação somativa em Sequências Didáticas para o oral e a escrita no ensino/aprendizagem da língua portuguesa. Após caracterizar a avaliação somativa e os instrumentos que essa modalidade mobiliza no ensino/aprendizagem da língua portuguesa, propõe-se a análise de um corpus de dezessete documentos acadêmicos com propósito de verificar como a avaliação somativa foi realizada nas diferentes Sequências Didáticas relatadas nestes documentos. Para tal, foi observada a ocorrência ou não da avaliação somativa na produção final, os objetos de aprendizagem levados em conta na sua realização e os sujeitos desta modalidade de avaliação. Conclui-se, mostrando a importância da articulação dessa modalidade com a modalidade formativa pressuposta na Sequência Didática.Dissertação Desconhecido Contribuição da avaliação formativa para o ensino/ aprendizagem da produção escrita em turmas numerosas(Universidade Federal do Pará, 2008-08-26) PORTAL, Michele Seabra; CUNHA, Myriam Crestian Chaves da; http://lattes.cnpq.br/0057919162522146Tomando como objeto de estudo o processo de ensino-aprendizagem da produção escrita em turmas numerosas, este trabalho tem por objetivo investigar se os procedimentos de avaliação formativa associados a uma abordagem interacional de ensino-aprendizagem de língua são propícios ao desenvolvimento de competências redacionais nesse contexto pedagógico geralmente tido como absolutamente desfavorável. Para alcançar esse propósito, foi realizada uma pesquisa-ação em uma turma de setenta alunos de segunda série do ensino médio de uma escola particular de Belém, no decorrer da qual foi construída uma seqüência didática voltada para a produção de contos. Essa seqüência agrupou, em diversos módulos, atividades realizadas ora individual, ora coletivamente, ora em duplas, ora em grupos maiores, fundamentadas em procedimentos formativos e em uma perspectiva funcional de scrita. A pesquisa-ação envolveu todos os participantes na leitura e observação de numerosos contos e os levou a depreender os recursos utilizados por seus autores, a elaborar critérios de avaliação e identificar os descritores a eles associados, a análisar e reescrever as produções da turma, finalizando com a realização de um concurso de contos. No presente trabalho, após a discussão, por um lado, das concepções que permitem embasar um ensino/aprendizagem renovado da produção textual e, por outro, dos conceitos de turma numerosa e de avaliação formativa, os procedimentos metodológicos utilizados são apresentados e as atividades da seqüência didática são descritas e analisadas. Para responder de forma mais específica ainda às perguntas de pesquisa, também são apresentadas e cotejadas, em estudo de casos, a produção inicial e final de três participantes entre os que demonstravam, no começo, ter mais dificuldades para escrever um conto. Os resultados obtidos revelam que a adoção de procedimentos da avaliação formativa em turmas numerosas, tais como auto-regulação e auto-avaliação, aliados à perspectiva teórica de produção textual aqui proposta, podem, de fato, contribuir para o desenvolvimento/ aperfeiçoamento das competências textuais escritas de alunos de turmas numerosas.Dissertação Desconhecido Didatização de gêneros textuais e avaliação formativa: uma análise da apropriação do procedimento “sequência didática” por professores de português em formação inicial(Universidade Federal do Pará, 2018-07-16) BARBOSA, Marcos Ferreira; CUNHA, Myriam Crestian Chaves da; http://lattes.cnpq.br/0057919162522146; https://orcid.org/0000-0002-9635-5054Na presente investigação, empreendemos uma discussão acerca do ensino-aprendizagem da produção textual com base nos gêneros textuais. Nosso foco é a aquisição de procedimentos de didatização de gêneros na formação inicial de professores de Português. Nesse ensejo, propomos a análise da apropriação do dispositivo didático-metodológico “Sequência Didática” por parte de alunos do curso de licenciatura em Letras/Língua Portuguesa da Universidade Federal do Pará, campi de Abaetetuba e Belém, estabelecendo os seguintes objetivos: descrever propostas de intervenção pedagógica envolvendo o procedimento didático-metodológico chamado Sequência Didática, elaboradas por licenciandos; analisar as características das propostas de intervenção à luz dos pressupostos teóricos nas quais se fundamentam; analisar as possíveis evidências de processos de avaliação formativa – tais como regulação, autorregulação, coavaliação e autoavaliação – nas propostas estudadas; depreender orientações para favorecer procedimentos de “didatização de gêneros” por professores em formação inicial. Nossa fundamentação teórica apoia-se, principalmente, no pensamento acerca dos gêneros