Programa de Pós-Graduação em Letras - PROFLETRAS/ILC
URI Permanente desta comunidadehttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/8045
O Mestrado Profissional em Letras em Rede Nacional (PROFLETRAS), cuja coordenação geral está sediada na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN/Natal), é um Programa de Pós-Graduação stricto sensu (nota 4), criado em 2013, que tem como finalidade a “capacitação de professores de Língua Portuguesa para o exercício da docência no Ensino Fundamental, com o intuito de contribuir para a melhoria da qualidade do ensino no país” (trecho do Regimento do Programa). A UFPA é uma das 49 unidades que integram o conjunto de Instituições Associadas do Programa (IAPs), tendo atualmente 35 alunos matriculados e 14 professores Doutores envolvidos. A UFPA é a Instituição que vem apresentando a maior demanda do Programa em todo o Brasil, tendo obtido em 2013 o recorde de 857 candidatos inscritos para 26 vagas.
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Letras - PROFLETRAS/ILC por Orientadores "RODRIGUES, Isabel Cristina França dos Santos"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Argumentação e a formação do sujeito aluno-autor: processos de (re)significação do dizer na era digital(Universidade Federal do Pará, 2016-12-14) ANTUNES, Glauce Correa; RODRIGUES, Isabel Cristina França dos Santos; http://lattes.cnpq.br/0226549641470972O presente trabalho objetiva discutir, a partir das perspectivas relacionadas à interação verbal e gêneros discursivos postuladas por Bakhtin (2003), Bakhtin/Volochínov (2006) e Geraldi (1997) e concepções de leitura e escrita propostas por Kleiman (2013) e Antunes (2005; 2009, 2012), de que maneira podemos contribuir para ampliar as competências de leitura e escrita, promovendo a utilização contextual do gênero do discurso escolhido, a saber, a carta. Nossos estudos também se deram à luz de Rojo e Barbosa (2015), Rojo (2013) e Araújo e Leffa (2016) no tocante ao uso de novas tecnologias na escola. Quanto ao tipo de pesquisa, em relação aos procedimentos, trata-se de uma pesquisa-ação e participante; quanto à abordagem, é qualitativa, com traços etnográficos, por envolver o aprimoramento de práticas docentes por meio de interferências nossas, cujas informações foram reunidas por meio de um trabalho de campo. Os sujeitos selecionados para a pesquisa são alunos do 8º ano do ensino fundamental, da rede pública municipal de ensino, em Belém. O corpus desta pesquisa compõe-se de cartas manuscritas e postagens no Facebook produzidas pelos alunos mencionados. Como objetivo geral, pretendemos verificar em que sentido a escrita do gênero discursivo carta mobiliza diferentes saberes ao ser utilizado em práticas escolares centradas o mais próximo possível das situações linguageiras dos alunos. No que diz respeito aos objetivos específicos, pretendemos (i) apurar como esses mesmos sujeitos portam-se frente a um contexto com as singularidades do mundo virtual; e (ii) verificar de que maneira a utilização de sequenciadores do discurso propicia a construção de sentidos nessas produções. Para isso introduzimos a utilização do Facebook para que eles também se posicionem como leitores críticos, no intuito de compararmos o que diferencia sua postura crítica on-line da escrita convencional, comparando, dessa forma, os contextos de produção e as diferenças que isso implica nas escolhas lexicais. Além dos autores já mencionados, pautamo-nos em Lopes-Rossi (2008) e Solé (1998), os quais conduziram alguns dos encaminhamentos que propusemos para atingir nossos objetivos. A fim de alcançá-los e consolidar nossas análises, aplicamos uma proposta de intervenção, realizada em forma de projeto de ensino, com módulos de leitura, escrita e divulgação, o qual culminou em trocas de cartas entre alunos de escolas em diferentes municípios (Belém e Tomé-Açu) e postagens nos perfis de nossos alunos de Belém. Os resultados apontam que há mudança de postura quando o sujeito aluno-autor se depara com uma situação linguageira na qual, de fato, há um interlocutor real e a escrita torna-se significativa; e também realiza escolhas gramaticais, lexicais e fraseológicas diferenciadas ao estruturar seu enunciado frente a diferentes interlocutores.