Programa de Pós-Graduação em Doenças Tropicais - PPGDT/NMT
URI Permanente desta comunidadehttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/3558
O Programa de Pós-Graduação em Doenças Tropicais (PPGDT) integra o Núcleo de Medicina Tropical (NMT) da Universidade Federal do Pará (UFPA), realizando atividades de ensino, pesquisa e extensão e atuando na formação de docentes-pesquisadores para o estudo e o ensino das doenças tropicais e das patologias regionais no estado do Pará e na Amazônia.
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Doenças Tropicais - PPGDT/NMT por CNPq "CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::GENETICA::GENETICA MOLECULAR E DE MICROORGANISMOS"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise de polimorfismo na região promotora do gene da Interleucina 18 (-137 G/C e -607 C/A) em pacientes portadores do vírus da hepatite C de Belém, Pará(Universidade Federal do Pará, 2012-03-23) SANTOS, Kemper Nunes dos; MARTINS, Luisa Caricio; http://lattes.cnpq.br/1799493244439769Desde a sua descoberta, em 1989, o vírus da hepatite C (HCV) tem sido reconhecido como a maior causa de doença hepática crônica no mundo. Considerado um problema de saúde pública mundial que envolve entre 170 a 350 milhões de pessoas infectadas. Fatores genéticos do hospedeiro têm sido implicados na persistência da infecção pelo HCV. Estudos sugerem que dois polimorfismos de nucleotídeos únicos na posição -607 C/A (rs1946518) e -137 G/C (rs187238) na região promotora do gene da IL-18 têm sido encontrados e associados com a atividade de transcrição do promotor da IL-18 e, potencialmente, de IFN-γ, sendo associados ao atraso na depuração viral e na persistência da doença. Foi realizado um estudo do tipo transversal analítico no município de Belém-PA, em 152 amostras sanguíneas de pacientes infectados pelo HCV e 188 controles não infectados. As amostras foram submetidas à RT-PCR, para detecção do RNA viral e, posteriormente, à RFLP-PCR para avaliação do polimorfismo na região promotora do gene da IL-18, nas posições -137 G/C e -607 C/A. Os resultados não revelaram diferença significante para os polimorfismos da IL-18 entre os pacientes e grupo controle. Mas revelou diferença significante para os genótipos homozigotos G/G (39,1%), na posição -137 (OR = 3.00, IC [95%] = 1.24 – 7.22, p = 0.02), e A/A (21,7%), posição -607 (OR = 3.62, IC [95%] = 1.25 – 10.45, p = 0.03), entre as mulheres, em relação aos homens (22,6% e 7,6%). Os resultados demonstraram indícios que entre as mulheres, a presença do polimorfismo homozigoto A/A (-607) atue como fator protetor contra a infecção pelo HCV, já que o genótipo A/A (-607) tem sido relacionado em alguns estudos à doença hepática leve e à depuração viral.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise epidemiológica e caracterização parcial do gene F dos Metapneumovirus Humano detectados a partir de casos de infecção respiratória aguda na Região Norte do Brasil(Universidade Federal do Pará, 2012-10-30) FERREIRA, Luís Edilson de Azevedo; MELLO, Wyller Alencar de; http://lattes.cnpq.br/1784167608719139; SOUSA, Rita Catarina Medeiros; http://lattes.cnpq.br/3560941703812539As doenças do trato respiratório são as principais queixas nos serviços de atendimento médico, sendo as infecções respiratórias agudas (IRA) as manifestações mais comuns, principalmente em crianças menores de cinco anos de idade. Em países em desenvolvimento, as IRA constituem um sério problema de saúde pública. Em todo mundo estima-se que ocorram cerca de 2 milhões de mortes devido as IRA a cada ano. Dentre os agentes causais de IRA, destaca-se o Metapneumovírus Humano (HMPV), especialmente por causar doença grave em crianças menores de 5 anos. Com o objetivo de gerar dados sobre a epidemiologia molecular deste vírus, foram analisadas amostras colhidas de pacientes com IRA no período de Janeiro de 2009 a Dezembro de 2011 oriundas da Região Norte (Pará, Amazonas, Acre, Amapá e Roraima). Foi utilizado a técnica de RT-PCR em Tempo Real (qRT-PCR) para a detecção do vírus através da amplificação do gene N e RT-PCR para o gene codificador da proteína F, que foi em seguida parcialmente sequenciado. Dentro do período de estudo, foram testadas 2966 amostras, das quais 129 positivas para HMPV. A faixa etária de 0-4 anos foi a que concentrou maior número de casos (n=84; 65,89%) em toda a região Norte. Na identificação viral, constatou-se a co-circulação dos subgrupos A2 e B2 durante os três anos do estudo. Os subgrupos A1 e B1 não circularam na região durante o período estudado. Este estudo representa o primeiro relato sobre dados da epidemiologia molecular do Metapneumovírus Humano na região Norte do Brasil.