discursivos em Bakhtin, na perspectiva do Interacionismo Sociodiscursivo e da Didática das Línguas (BRONCKART, DOLZ, SCHNEUWLY et al.) e da avaliação formativa francófona (ALLAL, FERNANDES, FRISON et al.). Quanto aos procedimentos metodológicos, realizamos pesquisa documental, de abordagem qualitativa e com objetivo exploratório; tendo como corpus de análise propostas de Sequência Didática elaboradas por estudantes de graduação. Nossas análises nos levam a perceber expressivas dificuldades na apropriação de novas perspectivas teóricas e de propostas didático-metodológicas voltadas ao ensino-aprendizagem de língua materna, em especial, no que se refere à integração da avaliação formativa a atividades de produção textual; relacionamos tais dificuldades à formação escolar prévia dos licenciandos, muito marcada – no contexto brasileiro – pela produção textual dissociada de um contexto sociocomunicativo definido, pelo uso do texto como suporte para estudo de descrição gramatical e pela utilização exclusiva da avaliação somativa em detrimento da avaliação formativa.Dissertação Desconhecido O ensino/aprendizagem do português e a avaliação emancipatória: repensando a experiência da Escola Cabana(Universidade Federal do Pará, 2005) SOUZA, Cláudia Nazaré Gonçalves de; CUNHA, Myriam Crestian Chaves da; http://lattes.cnpq.br/0057919162522146Este trabalho enfoca o processo de avaliação em português, no contexto escolar municipal da cidade de Belém, especificamente no Ciclo Básico II. Apresenta-se o projeto educacional denominado "Escola Cabana" que a Secretaria Municipal de Educação vem realizando desde 1997, em consonância com ideais políticos de formação cidadã e com uma concepção sócio-interacionista de aprendizagem. Este projeto inclui, como um de seus principais eixos, uma proposta de Avaliação Emancipatória, considerada essencial ao desenvolvimento pleno do educando. Com base em uma pesquisa bibliográfica e documental, assim como em uma pesquisa de campo, incluindo entrevistas com os professores e observação participativa, analisam-se as práticas de avaliação em português realizadas neste contexto, examinando que concepções de ensino/aprendizagem da língua materna permeiam a práxis dos professores e verificando de que modo essas concepções se coadunam com os pressupostos de uma Avaliação Emancipatória. Propõem-se, enfim, sugestões de atividades com vistas a uma intervenção didática integrando uma Avaliação Emancipatória com uma abordagem interacionista de ensino/aprendizagem do português.Tese Desconhecido Formação inicial de professores de Francês língua estrangeira no ensino remoto: a ótica da avaliação formativa no desenvolvimento do agir didático(Universidade Federal do Pará, 2022-06-28) ALVES, Luciana de Oliveira; CUNHA, Myriam Crestian Chaves da; http://lattes.cnpq.br/0057919162522146; https://orcid.org/0000-0002-9635-5054A presente tese de doutorado trata da formação à prática do docente de línguas-culturas estrangeiras, no âmbito da disciplina Estágio Supervisionado, vista como o espaço ideal para o desenvolvimento de competências profissionais de ensino, pois relaciona atividades específicas ao campo de estágio e atividades reflexivas, no campo da formação. Considera-se que, juntas, aumentam as chances de apropriação, pelos aprendentes, do métier de docente de línguas estrangeiras, em outras palavras do agir didático que precisam desenvolver para realizar, em sala de aula, as ações didático-pedagógicas que ajudem efetivamente seus alunos a aprender. Parte-se da hipótese de que a didatização do agir didático pode ser favorecida, no âmbito da Didática das línguas-culturas (HALTÉ, 1992; PUREN, 1999; DUPLESSIS, 2007), por meio de um dispositivo de formação que leve à apropriação de dimensões desse agir pela prática e pela reflexão sobre essa prática. Para isto, articula-se, do ponto de vista teórico: os aportes da avaliação formativa, enquanto abordagem didático-pedagógica e dispositivo de ação, neste caso, de formação docente (ALLAL, 1989; FERNANDES, 2020); os estudos sobre o agir docente (BUCHETON, 2008; 2019), que discutem as práticas docentes e/ou as interações dinâmicas da sala de aula; as pesquisas sobre os gestos profissionais (JORRO, 2004) e os gestos didáticos (DOLZ; SCHNEUWLY, 2009) do professor de línguas, bem como sobre os gestos do formador (PANA-MARTIN, 2015; GAGNON; DOLZ, 2018), que fornecem modelos e análises fundamentais para a compreensão do exercício da docência; os princípios e aparatos conceituais e metodológicos da Ergonomia da Atividade (SAUJAT, 2004a; AMIGUES, 2004, 2009) e da Clínica da Atividade (CLOT, 1999, 2010), que buscam ressituar o ensino como atividade profissional; e as pesquisas sobre a prática na formação