Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica - PPGG/IG
URI Permanente desta comunidadehttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2603
O Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica (PPGG) do Instituto de Geociências (IG) da Universidade Federal do Pará (UFPA) surgiu em 1976 como uma necessidade de desmembramento do então já em pleno desenvolvimento Curso de Pós-Graduação em Ciências Geofísicas e Geológicas (CPGG), instalado ainda em 1973 nesta mesma Universidade. Foi o primeiro programa stricto sensu de Pós-Graduação (mestrado e doutorado) em Geociências em toda Amazônia Legal. Ao longo de sua existência, o PPGG tem pautado sua atuação na formação na qualificação de profissionais nos níveis de Mestrado e Doutorado, a base para formação de pesquisadores e profissionais de alto nível. Neste seu curto período de existência promoveu a formação de 499 mestres e 124 doutores, no total de 623 dissertações e teses.
Navegar
Navegando Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica - PPGG/IG por Orientadores "BORGES, Maurício da Silva"
Agora exibindo 1 - 9 de 9
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Dissertação Acesso aberto (Open Access) Aplicação de dados SRTM (Shuttle Radar Topography Mission) no estado do controle neotectônico da rede de drenagem e microbacias hidrográficas, na região de Urucu e Adjacências (AM)(Universidade Federal do Pará, 2009-09-01) PINTO, Marcelo Lima; BORGES, Maurício da Silva; http://lattes.cnpq.br/1580207189205228Os estudos geológicos do Neógeno da Amazônia têm mostrado significativas evidências de processos tectônicos recentes, verificadas, sobretudo, a partir do controle estrutural dos vales e rios da região. Diante deste quadro, o objetivo desse estudo referiu-se à investigação neotectônica da região de Urucu e Adjacências (AM) por meio da análise estrutural dos sistemas de drenagens e relevo a partir de produtos digitais, a saber, imagens SRTM (Shuttle Radar Topography Mission). O entendimento da estruturação tectônica mais recente, da região de Urucu (AM), é fundamental na definição da geometria paisagística atual. Desta forma, esse estudo foi de importância fundamental para o reconhecimento de estruturas reativadas (NE-SW, NNE-SSW, NW-SE) e neoformadas (E-W e ENE-WSW), que certamente influenciam no controle paisagístico da drenagem e do relevo durante o Neógeno até o presente momento. A análise inicial dos alinhamentos de drenagem e relevo a partir das imagens SRTM permitiu a interpretação de dois grandes conjuntos de descontinuidades. O primeiro conjunto engloba as estruturas com orientação E-W e ENE-WSW, as quais se associam orientações NE-SW e NNESSW. O segundo conjunto reúne as estruturas posicionadas a NW-SE e NNW e SSE. O primeiro conjunto relaciona-se a estruturas com provável movimentação transcorrente, onde as orientações NE-SW representam “splays” que se dispõem de modo a compor estruturais sigmóidais semelhantes a duplexes direcionais. Os conjuntos estruturais orientados a NNE-SSW parecem representar um segundo pulso no contexto dessa movimentação direcional / transpressiva. O segundo conjunto é representado por descontinuidades NNW-SSE. Estas orientam a geometria e impõem assimetrias na rede de drenagem, as quais são compatíveis com a definição de “fronts” e reversos no relevo. A paisagem observada assemelha-se aquelas desenvolvidas em movimentações “dip-slip” normais. Um segundo pulso de movimentação com geometria de falha normal orientada a NW-SE limita as planícies aluviais e provoca a barragem natural do sistema hidrográfico, proporcionando deslocamentos dos canais fluviais. Este último pulso provavelmente ocorreu no Holoceno. Também, baseado em dados geofísicos do tipo Campo Total Reduzido do IGRF (International Geomagnetic Reference Field) pode-se observar que Os estudos geológicos do Neógeno da Amazônia têm mostrado significativas evidências de processos tectônicos recentes, verificadas, sobretudo, a partir do controle estrutural dos vales e rios da região. Diante deste quadro, o objetivo desse estudo referiu-se à investigação neotectônica da região de Urucu e Adjacências (AM) por