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise filogenética de genes de provável origem não humana de rotavírus do grupo A em espécimes fecais de crianças com gastrenterite aguda provenientes de Belém, Brasil(Universidade Federal do Pará, 2012) MAESTRI, Régis Piloni; MASCARENHAS, Joana D'Arc Pereira; http://lattes.cnpq.br/5156164089432435Os rotavírus (RVs) são a principal causa de gastrenterites viróticas agudas tanto em seres humanos, como em animais jovens de várias espécies, incluindo bezerros, equinos, suínos, caninos, felinos e aves. A diversidade genética dos RVs está associada a diferentes mecanismos de evolução. Nesse contexto registrem-se: mutação pontual, rearranjo genômico e reestruturação (reassortment). O objetivo do presente estudo foi realizar a caracterização molecular dos genes que codificam para as proteínas estruturais e não-estruturais em amostras não usuais de RVs. Os espécimes clínicos selecionados para este estudo foram oriundos de projetos de pesquisa em gastrenterites virais conduzidos no Instituto Evandro Chagas e provenientes de crianças e neonato com gastrenterite por RVs. Os espécimes fecais foram submetidos à reação em cadeia mediada pela polimerase, para os genes estruturais (VP1-VP4, VP6 e VP7) e não estruturais (NSP1-NSP6), os quais foram sequenciados posteriormente. Oito amostras não usuais de RV oriundas de crianças e neonato com gastrenterite foram analisadas evidenciando a ocorrência de eventos de rearranjos entre genes provenientes de origem animal em 5/8 (62,5%) das amostras analisadas. Desta forma, o presente estudo demonstra que apesar de ser rara a transmissão de RVs entre espécies (animais – humanos), ela está ocorrendo na natureza, como o que possivelmente ocorreu nas amostras do presente estudo NB150, HSP034, HSP180, HST327 e RV10109. O estudo é pioneiro na região amazônica e reforça dados descritos anteriormente que demonstram o estreito relacionamento existente entre genes provenientes de origem humana e animal que possam representar um desafio às vacinas ora em uso introduzidas em escala progressiva nos programas nacionais de imunização.Tese Acesso aberto (Open Access) Análise molecular de rotavírus tipo G9 de crianças na Região Norte do Brasil(Universidade Federal do Pará, 2016-10-31) GUERRA, Sylvia de Fátima dos Santos; SOARES, Luana da Silva; http://lattes.cnpq.br/0556695301015859; MASCARENHAS, Joana D'Arc Pereira; http://lattes.cnpq.br/5156164089432435O rotavírus do grupo A (RVA) é o principal agente viral associado às gastrenterites agudas, ocasionando cerca de 200 mil óbitos entre crianças menores de cinco anos de idade anualmente. Pertencem à família Reoviridae, gênero Rotavirus, possui RNA de dupla fita (dsRNA) com 11 segmentos codificando 12 proteínas, sendo seis estruturais (VPs) e seis não estruturais (NSPs). Cada proteína designa um genótipo específico de RVA, sendo a proteína VP7 responsável pelo genótipo G, existindo, atualmente, 32 variantes genéticas. O genótipo G9 emergiu em escala global na década de 90, período este anterior a introdução da vacina de RVA no Brasil em 2006, sendo continuamente detectado até os dias atuais. Este estudo objetivou descrever a frequência e a constelação genética associada ao genótipo G9 circulantes na região Norte do Brasil. Foram selecionadas 50 amostras coletadas de 1999 a 2013, sendo 45 G9P[8], 2 G9P[4] e 3 G9P[6], nas quais se procedeu a suspensão e extração do dsRNA para posterior amplificação e sequenciamento de nucleotídeos. Foi observado que no período pré-introdução da vacina a frequência de G9 alcançou frequência de 43%, enquanto que após a introdução da vacina, a maior frequência obtida foi 12,5% (2008 a 2010). A análise filogenética do gene VP7 demonstrou que todas as amostras agruparam na linhagem III de G9, observandose modificações aminoacídicas em sítios antigênicos quando comparadas às cepas vacinais. Tal fato foi observado também na análise do gene VP4-P[8], os quais agruparam na linhagem III de P[8], enquanto que VP4-P[4] agrupou na linhagem V e VP4-P[6] na linhagem I. Todas as amostras G9P[6] e G9P[4] foram associadas à constelação DS-1, genogrupo 2, enquanto que as amostras G9P[8] apresentaram a constelação Wa, genogrupo 1, com exceção de uma amostra que apresentou o gene NSP3 com perfil DS-1. As amostras G9 da região Norte analisadas associaram-se às constelações esperadas e descritas em outras partes do mundo, com exceção de uma amostra G9P[8] que apresentou uma reestruturação genética na proteína NSP3. O genótipo G9 pode ser considerado um tipo usual de RVA na região Norte e apesar de terem sido detectadas as mesmas linhagens circulantes no período antes e após a implantação da vacina, observou-se modificações em regiões antigênicas relevantes assim como reestruturação genetica, enfatizando a necessidade de contínua monitorização das variantes genéticas circulantes de RVA.Tese Acesso aberto (Open Access) Avaliação epidemiológica, clínica e molecular de enteropatógenos causadores de diarreia aguda em crianças e adultos residentes na comunidade Quilombola do Abacatal, Ananindeua, Pará(Universidade Federal do Pará, 2015) KAIANO, Jane Haruko Lima; MASCARENHAS, Joana D'Arc Pereira; http://lattes.cnpq.br/5156164089432435A doença diarreica aguda é uma das principais causas de morbidade e mortalidade infantil nos países em desenvolvimento e um dos fatores que mais contribui para o agravamento do estado nutricional das crianças. Este estudo objetivou avaliar o perfil clínico, epidemiológico e molecular das infecções por agentes virais e parasitários em crianças na faixa etária de 0 a 10 anos e da comunidade quilombola do Abacatal, no período de 2008 a 2010. Foram colhidas amostras fecais de 294 crianças na faixa etária de 0 a 10 anos e 81 indivíduos acima de 10 anos, residentes na comunidade do Abacatal, Ananindeua, Pará, que apresentaram