Programa de Pós-Graduação em Geografia - PPGEO/IFCH
URI Permanente desta comunidadehttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2345
O Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGEO) do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Sendo referência na Pós-Graduação em Geografia na Amazônia, o Programa tem por meta configurar-se no Centro de Excelência em Geografia da Amazônia, com ênfase na análise dos agentes, processos, e conflitos nas diferentes escalas. Este é o objetivo científico e institucional estratégico do curso de mestrado, por meio do qual se amplia inserção social e regional na Panamazônia permitindo-nos estreitar intercâmbios na pesquisa e formação de pesquisadores em temas amazônicos com outros centros afins para este estudo na região.
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Geografia - PPGEO/IFCH por Orientadores "ALMEIDA, Arlete Silva de"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise da qualidade ambiental a partir de indicadores ambientais na área urbana de Paragominas-PA(Universidade Federal do Pará, 2021-02-22) PEREIRA, Lucimar Costa; ALMEIDA, Arlete Silva de; http://lattes.cnpq.br/1511094180664778O rápido crescimento e a falta de políticas para o ordenamento das cidades provocam modificações que afetam a qualidade de vida da população. Nessa perspectiva, a análise da qualidade ambiental surge da necessidade de melhoramento das condições ambientais urbanas. Diante disso, a presente pesquisa teve como objetivo geral, avaliar a qualidade ambiental urbana na cidade de Paragominas-PA, na mesorregião do sudeste paraense. Para isso, adaptou-se a metodologia desenvolvida por Vasques (2017), a partir de análise objetiva, com emprego de um sistema de indicadores ambientais urbanos, sendo os mesmos, Abastecimento de água; Coleta e tratamento de esgoto; Coleta domiciliar de resíduos sólidos urbanos; Coleta seletiva de resíduos sólidos; Áreas inundadas; Cobertura vegetal e Espaços livres. Os procedimentos seguiram: definição de indicadores e levantamento de dados; aplicação de índices quantitativos e representação espacial de cada indicador e posterior avaliação e diagnóstico da qualidade ambiental. Utilizou-se como unidade espacial de análise as quadras habitadas da área urbana. A análise dos dados indicou que toda a área de estudo conta com abastecimento de água, fornecido pela Agência de Saneamento de Paragominas. Somente 0,37 km² (3,04%) da cidade são atendidos por serviço de coleta e tratamento de esgoto, restringidos a condomínios e residenciais. A coleta domiciliar de resíduos é realizada em toda área urbana, enquanto a coleta seletiva abrange principalmente a área central e os loteamentos próximos, totalizando 6,30 km² (51,90%) dos espaços habitados. 1,85 km² (15,24%) dos espaços habitados já foram atingidos por inundação em Paragominas. Os dados para cobertura vegetal demonstraram um percentual de 15,43%. A análise dos dados indicou que 4,35 km² (35,83%) dos locais habitados possuem espaços livres públicos até 300 m. O diagnóstico da qualidade ambiental demonstrou que, 77,31% (9,38 km²) da área urbana de Paragominas foi classificada como “qualidade ambiental intermediária”, 19,20% (2,33 km²) como “melhor qualidade ambiental” e 3,49% (0,42 km²) como “pior qualidade ambiental”. O resultado teve interferência direta do indicador coleta e tratamento de esgoto e da distribuição espacial dos espaços livres, com influência também da cobertura vegetal. Considerando as abordagens efetuadas nesta pesquisa, é preciso enfatizar a necessidade do planejamento urbano integrando elementos de cunho social e ambiental, para que os problemas que afetam a qualidade de vida urbana sejam sanados ou minimizados.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análises das paisagens da ilha de Cotijuba: através do mapeamento das unidades geoambientais, Belém/PA(Universidade Federal do Pará, 2021-02-21) SILVA, Elias Klelington Leocádio Rodrigues da; ALMEIDA, Arlete Silva de; http://lattes.cnpq.br/1511094180664778A presente pesquisa debruça-se sobre a Ilha de Cotijuba, Belém/PA, localizada na região insular do município de Belém. O estudo volta-se à temática geoambiental a partir da análise integrada da paisagem. Justifica-se a escolha desta área de estudo, pois nas últimas décadas Cotijuba sofreu um processo de urbanização, com uso irracional de seus recursos, gerando desmatamento para extração de madeira e retirada de areia para construção civil. Nesse sentido, procurou-se mapear as unidades geoambientais da Ilha de Cotijuba, a partir do levantamento dos elementos que compõe a paisagem. A metodologia seguiu as seguintes etapas: Levantamento bibliográfico que possibilitou o estudo de conceitos que foram balizadores para desenvolvimento da pesquisa, levantamento de campo que permitiu a validação dos dados e análises que só são possíveis com a aferição in loco, e processamento digital que foi imprescindível para o desenvolvimento da pesquisa, utilizando-se técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento, que atrelados ao SIGs permitiram a confecção de todos os produtos cartográficos apresentados na pesquisa. Para o mapeamento de uso e cobertura da terra utilizou-se o software Envi 5.1 e obteve-se na classificação supervisionada o indicie Kappa de 0,96, indicando um excelente resultado da acurácia do mapeamento. Para o estudo das métricas de paisagem referente aos fragmentos florestais utilizou-se o software arcgis 10.1 a partir da extensão Partch Analys. Em ambos os procedimentos