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A constituição dos sentidos a partir do gênero multimodal tira(Universidade Federal do Pará, 2019-06-25) RODRIGUES, Marta Goreti do Nascimento; RODRIGUES, Isabel Cristina França dos Santos; ttp://lattes.cnpq.br/0226549641470972Este trabalho consiste em uma proposta de pesquisa teórica e prática sobre a leitura de texto multimodal tira. Foi aplicado na turma do 7º ano do ensino fundamental de uma escola estadual da periferia de Belém. Justifica-se por conta da dificuldade que os alunos apresentavam na leitura desses textos com os quais têm contato nos mais diversos suportes a que têm acesso. Dentre os textos multimodais, utilizamos o gênero discursivo tira muito presente no livro didático deles e que exige, para uma leitura mais completa, além da compreensão do texto verbal, consideração dos elementos não verbais, a fim de contribuir para uma leitura crítica, autônoma, uma vez que a imagem é dotada de sentido e pode dialogar com os leitores da mesma forma que um texto verbal. Partimos da hipótese de que o trabalho com o gênero multimodal tira pode contribuir para a formação do leitor, podendo ampliar o nível de compreensão leitora dos sujeitos. Assim, desenvolvemos um projeto de intervenção (PI) abordando a leitura de texto multimodal, gênero tira, tendo as tecnologias como suporte de aprendizagem, a fim de averiguar se, por meio dele, houve avanço na forma de os alunos lerem esses textos, contribuindo, assim, para a construção da competência leitora. Tal proposta foi formulada a partir do que foi observado na diagnose da turma, realizada com a finalidade de analisar como os alunos estavam lendo o referido gênero. Nossa investigação teve como objetivo geral analisar as possibilidades de contribuições do gênero tira para a formação de leitores, usando as tecnologias como suporte potencializador da aprendizagem. Como categorias de análise, buscamos verificar o nível de compreensão leitora dos alunos, consideramos, especificamente, a etapa de compreensão e seus níveis: literal, inferencial e interpretativo; e as formas de apropriação do gênero multimodal, as quais consideramos: linguagem visual (imagens), linguagem quadrinística (balão, legenda, onomatopeia, pontuação). Fizemos uma pesquisa na área de Linguística Aplicada (LA) com a finalidade de contribuir para o referencial teórico e prático no que se refere ao ensino da leitura, bem como nortear nosso trabalho proposto aqui. Assim, apoiamo-nos em Kleiman (2012), Koch (2006), Menegassi (2010) e Menegassi e Ângelo (2005) e Solé (1998) que apresentam estudos voltados para o ensino e aprendizagem da leitura, enfocando as etapas do processo de leitura e as estratégias de leitura; em Ramos (2017; 2009) e Vergueiro (2016), quanto ao letramento visual e aspectos relacionados ao gênero tira. Quanto à metodologia, consiste em uma pesquisa-ação, qualitativa de cunho etnográfico, de caráter interventivo. O projeto de intervenção seguiu o modelo de leitura e escrita de Lopes-Rossi (2011), com adaptações. Após a aplicação, foi possível responder às inquietações da pesquisa, decorrentes das dificuldades apresentadas pelos alunos em leitura. Dessa forma, como resultado, observamos que, após a participação nas etapas do projeto, os alunos demonstraram avanço na leitura de tiras, ainda que de forma parcial, uma vez que leram e analisaram de forma mais significativa, as tiras, cujos assuntos foram abordados em classe e contextualizados, chegando à compreensão de nível inferencial naquelas que produziram mediante as atividades em sala de aula; quanto à apropriação da linguagem dos quadrinhos, também foi parcial, uma vez que apenas fizeram uso de alguns elementos tais como balões e pontuação, deixando de lado outros também mencionados no projeto de intervenção, importantes para a leitura como legendas e onomatopeias.Dissertação Acesso aberto (Open Access) O desenvolvimento da escrita argumentativa: uma proposta de trabalho com o gênero Meme em turma de 8º(Universidade Federal do Pará, 2019) RODRIGUES, Cinara Lopes; RODRIGUES, Isabel Cristina França dos SantosNo contexto de constante evolução das Tecnologias da Informação e Comunicação, emergem gêneros dotados de multimodalidade, como o gênero discursivo Meme, que caem no gosto dos usuários de redes sociais, espaço onde esse gênero circula predominantemente. Assim, observando o frequente compartilhamento de Memes e aos percebermos a dificuldade que os alunos apresentam ao desenvolver atividades que exigem competência argumentativa, surgiu a seguinte questão norteadora desta pesquisa: “Os Memes publicados/compartilhados nas redes sociais podem ser utilizados em atividades voltadas para o desenvolvimento argumentativo dos alunos?”