quadro de diarreia aguda ou sem diarreia (controles). O diagnóstico viral foi realizado pelos testes imunocromatográficos e moleculares e o parasitológico pelo método de Faust e Hoffman. Um total de 375 amostras de fezes foi obtido de 177 indivíduos. As frequências dos agentes virais encontrados no presente estudo foram rotavírus do grupo A, rotavírus do grupo C e picobirnavírus em 6,4% (24/375), 0,3% (1/375) e 1,3% (5/375), respectivamente. A eletroforese em gel de poliacrilamida confirmou a presença de rotavírus A nas 23 amostras com 10 (43,48%) apresentando perfil curto e 13 (56,52%), perfil longo. A presença de enteroparasitas foi observada em 272 (77,94%) amostras, sendo que os mais frequentes foram Ascaris lumbricoides detectado em 13,18% (46/349) das amostras, seguido por Trichuris trichiura com 10,88% (38/349), ancilostomídeos com 4,01% (14/349) e Strongyloides stercoralis 1,72% (6/349). Das 24 amostras positivas para rotavírus do grupo A foram detectados os seguintes genótipos: G2P[4] (12,50%, 3/24); G1P[8] (25,00%, 6/24), G3P[9] (29,20%, 7/24) e G12P[6] (33,33%, 8/24). Foram detectados dois novos genótipos para os genes VP6 (I18) e NSP1 (A19) de rotavírus A. Foi realizada a avaliação nutricional de 38 crianças, demonstrando que 18,4% (7/38) apresentavam-se desnutridas. Este estudo destaca a necessidade de implementar ações de prevenção na comunidade, incluindo medidas de educação para a saúde, a vacinação contra o rotavírus, e até mesmo a implementação de programas para controlar infestações parasitárias.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Características epidemiológicas relativas à doença dental e infecção por Helicobacter pylori na cavidade oral de estudantes em Belém-Pará(Universidade Federal do Pará, 2009) MATOS, Gyselly de Cássia Bastos de; CORVELO, Tereza Cristina de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/7253864056606024A infecção pela Helicobacter pylori é uma das mais comuns em humanos e apesar de possuir tropismo pelo estômago, pode ser encontrada na cavidade oral, mantendo uma relação comensal com o hospedeiro, enquanto a cárie dental também é uma doença infecciosa e resulta do metabolismo da placa bacteriana. Ambas as infecções apresentam alta prevalência em países em desenvolvimento, pois estas populações estão mais expostas a fatores ambientais de risco, e normalmente são adquiridas durante a infância. A prevalência destas infecções foi investigada na cavidade oral de escolares assintomáticos para doenças gástricas, provenientes de uma população de Belém-Pa, relacionando-se a alguns parâmetros de higiene e saúde bucal, condição socioeconômica e fatores de susceptibilidade genética como os grupos sanguíneos ABO e Lewis. Foram investigados 104 indivíduos, com idade média de 17 anos. De todos os participantes foram coletadas amostras de saliva e placa dental. A saliva foi coletada para identificação do estado secretor ABO e Lewis e estimação dos parâmetros salivares, e ambas, saliva e placa dental, foram coletadas para analise molecular dos genes 16S RNAr da H. pylori e FUT2. A H. pylori foi detectada em 79,8% dos escolares, com freqüência de 66,35% na placa dental e 58,65% na saliva. A prevalência de cárie foi de 82,8% na população estudada. A avaliação clínica da saúde bucal mostrou que o CPO-D médio encontrado foi de 3,53. Observou-se que a experiência de cárie tende a aumentar à medida que acresce a idade e que a infecção por H. pylori foi maior na primeira infância. O grau de instrução e o número de visitas ao dentista mostraram diferenças significantes em relação a presença de H. pylori. A distribuição fenotípica dos grupos sanguíneos ABO e Lewis não mostrou diferenças significantes entre indivíduos infectados e não-infectados, que expliquem haver maior susceptibilidade genética para infecção por H. pylori e cárie dental. No conjunto desta analise as elevadas freqüências encontradas denotam a necessidade de cuidados e tratamento das doenças dentais, como a cárie e sugere-se que a H. pylori na cavidade oral pode contribuir para a infecção e re-infecção do estômago após tratamento.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Caracterização antigênica e molecular de amostras de rotavírus do tipo G1, obtidas de crianças participantes de estudos em gastroenterites virais, no período de 1982 a 2003, em Belém, Pará, Brasil(Universidade Federal do Pará, 2006-07-03) SOARES, Luana da Silva; MASCARENHAS, Joana D'Arc Pereira; http://lattes.cnpq.br/5156164089432435; LINHARES, Alexandre da Costa; http://lattes.cnpq.br/3316632173870389A mortalidade infantil permanece como um importante problema de saúde pública em escala mundial, principalmente nos países em desenvolvimento. Dos mais de 50 agentes etiológicos implicados nessa moléstia, os rotavírus se destacam por estarem associados a 111 milhões de episódios diarréicos, resultando em mais de 600.000 óbitos entre crianças menores de cinco anos, dos quais 82% são notificados nos países mais pobres do mundo. O estudo em questão objetivou a caracterização antigênica e molecular de amostras de rotavírus do tipo G1, obtidas de crianças participantes de estudos em gastroenterites virais, no período de 1982 a 2003, em Belém, Pará, Brasil. Cento e quarenta e oito espécimes de rotavírus G1 