Programa de Pós-Graduação em Letras - PPGL/ILC
URI Permanente desta comunidadehttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2310
O Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) do Instituto de Letras e Comunicação (ILC) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Confere ao candidato habilitado o título de Mestre e/ou Doutor em Letras, nas Áreas de Concentração em Estudos Literários ou Estudos Linguísticos, tem como objetivos gerais e fundamentais: preparar pesquisadores capazes de desenvolver trabalhos científicos no campo dos Estudos da Linguagem; desenvolver a competência profissional e científica do graduado para que ele atue com criticidade na sua área de conhecimento; e produzir conhecimento científico relevante para o país, com ênfase, quando oportuno, para as especificidades linguísticas e literárias presentes na Região Amazônica.
Navegar
Navegando Programa de Pós-Graduação em Letras - PPGL/ILC por CNPq "CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LINGUAS INDIGENAS"
Agora exibindo 1 - 18 de 18
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Dissertação Acesso aberto (Open Access) Alternância de códigos em narrativas orais do povo Parkatêjê: aspectos linguísticos do contato com o português(Universidade Federal do Pará, 2012-09-28) NEVES, Cinthia de Lima; FERREIRA, Marília de Nazaré de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4291543797221091“Mistura irregular de dois sistemas distintos” (Labov, 1971, p. 457). A afirmação de Labov reflete o que durante décadas se pensou sobre um comportamento linguístico comum a falantes bilíngues: a alternância de código (ou code-switching). Esse fenômeno, que se caracteriza pela mudança de uma língua para outra sem haver mudança de tópico ou falante, é, no entanto, sistematicamente organizado e está sujeito a restrições gramaticais, ocorrendo em pontos específicos e recorrentes nas sentenças, não de maneira aleatória. Um dos modelos teóricos frequentemente usados para dar conta da gramaticalidade do code-switching é o proposto por Poplack (1978/1881), que sugere duas restrições ao fenômeno: a “restrição morfema livre”, segundo a qual a alternância pode ocorrer após qualquer constituinte desde que não seja um morfema fixo; e a “restrição de equivalência”, que prevê a ocorrência em pontos onde elementos de ambas as línguas são equivalentes, para não haver violação de regras sintáticas das línguas envolvidas. Este trabalho apresenta a aplicação desse modelo à análise descritiva de alternância de código entre português e parkatêjê, língua Timbira falada no sudeste do Pará. Os dados que embasam este estudo são histórias tradicionais do povo, coletadas entre os anos de 2008 e 2011, nas quais é possível encontrar diversas ocorrências do fenômeno.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise acústica das sílabas tônicas em Apurinã (Aruák)(Universidade Federal do Pará, 2013-08-30) SANTOS, Benedito de Sales; FACUNDES, Sidney da Silva; http://lattes.cnpq.br/9502308340482231Este trabalho investiga os correlatos acústicos das sílabas proeminentes, doravante acento na língua Apurinã, levando-se em consideração as hipóteses de Facundes, 2000 e Brandão, 2010. A pesquisa investiga correlatos como F0, intensidade e duração de vogais em sílabas acentuadas, com acento secundário e sem acento, para verificar, a partir de análises estatísticas, qual deles é o mais relevante correlato associado ao acento na língua. O trabalho está dividido em três partes: 1) a introdução onde se aborda aspectos do povo, da língua e se faz uma abordagem da metodologia e dos teóricos que serão utilizados na análise; 2) uma breve abordagem sobre o acento descrito por Facundes (2000) e a aplicação da teoria métrica do acento de Hayes (1995); 3) a análise acústica com os resultados do teste estatístico, e conclusão e a lista de palavras utilizadas na pesquisa.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise de livros didáticos do povo indígena Mebêngôkre(Universidade Federal do Pará, 2012-08-30) QUARESMA, Francinete de Jesus Pantoja; FAIRCHILD, Thomas Massao; http://lattes.cnpq.br/1771292039081039; FERREIRA, Marília de Nazaré de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4291543797221091Nesta dissertação descrevemos e analisamos livros didáticos do povo indígena Mebengokre, a fim de verificar o que se esta produzindo como manual didático para as comunidades indígenas falantes dessa língua. Esta pesquisa, de natureza bibliográfica, apoiou-se nos referenciais teóricos da Sociolinguística, da Linguística Aplicada, da Linguística Descritiva, da Linguística