Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica - PPGG/IG
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O Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica (PPGG) do Instituto de Geociências (IG) da Universidade Federal do Pará (UFPA) surgiu em 1976 como uma necessidade de desmembramento do então já em pleno desenvolvimento Curso de Pós-Graduação em Ciências Geofísicas e Geológicas (CPGG), instalado ainda em 1973 nesta mesma Universidade. Foi o primeiro programa stricto sensu de Pós-Graduação (mestrado e doutorado) em Geociências em toda Amazônia Legal. Ao longo de sua existência, o PPGG tem pautado sua atuação na formação na qualificação de profissionais nos níveis de Mestrado e Doutorado, a base para formação de pesquisadores e profissionais de alto nível. Neste seu curto período de existência promoveu a formação de 499 mestres e 124 doutores, no total de 623 dissertações e teses.
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica - PPGG/IG por Orientadores "BARROS, Carlos Eduardo de Mesquita"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Evolução petrológica e estrutural das rochas metabásicas e granitóides da Serra Leste, Província Mineral de Carajás(Universidade Federal do Pará, 2008-09-25) NASCIMENTO, Valéria Marinho do; MOURA, Augusto Veloso; http://lattes.cnpq.br/1035254156384979; BARROS, Carlos Eduardo de Mesquita; http://lattes.cnpq.br/3850881348649179A área estudada situa-se nos domínios de Serra Leste, a nordeste do município de Curionópolis, próximo a Serra Pelada. Foram identificadas rochas máficas/ultramáficas pertencentes ao Complexo Luanga, rochas metavulcanosedimentares, metagabros e rochas granitóides deformadas. Os metabasaltos possuem intercalações de quartzitos, formações ferríferas e mica xistos. Diques de diabásio e gabro também ocorrem de modo subordinado. Os metabasaltos pertencem à sequência metavulcano-sedimentar possuem textura subofítica preservada, textura subofítica com superposição de feições metamórficas e textura nematoblástica/granoblástica. A história metamórfica dos metabasaltos é marcada por três fases. A primeira fase M0 é representada por transformações hidrotermais de natureza marinha, em condições de fácies xisto verde. A segunda fase M1 é caracterizada pelo metamorfismo termal, provocada pelos efeitos tectônicos regionais somados aos efeitos tectono-termais provocados por granitóides de 2,85 Ga, a exemplo daqueles da pedreira do CIMCOP. Concomitante à fase M1, formou-se uma foliação S1 (N40ºE) nos metabasaltos, marcada pela incipiente orientação de anfibólio. Durante a terceira fase de metamorfismo M2 desenvolveu-se localmente uma foliação S2 (N70ºE) que corta a foliação S1. Igualmente à fase M1, a fase M2 teria se desenvolvido em condições de temperatura em fácies hornblenda hornfels. A foliação S2 estaria relacionada a efeitos tectônicos regionais somados aos efeitos termais, causados provavelmente pelos granitóides arqueanos (~2,76 Ga). As rochas metabásicas da região da Serra Leste são subalcalinas, toleíticas e distinguidas por altos teores de ferro, de modo similar ao observado nos basaltos enriquecidos em ferro dos greenstones de Munro Township (Canadá). Diagramas químicos usados tentativamente para definir ambientes geotectônicos permitem sugerir que os metabasaltos têm semelhanças com toleítos de arcos de ilha ou de fundo oceânico. Os granitóides da região da Serra Leste são biotitaquartzo dioritos, biotita trondhjemitos, hornblenda-biotita trondhjemitos, biotita granodioritos e biotita monzogranitos cálcico-alcalinos de médio K, comparáveis aos granitóides do tipo-I e CA-2, gerados em arcos vulcânicos. A gênese destas rochas poderia ser explicada pela fusão parcial de metabasaltos, e os líquidos teriam evoluído a partir do fracionamento de feldspato, anfibólio e subordinadamente piroxênio. Os granitóides de 2,85 Ga que ocorrem na pedreira do CIMCOP apresentam estruturas magmáticas marcadas por acamamento S0 e foliação S1 (orientação preferencial de minerais) paralela ao acamamento. As relações entre os anfibolitos e os granitoides permitem dizer que os metabasaltos são mais antigos que 2,85 Ga.