. A partir dessa questão, levantamos a hipótese de que é possível utilizar Memes publicados em contexto de redes sociais como elementos instigadores/potencializadores da argumentação. Deste modo, estabelecemos como objetivo geral deste trabalho de pesquisa analisar o desenvolvimento argumentativo dos estudantes do 8º ano, por meio de uma proposta de trabalho com o gênero Meme. No que tange aos objetivos específicos da pesquisa, pretende-se: a) instigar o desenvolvimento da escrita argumentativa por meio da postagem de Memes em grupo de WhatsApp; e b) avaliar como atividades baseadas na utilização das redes sociais podem contribuir para o desenvolvimento do pensamento crítico, influenciando na escrita argumentativa. No que tange à metodologia, consiste em uma pesquisa-ação, qualitativa-interpretativa, de cunho etnográfico e de natureza aplicada. Nessa perspectiva, para verificar o nível de desenvolvimento dos alunos no que tange à desenvoltura argumentativa, foi realizada uma atividade inicial que consistiu na produção de um pequeno texto, a partir da leitura de um Meme que viralizou nas redes sociais (o garoto com a testa tatuada). A partir do diagnóstico resultante dessa atividade, foram verificadas consideráveis dificuldades referentes à habilidade argumentativa dos discentes como: dificuldade em apresentar argumentos próprios, baseados em dados e informações; dificuldade em escrever um texto argumentativo seguindo a estrutura de textos desse tipo. Com base nos resultados da diagnose e na busca pela resposta da questão-problema desta pesquisa, foi elaborado um Projeto Educacional de Intervenção (PEI), o qual teve como fundamentação teórica a metodologia de projetos de leitura e escrita de Lopes-Rossi (2008), que foi implementado em escola pública de ensino fundamental, no município de Breves-PA. A elaboração dessa proposta e as análises dos dados foram norteadas pelos estudos de Bakhtin/Volochinov (2006) e Bakhtin (2016), no que tange aos estudos da linguagem e dos gêneros discursivos; pelos estudos acerca da utilização das tecnologias no contexto escolar de Valente (1999), Braga (2013), Coscarelli(2005 e Rojo (2015); como estudos norteadores sobre o gênero discursivo Meme, utilizaremos os escritos de Maciel e Takaki (2016), além das consideráveis abordagens feitas por Koch e Elias (2015; 2016), Charaudeau (2016) e Fiorin (2017) acerca do texto argumentativo. Os resultados da intervenção mostraram que o gênero Meme, dotado de caráter humorísto, possui características argumentativas ao tratar de temas do cotidiano e pode contribuir para o desenvolvimento da escrita argumentativa, seja por meio de atividades realizadas em contexto digital ou em atividades realizadas em sala de aula, uma vez que os alunos demonstram, ainda que parcialmente, avanços relacionados à capacidade de argumentação.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Formação do leitor nos diálogos com as práticas socioculturais no Ensino Fundamental : cotação de histórias e mediação de leitura(Universidade Federal do Pará, 2021-05-28) SILVA, Márcia Fabrina Oliveira; RODRIGUES, Isabel Cristina França dos Santos; http://lattes.cnpq.br/0226549641470972A presente investigação está relacionada à formação do leitor pautada nas narrativas que envolvem as práticas socioculturais de comunidades situadas em Concórdia do Pará. Para tanto, desenvolveu-se uma pesquisa exploratória amparada na valorização da contação de histórias e da mediação de leitura, com uma turma do 7º ano do Ensino Fundamental, no ano de 2019. O objetivo consistia em analisar de que maneira tais práxis potencializavam a formação leitora dos alunos, tendo como base as narrativas das comunidades e as já recorrentes na literatura infantojuvenil. O estudo, enquanto análise qualitativa, está apoiado em Thiollent (2011), uma vez que propõe a aplicação de práticas interventivas. Quanto à fundamentação teórica, aos conceitos de leitura e leitor, assim como ao trabalho com a literatura em sala de aula, o mesmo se respalda em Menegassi (2010), Iser (1996), Jauss (1994), Chartier (1998), Todorov (2009), Colomer (2007) e Petit (2009). No que diz respeito à contação de histórias, oralidade e práticas socioculturais, há estudos apoiados em Busatto (2012, 2013), Zumthor (1993, 2014) e Freire (1981, 1989, 2013). Há ainda em Bakhtin (1997), Bakhtin e Volóchinov (1997) reflexões alicerçadas na perspectiva dialógica da linguagem. As etapas da pesquisa desdobraram-se em: contação de histórias e leitura de obras literárias; socialização das experiências de leitura e escuta; visita ao Ateliê Cravo & Canela/socialização da visita e narração de histórias e causos oriundos das comunidades e bairros nos quais residem os alunos. Os dados resultantes indicam que os discentes apresentam um nível de compreensão literal em se tratando de leitura, evidências questionadas e contra-argumentadas por autores provenientes da Estética da Recepção. Além do mais, o estudo revelou que a leitura e escuta de histórias mostram-se agradáveis aos discentes no que tange à ficção e ao enredo, o que permite afirmar que as práticas de contação de histórias próprias de suas localidades, contribuem para o seu desenvolvimento enquanto leitores, uma vez que evidenciam saberes provenientes de sua realidade, promovem a produção de sentidos, a autonomia e ampliam sua bagagem cultural. Desse modo, a partir dos resultados obtidos, formulou-se um Produto Educacional apoiado na prática de atividades relacionadas às experiências de leitura do texto literário, na interação autor-texto-leitor e, assentadas ainda, em ações que potencializem o desenvolvimento do aluno-leitor, como a contação de histórias e mediação de leitura.