docente e a profissionalização do ensino, especialmente no que diz respeito à reflexividade do professor (SCHÖN, 1983; PERRENOUD, 2001b; ALTET, 2010). O objetivo geral desta tese é contribuir para a elaboração de um modelo de didatização do agir didático, adotando a avaliação formativa como dispositivo de formação (SOUZA E SILVA, 2022) na formação inicial do professor de línguas estrangeiras, no âmbito da disciplina de Estágio supervisionado. Para isso, realizou-se uma pesquisa qualitativa, de tipo colaborativa (VINATIER; MORRISSETTE, 2015; DESGAGNÉ, 2001; MOTTIER-LOPEZ, 2020), em diálogo com o princípio metodológico de alternância na formação (PERRENOUD, 2001b; ALTET, 2010). A pesquisa foi desenvolvida totalmente na modalidade remota, no âmbito da disciplina Estágio supervisionado 1, do curso de Letras- Francês da Faculdade de Letras Estrangeiras Modernas da Universidade Federal do Pará, contando com um total de três participantes: uma professora-formadora, a pesquisadora colaboradora e uma estagiária. Chegou-se à conclusão de que o dispositivo proposto, graças ao duplo movimento, por um lado, de observação, análise e regulação que caracteriza a avaliação formativa e, por outro, de reflexividade e focalização nos gestos didáticos (SCHNEUWLY, 2009), favoreceu fortemente a didatização do agir didático – objeto de formação – e permitiu assim a apropriação da perspectiva didática na formação dos professores de Francês Língua Estrangeira envolvidos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Os instrumentos formativos no processo de ensino/aprendizagem da escrita(Universidade Federal do Pará, 2012) LAMEIRA, Renata dos Santos; CUNHA, Myriam Crestian Chaves da; http://lattes.cnpq.br/0057919162522146O presente estudo versa sobre os instrumentos formativos e os processos de regulação na aprendizagem da produção escrita, em Português como língua materna. Inscreve-se na perspectiva da avaliação formativa de orientação francófona, que se focaliza nos processos de regulação e de autoavaliação, com a finalidade principal de favorecer a aprendizagem, de maneira que os próprios aprendentes possam detectar suas dificuldades e, a partir das atividades de análise propostas, desenvolver instrumentos para superá-las. Articula-se esta concepção da avaliação com os pressupostos de uma abordagem interacionista do ensino/aprendizagem de língua materna que visa, mediante atividades de linguagem significativas, promover a reflexão sobre o uso da língua e o desenvolvimento das competências discursivas. Neste contexto, relata-se um projeto de escrita de contos fantásticos, realizado em uma turma do 7º ano do ensino fundamental, no âmbito de uma pesquisa-ação, metodologia essa que permite a todos os participantes – professores e alunos – serem sujeitos mais efetivos na construção do conhecimento. No desenvolvimento do projeto de escrita adotou-se o procedimento Sequência Didática, tal como modelizado por Schneuwly e Dolz (2004), uma vez que tal procedimento se coaduna plenamente com os princípios da avaliação formativa. Ao longo da sequência foram sendo elaborados pelos participantes alguns instrumentos (listas, fichas...) com vistas à regulação dos contos produzidos e à progressiva apropriação das características do gênero em foco. Analisa-se aqui o processo de construção desses instrumentos formativos, sua utilização pelos aprendentes e os efeitos proporcionados na regulação da aprendizagem. Conclui-se que o uso de instrumentos formativos bem como a própria elaboração desses instrumentos contribuem para a aprendizagem da escrita, permitindo claramente a apropriação de critérios que haviam sido objeto de estudo, fazendo-se, no entanto, uma ressalva à necessidade de haver uma clara articulação dos instrumentos com o modelo didático elaborado no planejamento da sequência de atividades.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Modalidades de avaliação da aprendizagem e suas relações com o ensino/aprendizagem de português língua materna(Universidade Federal do Pará, 2009-08-28) MELO, Kelly Cristina Maragliani; CUNHA, Myriam Crestian Chaves da; http://lattes.cnpq.br/0057919162522146Nos anos 80, a crise vivenciada pela escola pública, materializada no aumento da repetência e da evasão escolar, teve como conseqüência uma maior conscientização por parte dos estudiosos da área de educação em relação à necessidade de melhorar o processo de ensino/aprendizagem. Na área da avaliação escolar, essa crise, dentre outros problemas, fez com que os estudiosos dessa área criticassem o tipo de avaliação exclusivamente somativa, predominante nas práticas avaliativas tradicionais, e valorizassem a avaliação de cunho mais formativo. Surgiram então numerosas propostas