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Geologia estrutural, geoquímica, petrografia e geocronologia de granitóides da Região do Igarapé Gelado, norte da Província Mineral de Carajás(Universidade Federal do Pará, 2004) BARBOSA, Jaime dos Passos de Oliveira; BARROS, Carlos Eduardo de Mesquita; http://lattes.cnpq.br/3850881348649179Ao norte da Serra dos Carajás, na região do Igarapé Gelado, afloram rochas granitóides em um domínio de forma elíptica, orientado na direção WNW-ESSE. Estas rochas são limitadas a sul e norte por metabasaltos e por formações ferríferas bandadas do Supergrupo Itacaiúnas. Alguns xenólitos destas rochas supracrustais podem ser encontrados no interior das rochas granitóides. Os granitóides apresentam foliação penetrativa na escala do maciço, cuja direção WNW-ESSE e E-W é concordante às estruturas regionais. Foliações com mergulhos de alto ângulo predominam, porém localmente mergulhos subhorizontais podem ser observados. A foliação é continua, regular e marcada pela orientação preferencial fraca a forte dos minerais máficos e dos feldspatos, assim como dos agregados achatados de quartzo. Graus mais intensos de deformação foram alcançados em zonas miloníticas de espessura decimétrica e de direção geral E-W. Bandas conjugadas de cisalhamento são raramente presentes. A evolução estrutural destas rochas granitóides indica colocação concomitante a esforços compressivos de direção N-S, similarmente a outros granitos contemporâneos que afloram na região de Carajás. Granodioritos e monzogranitos predominam amplamente sobre tonalitos, leucomonzogranitos e sienogranitos. Estes tipos petrográficos podem ser cortados por veios de espessura decimétrica, preenchidos por material pegmatítico quartzo-feldspático, o qual por vezes tem textura gráfica. Os granitóides mostram textura granular orientada e textura milonítica nas partes mais fortemente deformadas. Localmente ocorre textura gráfica acompanhada de cristais corroídos de anfibólio, que resultam em texturas em peneira. Ambas feições são indicadoras de cristalização rápida controlada por undercooling em condições de baixa pressão. Em rochas moderada a fortemente deformadas, a corrosão de anfibólio e biotita produz simplectitos nas faces paralelas à foliação. A corrosão, neste caso, é controlada pelos esforços em um meio não completamente consolidado. Granitóides cálcio-alcalinos (CA-2) predominam sobre as rochas de tendência alcalina (ALK-3). Ambos grupos têm teores moderados a altos de Nb e Zr, fazendo com que mesmo os tipos cálcio-alcalinos ocupem, em alguns diagramas, campos de granitos tipo-A. Os granitóides alcalinos e cálcio-alcalinos da região do Igarapé Gelado foram originados muito provavelmente pela fusão parcial de crosta continental. Os altos valores de Zr parecem indicar altas temperaturas durante a fusão parcial. Diferenças no comportamento dos elementos terras raras dos granitóides ALK-3 e CA-2 estudados podem traduzir diferenças nas rochas fonte ou diferenças nas profundidades de origem dos respectivos magmas. Os magmas cálcio-alcalinos, mais empobrecidos em elementos terras raras pesados seriam produzidos em níveis mais profundos. A datação de cristais de zircão pelo método Pb-Pb forneceu idade de 2,5 Ga nas menores e 2,73 Ga nas etapas de maior temperatura. O valor de 2,73 Ga é considerado a idade mínima de cristalização das rochas