Navegando por Afiliação "Jornal o Liberal"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Uma análise da experiência do fazer jornalístico e sua reconfiguração diante das mudanças tecnológicas(Universidade Federal do Pará, 2021-11-23) NASCIMENTO, Valéria dos Santos; CASTRO, Fábio Fonseca de; http://lattes.cnpq.br/5700042332015787Esta pesquisa procura compreender o fazer jornalístico, a partir de quem se ocupa da atividade profissional afetada pelo acelerado processo de tecnologização da comunicação. Nossa reflexão se dá por uma abordagem hermenêutica do fenômeno da comunicação midiática, que envolve a atividade jornalística, interpretada sob o pensamento do filósofo Martin Heidegger, em sua analítica existencial do Dasein, o Ser-aí que inevitavelmente é um Mitsein, o Ser-com-outros e a questão da técnica. Também acrescentamos autores, como Muniz Sodré (2015), Fábio Castro (2013, 2015, 2016, 2017), Francisco Rüdiger (2014), José Salomão D. Amorim (2012), entre outros. O objetivo central é refletir sobre o fazer jornalístico contemporâneo, a partir da compreensão dos jornalistas sobre as práticas, de modo a entender como tornam possível tanto o legado social do ofício - o direito à informação -, quanto o atendimento aos novos hábitos de consumo de notícias em decorrência da propagação do uso de tecnologias digitais. Como metodologia para a discussão proposta, fez-se uma observação participante e entrevistas com profissionais que atuam para o jornal impresso O Liberal e o portal OLiberal.com, em Belém, entre os anos de 2019 e 2020. As informações e dados levantados são expostos a partir das constatações dos profissionais e de como eles elaboram caminhos para a atuação, confrontando empiria e teoria. Antecipadamente, é possível argumentar que há jornalismos em curso, sim, no plural, pois que o ofício, dependendo dos recursos investidos e da cultura das empresas, tem praticas diferenciadas na atualidade. No caso desta pesquisa, a prática observada reconfigura a rotina até então estabelecida, impactando, em grande parte, na capacidade do próprio jornalista de manter preceitos clássicos da profissão, frente às pressões da desenfreada concorrência de mercado.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Tipologia das relações sociais de Schütz e a ética da alteridade: a experiência urbana do jornal “a verdade rua e crua”(Universidade Federal do Pará, 2020-03-25) LEÃO, Bianca Conde; SANTOS, Ana Lúcia Prado Reis dos; CASTRO, Fábio Fonseca de; http://lattes.cnpq.br/5700042332015787Desde novembro de 2015, a Região Metropolitana de Belém conta com um jornal cujo conteúdo é elaborado exclusivamente por pessoas que vivem ou vivenciaram a situação de rua: o jornal “A verdade rua e crua”. Mas quais as potências das “narrativas errantes” (JACQUES, 2012) expressas nestas páginas? Esta inquietação, ou questão-problema, motivou a proposta desta dissertação de mestrado. Nos inclinamos a observar as práticas sociais intersubjetivas destes jornalistas de rua e apreender seus relatos a fim de perceber as produções de sentido que se revelam por meio desta experiência. Para isso, recorremos à tipologia das das relações sociais de Schütz (1979; 2012) a fim de sistematizar os relatos de experiências obtidos por meio dos impressos e de entrevistas semiestruturadas com alguns dos integrantes do projeto. Tomamos como base transversal a ética da alteridade de Lévinas (1980) para levantar a hipótese de que o jornal funciona como um espelho que pode revelar o Rosto do Outro, Rosto este entendido como o um caminho para o exercício da ética da alteridade. Como procedimento metodológico, além das entrevistas semiestruturadas em profundidade, usamos a observação participante, uma vez que a autora é voluntária do projeto, bem como a análise de conteúdo dos textos dos exemplares do jornal, na expectativa de fazer uma interpretação crítica sobre essa iniciativa da população de rua da Grande Belém. A partir do surgimento desse Rosto, vem à tona o paradoxo da proximidade e da distância do Mesmo para com o Outro, no qual é criada uma aparente contradição entre a intersubjetividade shutziana e a ideia da distância infinita levinasiana seguando a qual a redução à igualdade se torna impossível. Todavia, é por meio do atravessamento deste Outro que é, ao mesmo tempo, diferente e semelhante ao Mesmo, que os lugares de cada um no mundo-da-vida são repensandos. Diante desses jornais-espelhos, revela-se o exercício da ética da alteridade, pois o reconhecimento das diferenças do Outro não isenta o Mesmo de sua responsabilidade para com o ele, uma vez que o que há de humano comum a todos não se perde mesmo em situações de extrema vulnerabilidade.
