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Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Belém de Dalcídio ou história e experiência literária da paisagem urbana da Amazônia(Universidade Federal do Pará, 2016) PRESSLER, Gunter KarlAo contrário de muitos livros sobre Amazônia que insistem no mito e na selva, até hoje, o nosso artigo aborda a questão da cultura e da literatura na Amazônia a partir do ponto histórico-geográfico e a conditio sine qua non de qualquer expressão cultural no sentido moderno, i.e., a partir da existência da cidade com vida pública e a política divulgada em jornais, revistas e livros, pressupondo imprensa, tipografias, círculos literários e mídias modernas. O primeiro jornal na Amazônia apareceu já em 1822 que tinha como redator-chefe Felipe Patroni, o segundo que circulou entre 1824 e 1827, dirigido por Dom Romualdo de Seixas. Com a abertura da navegação livre do Rio Amazonas, em 1867, chegaram viajantes naturalistas à Amazônia, e com eles uma atenção maior à uma vida publica e de informações nacionais e internacionais e, no último quartel do século 19, desenvolveram-se intensas atividades jornalísticas e culturais com redatores e colaboradores. Deve ser observado que a cidade tinha no século 19 em sua maioria habitantes nativos e escravos e uma forte vivência de cultura popular. Como se modificou Belém e o interior do Pará, no final do século 19, com a extração intensiva da borracha na Amazônia? O nosso estudo apresenta enfoques de percepção e de vivência urbana não pelos padres, arquitetos ou viajantes, mas pelo romancista moderno, Dalcídio Jurandir (1909-1979), a fim de contribuir sobre a questão da fronteira entre cidade e campo e da vivência urbana e regional no ambiente dominado pela água e a floresta.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Da análise estrutural da narrativa (1996) á narratologia, Worf Schmid (2014). Um breve histórico ( também da terra Brasilis)(Universidade Federal do Pará, 2017-09) PRESSLER, Gunter KarlO ano de 1966 marcou a viagem dos Estruturalistas Franceses (R. Barthes, J.Lacan, G.Genette, J.- P.Vernant, L.Goldmann, T.Todorov, N. Ruwet e J. Derrida) para o colóquio intitulado, As Linguagens da Crítica e as Ciências do Homem, organizado pela Universidade John Hopkins em Baltimore/EUA. Naquele ano também saiu o famoso número 8 da revista Communications (“Análise Estrutural da Narrativa”) com os artigos iniciais da nova vertente teórica. Roland Barthes perspectivou, juntamente com outros estudos daquela revista, o do Todorov (“As Categorias da Narrativa Literária”) e o de Genette (“Fronteiras da Narrativa”), a chamada ciência da narrativa. A partir do termo apresentado por Todorov (1982 [1969]: 10), surgiu “a narratologia, a ciência da narrativa”. Nas décadas seguidas, a Narratologia incentivou centenas de pesquisas e projetos, por exemplo, o Centro Interdisciplinar para a Narratologia, na Universidade de Hamburgo (ICN) que já trouxe no curriculum um longo desdobramento sobre romances e narrativas na teoria alemã, anglo-saxônica e russa. A Narratologia é a primeira vertente da teoria literária que entrou no campo da reflexão da História, das Ciências Sociais e Políticas, da Comunicação, entre outros, pelo termo storytelling (Ch. Salmon, 2007). O nosso artigo desenha e narra o desenvolvimento histórico e o aprofundamento teórico sobre o discurso narrativo, o modo de narrar e as narrativas.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Gurupá: das ruínas aos cemitérios(2012-12) PRESSLER, Gunter KarlPosterior ao Tratado de Madrid (1750), o governo do Marquês de Pombal (1750-1777) implanta o projeto moderno nacional de caráter imperial nas colônias portuguesas. O Tratado de Madrid reconhecia a situação real na América Latina e encaminhou o trabalho das comissões de limites. O capitão-geral, na época do Estado do Grão-Pará e Maranhão, Francisco Xavier Mendonça Furtado foi ator decisivo do projeto político e militar, segurando a região à coroa portuguesa, e executava o projeto pombalino contra os jesuítas ("Estado de Deus") e as condições agrestes da região. A partir dos traços que o empreendimento político e ideológico deixou, o nosso estudo compara três vozes: as cartas do Governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado, a obra do escritor paraense Dalcídio Jurandir e a trilogia romanesca de Alfred Döblin, a fim de analisar como as incursões ideológica e estética configuram a mediação entre a realidade histórica e a representação nas narrativas de ficção. Essa comparação se realiza no contexto de uma região que liberou as mais altas e fecundas fantasias da historia cultural da humanidade (as Amazonas, El Dorado, o tesouro do Rei Salomão e o boom da borracha), a fim de traçar as fantasmagorias diante das ruínas da realidade, confrontar o imaginário coletivo e a ficcionalização individual.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Leitura de Lindanor Celina: caminhos para a compreensão do texto literário(Universidade Federal do Pará, 2017-09) DANTAS NETO, Abílio Cavalcante; PRESSLER, Gunter KarlArtigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) O nome das personagens em cinzas do Norte: uma questão poética(Universidade Federal do Pará, 2017-09) PINHEIRO, Lucilia Lúbia de Sousa; PRESSLER, Gunter KarlO artigo apresenta a forma poética, de acordo com Meschonnic (2002), do nome das personagens em Cinzas do Norte (2005), partindo da intenção do autor abstrato em intensificar o nome da personagem principal Mundo, pois ao ser chamado constantemente de Mundo, a personagem transmite a experiência que ele vai ter para além de Manaus, do Norte, mas para o mundo. As experiências que Mundo terá a partir dessas viagens e do próprio contexto na obra o colocam como personagem de um romance de formação.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Yautí Mira katu ou as fabúlas sobre o jabuti caçador - ch. F. harrt (1875), J. Couto de magalhães (1976) E.G.Stefani (1998)(Universidade Federal do Pará, 2018-04) SOUSA, Paulo Santiago de; CRUZ, Michele Barbosa; PRESSLER, Gunter KarlSabe-se da forte influência da cultura indígena para a composição do arcabouço cultural brasileiro. As manifestações culturais indígenas têm sido, desde o século 19, objeto de estudos antropológicos, mas de pouco interesse aos estudos literários. Porém, esse cenário tinha mudado com o reconhecimento da “oralidade” como expressão literária, e, nas duas últimas décadas, a matéria estética dos textos indígenas começa a ser estudada pelos estudos literários acadêmicos. Nessa perspectiva, o presente artigo objetivo mostrar a variedade das interpretações das lendas do jabuti contadas pelos povos indígenas, bem como destacar pontos de divergentes e convergentes dessas interpretações. Apresentarse-á um estudo inicial sobre os contos e/ou as lendas coletas por Charles Frederick Hartt (1875), Couto de Magalhães (1876) e a análise de Giancarlo Stefani (1998), realizado sobre as fábulas do Yautí. A nossa reflexão indaga sobre as narrativas colecionadas na língua Tupi ou Nheengatu e suas interpretações sobre a “voz autêntica” e projeção cultural desses autores.
