Programa de Pós-Graduação em Letras - PPGL/ILC
URI Permanente desta comunidadehttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2310
O Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) do Instituto de Letras e Comunicação (ILC) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Confere ao candidato habilitado o título de Mestre e/ou Doutor em Letras, nas Áreas de Concentração em Estudos Literários ou Estudos Linguísticos, tem como objetivos gerais e fundamentais: preparar pesquisadores capazes de desenvolver trabalhos científicos no campo dos Estudos da Linguagem; desenvolver a competência profissional e científica do graduado para que ele atue com criticidade na sua área de conhecimento; e produzir conhecimento científico relevante para o país, com ênfase, quando oportuno, para as especificidades linguísticas e literárias presentes na Região Amazônica.
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Letras - PPGL/ILC por Orientadores "GALUCIO, Ana Vilacy Moreira"
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Tese Acesso aberto (Open Access) Aspectos morfossintáticos em mebengôkre: transitividade e marcação de argumentos(Universidade Federal do Pará, 2021-08-20) GOMES, Edson de Freitas; GALUCIO, Ana Vilacy Moreira; http://lattes.cnpq.br/3697197245602067; https://orcid.org/0000-0003-0168-1904O sujeito marcado canonicamente em Mẽbêngôkre já vem sendo descrito na literatura sobre a língua há alguns anos, no entanto, a descrição do sujeito marcado não-canonicamente ainda é um campo que precisa ser mais explorado e que mostra ser muito produtivo. A temática do sujeito que recebe marcação diferente do padrão canônico é bastante atual e relevante, pois, pode trazer informações novas para o conhecimento da morfossintaxe da língua e contribuir para o maior conhecimento de fenômenos ainda carentes de descrição. O estudo do sujeito não canônico pretende possibilitar a discussão sobre a realização do sujeito Mẽbêngôkre, mas sem perder de vista que ainda falta muito a ser feito para que esta hipótese seja confirmada definitivamente. Partindo desse cenário, esta tese tem o objetivo principal de descrever as formas como o sujeito é marcado em Mẽbêngôkre, com foco nas estratégias principais utilizadas para a marcação de sujeitos canônicos e não-canônicos, em especial o sujeito dativo, marcado pela posposição mã, e o sujeito locativo, marcado pelas posposições kãm, jã e bê. O padrão não-canônico de sujeitos em Mẽbêngôkre será tratado com base nos testes referentes às propriedades de codificação e comportamentais do sujeito propostos por Keenan (1976); Sigurðsson (2004); Eythórsson; Barddal (2005); Barddal; Eythórsson (2009 e 2016), entre outros autores. A análise apresentada baseia-se em dados oriundos de pesquisa de campo, obtidos por meio de gravação com consultores indígenas de aldeias Mẽbêngôkre, localizadas na reserva Gorotire, município de São Félix do Xingu, Sul do estado do Pará. A metodologia é baseada na aplicação de testes sobre as propriedades de codificação como a marcação de caso nominal, a indexação de argumentos no verbo e a ordem dos constituintes na sentença e das propriedades comportamentais como controle do reflexivo, controle e apagamento nas orações coordenadas e subordinadas, e mudança de referência. Os dados mostram que, além do sujeito marcado canonicamente, existe também o sujeito que é marcado formalmente por morfemas que são posposições e os testes morfossintáticos realizados mostram que estes sujeitos são aprovados na maioria dos testes propostos, no caso do sujeito dativo, e em alguns, no caso do sujeito locativo. Um argumento que corrobora a análise dos prefixos indexados em posposições como sujeito é o fato de estes prefixos serem duplicados pelo pronome nominativo, tal qual ocorre com o sujeito marcado canonicamente.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Pronomes em parkatêjê: a expressão da terceira pessoa(Universidade Federal do Pará, 2016-01-29) SILVA, Nandra Ribeiro; FERREIRA, Marília de Nazaré de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4291543797221091; GALUCIO, Ana Vilacy Moreira; http://lattes.cnpq.br/3697197245602067A língua Parkatêjê pertencente ao complexo dialetal Timbira, é falada no sudeste do Pará, próximo ao município do Bom Jesus do Tocantins. Essa língua apresenta duas séries de pronomes pessoais (livres e dependentes), que recebem marcas de caso e marcação especial de número. As duas séries, segundo Ferreira (2003), distinguem primeira e segunda pessoas, porém não havia sido descrita uma forma específica para o pronome de terceira pessoa. Esta dissertação descreve a expressão da terceira pessoa pronominal em Parkatêjê, comparando com as formas pronominais de terceira pessoa descritas para outras línguas Jê setentrionais, como Mẽbẽngokrê, Krahô, Pykobjê e Apãniekrá.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Proposta de material didático para a língua Sakurabiat(Universidade Federal do Pará, 2020-03-12) COSTA, Carla Daniele Nascimento da; GALUCIO, Ana Vilacy Moreira; http://lattes.cnpq.br/3697197245602067; https://orcid.org/0000-0003-0168-1904Falada atualmente por cerca de 12 pessoas, no estado brasileiro de Rondônia, Sakurabiat é uma língua ameaçada de extinção que compõe o ramo Tupari, família Tupi. Em um contexto de ensino formal de língua, Sakurabiat possui os status de segunda língua e língua de herança na comunidade. Por essa razão, a formação adequada e continuada dos professores indígenas é uma etapa fundamental no processo de ensino e resgate da língua e cultura tradicionais, pois é a partir da tomada de decisões bem informadas que a comunidade Sakurabiat poderá alcançar seus objetivos linguísticos. A produção e publicação sistemática de materiais específicos às demandas dos povos autóctones é um dos princípios da educação escolar indígena no Brasil. No entanto, muitas escolas carecem de tais recursos. Partindo desse cenário, este trabalho tem o objetivo de descrever e analisar o processo de elaboração de um material didático para a língua Sakurabiat. Fundamentada nos pressupostos teóricos das políticas brasileiras de ensino de línguas (BRASIL, 1988, 1996, 1998), bem como nas teorias de aprendizagem linguística e nos métodos e abordagem de ensino de línguas, incluindo a alfabetização em línguas minorizadas (BAKER, 2001; PAIVA, 2014; RICHARDS; RODGERS, 2001), a presente pesquisa é orientada pela abordagem qualitativa de análise de dados e pelos princípios metodológicos da pesquisa bibliográfica, do estudo de caso, da etnografia e da pesquisa-ação. Os procedimentos metodológicos incluíram trabalho de campo para coleta de dados através de entrevistas, observações in loco e elicitações. Foram realizadas duas viagens de campo dirigidas a públicos diferentes. A primeira viagem foi direcionada às demandas educacionais dos professores Sakurabiat. Já a segunda viagem focalizou os objetivos de aprendizagem da língua indígena expressos por pais de alunos da escola Aipere e membros da comunidade em geral. Os dados coletados revelaram que os Sakurabiat anseiam por um material que os auxilie no processo de resgate da língua e cultura do povo. Dessa maneira, a pesquisa evidencia a necessidade de utilização de diferentes teorias de aprendizagem, assim como de métodos e abordagem de ensino de línguas para atender às especificidades e demandas do contexto Sakurabiat. A expectativa é a de que o material analisado nesta pesquisa funcione como uma ferramenta no processo de resgate da língua e cultura indígena. Para isso, os membros da comunidade precisarão transpor as fronteiras da escola e levar a língua e cultura Sakurabiat a diferentes espaços de uso.