meio da análise estrutural dos sistemas de drenagens e relevo a partir de produtos digitais, a saber, imagens SRTM (Shuttle Radar Topography Mission). O entendimento da estruturação tectônica mais recente, da região de Urucu (AM), é fundamental na definição da geometria paisagística atual. Desta forma, esse estudo foi de importância fundamental para o reconhecimento de estruturas reativadas (NE-SW, NNE-SSW, NW-SE) e neoformadas (E-W e ENE-WSW), que certamente influenciam no controle paisagístico da drenagem e do relevo durante o Neógeno até o presente momento. A análise inicial dos alinhamentos de drenagem e relevo a partir das imagens SRTM permitiu a interpretação de dois grandes conjuntos de descontinuidades. O primeiro conjunto engloba as estruturas com orientação E-W e ENE-WSW, as quais se associam orientações NE-SW e NNESSW. O segundo conjunto reúne as estruturas posicionadas a NW-SE e NNW e SSE. O primeiro conjunto relaciona-se a estruturas com provável movimentação transcorrente, onde as orientações NE-SW representam “splays” que se dispõem de modo a compor estruturais sigmóidais semelhantes a duplexes direcionais. Os conjuntos estruturais orientados a NNE-SSW parecem representar um segundo pulso no contexto dessa movimentação direcional / transpressiva. O segundo conjunto é representado por descontinuidades NNW-SSE. Estas orientam a geometria e impõem assimetrias na rede de drenagem, as quais são compatíveis com a definição de “fronts” e reversos no relevo. A paisagem observada assemelha-se aquelas desenvolvidas em movimentações “dip-slip” normais. Um segundo pulso de movimentação com geometria de falha normal orientada a NW-SE limita as planícies aluviais e provoca a barragem natural do sistema hidrográfico, proporcionando deslocamentos dos canais fluviais. Este último pulso provavelmente ocorreu no Holoceno. Também, baseado em dados geofísicos do tipo Campo Total Reduzido do IGRF (International Geomagnetic Reference Field) pode-se observar que existe uma forte correlação entre estruturas neotectônicas e as anomalias magnéticas, indicando que as estruturas neoformadas estão associadas à estruturas E-W e ENE-WSW e as estruturas de reativação das estruturas antigas apresentam-se com direções NE-SW, NNE-SSW, NW-SE.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Aplicação de geoprocessamento na análise ambiental das bacias hidrográficas do Igarapé Juruti Grande e rio Aruã – Juruti – Pará(Universidade Federal do Pará, 2007-03-26) TANCREDI, Nicola Saverio Holanda; BORGES, Maurício da Silva; http://lattes.cnpq.br/1580207189205228A área destas pesquisas localiza-se na região de Juruti, correspondendo as bacias hidrográficas do igarapé Juruti Grande e do rio Aruã. Está inclusa no domínio do clima equatorial úmido com precipitação pluviométrica total anual média de 2.223 mm, apresentando floresta densa com grande número de espécies vegetais. A pedologia mostra essencialmente latossolos amarelos e nas planícies de inundação do rio Amazonas, solos hidromórficos. Esta região situa-se na Bacia Sedimentar do Amazonas estando na parte superior, um espesso pacote de rochas cretáceas, pouco consolidadas, da Formação Alter do Chão, sendo recoberta na rede de drenagem por depósitos aluviais, destacando-se a planície de inundação do rio Amazonas. A área das bacias hidrográficas do igarapé Juruti Grande e rio Aruã apresentam bom estado de conservação. Contudo, desenvolve-se na área dos platôs dessas bacias o Projeto Juruti para explotação de bauxita, pela empresa Alcoa Inc., passando essa área por intensa especulação, com grande pressão sobre o meio ambiente, sendo necessário monitoramento periódico por parte dos órgãos competentes para manutenção do ecossistema equilibrado. Assim, o geoprocessamento desponta como uma alternativa eficiente, rápida e de baixo custo para este monitoramento ambiental, evidenciado pelos resultados apresentados nestas pesquisas. Disponibilizaram-se metodologias para gerenciar o capital natural da área de investigação, desenvolvendo-se sistemas de informação geográficas (SIG’s), pois possuem papel vital na administração das informações espaciais do meio