de transformação das práticas avaliativas, dentre elas a avaliação autêntica, a democrática, a dialógica, a formativo-reguladora, a mediadora, a avaliação para conhecer e a participativa, geralmente pouco ou nada específicas no que tange ao ensino de línguas. A aparente multiplicidade de concepções avaliativas e as dificuldades que essa variedade suscita para o professor de português língua materna por si só justificam que seja empreendido um estudo no sentido de oferecer a este profissional melhor clareza conceitual e condições para integrar reflexão em língua e reflexões em avaliação. O objetivo deste trabalho é contribuir para melhor conhecer as noções que envolvem a concepção formativa de avaliação com vistas à integração de concepções mais atuais de avaliação no processo de ensino/aprendizagem de português língua materna, condição sine qua non para a renovação efetiva dessa área. A hipótese centra-se na idéia de que por trás dessas diferentes propostas, expostas nas modalidades de avaliação apresentadas pelas obras do corpus, há características que se interseccionam, ligando essas modalidades de avaliação entre si e à concepção formativa de avaliação. Essa pesquisa fundamenta-se, por um lado, nas concepções formativa e formadora de avaliação da aprendizagem1 (NUNZIATI, 1990; ALLAL, BAIN & PERRENOUD, 1993; BONNIOL & VIAL, 2001), bem como nos estudos sobre autoavaliação e autorregulação da aprendizagem (ALLAL, 1993; PERRENOUD, 1993; PARIS & AYRES, 2000), e por outro, nas concepções que influenciam o ensino/aprendizagem do português, como as concepções de linguagem e as concepções de ensino/aprendizagem de línguas (GERALDI, 1984; BERTOCHINI & CONSTANZO, 1989; SOARES, 1998). Este estudo foi realizado por meio de uma pesquisa bibliográfica, tendo como corpus obras impressas e acessíveis aos profissionais de educação brasileiros, as quais apresentam modalidades de avaliação que respondam ao critério principal de se apresentarem como uma alternativa à avaliação tradicional, favorecendo o processo de aprendizagem. Esta pesquisa aponta o desenvolvimento das competências avaliativas como meio de ampliação das competências discursivas e a avaliação formativa a serviço da aprendizagem da língua materna.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Práticas de aconselhamento e regulação da aprendizagem em aulas de Português língua estrangeira: em busca de uma integração(Universidade Federal do Pará, 2021-02-26) OLIVEIRA, Marcia Alves de; CUNHA, Myriam Crestian Chaves da; http://lattes.cnpq.br/0057919162522146; https://orcid.org/0000-0002-9635-5054Este estudo tem por objeto a articulação entre práticas de aconselhamento linguageiro e de avaliação formativa na aprendizagem de Português Língua Estrangeira (PLE) por estudantes iniciantes em imersão no Brasil, num curso intensivo de preparação a um exame de certificação, no qual devem alcançar o equivalente ao nível B1 do Quadro Europeu Comum de Referências para as Línguas (QECRL). A motivação para a realização deste estudo surgiu a partir da minha experiência como conselheira em aprendizagem de línguas e do interesse em compreender como os processos regulatórios e os autorregulatórios, característicos da avaliação formativa, podem ser potencializados por meio de práticas de aconselhamento. Todavia, o aconselhamento em aprendizagem de línguas acontece habitualmente fora da sala de aula, no ritmo desejado pelo aprendente, e não está necessariamente vinculado aos objetos de aprendizagem das aulas de língua, como ocorre com a avaliação formativa que se exerce em referência aos objetivos de aprendizagem. A turma de PLE do Programa de Estudantes- Convênio de Graduação (PEC-G) da Universidade Federal do Pará (UFPA), que dispõe de apenas sete a oito meses para alcançar aprovação no exame, torna-se, desse modo, um ambiente propício para desenvolver pesquisas em avaliação formativa e em práticas de aconselhamento articuladas à ação pedagógica. Portanto, esta pesquisa visa contribuir para a articulação didático-pedagógica entre os pressupostos da (auto)(r)regulação da aprendizagem e do aconselhamento em aprendizagem de línguas, em vista da autonomização dos aprendentes. Trata-se de uma pesquisa-ação realizada em uma turma do curso pré-PEC-G da Faculdade de Letras Estrangeiras Modernas (FALEM) do Instituto de Letras e Comunicação (ILC), no período de fevereiro a outubro de 2019, adotando uma abordagem qualitativa interpretativa dos dados gerados. Os dados, embora, ainda limitados, mostram os benefícios obtidos nessa integração entre os processos formativos e as práticas de aconselhamento que permitiram aumentar significativamente as autorregulações cognitivas e metacognitivas dos aprendentes a respeito de seu processo de aprendizagem. Desse modo, o desenvolvimento de sua autonomia foi potencializado.