Textual e da Educação para analisar os dados. A dissertação esta dividida em três capítulos. O primeiro capítulo trata de questões voltadas para os povos indígenas, tais como a formação sociocultural dos Mebengokre, a sua referida língua, a educação escolar indígena e a formação do professor indígena. O segundo capitulo aborda as questões do letramento, distinguindo sociedades de culturas orais e de culturas escritas, discutindo a alfabetização e caracterizando os livros didáticos, em especial os manuais didáticos indígenas. O terceiro capítulo apresenta a descrição e analise dos livros didáticos Me Banho Pi'ok e Livro de Língua Portuguesa. A análise dos dados revela que, apesar das varias mudanças ocorridas no cenário educacional indígena com a elaboração de documentos legais que subsidiam a educação escolar indígena e a produção de materiais didáticos, o tratamento dado a escrita nos livros didáticos indígenas produzidos na atualidade por professores indígenas, durante as oficinas de produção realizadas nos Cursos de Formação de Professores Indígenas, pouco se difere do tratamento dado a escrita nas cartilhas produzidas pelo SIL, na década de 1960.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Aspectos morfossintáticos e semânticos da causativização em Parkatêjê(Universidade Federal do Pará, 2018-02-27) FERREIRA, Sindy Rayane de Souza; SHIBATANI, Masayoshi; FERREIRA, Marília de Nazaré de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4291543797221091Sob a visão do funcionalismo tipológico, o presente trabalho tem por objetivo descrever e analisar aspectos morfossintáticos e semânticos relacionados ao fenômeno de causativização em Parkatêjê (língua indígena da família Jê, tronco Macro-Jê, e pertencente ao Complexo Dialetal Timbira). Da perspectiva morfossintática, a causativização é um processo relacionado ao aumento de valência verbal, isto é, à mudança das funções e relações gramaticais dos argumentos de um verbo. Da perspectiva semântica, consiste em um fenômeno associado à relação de causa e efeito, em que um verbo causativo permite que o sujeito de uma oração aja sobre outro argumento, fazendo com que este realize alguma ação ou mude seu estado. Na língua Parkatêjê, a causativização se manifesta por meio do verbo to, cujo significado primeiro é „fazer‟ e que causativiza verbos intransitivos ativos e estativos. Os verbos transitivos parecem não sofrer causativização. O trabalho fundamenta-se nos postulados teóricos de Givón (1975), Shibatani (1976, 2002), Comrie (1989), Dixon (1994), entre outros. Além de verbo causativo, o elemento „to‟ desempenha outras funções morfossintáticas na língua: verbo lexical básico „fazer‟, verbo auxiliar, parte da raiz de verbos e posposição instrumental. Por este motivo, este trabalho também apresenta alguns aspectos relacionados a cada uma dessas funções. A metodologia utilizada neste trabalho consistiu em pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo com coleta de dados realizada na comunidade da língua em estudo.Tese Acesso aberto (Open Access) Aspectos morfossintáticos em mebengôkre: transitividade e marcação de argumentos(Universidade Federal do Pará, 2021-08-20) GOMES, Edson de Freitas; GALUCIO, Ana Vilacy Moreira; http://lattes.cnpq.br/3697197245602067; https://orcid.org/0000-0003-0168-1904O sujeito marcado canonicamente em Mẽbêngôkre já vem sendo descrito na literatura sobre a língua há alguns anos, no entanto, a descrição do sujeito marcado não-canonicamente ainda é um campo que precisa ser mais explorado e que mostra ser muito produtivo. A temática do sujeito que recebe marcação diferente do padrão canônico é bastante atual e relevante, pois, pode trazer informações novas para o conhecimento da morfossintaxe da língua e contribuir para o maior conhecimento de fenômenos ainda carentes de descrição. O estudo do sujeito não canônico pretende possibilitar a discussão sobre a realização do sujeito Mẽbêngôkre, mas sem perder de vista que ainda falta muito a ser feito para que esta hipótese seja confirmada definitivamente. Partindo desse cenário, esta tese tem o objetivo principal de descrever as formas como o sujeito é marcado em Mẽbêngôkre, com foco nas estratégias principais utilizadas para a marcação de sujeitos canônicos e não-canônicos, em especial o sujeito dativo, marcado pela posposição mã, e o sujeito locativo, marcado pelas posposições kãm, jã e bê. O padrão não-canônico de sujeitos em Mẽbêngôkre será tratado com base nos testes referentes às propriedades de codificação e comportamentais do sujeito propostos por Keenan (1976); Sigurðsson (2004); Eythórsson; Barddal (2005); Barddal; Eythórsson (2009 e 2016), entre outros autores. A análise apresentada baseia-se em dados oriundos de pesquisa de campo, obtidos por meio de gravação com consultores indígenas de aldeias Mẽbêngôkre, localizadas na reserva Gorotire, município de São Félix do Xingu, Sul do estado do Pará. A metodologia é baseada na aplicação de testes sobre as propriedades de codificação como a marcação de caso nominal, a indexação de argumentos no verbo e a ordem dos constituintes na sentença e das propriedades comportamentais como controle do reflexivo, controle e apagamento nas orações coordenadas e subordinadas, e mudança de referência. Os dados mostram que, além do sujeito marcado canonicamente, existe também o sujeito que é marcado formalmente por morfemas que são posposições e os testes morfossintáticos realizados mostram que estes sujeitos são aprovados na maioria dos testes propostos, no caso do sujeito dativo, e em alguns, no caso do sujeito locativo. Um argumento que corrobora a análise dos prefixos indexados em posposições como sujeito é o fato de estes prefixos serem duplicados pelo pronome nominativo, tal qual ocorre com o sujeito marcado canonicamente.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Aspectos semânticos, morfológicos e morfossintáticos das palavras descritivas Apurinã(Universidade Federal do Pará, 2007-03-16) CHAGAS, Angela Fabíola Alves; FACUNDES, Sidney da Silva; http://lattes.cnpq.br/9502308340482231; FERREIRA, Marília de Nazaré de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4291543797221091Apresenta aspectos semânticos, morfossintáticos e morfológicos das palavras descritivas da língua Apurinã (Aruák), isto é, palavras que comumente são traduzidas como adjetivos nas línguas européias. Algumas dessas palavras recebem a marca de sujeito pronominal (ex. unatxitapeka 'ela está com fome'); outras recebem a marca de objeto (ex. ere-ru 'ela é bonita'); e outras podem receber tanto uma como a outra (ex. ny-pĩkareta eu estou com medo vs. papĩkare-nu eu sou medroso). A primeira questão aqui tratada foi quanto ao lugar das palavras descritivas nas partes do discurso Apurinã (são nomes, são verbos ou formam uma classe independente?). Utilizando evidências internas da língua, inicialmente estabelecemos uma classificação gramatical para essas palavras a partir de suas propriedades morfológicas em comparação aos nomes e verbos na língua, de modo a nos permitir responder a essa questão. A segunda questão foi sobre os correlatos semânticos das palavras descritivas. Considerando a divisão interna das palavras descritivas em Apurinã (subjetivas vs. objetivas), apresentamos as propriedades semânticas associadas a cada grupo e, a partir disso, apresentamos uma tentativa de motivar o subagrupamento de conceitos descritivos na língua com base nas noções aspectuais de transitoriedade e permanência. Finalmente, o fenômeno gramatical descrito é contextualizado dentro da tipologia de sistemas de intransitividade cindida descrito para outras línguas (PAYNE: 1997), e a descrição de suas propriedades semânticas é situada em relação à tipologia de aspectos lexicais ou aktionsarten (COMRIE: 1976, FRAWLEY: 1992).Dissertação Acesso aberto (Open Access) Atitude linguística e revitalização da Língua Mundurukú: observações preliminares(Universidade Federal do Pará, 2014-04-07) FRANCÊS JÚNIOR, Celso; MARGOLIN, David; PICANÇO, Gessiane Lobato; http://lattes.cnpq.br/8504849027565119Os Mundurukú do Kwatá-Laranjal estão incluídos na lista de comunidades indígenas que apresentam a língua num processo de perigo iminente. A língua, que recebe o mesmo nome da etnia mundurukú, é pertencente à família mundurukú, do tronco tupi, a qual, antigamente, era falada por povos mundurukú que habitavam os estados do Mato Grosso, Pará e Amazonas, entretanto, a concentração maior de indivíduos é nos dois últimos estados. O foco deste estudo está na comunidade indígena mundurukú do Kwatá-Laranjal, no Estado do Amazonas, pois indivíduos desta comunidade já não falam mais a língua nativa e por esse motivo manifestam o interesse revitalizar e fortalecer sua identidade e cultura. Assim, o Projeto desenvolvido pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), denominado Licenciatura Específica para Formação de Professores Indígenas/Turma Mundurukú (AM/PA), além do objetivo de formação em nível superior, pretende também ser instrumento da revitalização da língua mundurukú em aulas com disciplinas específicas da língua. É nesse contexto, da licenciatura específica para formação de professores indígenas, que nossa pesquisa está inserida; objetivando