utilizou-se a imagem de satélite Sentinel-2 do ano de 2018. Por outro lado, para a produção dos MDEs, utilizou-se a imagem de radar Alos Palsar que permitiu fazer a análise da altimetria e declividade da Ilha. Já os mapeamentos das variáveis: geologia, geomorfologia e pedologia, foram realizados mediante as informações coletadas em campo e análise dos resultados obtidos dos produtos realizados da imagem Sentinel-2 e Alos Palsar, baseando-se na metodologia de técnicas de sensoriamento remoto de Florenzano (2007). Por fim obteve-se o mapeamento das Cinco Unidades Geoambientais da Ilha de Cotijuba, destacando suas características gerais. Dessa forma, os resultados apontaram que Cotijuba necessita de um plano de Manejo e Gestão na escala municipal que vise à conservação dos recursos naturais e promova geração de emprego e renda a comunidade local. Assim, sugere-se o ecoturismo e a implantação de corredores ecológicos como medidas para mitigar os problemas aqui apresentados, e espera-se que os produtos levantados sirvam como subsídios para implementação dos mesmos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Modelagem ambiental na floresta nacional do Jamanxim-PA: proposta de cenário futuro(Universidade Federal do Pará, 2022-02-21) GAMA, Luana Helena Oliveira Monteiro; ALMEIDA, Arlete Silva de; http://lattes.cnpq.br/1511094180664778As áreas protegidas foram criadas essencialmente para a conservação da fauna e flora. Analisar suas dinâmicas socioambientais torna-se um desafio, e ao mesmo colabora para a compreensão da paisagem. O presente estudo tem como objetivo modelar cenários futuros a partir de técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento na Floresta Nacional (FLONA) do Jamanxim-PA, com base na classificação de uso da terra dos anos de 2013 e 2020. Analisar as variáveis independentes por meio da Inteligência Artificial. Aplicar o modelo do DINAMICA EGO usando o método de transição para simular trajetórias de desmatamento até 2030, baseado nas variáveis dependentes (cobertura e uso da terra 2013 e 2020) e variáveis independentes (altimetria, declividade, distância às estradas, distância à assentamentos e distância à hidrografia. Os altos índices de desmatamento nos limites das unidades de conservação, acarretam grandes perdas ambientais ao longo do tempo. Segundo o INPE, o estado do Pará apresentou a maior perda florestal dos estados da Amazônia brasileira em 2019, um total de 3.862 km2, com uma taxa de aumento de 41% quando comparado a 2018. Através do modelo matemático é possível analisar “Onde” será desmatado; “Quando” será desmatado e quais as taxas de desmatamento; e “Como”, qual será a representação espacial das novas áreas de modificações, ou seja, como será o processo de desmatamento. Com base na dinâmica cobertura e uso da terra e dos elementos que compõem a paisagem, como por exemplo, as variáveis independentes, é possível realizar projeções futuras de desmatamento na FLONA do Jamanxim. Aborda-se teorias de autores representativos de diferentes correntes da Geografia, para conceituar espaço, paisagem e modelagem dinâmica. Na Geografia Física, parte-se dos conceitos de Bertrand. Para a Geografia Quantitativa tomou-se como base Waldo Tobler. A discussão da Geografia Crítica está baseada nos trabalhos de Milton Santos. E Soares-Filho para a modelagem dinâmica espacial. A metodologia foi dividida em três fases principais: 1- Processamento das imagens de satélite, utilizando-se o método de classificação supervisionada através do algoritmo de Máxima Verossimilhança; 2- Processamento das variáveis independentes; 3- Etapa considerada principal do estudo, que consiste na modelagem espacial no DINAMICA EGO. Como resultado da análise de cobertura e uso da terra, observou-se que houve redução de área de 112,51 km² (0,87%) de floresta primária, e aumento da classe mosaico de ocupações (desmatamento) com área de 393,53 km², equivalente a 3% de área desmatada. As principais atividades observadas foram: exploração florestal e mineração. Nota-se ainda, um padrão de desmatamento classificado como geométrico e regular, com atividades econômicas, como a agricultura, e principalmente monoculturas de grão e pecuária de média a larga escala, e estágio intermediário de ocupação. As variáveis independentes assumem o modelo GTP de Bertrand, para observar a dinâmica da paisagem. Observou-se que 0,28% da floresta primária foi convertida para desmatamento. Ou seja, de 2013 a 2020 o desmatamento está ocorrendo a uma taxa líquida de 28% ao ano. E há alta probabilidade de transição de floresta primária para mosaico de ocupações, e de exploração florestal para mosaico de ocupações ao norte e ao sul da FLONA do Jamanxim, áreas estas, que podem estar associadas a implantação de estradas (BR-163), e aos projetos de assentamentos PDS Brasília e Projeto Vale do Jamanxim, que consequentemente podem causar impacto à resiliência da paisagem. Com base na modelagem e análise de cenários futuros, verifica-se que pode haver perda de 198,79 km² (1,52%) de floresta primária, e aumento considerável de desmatamento de 155,20 km² até 2030. O mapeamento deste estudo, pode apoiar ações das políticas públicas, por meio da análise de impactos de leis e identificação de áreas prioritárias para ação governamental na FLONA do Jamanxim. Com base na modelagem espacial, em conjunto com os planos de comando, controle e monitoramento, é possível orientar o desenvolvimento socioambiental, econômico e cultural nesta UC, para manutenção e conservação dos bens naturais.