foram analisados na presente investigação. A prevalência global do tipo G1 foi de 41,3%, sendo que a freqüência deste genotipo no decorrer dos estudos analisados variou de 11,0% a 67,6%. A caracterização dos eletroferotipos, sorotipos G e genotipos P de rotavírus G1 ocorreram em freqüências de 78,4%, 89,9% e 87,8%, respectivamente. Foram identificadas três variedades de eletroferotipos longo, sendo que a variedade L1 foi encontrada com maior freqüência (79,3%). Os sorotipos G1, G9 e G1+G4 foram detectados em 88,0%, 9,8% e 2,2% dos espécimes, respectivamente. Detectou-se a infecção mista G1+G4 em uma amostra. A combinação binária prevalente foi P[8],G1, sendo responsável por 72,3% dos casos. Infecções mistas circularam em percentual de 20,0% , sendo detectados os genotipos P[4]+P[8],G1, P[6]+P[8],G1, P[4]+P[6],G1, P[4]+P[6]+P[8],G1 e P[6]+ P[8],G1+G4. O tipo G1 circulou do 2° ao 35° meses de idade e registrou-se maior número de casos na faixa compreendida entre 6 a 16 meses de idade. Não se verificou diferença de gravidade entre as variedades genotípicas G1 e outros tipos de rotavírus. A presente análise assume um caráter pioneiro no Brasil, permitindo ampliar os conhecimentos acerca da diversidade antigênica e molecular das infecções pelo tipo G1 de rotavírus e esses resultados permitirão entender a complexidade genética de tais agentes virais.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Caracterização de espécies de Leishmania isoladas de Flebotomíneos sp. de três ecótopos da Serra dos Carajás, Pará, Brasil(Universidade Federal do Pará, 2008) DIAS JUNIOR, Manoel Guacelis de Sena; ISHIKAWA, Edna Aoba Yassui; http://lattes.cnpq.br/3074963539505872A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma doença infecciosa, sendo uma zoonose de alta freqüência, endêmica na região Amazônica, transmitidas por flebotomíneos dos gêneros Psychodopygus e Lutzomyia. A Serra dos Carajás, situada no Sudeste do Pará, é amplamente explorada por empresas extrativistas e como resultado, concerniu-se que a LTA transformar-se-ia em um dos principais perigos de saúde para os trabalhadores, devido à prática de desmatamento e a construção de estradas de acesso e escoamento do minério. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a infecção natural por Leishmania em flebotomíneos da região da Serra dos Carajás através da técnica PCR. As capturas de flebotomíneos foram realizadas em três diferentes ecótopos, Parque Zoobotânico de Quarentena, APA do Gelado e Tapirapé-Aquirí, com auxílio de armadilhas de luz tipo CDC e Shannon, durante o período noturno a partir do crepúsculo vespertino. Os flebotomíneos capturados foram identificados de acordo com Young & Duncan, 1994 e congelados em N2. Foram congelados 5.947 flebotomíneos, com 3.495 fêmeas, dentre estas, 550 espécimes foram testadas. Foi realizada as extrações de DNA das amostras utilizando-se SDS e KOAc e precipitação com etanol 96%. Foi realizada a PCR, amplificando-se a região do gene do mini-exon com os iniciadores S1629 (5’GGGAATTCAATAWAGTACAGAAACTG3’) e S1630 (5’GGGAAGCTTCTGTACTWTATTGGTA 3’). O DNA de Leishmania foi detectado em 36 (6,5%) flebotomíneos, sendo 34 do subgênero Viannia detectados em 30 Psychodopygus wellcomei/complexus, três Lutzomyia whitmani e um Lutzomyia shawi. Duas infecções por Leishmania amazonensis foram detectados em Psychodopygus wellcomei/complexus. Tapirapé – Aquirí, APA do Gelado e Parque Zoobotânico de Quarentena apresentaram altas taxas de infecção natural em flebotomíneos 6,54 %, 5,96 % e 7,92%, respectivamente. Psychodopygus wellcomei/complexus ainda apresenta destacado papel de vetor de Leishmania causadoras de LTA na região em questão. Estudos sobre o poder vetorial das espécies Lu. whitmani e Lu. shawi infectados naturalmente por Leishmania na Serra dos Carajás devem ser intensificados, verificando se essas espécies podem estar atuando no ciclo de transmissão da LTA na Serra dos Carajás. Estudos que melhor esclareçam a variação da prevalência de diferentes espécies de flebotomíneos e o conhecimento das taxas de infecção também devem ser intensificadas na região da Serra dos Carajás.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Caracterização dos genes codificadores da hemaglutinina e PB2 do vírus Influenza A (H1N1) pandêmico isolado na mesorregião metropolitana de Belém(Universidade Federal do Pará, 2012-10-26) FERREIRA, Jessylene de Almeida; SOUSA, Rita Catarina Medeiros; http://lattes.cnpq.br/3560941703812539; NUNES, Márcio Roberto Teixeira; http://lattes.cnpq.br/0299116892743368A recente pandemia de gripe de 2009/2010 causada pelo vírus A (H1N1) pandêmico mostrou um perfil de gravidade diferente da gripe sazonal, pois um percentual considerável de casos graves e fatais ocorreu em indivíduos adultos jovens, sem comorbidade. A virulência dos vírus Influenza A (H1N1) pandêmico resulta de interações protéicas complexas e depende essencialmente de alguns genes virais. O objetivo deste estudo foi caracterizar os genes codificadores da hemaglutinina (H1) e polimerase básica 2 (PB2) do vírus Influenza A (H1N1) pandêmico mediante a obtenção de cepas provenientes de pacientes com gripe procedente da mesorregião metropolitana de Belém-PA. O tamanho amostral foi constituído de 87 amostras aleatórias de ambos