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Gamificação e escrita: experiência de aprendizagem gamificada para produção textual(Universidade Federal do Pará, 2021-04-15) BARBOSA, Rita de Cassia Damasceno; RODRIGUES, Isabel Cristina França dos Santos; http://lattes.cnpq.br/0226549641470972O presente trabalho propõe realizar, à luz da Linguística Aplicada, um estudo teórico-propositivo sobre a manifestação responsiva ativa na produção textual de alunos do 9º ano do ensino fundamental, a partir do trabalho com os gêneros discursivos artigo de opinião e comentário na interface argumentativa, por meio de atividades que empregam a gamificação como proposta pedagógica, por este recurso fazer parte da vida em sociedade e meio pelo qual os alunos se inserem como sujeitos nas diversas práticas sociais das quais participam, sejam elas em ambiente escolar, familiar ou em ambiente digital. Para efetivá-lo, partiu-se da seguinte problemática: Como as atividades elaboradas com base em mecânicas de jogos, gamificação, podem contribuir para a manifestação responsiva ativa discente na produção de gêneros discursivos? Para responder a esse questionamento, foi elaborado um conjunto de atividades para a produção textual de gêneros argumentativos, adaptado do projeto de leitura e escrita de gêneros discursivos de Lopes-Rossi (2008), composto por atividades organizadas com mecânicas de jogos – gamificação, que buscou confirmar/negar duas hipóteses: a) atividades gamificadas, por terem como finalidade o engajamento e a motivação para a solução de problemas, colaboram para a manifestação da responsividade ativa dos alunos do 9º ano na produção textual dos gêneros artigo de opinião e comentário; b) os alunos manifestam responsividade ativa durante as atividades que envolvem a reescrita dos textos. Definimos como objetivo principal verificar a manifestação responsiva ativa discente na produção textual dos gêneros discursivos artigo de opinião e comentário, a partir de uma proposta de atividades elaboradas com mecânicas de jogos, a gamificação e, como objetivos específicos: a) averiguar se as atividades gamificadas, as quais envolvem agência dos discentes na construção dos conhecimentos, colaboram para uma ação responsiva ativa dos alunos na produção textual; b) verificar a manifestação responsiva ativa na produção inicial dos gêneros discursivos artigo de opinião e comentário nas atividades diagnósticas. Para fundamentação teórica, baseamo-nos nos princípios do pensamento do Círculo de Bakhtin sobre a natureza dialógica da linguagem e a responsividade, bem como em teóricos e pesquisadores que desenvolvem trabalhos relacionados à produção textual em sala de aula nessa perspectiva, como Geraldi (1996), Sercundes (2004), Fiad e Mayrink-Sabinson (2019) e Menegassi (2016); os estudos sobre multiletramentos de Street (2013, 2014), Kleiman (1995), Soares (2006), Rojo e Moura (2012) e Rojo e Barbosa (2015), Alves (2015) e Paula (2016) sobre gamificação como prática pedagógica. A investigação se caracteriza como uma pesquisa qualitativa, com base no interpretativismo, de caráter propositivo e de natureza aplicada, em que os resultados iniciais obtidos a partir da análise diagnóstica demonstraram que os alunos manifestam posição ativamente responsiva em relação ao entendimento da proposta de produção, ao atendimento à finalidade do gênero e ao conteúdo temático na produção textual dos gêneros discursivos artigo de opinião e comentário de leitor. Tais resultados foram tomados como base para a elaboração de atividades de um produto educacional com o objetivo de contribuir para manifestação responsiva ativa discente na produção textual, em formato de caderno de atividade pedagógica, direcionado a docentes de Língua Portuguesa.