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Acesso aberto (Open Access)
Altas habilidades ou superdotação em contexto de educação matemática: ecos e expressividades
(Universidade Federal do Pará, 2023-05-25) SOARES, Maria Eliana; SALES, Elielson Ribeiro de; http://lattes.cnpq.br/5467537517169068; https://orcid.org/0000-0001-6242-582X
O estudo objetivou analisar expressividades de estudantes concluintes do Ensino Médio, com indicativo de Altas Habilidades ou Superdotação em contexto de Educação Matemática, e especificamente, buscou: 1) identificar manifestações de Altas Habilidades ou Superdotação de estudantes do Ensino Médio em ambiente intra escolar; 2) descrever a expressividade das Altas Habilidades ou Superdotação em contexto de Educação Matemática; e, 3) reconhecer nos achados, elementos que contribuam para a compreensão e ação docente sobre as Altas Habilidades ou Superdotação. Ancorou-se nas bases epistemológicas da Psicologia (social, cognitiva e da aprendizagem); nos fundamentos da Educação Matemática; e na abordagem da pesquisa qualitativa autonarrativa. Envolveu seis estudantes concluintes da Educação Básica de uma escola estadual da 8ª Unidade Regional de Educação de Castanhal-SEDUC/PA. No método, utilizou-se questionário investigativo, WhatsApp, observação participante, um projeto interdisciplinar, teste de sondagem e anamneses. Os resultados apontaram nas narrativas Histórias de Vida, e nestas, a evidência de inteligências diversas, de modo que, todos os participantes manifestaram habilidade para criar; dentre eles, três manifestaram habilidade para resolver problemas; e, três, para contribuir em contexto cultural. Individualmente, identificou-se que, três estudantes manifestaram inteligência lógico-matemática, destes, destacou-se um com inteligência interpessoal, intelectual e liderança, e dois com inteligência intrapessoal. Uma estudante manifestou inteligência linguística, musical e espacial; um apresentou inteligência interpessoal e pictórica; e uma evidenciou inteligência pictórica. A partir da experiência de construção de enunciados matemáticos emergiu a Aprendizagem Matemática Inversa, cujas inteligências apresentaram-se na ordem inversa do modo convencional do modo de aprender: a) análise (percepção, atenção, memória), que foi estimulada a partir de um objeto, uma sentença, imagem, etc.; b) interpretação (sentido, valor, atribuição), pela qual ocorreu a validação do que foi analisado; e, c) contexto (temporal, social, atitudinal), pelo enunciado. A experiência originou reflexões sobre a necessidade de mudança da prática docente, a partir dos indicadores: Olhar docente centrado no espectro de inteligências; Curiosidade, autoconfiança e reflexão na e sobre a prática docente; e, Propósito docente. Se desenvolvidos efetivamente esses aspectos torna-se-ão enriquecedores das práticas docentes na e para a inclusão.
Acesso aberto (Open Access)
As contribuições do jogo “No movimento dos números” para o ensino da adição nos anos iniciais do ensino fundamental
(Executiva Paraense dxs Estudantes de Pedagogia, 2018-07) CRUZ, Rosiane Oliveira da; SANTANA, Rosa Carla Costa; SANTOS, Sonia Helena Moraes dos; SOARES, Maria Eliana
Neste artigo abordamos o ensino da adição no 2o ano do Ensino Fundamental, cujo objetivo é problematizar e discutir a importância e as contribuições do jogo “O Movimento dos Números” para o ensino da adição, além de desenvolver uma prática pedagógica dinâmica utilizando o lúdico para trabalhar a Matemática, no intuito de um relato de nossas experiências e troca de saberes enquanto acadêmicas do quinto semestre do curso de Pedagogia 2015 noturno da UFPA. Utilizamos a pesquisa biblio- gráfica e de campo com abordagem qualitativa (MINAYO, 2001), cuja proposta surgiu na disciplina Fundamentos Teóricos e Metodológicos do ensino da Matemática, e foi realizada em maio de 2017 numa escola municipal de Castanhal/PA. Para discutirmos sobre o jogo enquanto instrumento de ensino nos fundamentamos em Pedroza (2005); Brasil (2007), Smole et al (2007), Santos (2008), dentre outros. Com a aplicação do jogo conhecemos o nível de desenvolvimento matemático dos alunos e, embora com a assimilação da adição na casa das unidades e dezenas, o processo de aprendizagem na casa das centenas continue em construção, a realização desta intervenção contribuiu para o processo de nossa formação a partir da reflexão sobre importância das metodo- logias utilizadas para o ensino da Matemática nos anos iniciais.