os sexos de 0 a 96 anos, com síndrome respiratória aguda grave (SRAG) sem nenhuma comorbidade relatada, no período de maio de 2009 a agosto de 2010. As amostras foram isoladas em cultura de célula MDCK e analisadas por técnicas de biologia molecular que compreenderam três etapas principais: a) extração do RNA viral (RNAv) a partir do sobrenadante celular; b) amplificação do RNAv pela técnica de Reação em Cadeia mediada pela Polimerase precedida de Transcrição Reversa (RT-PCR); c) sequenciamento completo dos genes codificadores da H1 e PB2. Das 87 cepas amplificadas pelo RT-PCR, em 82 tornou-se possível a obtenção e análise de sequências para o gene HA, enquanto que de 81 amostras virais obteve-se sequências para o gene PB2. A análise comparativa das sequências obtidas com a sequência da cepa vacinal (A/California/07/2009(H1N1)) revelou substituições aminoacídicas na HA (P83S; D97N; S203T; D222G; Q293H e I321V) e na PB2 (K340N; K526R e M631L), no entanto sem associação a hospitalização. Ao nível de substituição na HA, a D97N isolada ou associada com a S203T, foi detectada com mais frequência na primeira onda. Já ao nível da PB2 a substituição K526R foi mais encontrada em cepas que circularam na primeira onda, enquanto que, a M631L foi mais evidenciada na segunda. A substituição D222G na HA só foi encontrada em casos de óbitos. Por fim, observou-se uma tendência de alterações nos sítios antigênicos da HA. Sendo assim, a contínua vigilância genética e antigênica do vírus Influenza A (H1N1) pdm em circulação, bem como o compartilhamento de informações é de extrema importância para a melhor recomendação possível para os vírus que entram na composição vacinal evitando assim maior risco de epidemias severas no futuro.Tese Acesso aberto (Open Access) Caracterização dos genótipos do vírus da hepatite b em pacientes atendidos no programa de hepatites virais do núcleo de medicina tropical – UFPA, Belém - Pará(Universidade Federal do Pará, 2016-05-27) ALMEIDA, Marcella Kelly Costa de; MARTINS, Luisa Caricio; http://lattes.cnpq.br/1799493244439769O vírus da hepatite B pertence ao gênero Orthohepdnavirus e a família Hepadnaviridae, compreendendo um vírus de DNA, hepatotrópico capaz de infectar mamíferos. Classificados em 10 genótipos (A-J) diferentes e muitos subgenótipos, estudos sugerem que eles podem influenciar na gravidade da doença, na resposta ao tratamento e na resposta vacinal. Os genótipos e subgenótipos do VHB tem uma distribuição variada, sendo alguns restritos a determinadas regiões geográficas, enquanto outros mostram uma distribuição mundial. É encontrada nas diversas regiões do Brasil com prevalência dos genótipos A, D e F. Este estudo teve como objetivo identificar os genótipos e subgenótipos do vírus da hepatite B entre os pacientes atendidos no Núcleo de Medicina Tropical - UFPA, na cidade de Belém, estado do Pará, no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2015. De um total de 1274 pacientes atendidos no NMT-UFPA dentro do período, foram selecionadas para o estudo 222 pacientes, de ambos os sexos, com sorologia reagente para os marcadores HBsAg e/ou anti-HBc total. As amostras foram submetidas a testes de biologia molecular, PCR “in House” e PCR multiplex para detecção do DNA viral e genotipagem, e posteriormente ao sequenciamento, para a confirmação e determinação dos subgenótipos virais. Em 65 das 222 amostras foi detectada a presença do DNA do VHB, sendo identificada a presença dos genótipos A (46/65), com predominância os subgenótipos A1(36/48) seguido do subgenótipo A2 (10/46), e genótipo F (17/65) sendo detectado apenas o subgenótipo F2 (17/17) circulando nesta população. A média de idade entre os paciente foi de 38 anos, com predominância do sexo masculino, sendo a maioria dos pacientes naturais do estado do Pará. Alguns fatores de risco foram identificados entre a população estudada, sendo a não utilização de preservativo durante as relações sexuais o mais predominante. Ao se comparar a presença do DNA viral com a sorologia para o marcador HBsAg, fica evidenciado um quadro que sugerem a presença de hepatite oculta entre os pacientes atendidos. Os resultados encontrados nesta pesquisa estão de acordo com o que é relatado em outros estudos no Brasil.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Caracterização genética parcial e completa da nucleoproteína de hantavírus na Amazônia brasileira(Universidade Federal do Pará, 2011) SIMITH, Darlene de Brito; NUNES, Márcio Roberto Teixeira; http://lattes.cnpq.br/0299116892743368A Síndrome Pulmonar por Hantavírus (SPH) vem sendo diagnosticada na Amazônia brasileira desde 1995. Até dezembro de 2010 já foram diagnosticados 289 casos na Amazônia brasileira, registrados nos estados do Mato Grosso, Pará, Maranhão, Amazonas e Rondônia. O objetivo geral do presente estudo foi caracterizar geneticamente cepas de hantavirus circulantes nesses estados. Foram utilizadas amostras de vísceras de roedores silvestres positivos para anticorpos IgG contra hantavírus, capturados em estudos ecoepidemiológicos, realizados nos municípios de Itacoatiara/AM, Alto Paraíso/RO e Campo Novo do Parecis/MT, e soro/sangue de casos humanos de SPH provenientes dos municípios da área de influência da BR-163, nos estados do Pará e Mato