Navegando por Autor "CUNHA FILHO, Francisco Arimir Alves"
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Tese Acesso aberto (Open Access) A didática do plurilinguismo e o repertório linguístico discente no ensino-aprendizagem do Português língua estrangeira: um encontro entre proficiência e formação para diversidade(Universidade Federal do Pará, 2018-10-30) CUNHA FILHO, Francisco Arimir Alves; CUNHA, José Carlos Chaves da; http://lattes.cnpq.br/3117544056791050Este trabalho tem como objetivo principal verificar em que medida uma didática plurilíngue favorece a aprendizagem do português língua estrangeira em turmas heterogêneas do ponto de vista linguístico-cultural. Nossos dados foram gerados a partir do registro de várias situações de ensino e de entrevistas com os discentes que avaliaram o trabalho realizado no início e no final do curso. Escolhemos seguir o modelo qualitativo para o tratamento de descrição e análise dos dados (CROKER, 2009; OLIVEIRA, 2015; DÖRNYEI, 2007). Além disso, utilizamos a abordagem multimétodos para estabelecermos um diálogo entre nossas ações de ensino e as considerações dos alunos (CRESWELL; CLARK, 2011; OLIVEIRA, 2015; SPRATT; WALKER; ROBISON, 2004) combinanando a pesquisa-ação com a pesquisa etnográfica (THIOLLENT, 2000; MONTAGNE-MACAIRE, 2007; DÖRNYEI, 2007; JOHNSON, 1995). No tocante ao referencial teórico, embasamo-nos no conceito de competência pluricultural e plurilíngue, com ênfase nos aspectos linguístico, psicolinguístico e sociolinguístico dessa competência (PY, 1991; DABÈNE, 1994; DEPREZ, 1994; MOORE, 1995; CASTELLOTTI; MOORE, 1997; COSTE; MOORE; ZARATE, 1997, 2009; CONSELHO DA EUROPA, 2001). Nessa perspectiva, destacamos a noção de repertório linguístico do indivíduo plurilíngue. Recorremos também às diretrizes didático-metodológicas da abordagem acional e de práticas plurais – reunidas no que chamamos de didática do plurilinguismo – para guiar nossas atividades junto aos discentes (PICCARDO, 2014; CONSELHO DA EUROPA, 2001; BOURGUIGNON, 2012; PUREN, 2002; BLANCHET, 2014; CASTELLOTTI, 2010; CANDELIER, 2008; MEISSNER, 2002b). Estes, provenientes de países africanos e do Caribe, são sujeitos plurilíngues, usuários de duas ou mais línguas. Levamos em conta esses saberes prévios para facilitar e potencializar a aprendizagem deles. Implementamos ações suscetíveis de estabelecer um ambiente propício às práticas plurilíngues. Ao longo do curso, constatamos um posicionamento cada vez mais aberto do grupo no que diz respeito à didática do plurilinguismo: as alternâncias de línguas, anteriormente reservadas, começaram, aos poucos, a ser compartilhadas conosco; aos poucos também, eles passaram a olhar todas as suas línguas com o devido apreço, entenderam que elas não são entraves à aprendizagem, mas parceiras desse processo. Esses e outros resultados obtidos com esta pesquisa-ação nos levaram a considerar viável e importante a inserção do capital linguístico dos alunos no transcurso de sua aprendizagem do português, tanto para aprender com mais eficácia essa língua, como para ajudá-los a serem pessoas que respeitam todas as línguas e culturas.