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A interface oralidade, leitura e escrita na produção do gênero digital videoblog(Universidade Federal do Pará, 2021-06-02) SILVA, Adriano Nascimento; RODRIGUES, Isabel Cristina França dos Santos; http://lattes.cnpq.br/0226549641470972A presente pesquisa apresenta o Videoblog (Vlog), um gênero discursivo digital, como um recurso para trabalhar com alunos do 9º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública situada no município de Santo Antônio do Tauá - Pará, a partir de uma interface entre a oralidade, a leitura e a escrita. É importante destacar a necessidade de os alunos avançarem nos aspectos da produção escrita e oral, uma vez que muitos apresentam dificuldades ao elaborarem textos escritos e adequarem a oralidade em diferentes contextos. Nesse sentido, chegamos à hipótese de que a inserção do Vlog contribui para o ensino da Língua Portuguesa de maneira mais reflexiva, pois é preciso utilizar da oralidade, da leitura e da escrita para essa produção de forma responsável. A partir desse pensamento, temos como objetivo geral entender a relação entre os aspectos da oralidade, da leitura e da escrita no processo de ensino e aprendizagem dos discentes, em atividades que utilizam o gênero discursivo Vlog. Como objetivos específicos destacamos: compreender o processo de ensino e aprendizagem nas etapas de produção do gênero Vlog, utilizar o gênero Vlog como um recurso às práticas de ensino por meio de atividades orais e escritas, elaborar um produto educacional a partir das análises da diagnose. Para ancorar a pesquisa, evidenciamos os estudos do círculo de Bakhtin que abordam as questões da linguagem e do dialogismo, as contribuições de Moura e Rojo (2012; 2013), na importância das novas tecnologias ao ensino e nas questões sobre multiletramentos na escola, Menegassi (2010), nos aspectos da leitura, escrita e reescrita e Ataliba (2017), no repertório sobre os Vlogs. Desenvolvemos uma pesquisa qualitativo-interpretativa de natureza aplicada com traços etnográficos nas seguintes etapas: questionários aos alunos, participação em palestras, visita ao museu e ao igarapé Tauá, ensaio, produção do gênero Roteiro de Apresentação e gravação dos Vlogs. Os dados nos mostraram que a maioria dos alunos avançou nos processos de oralidade, de leitura e de escrita, sendo favorável a inserção desse gênero. Com essas observações, elaboramos o produto educacional Manual do professor baseado no Projeto de leitura e escrita de Lopes-Rossi (2008), com adaptações. Assim, os dados apresentados na pesquisa contribuíram para compreender o que era necessário apresentar como uma estratégia de ensino diante das dificuldades apresentadas pelos alunos e possibilidades de avanços nos processos de oralidade, leitura e escrita.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Leitura do gênero discursivo charge: abordagem multicultural na educação de jovens e adultos(Universidade Federal do Pará, 2019-06-25) ALMEIDA, Vera Lúcia Gonçalves de; RODRIGUES, Isabel Cristina França dos Santos; http://lattes.cnpq.br/0226549641470972Esta pesquisa apresenta algumas reflexões relacionadas à compreensão leitora em textos multimodais, especificamente em textos chárgicos. O estudo iniciou a partir de nossas observações, em sala de aula, sobre as dificuldades enfrentadas por alunos para ler e compreender textos imagéticos. As observações viraram inquietações no sentido de desenvolver atividades que orientassem a prática leitora dos alunos. Desse modo, partimos da hipótese de que um projeto pedagógico de intervenção voltado para a leitura de textos multimodais pode contribuir para o desenvolvimento da compreensão leitora dos alunos, bem como para o aprimoramento de uma visão crítico-reflexiva dos leitores. Em função desse propósito, a pesquisa tem como objetivo geral verificar o nível de compreensão leitora em textos chárgicos dos alunos da 3ª etapa da Educação de Jovens e Adultos de uma escola pública da cidade de Macapá-AP, com o intuito de contribuir para a formação de leitores competentes. A partir da diagnose realizada e dos resultados observados, ancoramos nosso estudo, o qual tem como foco a leitura, nos estudos de Menegassi (2010; 1995). O autor trabalha as etapas do processo de leitura: decodificação, compreensão (literal, inferencial e interpretativo), interpretação e retenção. Nos estudos de Ohuschi, Oliveira, Luppi (2010), encontramos suporte para o desenvolvimento das atividades apresentadas no modelo proposto por Lopes-Rossi (2011). Como nosso estudo envolve textos multimodais cujo tema aborda o multiculturalismo, trazemos para nossa pesquisa as abordagens de Candau (2008) e Rojo (2015). Para esta pesquisa, adotamos uma investigação qualitativa, de vertente interpretativa, além de envolver características da pesquisa-ação. Os estudos foram desenvolvidos em uma turma da 3ª etapa da Educação de Jovens e Adultos de uma escola pública no município de Macapá-AP. O trabalho tem como corpus as respostas dos alunos na atividade diagnóstica e nas atividades apresentadas durante a implementação do Projeto pedagógico de leitura. Por se tratar de uma pesquisa que busca analisar o nível de compreensão leitora dos alunos da 3ª etapa da Eja, utilizamos como categorias de análise as etapas do processo de leitura segundo Menegassi (1995). Como resultado, observamos que o objetivo foi alcançado, pois, nas atividades de perguntas e respostas, os participantes apresentaram dificuldade em compreender os textos, ficando no nível de compreensão literal. Porém, na atividade na qual os alunos elegeram sua charge e escreveram sobre elas, houve demonstração de compreensão no nível inferencial.