verificar as atitudes linguísticas em relação à língua original da comunidade indígena mundurukú do Amazonas dentro do processo de revitalização. Dessa forma, a metodologia adotada é de cunho quantitativo e o corpus da pesquisa foi coletado a partir da realização de entrevistas sistematizada por questionário. Tal instrumento de pesquisa visa comparar os comportamentos dos alunos diante das línguas, portuguesa e mundurukú, com relação a: i) atitude cognitiva (conhecimento da língua); ii) atitude afetiva (preferência por uma ou outra língua); iii) atitude comportamental (uso linguístico habitual e transmissão da língua). Atitude é, segundo Fernández (1998, p. 181), “a manifestação de preferências e convenções sociais acerca do status e prestígio de seus usuários”. Esta manifestação de preferência por uma língua ou variante linguística de comunidades minoritárias é condicionada pelos grupos sociais de maior prestígio (geralmente comunidades majoritárias). Aqueles que detêm maior poder socioeconômico ditam a pauta das atitudes linguísticas das comunidades de fala minoritárias (AGUILERA, 2008). O interesse desta pesquisa centra-se na atitude que o povo mundurukú do amazonas assume no uso da língua que aprenderam e na língua a que virão aprender como forma de resgate de sua identidade. Neste sentido, procurou-se entender como a atitude, positiva ou negativa; aceitação ou rejeição, e nos componentes cognitivos, afetivos e comportamentais pode determinar o futuro de um processo de revitalização. Contudo, observa-se a contradição destes elementos na análise das entrevistas, onde os informantes manifestam interesses diferentes de suas ações em relação à língua que querem resgatar.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Concepção e elaboração de materiais de ensino para povos indígenas: o caso apurinã(Universidade Federal do Pará, 2009-12-21) DUARTE, Eládia Vieira; FACUNDES, Sidney da Silva; http://lattes.cnpq.br/9502308340482231Analisa os principais problemas teóricos, práticos e metodológicos diretamente relacionados à concepção e elaboração de materiais de ensino da escrita na língua apurinã, uma língua sem tradição escrita. A partir da metodologia de análise de um caso, a pesquisa incluiu a revisão da literatura relevante e análise de dados coletados in loco nas comunidades de língua apurinã. Os problemas são identificados e as soluções propostas foram implementadas na elaboração do material didático resultante, "Escrevendo em apurinã". Esse material foi elaborado por mim em co-autoria com o indivíduo apurinã Norá, falante nativo da língua, com o objetivo de apresentar de maneira didática o alfabeto da língua apurinã. Descreve como esse material foi desenvolvido, quais foram as dificuldades encontradas durante a elaboração do livro, quais foram os critérios considerados na sequenciação e organização dos conteúdos, além de apresentar as dificuldades encontradas pelos professores em entender e utilizar esse material nas suas aulas, quais soluções foram encontradas para cada problema. Mostra também como esse material de cunho didático/pedagógico pode contribuir no processo de revitalização da língua apurinã, uma língua minoritária, quase sem nenhum prestígio social e falada pela minoria dos apurinã.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A contribuição dos estudos discursivos para a gramaática da língua Apurinã (Aruak)(Universidade Federal do Pará, 2016-03-14) BARROS, Laise Maciel; FACUNDES, Sidney da Silva; ttp://lattes.cnpq.br/9502308340482231; https://orcid.org/0000-0002-7460-8620Este trabalho tem por finalidade apresentar um estudo acerca da gramática Apurinã por meio do viés discursivo, ou seja, demonstrar como determinados usos da gramática abarcam a interação entre propriedades semânticas, pragmáticas e morfossintáticas. Os elementos gramaticais envolvidos nesta pesquisa envolvem os pronomes pessoais, as partículas discursivas e a marca morfológica =nhi. Para descrever os fatos relevantes a respeito destes elementos, propomos uma análise descritiva que explique como a morfossintaxe interage com os domínios da semântica e pragmática, uma vez que alguns dos usos dos elementos pesquisados estão diretamente associados a noções discursivo-pragmáticas como empatia, ou intencionalidade do falante, fluxo de informação ou ao ordenamento de eventos no discurso. A pesquisa adota os postulados da linguística tipológico-funcional e abrange aspectos morfossintáticos, semânticos e pragmático-discursivos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Educação bilíngue em território indígena Waiwai: aldeia Tawanã(Universidade