ambiente, facilitando a gestão por meio digital dos dados cartográficas e permitindo a elaboração de prognósticos e diagnósticos decorrente dos problemas ambientais, subsidiando o planejamento e a tomada de decisões. Desta maneira aaplicação de SIG´s na área de investigação é de grande valia, uma vez que a região de Juruti passa e passará, por grandes transformações em vários aspectos ecológicos e sócioeconômicos, deixando de ser apenas mais uma região ribeirinha da Amazônia. Na construção do SIG para esta área, efetivou-se o armazenamento da geometria e dos atributos de dados georreferenciados, além de imagens de radar e de satélites, com datas de aquisição nos anos de 1972, 1986, 1997, 2000, 2001 e 2005. A abordagem multitemporal permitiu o acesso a informações sobre a evolução do uso da terra e as alterações qualitativas e quantitativas da cobertura vegetal natural, possibilitando análise dos biomas alterados entre os diferentes anos comparados, entendidos como fundamentais para avaliações iniciais da ecologia da paisagem, sobretudo no que concerne aos seus landcovers. O procedimento computacional possibilitou a uma avaliação inicial de parâmetros métricos (sobretudo os relacionados a diversidade paisagística) de forma automática, além da geração de mapas temáticos digitais. O desenvolvimento e aplicação destas metodologias tecnológicas (geoprocessamento e sensoriamento remoto aplicados a imagens de radar e de satélites), na região de Juruti, possibilitaram a geração de diversos produtos representativos, como os mapas multitemporais de uso e ocupação do solo, de altimetria, correlação de declividade com o relevo, lineamentos de drenagens, dentre outros. Os mapas temáticos de classificação e uso do solo apresentaram a evolução dos landcovers nos quatro anos utilizados como referência. A aplicação do índice de kappa para avaliação da qualidade do mapeamento temático apontou um resultado de 0,72, indicando que a classificação foi muito boa. Os mapas temáticos e os respectivos gráficos comparativos mostraram que a área de floresta apresentava 91,8% do total da área no ano de 1986; 87,22% em 1997; 85,57% em 2001 e 74,92% em 2005. As áreas antropizadas e de capoeira, aumentaram proporcionalmente à diminuição das áreas de florestas. O mapa de correlação de declividade com o relevo apresentou o predomínio de áreas com baixa declividade, em especial as áreas com relevo de várzea e planas a suave onduladas. As regiões que apresentaram relevo ondulado a forte ondulado concentraram-se, principalmente, na parte central das bacias hidrográficas. As interpretações geométricas e cinemáticas das principais estruturas neotectônicas existentes na área de trabalho com análise da rede de drenagem detalhada, consideraram apenas os segmentos retos, assumindo que os mesmos representariam lineações de drenagem. Neste sentido, detectaram-se as direções: NE-SW, bem marcada e caracterizando feixes extensos, marcados por conjuntos de lineações isoladas e por alinhamentos, concentrando-se sobretudo na porção SE da região investigada, NNE-SSW concentrada na porção NW da área, particularmente próximo ao rio Amazonas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Aspectos neotectônicos e ecologia da paisagem em parte da área dos municípios do NE do estado do Pará (Tucurui, Baião, Breu Branco, Goianésia, Moju e Tailândia)(Universidade Federal do Pará, 2007-10-30) SOUZA, Francileide de Fátima Rocha; BORGES, Maurício da Silva; http://lattes.cnpq.br/1580207189205228Este trabalho investigou os aspectos da paisagem através das evidências geológicas, geomorfológicas e Neotectônicas na região entre os Municipios de Tucurui até Tailândia (PA). Nesta região a incidência de processos neotectônicos foi responsável pela geração de estruturas, seqüências sedimentares, padrões de rede de drenagem ( Bacia do Rio Tocantins ) e sistemas de relevo. Para execução deste estudo foram utilizados imagens Landsat ETM+ processadas digitalmente em plataforma ENVI 4.0, além de modelos digitais de elevação fornecidos pelo SRTM/NASA e imagens de radar SAR, visando à análise do relevo ,drenagem e reconhecimento dos lineamentos mais expressivos , bases analógicas também foram convertidas para o formato digital com a finalidade de elaborar bases cartográficas em ambiente ArcGIS 9.1. A Análise do relevo, na área investigada, permitiu identificar os seguintes grupos genéticos: a) Grupo de Degradação – Constituído por Sistema de Serras (Serra do Trucará ) com topos achatados de amplitudes variando entre 253 e 290 metros, Sistema de Morros com topos angulosos até 180 metros e Sistema Colinoso alcançando até 120 metros , os quais constituem a maior parte da expressão paisagística; b) Grupo de Agradação – Englobando Sistemas de Planícies Aluviais e Sistema de Terraços Fluviais. Estes sistemas são exibidos com geometrias controladas pela instalação de descontinuidades, caracterizando compartimentação morfoestrutural. A integração dos dados, oriundos da análise do relevo, bem como a caracterização das anomalias de drenagem e as descontinuidades, permitiu o reconhecimento de “landorfms” tectônicos primários associados a feixes de lineamentos orientados a E-W, NW-SE, NE-SW e N-S, estes entendidos como tendo funcionado em tempos neotectônicos. A articulação entre os feixes de falhas neotectônicas se dá maneira a definir um romboedro extensional a sul do paralelo 3030”S. A estrutura romboedral é definida pelo arranjo entre feixes de descontinuidades orientadas a NW-SE, com tendência simétrica e com aparente natureza transtensiva e feixes de descontinuidades orientados a E-W, ao centro da área, com provável componente “strike-slip” dominante. Esta geometria é cortada por estruturas complicadoras orientadas a NE-SW. Três feixes principais de descontinuidades orientadas a N-S afetam a área de investigação, e representam “landforms” tectônicos primários com tendência extensional. Estas estruturas foram interpretadas como decorrentes da reativação das estruturas do Cinturão Araguaia. Organizam-se em uma estrutura assimétrica com mergulho dominante para Leste e na altura do meridiano 49038W parecem ter forte vínculo com o traçado do Rio Tocantins e impõe significativo controle aos depósitos quaternários. A rede de drenagem se ajusta prontamente a estes padrões de tropia estrutural, os quais respondem pela presença de feições anômalas como arcos e cotovelos, e pela instalação de padrões , com forte assimetria, alguns parcialmente interpretados como treliça de falha. A morfogênese da área em apreço, no que concerne aos seus aspectos tectônicos foi admitida como vinculada à atuação de um binário dextral orientado a EW, fruto da dinâmica estabelecida pela atual fase de deriva da Placa Sul Americana para Oeste.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Ecologia da paisagem da ilha do Mosqueiro, NE do estado do Pará.(Universidade Federal do Pará, 2005-06) SALES, Gil Mendes; BORGES, Maurício da Silva; http://lattes.cnpq.br/1580207189205228Este trabalho investigou os parâmetros físicos do modelo de paisagem da Ilha do Mosqueiro, no nordeste do Estado do Pará, na região amazônica, utilizando estratégias investigativas que permitissem inserções no ordenamento ambiental. Nesta oportunidade foram privilegiadas as atividades na área do geoprocessamento. No contexto ambiental, este trabalho apresenta produtos de integração e outros inéditos, cuja idéia é a de instrumentalizar as políticas governamentais locais, visando contribuir para melhoria da relação do modelo de ocupação antrópica da paisagem versus manutenção da qualidade e preservação ambiental, tendo em vista a necessidade de se estabelecer uma estrutura de desenvolvimento adequada nos cenários atuais. A importância do Distrito de Mosqueiro para Belém é indiscutível. Sua história e potencial turístico são peculiares; além do que a ilha se estabelece como importante componente da vida social, artística, cultural e esportiva da maioria da população que compõe a grande Belém. Ao longo do tempo, a Ilha do Mosqueiro foi cenário de muitas transformações paisagísticas. A atuação de fatores locais como aqueles de ordem litológica, pedológica, de relevo e, mais recentemente, antrópicos, são utilizados para explicar o arranjo atual da paisagem. Neste sentido, a ecologia da paisagem apresenta-se como