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Os multiletramentos no chão da escola: desafiando realidade(Universidade Federal do Pará, 2018-03-26) SANTOS, Érica Emmanuelle Lima; RODRIGUES, Isabel Cristina França dos Santos; http://lattes.cnpq.br/0226549641470972Esta Dissertação parte do pressuposto de que o uso da tecnologia é um grande atrativo para jovens e adolescentes, da crença que os recursos tecnológicos podem ser aliados na efetivação de práticas pedagógicas mais conectadas à realidade do estudante e da urgência em promover a inclusão digital e os multiletramentos dos discentes, tendo em vista às necessidades da sociedade contemporânea. Para efetivá-la, partiu-se da seguinte problemática: De que forma utilizar as TDIC como instrumento no processo de ensino e aprendizagem, contribuindo para a leitura crítica, reflexiva e para os multiletramentos dos alunos? No intuito de responder tal questionamento, foi elaborada uma proposta de intervenção, com enfoque na leitura crítica, a partir da concepção de Projeto de Leitura e escrita de gêneros discursivos, de Lopes-Rossi (2008), na perspectiva da Pedagogia dos Multiletramentos, buscando o letramento digital e o letramento em marketing dos alunos. As atividades de leitura foram pautadas na concepção dialógica da linguagem, segundo a perspectiva bakhtiniana, a partir dos gêneros discursivos anúncio publicitário e propaganda, e buscavam confirmar/ negar duas hipóteses: a) apesar de serem nativos digitais, os estudantes não dominam os recursos oriundos dos textos multimodais, nem a leitura de implícitos, acarretando em uma leitura superficial, o que – na prática do gênero em questão, possibilita a disseminação de preconceitos e de relações de consumo pouco saudáveis; b)a utilização dos sites de redes sociais (SRS), em ambientes híbridos de aprendizagem, é um facilitador no processo de ensino e aprendizagem, pois aproxima o professor do contexto do aluno, e promove a ressignificação desses espaços. Definiu-se como objetivo geral a utilização das TDICs e, inicialmente do SRS Facebook, e posteriormente do WhatsApp, como ferramentas de ensino e aprendizagem, a fim de desenvolver a leitura crítica e reflexiva, bem como contribuir para os multiletramentos dos educandos. Os objetivos específicos elencados foram a) Utilizar as TDIC como ferramentas de ensino e aprendizagem, de modo a contribuir para os multiletramento dos alunos, bem como fazê-los refletir acerca do poder da publicidade e de seu discurso; b) Promover a leitura reflexiva, fornecendo instrumentos linguísticos necessários para a realização das inferências e leitura dos implícitos; c) Instrumentalizar os alunos na utilização dos recursos tecnológicos necessários para as práticas de multiletramentos realizadas. A aplicação desse projeto teve início no segundo semestre de ano de 2016 e encerrou-se no segundo semestre de 2017, tendo como alunos do 9º ano do Ensino Fundamental de uma escola conveniada à rede estadual no município de Belém-PA. A fundamentação teórica pautou-se em Bakhtin (2003), quanto à discussão dos gêneros discursivos, Cope, Kalazantis (2000), Coscarelli (2007), Rojo (2012) no que tange os multiletramentos, Knoll (2012), Sandmann (2003) em relação à publicidade, ao anúncio publicitário e à propaganda, dentre outros. A pesquisa teve cunho etnográfico, seguiu a metodologia da observação-participante e foi de natureza aplicada. A investigação demonstrou que o uso das TDICs favorece a leitura crítica de textos multimodais, mas que a utilização dos SRS como ferramenta pedagógica necessita de maior envolvimento entre professor/aluno a fim de que o educando engaje-se e veja o instrumento para além do entretenimento.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A narrativa autobiográfica no 8º ano do Ensino Fundamental: entre a escola e as práticas socioculturais em uma comunidade ribeirinho-quilombola(Universidade Federal do Pará, 2021-06-15) OLIVEIRA, Ecilia Braga de; RODRIGUES, Isabel Cristina França dos Santos; http://lattes.cnpq.br/0226549641470972A presente pesquisa se propõe a analisar a produção textual no Ensino Fundamental a partir de narrativas autobiográficas em uma escola de comunidade ribeirinho-quilombola, tendo como ponto de partida as práticas socioculturais que envolvem os alunos do 8º ano. Tem como perspectiva trabalhar a identidade dos educandos enquanto agentes de transformação de si e do mundo que os cerca, partindo da realidade vivenciada por eles ao conhecimento mais amplo que dialogue com outras