Federal do Pará, 2012-11-26) RODRIGUES, Lúcia Maria Silva; FAIRCHILD, Thomas Massao; http://lattes.cnpq.br/1771292039081039; RODRIGUES, Carmen Lúcia Reis; http://lattes.cnpq.br/2766837148466800É cada vez maior o número de nações indígenas que reivindicam o direito a uma educação própria, capaz de, por um lado, ajudá-las a encontrar soluções para os problemas advindos do contato com a sociedade nacional e de, por outro, assegurar-lhes o fortalecimento da identidade étnica. A educação bilíngue promove formas aditivas ou subtrativas de bilinguismo. Esses métodos são relativos e estão relacionados com os argumentos e os parâmetros de cada escola ou instituição. Este trabalho se propõe a descrever a forma de educação desenvolvida nas séries iniciais, em uma das aldeias waiwai, localizada nas Terras Indígenas Nhamundá-Mapuera, no Município de Oriximiná – Rio Mapuera – especificamente na aldeia Tawanã. O objetivo principal deste estudo é analisar como o educador indígena emprega suas ferramentas metodológicas na transmissão de conhecimentos etnoculturais, e se através do letramento desenvolve uma educação bilíngue nesta escola. Em referência a essa realidade, este trabalho constitui-se de pesquisa bibliográfica, embasada em leituras e análises de livros, artigos, dissertações e teses da área da linguística; pesquisa e análise do material adquirido em pesquisa de campo, coletado nas Terras Indígenas Nhamundá-Mapuera, em especial na escola da Aldeia Tawanã.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Esboço sociolinguístico sobre risco de perda e manutenção de línguas: o caso de cinco línguas indígenas brasileiras(Universidade Federal do Pará, 2013-02-28) FRANCO, Danielle Abreu; FERREIRA, Marília de Nazaré de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4291543797221091Este estudo apresenta as macrovariáveis que evidenciam a situação de ameaça e perda da vitalidade das línguas Anambé, Aikanã, Apurinã, Parkatêjê e Xipaya, frente ao domínio da língua portuguesa. Para realizar o presente estudo foram utilizados procedimentos metodológicos necessários para uma abordagem com enfoque teórico bibliográfico sobre as causas que motivam a mudança linguística, com base nas variáveis sociolinguísticas apresentadas por Edward (1992), Grenoble & Whaley (1998, 2000) e nos critérios que avaliam a vitalidade das línguas apontadas pela UNESCO (2003). A partir das informações coletadas nas entrevistas com pesquisadores das línguas selecionadas temos em vista: i) identificar quais macrovariáveis que atuam no processo de desvitalização das línguas selecionadas para este estudo; ii) classificar as línguas selecionadas quanto ao grau de vitalidade, considerando os critérios estabelecidos, em 2003, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO); e iii) delinear, com base nas respostas às entrevistas concedidas pelos pesquisadores, a situação sociolinguística de cada língua estudada. O exame das macrovariáveis (usos das línguas, escolarização e migração) identificadas em análise às línguas indígenas selecionadas apontou aspectos que dizem respeito à situação de perda linguística das mesmas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Estudo fonológico da língua Waiwái (Caribe): uma contribuição(Universidade Federal do Pará, 2011-09-27) ACÁCIO, Mara Sílvia Jucá; RODRIGUES, Carmen Lúcia Reis; http://lattes.cnpq.br/2766837148466800Este trabalho objetiva documentar, descrever e analisar alguns aspectos fonológicos da língua Waiwái, uma das línguas da família Caribe, para fins científicos e aplicados. Essa língua é falada pelos habitantes da Terra Indígena Nhamundá/Mapuera, localizada na fronteira do Estado do Pará com o Estado do Amazonas. O estudo justifica-se pela tentativa de atualização dos dados sobre a fonologia e outros aspectos gramaticais da língua Waiwái. Os únicos trabalhos dos quais se tem conhecimento sobre a fonologia desse povo indígena são os de Neil W. Hawkins (1952) e Robert E. Hawkins (1998). Por esse motivo procurar-se-á estabelecer, mais especificamente, o sistema fonético-fonológico da língua. A metodologia utilizada parte de uma abordagem descritiva, interpretando, sincronicamente, a estrutura fonológica da língua em estudo, na sua modalidade oral. O trabalho de investigação do corpus baseia-se na análise sistemática dos dados, identificando e analisando os segmentos vocálicos e consonantais, objetos de estudo da fonética e da fonologia, dando conta de como esta língua organiza seus sons; além de tecer algumas considerações sobre o acento de palavras e o padrão silábico da língua. Para o desenvolvimento dessa