importante abordagem integradora para a busca pelo entendimento da evolução neogênica. Dentro das variadas vertentes de estudos sobre o modelado da paisagem, optou-se por avaliar multitemporalmente a evolução dos sistemas natural e construído (diversidade paisagística), assim como a aplicação inédita de métricas da paisagem para quantificar a situação paisagística atual e seus possíveis impactos ambientais futuros, diante das estratégias atuais de ocupação. Além disso, buscou-se a integração de diferentes variáveis como o solo, geologia, geomorfologia, neotectônica, a cobertura vegetal e uso da terra da Ilha do Mosqueiro, para a definição das áreas vulneráveis a processos que estão inseridos na dinâmica da mesma, a exemplo da erosão. Assim, na condução desta pesquisa na Ilha do Mosqueiro as vertentes de aplicação envolveram: geoprocessamento, processamento digital de imagens, métricas da paisagem e estatística e álgebra de mapas. Os dados primordiais neste trabalho foram: imagens do satélite Landsat, produtos cartográficos oriundos do levantamento aerofotogramétrico de Belém, mapa de levantamento detalhado de solos, mapa de geologia, e informações coletadas em campo. Os aplicativos utilizados para a obtenção dos resultados foram os seguintes: SPRING (versão 4.0/Windows), ARCVIEW (versão 3.3/Windows), FRAGSTATS (versão 3.0), e SURFER (versão 8.0). Dentre os principais resultados alcançados no estudo da paisagem da Ilha do Mosqueiro, destacam-se: mapas que retratam a dinâmica de ocupação (análise multitemporal), análise espacial da estrutura paisagística atual (aplicação de métricas da paisagem), avaliação de mudanças geomorfológicas, arcabouço atual do regime tectônico (falhas tectônicas), e, por fim, o mapa de vulnerabilidade à erosão.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Evolução morfotectônica e ecologia da paisagem na região da Orinôquia Colombiana(Universidade Federal do Pará, 2000-07-20) CASTRO, Beatriz Jimenez; BORGES, Maurício da Silva; http://lattes.cnpq.br/1580207189205228Dissertação Acesso aberto (Open Access) Geologia do perfil entre os municípios de Colina e Couto Magalhães no estado do Tocantins-Brasil(Universidade Federal do Pará, 1997-02-18) MORAES JÚNIOR, Ofir; BORGES, Maurício da Silva; http://lattes.cnpq.br/1580207189205228; GÓES, Ana Maria; http://lattes.cnpq.br/2220793632946285A área está inserida no quadro geológico da Província Tocantins, dentro da porção mais meridional da Amazônia oriental. Está compreendida entre os paralelos 08° 00’ 00’’ e 08° 30’ 00’’ e os meridianos 48° 30’ 00’’ e 49° 30’ 00’’. A região pesquisada engloba uma seção geológica que tem inserção na cidade de Colinas do Tocantins, com prosseguimento através da rodovia estadual TO-280 e término ocorrendo às proximidades da cidade de Couto Magalhães/TO, perfazendo cerca de 107 km em perfil. Adota-se nesse trabalho a divisão cronoestratigráfica para o Supergrupo Baixo Araguaia, que inclui da base para o topo, os grupos Estrondo e Grupo Pequizeiro. Optou-se por incluir no Grupo Estrondo os litotipos atribuídos à Formação Xambioá (além da inclusão, neste grupo, da Formação Couto Magalhães). Esta unidade, em sua porção leste, está constituída dominantemente por xistos e quartzitos, sendo mais comuns biotita xistos, xistos feldspáticos (gnaissóides) e quartzitos puros; na sua porção oeste, aflora a unidade denominada, por alguns autores, de Formação Couto Magalhães, cuja litologia principal é representada por metassedimentos, dominantemente filitos. O Grupo Pequizeiro, em alguns trabalhos denominado Formação Pequizeiro (incluída no antigo Grupo Tocantins), situa-se na pare centro-oeste da área e exige rochas fundamentalmente formadas por micaxistos, sendo mais frequentes clorita xistos e biotita xistos intercalados. A bacia do Parnaíba está representada, em sua borda oeste (porção leste da área de trabalho) pelos sedimentos pelíticos da Formação Pimenteira e arenitos da Formação Cabeças. Também foram observadas unidades essencialmente conglomeráticas atribuídas à Formação Rio das Barreiras e à unidade Conglomerado Cipó, as quais, por alguns autores, têm sido consideradas como variações