Grosso, Tomé-Açu/PA, Tangará da Serra/MT, além de pool de vísceras de um óbito procedente de Anajatuba/MA. As amostras foram submetidas à extração de RNA viral, seguida das reações de RT-Hemi-Nested-PCR para amostras de roedores, RT-Nested-PCR para amostras de humanos e sequenciamento nucleotídico, utilizando o método de Sanger e o pirossequenciamento, sendo, posteriormente, verificados quanto a aspectos como, identidade (BLAST search), similaridade (SimPlot) e homologia nucleotídica e aminoacídica com outros hantavírus (Clustal W). Foram obtidas as sequências parciais dos hantavírus em cinco roedores da espécie Oligoryzomys microtis (n=2 de Itacoatiara/AM; n=3 de Alto Paraíso/RO) e em oito amostras de humanos (n=1 de Tomé-Açu/PA; n=1 de Altamira/Cachoeira da Serra; n=1 de Novo Progresso/PA; n=1 de Guarantã do Norte/MT; n=1 de Anajatuba/MA e n=3 de Altamira/Castelo dos Sonhos). Com a utilização da estratégia do pirossequenciamento foram obtidas as sequências completas do gene N, S-RNA dos hantavírus em três roedores (n=2 de Alto Paraíso/RO e n=1 de Campo Novo do Parecis/MT) e dois casos humanos (n=1 de Tangará da Serra/MT e n=1 de Novo Progresso/PA). As análises das sequências completas demonstraram a presença de ORFs para uma possível proteína NSs, já descrita para outros hantavírus. As análises filogenéticas entre as sequências obtidas neste estudo e de outros hantavírus disponíveis no GenBank sugerem que, o vírus Castelo dos Sonhos é o responsável pelos casos de SPH em municípios da área de influência da BR-163, obtendo-se, pela primeira vez, a sequência completa desse vírus em roedor Oligoryzomys utiaritensis, capturado no Mato Grosso; confirmou-se a circulação contínua do vírus Laguna Negra-like, associado aos casos de SPH no estado do Mato Grosso; o vírus Mamoré-like foi detectado pela primeira vez em roedores O.microtis, nos estado do Amazonas e Rondônia, porém não associado a casos humanos; o vírus Anajatuba foi o responsável por um caso de óbito proveniente do Maranhão. Esse trabalho servirá como suporte para estudos moleculares e epidemiológicos futuros, pois, fornece dados inéditos acerca da transmissão das hantaviroses na Amazônia brasileira.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Caracterização sorológica e detecção molecular do HTLV em amostras de pacientes com distúrbios neurológicos no Estado do Pará, Brasil (1996-2005)(Universidade Federal do Pará, 2006-07-07) LIMA, Telma Vitorina Ribeiro; LINHARES, Alexandre da Costa; http://lattes.cnpq.br/3316632173870389O vírus linfotrópico de células de T humanas tipo 1 (HTLV-1) é reconhecido como agente etiológico da paraparesia espástica tropical/mielopatia associada ao HTLV-1 (PET/MAH). Quadro clínico muito similar a este vem sendo crescentemente associado ao HTLV-2, cuja patogenicidade ainda requer maiores esclarecimentos. Este inquérito epidemiológico transversal objetivou determinar a prevalência do HTLV entre indivíduos com distúrbios neurológicos e esclarecer, por métodos de biologia molecular, os casos de sorologia inconclusiva. O presente estudo envolveu pacientes residentes no Estado do Pará e/ou internados em instituições de saúde esse Estado, e que tenham sido encaminhados à Seção de Virologia (SEVIR) do Instituto Evandro Chagas (IEC) por médicos locais, entre janeiro de 1996 e dezembro 2005, com vistas à pesquisa de anticorpos específicos para HTLV-1/2. Dessa população foram selecionados 353 pacientes, com idades entre 9 meses e 79 anos, que apresentassem pelo menos um sinal ou sintoma do Complexo de Marsh(1996), bem como sorologia positiva para os testes de triagem e confirmatório de EIE específico para HTLV-1/2. A prevalência geral de anticorpos específicos para HTLV por EIE foi de 8,8% (31/353), com taxas de 10,6% (19/179) e 6,9% (12/174) nos sexos feminino e masculino, respectivamente. Entre os pacientes positivos para HTLV-1/2 por EIE, verificou-se que, tomadas em conjunto, as manifestações de paresia (n = 8), parestesia (n = 5) e paraplegia (n = 3) ocorreram em 48,4% (15/31) dos casos. Dos 31 pacientes positivos para HTLV por EIE, 25 puderam ser submetidos ao WB para definição do tipo viral, encontrando: 80% (20/25) de HTLV- 1, 12% (3/25), HTLV-2, uma infecção mista (4%) e um perfil indeterminado (4%). Destes 25 indivíduos, apenas 14 puderam ser re-localizados para coleta de nova amostra visando-s à análise molecular. Verificou-se que 78,6% das amostras tipadas por WB revelaram amplificação da região TAX pró-viral pela nested-PCR e foram confirmadas quanto à tipagem pela pesquisa da região POL por PCR em tempo real, denotando especificidade e sensibilidade satisfatórias do método de WB empregado no estudo. A amostra definida como infecção mista por WB foi amplificada para região TAX, porém a PCR em tempo real confirmou infecção apenas pelo HTLV-1. O paciente com perfil indeterminado e uma das amostras tipadas como HTLV-2 por WB foram amplificadas pela nested-PCR, porém a PCR em tempo real não detectou genoma pró-viral de HTLV-1, nem do -2 em quaisquer das duas amostras. Uma paciente, portadora de quadro de mialgia e parestesia crural com duração de aproximadamente 7 anos se apresentou positiva para HTLV-2 por WB e PCR em tempo real, caracterizando um quadro compatível com mielopatia associada a esse