granitóides da região do Igarapé Gelado, e é muito próximo da idade obtida por outros autores em veios quartzo-feldspáticos que cortam rochas do Grupo Igarapé Pojuca, dentro dos domínios estudados neste trabalho. A idade de 2,5 Ga reflete, provavelmente, algum grau de perturbação do sistema U-Pb. As rochas granitóides da região do Igarapé Gelado são assim consideradas como representantes do magmatismo granítico sintectônico neo-arqueano (2,7 Ga) da Província Mineral de Carajás (eg. Complexo Granítico Estrela, Stocks Graníticos da Serra do Rabo, Suíte Plaquê).Dissertação Acesso aberto (Open Access) Geologia, geoquímica e geocronologia do granito Serra do Rabo, província mineral de Carajás(Universidade Federal do Pará, 2002-03-25) SARDINHA, Alex Souza; BARROS, Carlos Eduardo de Mesquita; http://lattes.cnpq.br/3850881348649179Dissertação Acesso aberto (Open Access) Petrologia, geologia estrutural e aerogeofísica da porção Leste do Domínio Bacajá, Província Maroni-Itacaiúnas(Universidade Federal do Pará, 2008-09-30) SOUSA, Cristiane Silva de; BARROS, Carlos Eduardo de Mesquita; http://lattes.cnpq.br/3850881348649179O Domínio Bacajá está situado na porção centro-leste do Estado do Pará na parte sul da Província Maroni-Itacaiúnas, na qual ocorrem rochas orogenéticas paleoproterozóicas e arqueanas retrabalhadas durante o Ciclo Transamazônico. A área estudada se localiza no município de Novo Repartimento, a sul da localidade de Maracajá, onde afloram monzogranitos, granodioritos, tonalitos, assim como quartzitos, granulitos e gnaisses. Anfibolitos ocorrem como xenólitos em granitóides. Diques de diabásio afloram localmente. Os dados aerogeofísicos permitiram aprimorar a cartografia da área. As estruturas magnéticas, principalmente das derivadas horizontais (x,y) e vertical (z), evidenciam lineamentos WNW-ESE, coincidente com as estruturas regionais. Os lineamentos de direções NE-SE representam diques máficos. Os canais de K, U, Th, Contagem Total e Ternários (RGB e CMY) permitiram a individualização de dez domínios gamaespectrométricos. Os granitos com biotita e gnaisses têm valores radiométricos altos. Nos locais de leucomonzogranitos e de granitos com hornblenda os valores de radioatividade são moderados a baixos, ao passo que nos quartzitos os valores são moderados a baixos. Os granitóides estudados têm foliação penetrativa em escala regional, com direções NW-SE a WNW-ESE e mergulhos geralmente subverticais. Acamamento primário com mergulhos de baixo e alto ângulos evoluem para foliação secundária e zonas miloníticas concordantes. A lineação mineral é fraca e possui baixo ângulo de caimento. Na escala microscópica nota-se transição da deformação em estágio não completamente consolidado para a deformação no estágio sólido. A análise dos elementos estruturais dos granitóides refletem contemporaneidades entre a deformação regional e a colocação de grande volume de magma intermediário a félsico, onde a penetratividade, em escala regional, da foliação impressa nas rochas e a homogeneidade desta foliação na escala de afloramento são feições muito comuns em cinturões plutônicos sintectônicos, geralmente encontrados em arcos magmáticos. Quatorze fácies petrográficas são descritas entre os granitóides, podendo traduzir a presença de vários plútons. Estas rochas são metaluminosas, cálcio-alcalinas de médio a alto potássio e se distinguem por altos teores de elementos terras raras leves e concentrações baixas de terras raras pesados. As anomalias negativas de Eu são muito pequenas ou estão ausentes. Os granitóides mostram feições petrográficas, geoquímicas e estruturais que permitem sugerir um ambiente de arco magmático para a região estudada, com a colocação dos granitóides contemporânea a esforços compressivos.