Acesso aberto (Open Access)
Educação matemática e educação de surdos: tecendo memórias na perspectiva da educação inclusiva
(Universidade Federal do Pará, 2017-05-24) SOARES, Maria Eliana; MARTINS, France Fraiha; http://lattes.cnpq.br/4765567823575996; SALES, Elielson Ribeiro de; http://lattes.cnpq.br/5467537517169068
Impulsionada pela indagação: Quais as percepções de estudantes surdos sobre o processo de ensino-aprendizagem matemática, diante dos desafios da comunicação em sala de aula? Trato neste estudo das minhas “vivências e aprendências” durante duas décadas, na educação básica, na perspectiva da Educação Inclusiva. A relevância em refletir minha própria prática é pela necessidade de protagonizar minha docência na educação inclusiva, pois ao desconhecer o assunto às vezes me fiz ausente, e até conivente diante de minhas limitações com a surdez, segregando e excluindo sem me dar conta disso. Sob uma luz de curiosidade, o enredo docente objetiva analisar as percepções de estudantes surdos sobre o ensino-aprendizagem matemática, considerando a complexidade da comunicação em sala de aula, para o qual volto-me para o ensino-aprendizagem de Matemática para a educação cidadã, a partir de uma investigação científica escolar, na perspectiva da alfabetização científica sobre educação matemática e educação de surdos, visando reflexões teórico-metodológicas que contribuam para práticas pedagógicas inclusivas e futuros estudos nesta área. Teorizo minha história docente, a partir da pesquisa qualitativa na modalidade narrativa (auto) biográfica, na qual narro situações vividas em diferentes contextos da educação básica, considerando as nuances da realidade do ensino regular e a complexidade da educação inclusiva, tendo como ilustração cinco participantes surdos a partir da relevância de suas memórias recheadas de subjetividades. Para interpretá-las, busquei apoio nos parâmetros da hermenêutica; da teoria sócio-histórico de Vygotsky, que trata do pensamento e linguagem numa relação intrínseca entre o homem e a sociedade; da objetivação cultural de Radford, que apresenta a formação do homem num processo cíclico a partir dos aspectos culturais, e da Semiótica de Peirce, que apresenta o processo da semiose para a construção das ideias; e ainda das teorias que discutem a educação matemática e a educação de surdos. Para o registro das informações sobre o objeto em estudo, utilizei como instrumento investigativo a entrevista semiestruturada videogravada e observações in lócus, e para a análise do material empírico utilizei-me da Análise Textual Discursiva, considerando os eixos: 1- O contexto social no processo comunicativo da educação matemática; 2 - As interfaces da comunicação na educação matemática; 3 - Elementos que limitam a aprendizagem matemática; 4 - Aspectos potencializadores da aprendizagem matemática. O enredo analisado revelou-me que, embora exista uma legislação que ampara a educação para a inclusão do estudante surdo, as práticas educativas (familiares e escolares) distanciam-se desse ideal, uma vez que as pessoas surdas ainda são vítimas de uma invisibilidade social. As percepções dos protagonistas denunciam a falta de sensibilidade tanto de pais quanto de educadores sobre o respeito à cultura surda, cujos resultados canalizam para a necessidade de formação não apenas no sentido acadêmico, mas também no sentido prático, que perpassa pelo aspecto cultural e porque não dizer ideológico, eis a necessidade de uma reformulação curricular na formação de professores. Como contributo deste estudo para a sociedade, será disponibilizado um material digital orientativo, no qual os próprios estudantes surdos participantes da pesquisa sugerem aos professores de matemática para melhorar suas práticas.