tipo. Registraram-se indícios de transmissão vertical em dois casos distintos: um paciente cuja mãe apresentou anticorpos para HTLV-1 por WB e duas irmãs com diagnóstico de HTLV-1 por WB e PCR em tempo real. Os resultados deste trabalho evidenciam a necessidade de análises mais profundas acerca da epidemiologia molecular dos tipos e subtipos do HTLV, bem como avaliações clínicas mais rigorosas do ponto de vista neurológico, visando a melhor caracterizar a associação do vírus à condição mórbida designada mielopatia crônica.Tese Acesso aberto (Open Access) “Citomegalovírus: diversidade genética e pesquisa de resistência antiviral em pacientes imunodeficientes da cidade de Belém”(Universidade Federal do Pará, 2015-07-17) SILVA, Dorotéa de Fátima Lobato da; SOUSA, Rita Catarina Medeiros; http://lattes.cnpq.br/3560941703812539O citomegalovírus (CMV) é uma das principais causas de morbimortalidade em pacientes imunodeprimidos, devido seu mecanismo de latência e reativação que comumente ocorre nas imunodeficiências. Análises genéticas demonstram que a virulência das cepas pode estar relacionada à diversidade genotípica. O principal objetivo desse estudo foi descrever o perfil soroepidemiológico e a diversidade genética do CMV por meio da detecção mutações que conferem resistência viral ao ganciclovir em pacientes imunodeficientes da cidade de Belém. Foi analisado um total de 672 amostras, sendo: 243 portadores do HIV/aids, 257 pacientes neoplásicos, 112 transplantados renais e 60 portadores de LES. A soroprevalência de anticorpos para o CMV foi correspondente a 96,1% e os índices de infecção ativa de 2,4% (n=16) inferior ao observado pelo método da qPCR que correspondeu a 15,63%. As diferenças nos índices de infecção deve-se a baixa sensibilidade (5,71%) do método sorológico comprovado no Screening Test. A pesquisa de mutações foi feita em 82 amostras pelo método do pirosequenciamento, sendo amplificado um fragmento de 741pb do gene UL97, entre os nucleotídeos 1087 – 1828. Foi observado que 100% (n=82) das amostras apresentavam duas mutações com alteração de aminoácidos, no códon 596 (E596K), e outra no códon 604 (S604F). A mutação S604F não foi encontrada em outras sequências virais do geneBank. Outras dez mutações ocorreram entre os códons 377 e 594 em oito amostras, entre elas a mutação A594V em um paciente transplantado renal que evoluiu a óbito. Concluiu-se que a prevalência de anticorpos e o perfil epidemiológico do grupo foram equivalentes aos observados em populações de países em desenvolvimento; os índices de infecção viral estão relacionados à reativação viral, sendo subestimados pela sorologia; a análise de sequência demonstrou importante diversidade genética nas amostras examinadas; a detecção da mutação A594V sugere circulação de cepas com mutação de resistência.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Perfil genotípico de resistência do vírus Influenza A (H1N1) pandêmico aos inibidores da neuraminidase em pacientes procedentes da mesorregião de Belém no período de maio de 2009 a maio de 2012(Universidade Federal do Pará, 2012-10-26) BARBAGELATA, Luana Soares; SOUSA, Rita Catarina Medeiros; http://lattes.cnpq.br/3560941703812539O vírus Influenza é o responsável pela gripe, uma doença que ocasiona milhões de mortes e hospitalizações todos os anos. Nas infecções severas, especialmente em pessoas com risco para complicações, os antivirais tornam-se os principais meios para o manejo clínico, merecendo especial destaque os inibidores da neuraminidase (INAs). De fato, na pandemia de 2009 a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou o uso do oseltamivir para o tratamento dos doentes. Porém, devido à evolução genética viral, surgiram cepas com mutações no gene codificador da neuraminidase (NA) responsáveis por substituições aminoacídicas que levam à resistência aos fármacos INAs. Assim, a OMS passou a recomendar a vigilância de resistência genotípica para os vírus Influenza. Este trabalho teve como objetivos verificar a ocorrência de mutações no gene codificador da NA dos vírus Influenza A (H1N1) pandêmico que possam estar relacionadas à resistência aos INAs em cepas circulantes na mesorregião metropolitana de Belém no período de maio de 2009 a maio de 2012 e analisar, através da modelagem de proteínas, as substituições aminoacídicas da NA que possam estar influenciando na conformação protéica. Durante o período de estudo, foram recebidas no Laboratório de Vírus Respiratórios 2619 amostras clínicas de pacientes que apresentavam sinais e sintomas de infecção respiratória aguda com até cinco dias de evolução. Para a detecção do genoma viral foi feita a extração do RNA viral, seguida de RT-PCR em tempo real utilizando marcadores específicos para Influenza A H1N1pdm, resultando em 744 (28,4%) positivas. Parte das amostras positivas foram então inoculadas em células MDCK. Para as amostras isoladas em cultura de células, foi feita uma nova extração do RNA viral seguida de uma RT-PCR e semi-nested (PCR) utilizando iniciadores específicos para o gene NA, e posterior análise em sequenciador automático ABI Prism 3130xl (Applied Biosystems). A modelagem molecular da NA foi realizada através dos softwares SWISS-MODEL, MODELLER 9.10, PROCHECK, VERIFY3D e PYMOL. A análise parcial das