pesquisa levamos em consideração obras de autores estruturalistas e funcionalistas.Tese Acesso aberto (Open Access) Livro didático e práticas em sala de aula para alfabetização em Parkatêjê(Universidade Federal do Pará, 2021-08-17) QUARESMA, Francinete de Jesus Pantoja; FERREIRA, Marília de Nazaré de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4291543797221091; https://orcid.org/0000-0001-9995-1938As populações indígenas do Brasil estão fortemente ameaçadas de extinção. Consequentemente, suas línguas e culturas também correm perigo de desaparecer. Ao longo dos mais de 500 anos do contato, ocasionado pela chegada dos portugueses, o número de povos e de línguas indígenas reduziu (SEKI, 2000). O contato com a cultura não indígena tem levado essas comunidades à extinção ou ao monolinguísmo em Língua Portuguesa. Assim, são necessárias ações urgentes em prol da preservação dos indígenas e da revitalização de suas línguas. No cenário atual, a educação escolar indígena, por meio do ensino formal das línguas tradicionais dessas comunidades, tem sido compreendida pelos próprios nativos como estratégia para preservação e fortalecimento dessas línguas. Mas para que a escola cumpra tal propósito, as metodologias praticadas em sala de aula para ensino-aprendizagem das línguas indígenas e os livros didáticos que apoiam o processo educacional devem ser coerentes com a realidade e a especificidade do povo atendido por eles. Partindo desse pressuposto, este estudo visou contribuir para o processo de ensino-aprendizagem formal da Língua Parkatêjê, uma língua do Complexo Dialetal Timbira, falada pela Comunidade Indígena Parkatêjê, localizada no sudeste paraense. No contexto atual, devido ao intenso contato com a sociedade circundante, o Parkatêjê tornou-se a língua de herança da geração indígena infantil, monolíngue em Português, mas com grande potencial de aprendizagem daquela língua, capaz de reverter o quadro de obsolescência linguística. Nesse sentido, esta pesquisa realizada junto aos Parkatêjê, é fruto da necessidade de investimentos em estudo que favoreçam o fortalecimento de línguas ameaçadas. Por meio dessa, buscou-se investigar um aporte teórico-metodológico de ensino-aprendizagem eficiente para o ensino da Língua Parkatêjê em nível de alfabetização que subsidie a produção de livro didático indígena, práticas de sala de aula e currículo escolar nessa língua. O hibridismo teórico-metodológico inspirado nos conceitos de Gêneros Textuais, da Abordagem Comunicativa e da Psicogênese da Língua Escrita foi apontado como uma alternativa para embasar atividades escolares que promovam, paralelamente, o desenvolvimento de competências e habilidades orais e escritas em crianças matriculadas no 1º ano/9 do Ensino Fundamental da Escola Indígena Estadual de Educação Infantil, Fundamental e Médio Pẽptykre Parkatêjê. Como característica da pesquisa-ação, os resultados desta investigação culminaram em uma proposta de matriz de referência curricular para o ensino da Língua Parkatêjê em nível de alfabetização de crianças Parkatêjê; uma proposta de concepção de livro didático indígena para o ensino dessa língua no nível mencionado, com atividades a serem elaboradas em sequências didáticas voltadas para o 1º dos três anos/séries escolares que compreendem o Ciclo de Alfabetização; e uma proposta de livro didático indígena de leitura do alfabeto Parkatêjê ilustrado. De caráter bibliográfico, documental e de campo, esta pesquisa configurou-se como qualitativa e aplicou técnicas de coleta de dados coerentes à sua natureza, pautando-se nos pressupostos teóricos da Linguística Aplicada, da Linguística Descritiva e da Educação.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Pronomes em parkatêjê: a expressão da terceira pessoa(Universidade Federal do Pará, 2016-01-29) SILVA, Nandra Ribeiro; FERREIRA, Marília de Nazaré de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4291543797221091; GALUCIO, Ana Vilacy Moreira; http://lattes.cnpq.br/3697197245602067A língua Parkatêjê pertencente ao complexo dialetal Timbira, é falada no sudeste do Pará, próximo ao município do Bom Jesus do Tocantins. Essa língua apresenta duas séries de pronomes pessoais (livres e dependentes), que recebem marcas de caso e marcação especial de número. As duas séries, segundo Ferreira (2003), distinguem primeira e segunda pessoas, porém não havia sido descrita uma forma específica para o pronome de terceira pessoa. Esta dissertação descreve a expressão da terceira pessoa pronominal em Parkatêjê, comparando com as formas pronominais de terceira pessoa descritas para outras línguas Jê setentrionais, como Mẽbẽngokrê, Krahô, Pykobjê e Apãniekrá.