realidades. A experiência didática inicial, a geração de dados e a diagnose ocorreram no período entre abril e dezembro de 2019, tomando-se como base e fundamentação teórica Bakhtin (1997; 2012; 2016), Menegassi (2010; 2016), Lopes-Rossi (2005; 2008), dentre outros que se debruçam sobre o texto em sala de aula, e Thiollent (2011) e Angrosino (2009) que reconhecem a pesquisa etnográfica como metodologia, possibilitando-nos conhecer os sujeitos e seus mundos. A proposta de intervenção contempla práticas de leitura, escrita e análise linguística em sala de aula e tem a finalidade de despertar novas discussões, colaborando para maior atenção à produção de texto nas escolas, em especial na escola do campo, pela necessidade de inovações metodológicas destinadas à produção textual em comunidades que ainda estão se apropriando sistematicamente da modalidade escrita da língua; não obstante, reconhecer a tríade oralidade, leitura e escrita para o melhor desempenho nas aulas de produção textual, visto que será dada mais atenção à produção escrita e oral – o que, obviamente, não descarta a importância da leitura como fator relevante na absorção de conhecimentos e diálogos que despertem a relação entre teoria e prática do que se diz e do que se vivencia, de fato, nas práticas socioculturais. Espera-se contribuir para o desenvolvimento e aprimoramento de um melhor desempenho e do protagonismo do aluno como produtor textual. Para o desenvolvimento da pesquisa, optou-se pela tessitura metodológica da pesquisa-ação, linha cuja função é resolver problemas com vistas na transformação de uma realidade. O aporte teórico é o interacionismo sociodiscursivo bakhtiniano que trata da interação verbal e dos aspectos que cooperam para construção dos sentidos do texto. A análise de dados foi realizada a partir do questionário aplicado e do texto inicial que permite entender como estão as escritas dos alunos. Não foi possível chegar a resultados analíticos, por causa da suspensão das aulas em decorrência pandemia da Covid 19; entretanto, a não aplicação da proposta de intervenção redirecionou a pesquisa para ser elaborado o produto educacional “Gamebook Guardiões do Açaí”, material pedagógico que trabalha a escrita por meio do appbook, um livro-aplicativo, digital e interativo. O objeto pedagógico dialogou com as práticas socioculturais dos sujeitos do campo na medida em que a narrativa é uma escrita coletiva que trata dos conhecimentos dos coletores de açaí, uma das principais atividades econômicas da região. Foi possível usar recursos digitais (google Meet, WhatsApp) para mediar a produção escrita no ano de 2020 e, desse modo, pensar nos fatores que contribuem para o desenvolvimento de práticas pedagógicas que estimulem o processo de ensino e aprendizagem da escrita dos alunos ribeirinho-quilombolas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Narrativas amazônicas e novas tecnologias: diálogos possíveis na formação do leitor(Universidade Federal do Pará, 2016-12-14) SILVA, Ayholândia Moraes da; RODRIGUES, Isabel Cristina França dos Santos; http://lattes.cnpq.br/0226549641470972Este trabalho procurou contribuir para o desenvolvimento da leitura e escrita do aluno bem como sua inserção na sociedade. Desse modo, a ideia inicial foi uma proposta de leitura (e escrita) baseada na orientação dos escritos de Bakhtin/Volochinov (1992), os estudos de Rossi (2008), sobre o projeto pedagógico de leitura e produção escrita e Rojo (2012) sobre o ensino de leitura associado às novas tecnologias e à cultura amazônica. Para tanto, por meio de uma pesquisa participante, levamos em consideração a relevância da leitura na formação humana, do repertório cultural e da habilidade cognitiva do leitor. A referida proposta foi elaborada para uma turma de 6º ano/9 pertencente à esfera pública de ensino. Esperou-se promover a formação de leitores competentes que conseguissem dialogar com as informações presentes no texto que lessem para, com base nisso, e em das ferramentas oferecidas hoje ao leitor (a exemplo do programa wondershare Filmora), produzir suas próprias histórias. Dentro dessa proposta, destacam-se a leitura (e escrita) de lendas amazônicas, tais como “a lenda da cobra grande” e “a lenda da mãe d‟água”. A escolha dos textos se deu em função das possibilidades pedagógicas e cognitivas de que o gênero dispõe, pela proximidade com o contexto cultural do qual faz parte o discente, além de serem histórias inspiradas no imaginário popular que, ao se utilizarem de uma combinação muito atrativa entre o mundo real e o da fantasia despertam o interesse do leitor e, com isso, dinamizam o processo de ensino e aprendizagem.