deposicionais da Formação Cabeças, ou da Formação Piauí ou até da Formação Pedra de Fogo. Estes conglomerados são aqui considerados como de idade eopaleozóica. As características sedimentológicas da Formação Rio das Barreiras não permitem correlacioná-la a nenhuma unidade da bacia do Parnaíba; já os Conglomerados Cipó podem ter relação com a Formação Serra Grande desta bacia. Os aspectos estruturais identificados dentro do Supergrupo Baixo Araguaia segregam não apenas dois grupos litoestratigráficos enfeixados nos grupos Estrondo e Pequizeiro, mas também duas classes de estruturas: uma originada por sistema de tectônica puramente dúctil e não-coaxial; e outra oriunda de uma tectônica predominantemente rúptil e coaxial, implantada posteriormente. São marcados pela presença constante de três tipos mais importantes de estruturas tectógenas: [a] foliação milonítica e xistosidade; [b] lineação de estiramento; além de uma terceira estrutura identificada pontualmente; [c] bandamento composicional. Outras feições, não menos importantes, são descritas como dobras, clivagem de crenulação, veios e lentes. Dentro do domínio de estruturas de caráter rúptil são reconhecidas falhas de diferentes tipos, juntas ou fraturas, além do lineamento de orientações várias que podem representar distintos tipos de estruturas. As estruturas identificadas no âmbito da bacia do Parnaíba são caracterizadas fundamentalmente através da atuação de processos originados por falhamentos de caráter normal. São estruturas oriundas de regime de tectônica frágil que gerou falhas normais importantes, tanto em escala regional como em escala de afloramento. De igual importância, são as descontinuidades descritas como juntas que constituem marcantes impressões registradas nas duas unidades sedimentares mapeadas dentro desta porção da bacia. A correlação entre as feições exibidas em escala de afloramento (falhas, fraturas, estrias) com os lineamentos de escala regional evidencia o direcionamento principal segundo uma direção preferencial norte-sul. Esta orientação pode ser visualizada através dos registros (diagramas) de tratamentos estatísticos baseados em medidas de campo. As estruturas glaciotectônicas estudadas referem-se às geometrias deformadas e caóticas existentes nos depósitos areno-conglomeráticos devonianos pertencentes à Formação Cabeças da bacia do Parnaíba. Ocorrem em boa parte da área de trabalho, ao longo da porção mais oriental da região. São principalmente tilitos que exibem exuberantes feições cisalhantes, atribuídas ao tectonismo de paleogeleiras do final da sedimentação marinha dos arenitos Cabeças, no Fameniano. São descritos tilitos deformados e pouco deformados originados em regime de deformação progressiva através de movimentos tangenciais em zonas de cisalhamento simples e heterogêneo, geradas em ambientes subglaciais distais e de contato glacial. Dois principais compartimentos de relevo estão expostos dentro da área de trabalho: [1] aquele atribuído ao cinturão Araguaia e [2] aquele correlacionado à cobertura sedimentar da bacia do Parnaíba. No âmbito do cinturão Araguaia, que faz parte do Planalto do Interflúvio Araguaia-Tocantins, foram individualizadas as seguintes unidades de relevo diferenciado: [a] relevo de serras alinhadas de topos aguçados; [b] relevo de morros de topos tabulares; [c] relevo de morrotes isolados de topos abaulados; [d] relevo colinoso de topos arredondados; [e] pedeplano terciário; [f] planície fluvial do rio Araguaia; [g] aluviões holocênicos. As duas últimas sub-unidades estão inseridas na Depressão do Araguaia. Na área pertencente à bacia do Parnaíba, englobada na Depressão do Tocantins, foram individualizadas apenas duas unidades morfológicas; [h] relevo de morros de topos planos; [i] relevo de colinas amplas de topos planos e arredondados. A evolução da área no contexto do cinturão Araguaia é entendida através do modelo de distensão-compressão litosférica, onde a fase distensiva promoveu a formação de hemigraben dominado por falhas normais inclinadas para leste; a fase compressiva caracterizou-se pela reativação das falhas normais em cavalgamentos. A acomodação desses