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Revisitando os verbos em Parkatêjê: questões relevantes para um estudo morfossintático(Universidade Federal do Pará, 2008-03-05) FREITAS, Marília Fernanda Pereira de; FERREIRA, Marília de Nazaré de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4291543797221091Este trabalho, intitulado Revisitando os Verbos em Parkatêjê: questões relevantes para um estudo morfossintático, tem como principal objetivo apresentar algumas das principais características de verbos da língua parkatêjê. A comunidade Parkatêjê vive no Km 30 da BR-222, na reserva Mãe Maria, em Bom Jesus do Tocantins. O referido estudo constituiu-se a partir dos dados presentes em Ferreira (2003) e consulta ao material contido em seu acervo, o qual também contém dados de Araújo (em diferentes momentos de sua pesquisa com a língua parkatêjê), sendo esta dissertação constituída a partir de pesquisa bibliográfica. O tema foi escolhido por haver uma necessidade de se aprofundar os estudos nesta língua, já que são poucos os trabalhos lingüísticos descritivos feitos sobre o parkatêjê. Inicialmente, tentar-se-á definir o termo verbo, a partir da perspectiva de autores como Payne (1997), Lyons (1979), Schachter (1985), Lehmann (1981) e Givón (1984); em seguida, será mostrada uma visão panorâmica das principais características das línguas pertencentes ao tronco Macro-Jê, tronco lingüístico do qual faz parte a língua em estudo, com base em Rodrigues (1999) e Ribeiro (2006); as principais características da língua parkatêjê serão apresentadas em seguida, com base em Ferreira (2003); por fim, as principais características dos verbos nessa língua serão focalizadas, ainda com base em Ferreira (2003).Dissertação Acesso aberto (Open Access) Sinais de morte ou de vitalidade? Mudanças estruturais na Língua Tembé: contribuição ao estudo dos efeitos de contato lingüístico na Amazônia oriental(Universidade Federal do Pará, 2001-12-07) CARVALHO, Márcia Goretti Pereira de; CABRAL, Ana Suelly Arruda Câmara; http://lattes.cnpq.br/9247668950073325Esta dissertação tem como objetivo principal apresentar uma análise de dados da língua Tembé (família Tupí-Guaraní) para fundamentar uma discussão preliminar sobre o estado atual da vitalidade dessa língua. A análise se apóia em orientações teóricas e metodológicas construídas a partir de estudos realizados sobre línguas obsolescentes por DORIAN (1973, 1977, 1980) e CAMPBELL & MUNTZEL (1989), no modelo teórico proposto por SASSE (1992) sobre morte de línguas, assim como nos princípios mais gerais da teoria das línguas em contato e nas abordagens teórico-metodológicas de questões mais estritamente relacionadas com as mudanças lingüísticas em línguas ameaçadas de extinção, propostos por THOMASON (2001). Os resultados obtidos com a presente dissertação mostram, entre outras coisas, que, apesar das várias mudanças já ocorridas e em processo na língua Tembé, as quais a têm transformado em uma língua mais analítica e com padrões sintáticos mais simples do que as línguas mais conservadoras da família Tupí-Guaraní, O Tembé continua a mostrar sinais de muita vitalidade, estando a sua continuidade dependente sobretudo de uma política que estimule o uso da língua nativa.Tese Acesso aberto (Open Access) Tendência tipológicas de harmonia nasais e palatização em línguas indígenas brasileiras(Universidade Federal do Pará, 2020-07-31) BARAÚNA, Fabíola Azevedo; PICANÇO, Gessiane Lobato; http://lattes.cnpq.br/8504849027565119; https://orcid.org/0000-0001-5699-1470Este trabalho trata do processo de assimilação fonológica de harmonia nasal e palatalização em línguas indígenas. A assimilação de traços, de acordo com Odden (2005), constitui-se como o processo fonológico mais comum de ocorrer nas línguas e, dentre os processos assimilatórios, a harmonia nasal e palatalização figuram como os mais frequentes nas línguas do mundo (KRAMER E UREK, 2016). Por essa razão, nesta tese, apresentam-se algumas tendências observadas nesses dois processos em línguas indígenas brasileiras. Objetiva-se definir padrões ou singularidades nos processos de assimilação nasal e palatal em 31 línguas indígenas brasileiras, pertencentes a grupos linguísticos diferentes, sendo provenientes de dois troncos (Tupí e Macro-Jê), três famílias maiores (Aruák, Pano e Karib); três famílias médias (Nadahup, Yanomami e Nambikwara); e duas famílias menores (Katukina e Chiquitano). Essa diversificação permitiu delimitar padrões e singularidades linguísticas observados em cada processo, além de verificar