Navegando por Autor "FARIAS, Maria Adelina Rodrigues de"
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Tese Acesso aberto (Open Access) Antropologia linguística & etnografia toponímica: vivências e narrativas em linguagens socioculturais de Murinin-Benevides-Pará(Universidade Federal do Pará, 2016-10-06) FARIAS, Maria Adelina Rodrigues de; PACHECO, Agenor Sarraf; http://lattes.cnpq.br/5839293025434267A presente experiência trata da problematização acerca do significado dos nomes de lugares de circulação de pessoas, os topônimos, no município de Benevides, mais precisamente no bairro de Murinin. Os estudos toponímicos têm por escopo a depreensão do léxico de determinados territórios, tendo em vista a formação histórica e sociocultural do povo que aí habita, especificamente por intermédio dos nomes dados aos locais de circulação social, tais como ruas, hidrovias, bairros, cidades, etc., evidenciando tanto aspectos sincrônicos quanto diacrônicos dos falares. O estudo trava uma discussão sobre a construção da memória e da identidade toponímica desta localidade, demonstrando os valores atribuídos pelos interlocutores aos seus locais de nascimento e/ou moradia. A problematização está baseada na seguinte questão norteadora: Que relações de poder estão presentes na constituição dessa nominalização? Por esse motivo, considerei, para esta pesquisa, trabalhar com os pressupostos teóricos da Antropologia Pós-Colonial e dos estudos sobre Narrativas Orais. Assim, faço, em princípio, um levantamento formal, não fugindo em demasia da metodologia tradicional da pesquisa toponímica, mas considerando, nas entrevistas, também a toponímia alternativa, isto é, não oficial, vernacular, tentando motivar o interlocutor a buscar, em sua memória, a identidade de tal nome e sua relação com a vida dos que ali habitam/habitavam, bem como que categorias sociais foram silenciadas (e por quê?), seja do ponto de vista social, político, econômico, seja do religioso e familiar. Observou-se, a partir desta pesquisa, que a toponímia possui uma força ideológica decisiva para a representatividade do povo que habita o lugar, assim como, paradoxalmente, pode ser utilizada como fator de silenciamento e apagamento de identidades consideradas subalternas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Distribuição geo-sociolinguística do ditongo 'ej' no português falado no estado do Pará(Universidade Federal do Pará, 2008-12-11) FARIAS, Maria Adelina Rodrigues de; RAZKY, Abdelhak; http://lattes.cnpq.br/8153913927369006Este trabalho tem por objetivo apresentar os resultados de um estudo sobre a simplificação do ditongo decrescente /ej/ no português falado no Estado do Pará, localizado ao Norte do Brasil, com base nos pressupostos teórico-metodológicos da Sociolingüística Variacionista e da Geografia Linguística. Trata-se, portanto, de uma abordagem Geo-Sociolingüística, a qual relaciona fenômenos lingüísticos a comportamentos sociológicos e geográficos, que impõem e são impostos por normas específicas nas mais diversas manifestações da vida em sociedade. O corpus que se utilizou para a análise foi levantado a partir de questionários do Projeto Atlas Lingüístico do Brasil (ALiB), e está composto de entrevistas aplicadas a informantes previamente selecionados por meio de critérios também definidos a priori. Foram utilizados três questionários – QFF (Questionário Fonético-Fonológico), QSL (Questionário Semântico-Lexical) e QMS (Questionário Morfossintático) – além de perguntas sobre questões de pragmática, discurso semi-dirigido e texto reproduzido via leitura. Todo esse material foi elaborado pela equipe do projeto ALiB e aplicado por diretores científicos e suas respectivas equipes. Abrange a transcrição grafemática de todo o corpus e fonética do QSL e QFF, além da triagem dos itens lexicais continentes do ditongo supracitado que o corpus apresentou, para que estes pudessem ser submetidos à análise probabilística do programa computacional VARBRUL. Obtidos os resultados estatísticos, buscou-se interpretar os dados à luz das pesquisas já apresentadas sobre a variável no Brasil, além daquelas que serviram de base às problematizações acerca do fenômeno em língua portuguesa. Com base nessa interpretação, verificamos que, do ponto de vista lingüístico, o ditongo /ej/ apresenta restrições estruturais à sua realização plena; e que, do ponto de vista extralingüístico, há uma significativa distribuição dessas realizações no Estado ora pesquisado, que parece estar pautada em fatores dialetológicos, mas pouco relacionada a fatores sociais, exceto o fator escolaridade, que se mostrou relevante na aplicação da regra de monotongação ou na manutenção da semivogal do ditongo na fala do paraense.