tensores deu-se através da formação de sistema imbricado com nappes associadas. O Supergrupo Baixo Araguaia possui características de seqüência marinha transgressiva. A instalação da bacia do Parnaíba ocorreu através de um eixo extensorial de direção NW-SE durante o início do Paleozóico, no Ordoviciiano-Siluriano. Os efeitos dessa abertura levaram à formação de falhas extensionais que se concentraram nas bordas W, E e SE que foram controladas por lineamentos antigos pré-cambrianos. Os depósitos clásticos do Grupo Canindé, registros do Devoniano da bacia, representam a alternância de ciclos regressivos (pelitos das formações Pimenteira e Longá) e transgressivos (arenitos das formações Itaim e Cabeças) e são caracterizados por deposição em climas temperados a frios nas proximidades de geleiras.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Implantação de rotinas de criação de modelos digitais de terreno e visualização científica em PC's e estações gráficas Unix (Sistema solaris), exemplo da folha Bauru (SF-22-Z-B) estado de São Paulo(Universidade Federal do Pará, 2003-07-07) FELIPE, Leonardo Brasil; BORGES, Maurício da Silva; http://lattes.cnpq.br/1580207189205228Dissertação Acesso aberto (Open Access) Neotectônica na área do Tiracambú (NE do Estado do Pará, NW do Estado do Maranhão)(Universidade Federal do Pará, 2000-06-13) CAVALCANTE, Luciana Mendes; BORGES, Maurício da Silva; http://lattes.cnpq.br/1580207189205228Dissertação Acesso aberto (Open Access) Virtualização da paisagem de bacias hidrográficas da zona de expansão urbana do município de Belém-PA por meio de cartografias temáticas digitais(Universidade Federal do Pará, 2005-07-04) OLIVEIRA, Ricardo Alexandre Fialho de; BORGES, Maurício da Silva; http://lattes.cnpq.br/1580207189205228O município de Belém (PA) situado na região nordeste do Estado do Pará, caracteriza-se por apresentar uma posição geográfica próxima ao oceano atlântico, relevo plano, baixas altitudes e clima típico da Amazônia (quente e chuvoso) onde predominam os elevados índices pluviométricos (2.600 a 3.300 mm/ano), condicionando a formação da paisagem. E esta paisagem é esculpida em rochas da formação Barreiras e em sedimentos Pós-Barreiras, estando condicionadas a processos transcorrentes neotectônicos, evidenciados por dois grandes grupos de falhas na escala macroscópica, que cortam os sedimentos Terciário e Quaternários. Um feixe apresenta-se com direção N05E e N60E, o outro feixe com direção N45-55W. Estas falhas produzem “microrelevos”, tópicos de cidades amazônicas, os quais muitas vezes imperceptíveis, são importantes quando da sua interação com os processos hidrológicos, neotectônicos e de ocupação territorial e gestão do espaço. A associação e/ou interação desses fatores, ou de alguns, são os principais responsáveis por diversos problemas observados, em Belém, quanto ao uso e ocupação do meio físico nas Zonas de Expansão Urbana (ZEU) do município de Belém. Neste trabalho virtualiza-se a estrutura da paisagem e o seu padrão espacial nas bacias hidrográficas dos igarapés Paracuri, Curuperé e Tamanduá, localizadas em áreas de expansão urbana do município de Belém, por meio de cartografias temáticas digitais derivadas de Modelos Numéricos de Terrenos (MNT). A geração de tais cartografias possibilitou a extração de informações associadas aos aspectos fisiográficos e aos processos (naturais e artificiais) responsáveis pelo modelamento da superfície nas bacias hidrográficas. Pois a representação tridimensional do espaço, utilizando-se técnicas de geoprocessamento, adquire importância fundamental, quando associado a aplicações voltadas para o uso e ocupação do meio físico nos espaços urbanos das grandes cidades, se constituindo em informações valiosas para trabalhos futuros que envolvam aspectos ambientais, geotécnicos e de planejamento de uso e ocupação do meio físico nas bacias hidrográficas. E a utilização integrada de MNT’s com outros tipos de dados, ampliaram o conhecimento sobre a realidade da paisagem, permitindo visualizar os fenômenos decorrentes de intervenções naturais e antrópicas sobre o espaço urbano, e submeter tais modelos à avaliação.