sequências da neuraminidase nas amostras sequenciadas mostrou que não houve a circulação de cepas de vírus H1N1pdm com a mutação H275Y, a principal envolvida na resistência ao oseltamivir. Porém, em duas amostras foi identificada a substituição D199N que já foi relatada em vários estudos mostrando uma possível associação com o aumento da resistência ao oseltamivir. As amostras de 2012 apresentaram duas substituições (V241I e N369K) que estão relacionadas com um possível papel na compensação dos efeitos negativos causados pela mutação H275Y. A modelagem molecular mostrou que na mutação D199N houve uma alteração na estrutura da proteína NA próxima ao sítio de ligação ao antiviral. A análise filogenética revelou que as amostras de 2012 formaram um cluster isolado, demonstrando uma variação muito mais temporal do que geográfica. Este representa o primeiro estudo de resistência dos vírus Influenza H1N1pdm na mesorregião metropolitana de Belém, representando um importante instrumento para que os profissionais de saúde adotem estratégias mais eficazes no manejo da doença e no desenvolvimento de novos fármacos anti-influenza.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Pesquisa e genotipagem do vírus da hepatite C em portadores de doenças renais crônicas submetidos à hemodiálise(Universidade Federal do Pará, 2012-12-20) FREITAS, Maria de Jesus Rodrigues; MARTINS, Luisa Caricio; http://lattes.cnpq.br/1799493244439769Pacientes com doença renal crônica tem alto risco de adquirir o vírus da hepatite C (VHC). A prevalência de hepatite C em unidades de hemodiálise é elevada. O estudo teve por objetivo avaliar a presença do VHC e seus diferentes genótipos em portadores de doença renal crônica que realizaram hemodiálise em Belém e região metropolitana, no Estado do Pará, Brasil, determinando a prevalência do vírus, genótipos e as características epidemiológicas dos portadores da doença renal crônica. Foi realizado um estudo transversal, em sete unidades de hemodiálise das cidades de Belém e região metropolitana, no período de outubro de 2011 a abril de 2012. Foi aplicado um questionário com dados sociais, epidemiológicos e sobre a presença de fatores de risco para hepatites virais. Material biológico foi coletado dos pacientes para os exames ELISA e PCR VHC. Os pacientes com presença de RNA viral foram avaliados quanto aos genótipos. A prevalência dos anticorpos para VHC entre os indivíduos estudados foi de 8,4%, enquanto 5,4% apresentaram RNA viral, com 0,1% entre os não reagentes. O genótipo 1 foi o mais prevalente, com 86,1%, seguido do tipo 2, com 11,6%. O tipo 3 teve somente 2,3%. A análise epidemiológica mostrou predomínio do sexo masculino, faixa etária de 49 anos, casados ou em união estável, com baixo nível de escolaridade e renda familiar de até 2 salários mínimos. A principal causa da doença renal crônica foi o diabetes mellitus (34,4%), seguida de glomerulonefrites (18,6%) e hipertensão arterial (17,1%). O tempo de hemodiálise foi significativamente importante fator de risco para aquisição do VHC (p=0,012), com a maioria dos portadores do VHC que adquiriram a doença durante hemodiálise estava acima de 5 anos de tratamento (p= 0,0001). Outro fator de risco associado ao VHC foi transplante de órgão prévio. Conclui-se que, em Belém e região metropolitana, a prevalência de VHC em hemodiálise foi elevada e o genótipo mais frequente é o mesmo da população geral no norte do Brasil.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Prevalência do papilomavírus humano em mulheres portadoras do vírus da imunodeficiência humana atendidas no serviço de atendimento especializado de Imperatriz-MA(Universidade Federal do Pará, 2012) CASANOVA, Franciara Batista; FUZII, Hellen Thais; http://lattes.cnpq.br/0026958665547973O presente trabalho tem objetivo de avaliar a prevalência do HPV e os fatores de risco associados à coinfecção HIV HPV. Foram analisadas 78 amostras cervicais de mulheres HIV-positivas atendidas no SAE do Programa Municipal de DST/AIDS de Imperatriz do Maranhão. Realizaram-se os exames de citopatologia e amplificação por PCR. Como instrumento para coleta de dados foi utilizado um questionário. A positividade do DNA de HPV foi de 74,36%. Em nosso estudo a citologia diagnosticou alterações em 16 (20,51%) dos casos. Foi detectado DNA HPV em 71% das pacientes com citologia classificada como inflamatória, e 93,7% das citologias alteradas. Dentre as alterações destacamos ASCUS com 100%; ASCUH 100%; LIE de baixo grau 100%; LIE de alto grau 66,6%. Analisando os fatores de risco sócio-demográficos desta população em relação a prevalência da infecção pelo HPV, notou-se que mulheres que relataram nunca ter feito uso de álcool apresentaram maior prevalência 87,5% e mulheres que fazem uso de cigarro atualmente, 84,6% estavam infectadas pelo HPV. Não houve diferenças entre as variáveis “situação marital”, “escolaridade”, “número de parceiros”, “uso de preservativo” e “uso de anticoncepcional”, ocorrendo perfil semelhante. Esse estudo foi o pioneiro na cidade de Imperatriz e comprovou uma alta prevalência da co-infecção. O combate ao câncer de útero deve ser adotado como uma prioridade dos serviços de saúde pública por se tratar de doença com potencial para a prevenção, cujo rastreamento é eficaz.