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Processos de regulação em práticas de ensino para futuros profissionais de francês(Universidade Federal do Pará, 2014-07-28) SILVA, Fernanda Souza e; CUNHA, Myriam Crestian Chaves da; http://lattes.cnpq.br/0057919162522146Este trabalho tem por objeto os processos formativos, entre os quais se encontram os de regulação da aprendizagem, no campo do Ensino/Aprendizagem de Línguas Estrangeiras. O atual Projeto Pedagógico do curso de Letras – habilitação em língua francesa da Universidade Federal do Pará investe no desenvolvimento das competências autorregulatórias dos aprendentes de línguas estrangeiras. Estudos recentes, referentes ao impacto das propostas desta matriz curricular, identificaram aspectos que ainda precisam ser investigados, entre os quais encontra-se o papel do professor da língua estrangeira neste processo, o que justificou a presente investigação. Sendo assim, buscou-se com este projeto contribuir para ampliar, teórica e metodologicamente, os conhecimentos acerca da avaliação formativa como facilitadora dos processos de (auto) regulação da aprendizagem no âmbito do ensino/aprendizagem de línguas estrangeiras, procurando entender quais componentes nas práticas e concepções docentes, podem influenciar positiva ou negativamente o desenvolvimento dessas práticas no contexto da sala de aula de língua. Para tal, foi realizado um estudo de caso, no qual foram observadas aulas de Língua Francesa de três professoras diferentes, com as quais também foram realizadas entrevistas no intuito de entender como lidam com a regulação em suas aulas. Os resultados revelam que as intervenções regulatórias das professoras recaem, principalmente, no plano da comunicação (que abarca aspectos linguísticos e de uso da língua) deixando o plano da aprendizagem (concernente aos métodos e procedimentos de aprendizagem) em segundo lugar, e que as concepções que subjazem a essas práticas estão mais voltadas para a regulação do ensino do que para o desenvolvimento das capacidades autorregulatórias dos aprendentes. Por fim, indicamos algumas ações que um professor de língua pode adotar para promover as capacidades em questão.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Processos de regulação na produção escrita em Português língua estrangeira(Universidade Federal do Pará, 2012-10-30) SILVA, Renata de Cássia Dória da; CUNHA, Myriam Crestian Chaves da; http://lattes.cnpq.br/0057919162522146Este trabalho tem por objetivo geral contribuir para o desenvolvimento do ensino-aprendizagem da produção escrita em Português Língua Estrangeira (PLE) e justifica-se pela crescente demanda em formação nessa língua em diversos contextos geográficos e institucionais. Mais especificamente, procuramos investigar em que medida procedimentos de avaliação formativa favorecem a apropriação das competências de produção escrita junto a um público de PLE que frequentou aulas de português durante sete meses no ano de 2011. Para isso, buscamos elaborar e experimentar instrumentos facilitadores da regulação da produção escrita em PLE, bem como analisar como o uso desses instrumentos repercutiu na aprendizagem da produção escrita desses aprendentes na língua portuguesa. A pesquisa foi realizada com um público de estudantes estrangeiros, vindos ao Brasil no âmbito do programa de convênio PEC-G do governo federal e que se preparam para se submeter ao exame de certificação CELPE-Bras. A entrada destes estudantes em uma universidade brasileira depende da sua aprovação nesse exame nacional. Esses aprendentes precisam ler e redigir com proficiência textos pertencentes a diferentes gêneros textuais para serem bem sucedidos não apenas no exame de certificação, mas também em suas futuras atividades acadêmicas no Brasil. A fundamentação teórica permitiu-nos aprofundar, por um lado, a caracterização da avaliação formativa como dispositivo regulatório no ensino e na aprendizagem de uma língua e, por outro, a descrição dos processos da produção escrita e das exigências dessa tarefa em contexto de PLE. A investigação foi realizada mediante uma pesquisa-ação junto ao público escolhido, de modo a ajudar os aprendentes a se apropriarem dos recursos necessários para solucionar seus problemas de produção escrita. Os resultados finais deste trabalho indicam que os procedimentos formativos de coavaliação e autoavaliação favorecem a regulação da escrita em PLE permitindo aos aprendentes uma melhoria na sua produção textual e, presume-se, na sua competência textual, muito embora as atividades de ensino ou sua ausência pareçam ter uma forte importância.