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Novas tecnologias e livro didáticos da EJA: uma abordagem pedagógica por meio do gênero propaganda(Universidade Federal do Pará, 2018-03-26) PEDROSO, Luis Marcelo de Araújo; RODRIGUES, Isabel Cristina França dos Santos; http://lattes.cnpq.br/6329405040653270Este trabalho buscou propor uma abordagem pedagógica, por meio do gênero propaganda, considerando o uso das NTICs e a sua relação com o Livro Didático da EJA (3ª etapa), de uma escola pública da periferia de Belém. Buscou-se entender como essa relação ocorria em prol do desenvolvimento da competência leitora e escrita no processo ensino-aprendizagem dos alunos. Desta forma, foi importante traçar uma breve descrição da EJA, do livro didático, NTICs, bem como do percurso metodológico adotado (pesquisa-ação e observação participante) na proposta de atividades. Para o estudo da língua materna, utilizou-se o gênero propaganda, analisando sua estrutura, linguagem verbal/não verbal e as funções da linguagem predominantes. Defendeu-se que a apropriação de ferramentas tecnológicas ampliaria os saberes e perspectivas dos alunos de alcançarem um fim prático. A literatura utilizada no trabalho teve como referência autores como, Souza (1998), Bakhtin (2003), Menegassi (2005) e Koch (2015). O trabalho pôde revelar que, apesar de ser possível desenvolver atividades utilizando as NTICs conjuntamente com os LDs para o ensino de Língua Portuguesa, ainda existem inúmeros desafios para o desenvolvimento mais efetivo desse tipo de encaminhamento. Isso se justifica tendo em vista que há docentes que não estão bem preparados e com interesse em trabalhar com as novas tecnologias. Além disso, muitas escolas não possuem estrutura adequada para este tipo de trabalho em função do baixo investimento na área. Por outro lado, os alunos são bem receptivos às NTICs. Eles conseguem, interagir e avançar em suas aprendizagens, em especial, nas atividades que potencializavam relação com as suas possibilidades de articulação com o mercado de trabalho (formal e informa) e subsistência.Dissertação Acesso aberto (Open Access) As TICs em sala de aula de LP: ensino-aprendizagem da língua materna por meio do software Hagáquê(Universidade Federal do Pará, 2016-12-14) BARBOSA, Ozana de Oliveira; RODRIGUES, Isabel Cristina França dos Santos; http://lattes.cnpq.br/0226549641470972Apresentamos uma pesquisa-participante que consiste em uma proposta de intervenção às aulas de língua portuguesa que possa contribuir para o desenvolvimento da produção textual de alunos do 6º ano do ensino fundamental de uma escola pública estadual, no município de Ananindeua, no Estado do Pará. Os estudos são embasados nas teorias acerca das tecnologias educacionais (ALMEIDA; VALENTE, 2011), na concepção de linguagem sob a perspectiva sócio-histórica (BAKHTIN/VOLOSHINOV, 2004), e na transposição do gênero discursivo para a sala de aula no processo de ensino aprendizagem de língua materna, conforme os PCN de língua portuguesa (BRASIL, 1998) e sob o olhar com vistas aos multiletramentos (ROJO, 2012, 2013, 2015); com o objetivo de investigar o uso do software HagáQuê enquanto ferramenta didática associada ao estudo do gênero Histórias em Quadrinhos para a ampliação da leitura e da escrita dos alunos do 6º ano do ensino fundamental de uma escola pública no município de Ananindeua, no estado do Pará, a partir de uma proposta de intervenção. A metodologia se desenvolveu por meio de levantamento bibliográfico acerca das concepções de linguagem, de gêneros discursivos e das Novas Tecnologias na educação; e para desenvolver as atividades de intervenção em sala de aula, consideramos as orientações de Lopes-Rossi (2008) sobre o projeto pedagógico de leitura e produção de gêneros, e Menegassi (2010) referente à concepção de leitura com perguntas ordenadas, para a recepção do gênero e à concepção de escrita. Desenvolvemos, portanto, o trabalho em sala de aula com foco no gênero Histórias em Quadrinhos, embora a necessidade de dialogar com dois outros textos (conto e lenda). O conto tratou-se dos contos amazônicos de Inglês de Sousa para que os alunos se apropriassem da língua por meio de texto literário que proporcione o desenvolvimento da competência leitora a partir das questões populares presentes na obra, no que tange ao contexto amazônico e o texto “O Curupira”, versão adaptada por Maurício de Sousa (2009). Trabalhamos também com as HQs eletrônicas a partir do software HagaQuê – editor de histórias em quadrinhos – um programa que possibilitou ao aluno ser autor (escritor) de suas HQs. Para análise dos dados, consideramos os elementos constitutivos do gênero discursivo HQ e da ferramenta tecnológica selecionada presentes na produção escrita dos alunos, tendo como corpus para análise as produções de dois grupos (A e B), tanto em suporte impresso quanto em digital no software HagáQuê.