como se manifestam nessas línguas e quais são suas semelhanças e diferenças em relação aos principais parâmetros que definem processos fonológicos: gatilhos, alvos, direcionalidade e natureza (fonética, fonológica ou morfofonológica). O estudo foi realizado seguindo a abordagem tipológica e o material de análise para esta pesquisa é composto por teses, dissertações e artigos divulgados no meio científico. Os dados pertencentes a essas línguas foram compilados e organizados em planilha, evidenciando a família linguística a qual a língua pertence, o local onde é falada, as informações dos gatilhos, alvos, segmentos resultantes e direção dos processos. Além disso, são realizadas exemplificações fonéticas e fonológicas das palavras das línguas analisadas para comprovação dos parâmetros de assimilação. Como fundamentação teórica básica utilizou-se, para a análise do processo de harmonia nasal, o trabalho de Walker (1998, 2011) e, para a palatalização, os estudos de McCarthy e Smith (2003), além de Bateman (2007). Ao longo da tese, discute-se, inicialmente, sobre a tipologia linguística, de maneira geral, e tipologia fonológica, de modo mais específico. Em seguida, são apresentadas as famílias e troncos aos quais as línguas analisadas pertencem. Por fim, realiza-se uma explanação dos processos assimilatórios, descrição e análise das línguas. Os resultados desta pesquisa apontam que, embora alguns parâmetros estejam em conformidade com os tipos e tendências já atestados sobre esses processos, há outros que divergem ou estão interligados entre si (tipos de gatilhos x grupos de alvos; natureza x direcionalidade). Em relação à harmonia nasal, as cosoantes nasais tendem a ser o gatilho do processo, enquanto as vogais tendem a ser os alvos. Em relação à palatalização, o gatilho tende a ser de vogal alta anterior e os alvos tendem a ser consoantes coronais. Nos dois processos, a natureza e direção do processo se relacionam, de modo que se a natureza é fonológica, o espalhamento tem tendência a ser regressivo; se a natureza é morfofonológica ou fonética, o espalhamento tem tendência a ser progressivo.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A tradição oral no ensino de línguas indígenas: uma proposta para o povo Parkatêjê(Universidade Federal do Pará, 2014-02-26) SILVA, Maria de Nazaré Moraes da; FERREIRA, Marília de Nazaré de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4291543797221091Esta dissertação tem como objetivo principal “apresentar uma proposta para o ensino da língua parkatêjê apoiada na tradição oral do povo de mesma denominação, com vistas a sua implantação na Escola Indígena Pẽmptykre Parkatêjê”, da aldeia Parkatêjê, localizada na Terra Indígena Mãe Maria, à altura do quilômetro 30 da rodovia BR 222, no município Bom Jesus do Tocantins. Com base em Severino (2007), caracteriza-se como uma pesquisa etnográfica, por visar compreender a cotidianidade da aludida escola, no que se refere ao ensino e aprendizagem da língua tradicional, e também como pesquisa bibliográfica, tendo em vista a natureza das fontes utilizadas para sua tessitura. A pesquisa está vinculada à Linguística Aplicada, uma área da INdisciplina ou transdisciplinar, segundo Moita Lopes (2006), pautada na democracia cognitiva por uma educação emancipadora, conforme Petraglia (2013). O texto está estruturado em quatro partes, além da introdução e das considerações finais. A primeira parte apresenta considerações gerais sobre os Parkatêjê. A segunda parte trata de uma abordagem histórica acerca do desenvolvimento da linguística indígena no contexto educacional brasileiro, com base nos acontecimentos observados desde o ano de 1540 até os dias atuais. A terceira parte reúne algumas características de sociedades reguladas pela tradição oral, ou principalmente por meio dessa tradição, e, a partir de uma definição de cultura, apresenta reflexões sobre cultura oral e cultura escrita. A quarta parte trata do histórico da educação formal na aldeia parkatêjê e aborda informações referentes ao protagonismo do povo de mesma denominação no momento contemporâneo da mencionada escola. Ainda nesta última parte, a aludida proposta de ensino, que se intitula “A tradição oral no ensino da língua parkatêjê”, é apresentada, com o apoio de Queiroz e Pereira (2013), Belintane (2007; 2008), Calvet (2011) e de outros estudos levados a efeito por autores favoráveis à pujança da oralidade no ensino de língua. A pesquisa destaca os velhos da aldeia, índios de primeira geração, como atores importantes no processo de ensino e aprendizagem da língua tradicional na educação formal.
