Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica - PPGG/IG
URI Permanente desta comunidadehttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2603
O Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica (PPGG) do Instituto de Geociências (IG) da Universidade Federal do Pará (UFPA) surgiu em 1976 como uma necessidade de desmembramento do então já em pleno desenvolvimento Curso de Pós-Graduação em Ciências Geofísicas e Geológicas (CPGG), instalado ainda em 1973 nesta mesma Universidade. Foi o primeiro programa stricto sensu de Pós-Graduação (mestrado e doutorado) em Geociências em toda Amazônia Legal. Ao longo de sua existência, o PPGG tem pautado sua atuação na formação na qualificação de profissionais nos níveis de Mestrado e Doutorado, a base para formação de pesquisadores e profissionais de alto nível. Neste seu curto período de existência promoveu a formação de 499 mestres e 124 doutores, no total de 623 dissertações e teses.
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica - PPGG/IG por CNPq "CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIA::CIENCIA DO SOLO::GENESE, MORFOLOGIA E CLASSIFICACAO DOS SOLOS"
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Tese Acesso aberto (Open Access) Geoquímica e pedogeoquímica em sítios arqueológicos com terra preta na Floresta Nacional de Caxiuanã (Portel-PA)(Universidade Federal do Pará, 1996-06-04) KERN, Dirse Clara; COSTA, Marcondes Lima da; http://lattes.cnpq.br/1639498384851302O principal objetivo do presente trabalho é identificar o padrão de distribuição geoquímica e pedogeoquímica em sítio arqueológico com TPA e em sua área adjacente, e identificar a ação antrópico sobre os elementos determinando as associações geoquímicas típicas de TPA. Foram selecionados três sítios arqueológicos na região de Caxiuanã, município de Portel-Pa. Nestes, foram abertas trincheiras na TPA e em suas respectivas áreas adjacentes. Em um dos sítios, o Manduquinha, foi efetuada coleta dos horizontes de solo a cada 5m, em transversais norte-sul. Para a amostragem do material arqueológico foi utilizado o mapa de distribuição do P2O5 no horizontal A1, escolhendo-se pontos eqüidistantes que representassem os locais de sua maior ou menos concentração. Foram determinadas: a) composição mineralógica, através de difratometria de raio-X; b) SiO2, TiO2, Fe2O3, P2O5 (fluente AL2B4O7) Al2O3, Na2O, K2O, CaO, MgO, Cd, Co, Cum, Mn, Pb e Zn ( abertura total HF+HCLPO4) e C (Wlkley-Back, modificado), determinados por absorção atômica, colorimetria e titrimetria; c) As, Se (geração de hidretos) ; Hg (geração de vapor) Zn, Mn, Fe disponíveis (oxalato de NH4 + ácido oxálica) ; complexo sortivo (acetato de NH4 a Ph 7,0), determinados por absorção atômica; d) Cr, B, V, Sc por espectografia ótica de emissão; U por fluorimetria e F por eletrodo de íons especificos; e) Ba, Cl, Ga, Nb, Sr, Y e Zr por fluorescência de raio-X; f) composição química qualificados nos solos e na cerâmica, atarvés de microscopia eletronica de varedura e g) datação da cerâmica por C14. A região de Caxiuanã apresenta sedimentos correlacionados à Formação Alter do Chão, que foram laterizados no terciário. Ocorrem ainda arenitos ferruginizados ao nível do espelho d'agua da baia de Caxiunã, que às vezes serviam de abrasador para o homem pré-historico. A drenagem principal é composta pela baía de Caxiunã e rio Anapu. Na área predomina Latossolo Amarelo sobre os perfis lateríticos, ocorrendo solos hidromorficos nas porções mais baixas. Nas porções mais elevadas do Latossolo, ocorrendo solos hidromórficos nas porções escura e inúmeros fragmentos de cerâmica e de artefatos lítico, denominadas de sitio arquiológicos. Quando comparados com os perfis das áreas adjacentes, os horizontes A das TPA, além de apresentarem coloração preta, são mais arenosos e melhor estruturados. Apresentam valores S, T e V, bem como Ph mais elevado que os solos adjacentes, portanto, mais férteis. Os horizontes B não mudam significativamente em seus aspectos morfologicos, fisicos e quimicos, nas TPA e AD. A composição química representada principalmente os SiO2, Al2O3, Fe2O3 e TiO2, é compatível com a mineralogia, composta por quartzo, caolinita, geehita e anatásio. Os horizontes A das TPA apresentam valores mais elevados de SiO2, MgO, CaO,P2O5, C, Ba, Cl, Cu, K, Mn, Sr e Zn, mais baixo de Al2O3, Fe2O3, Na2O, As, Cd, Co, Ga, Cr, F, Pb, Sc e V, ou seja, do horizonte B para o A o primeiro grupo enriquece e o segundo empobrece. Alguns elementos como Nb, Hg e Zr, não apresentam as variações significativas entre TPA e AD. No sítio Manduquinha as variações nas características morfológicas do solo permitiram separar a TPA em TPA-N e TRA-S por ocorrer em nível ligeiramente mais baixo na paisagem, forma um microambiente anaeróbica nos período mais chuvoso do ano. A distribuição geoquímica dos elementos nos horizontes A1 reflete as variações ocorridas nas TPA A TPA-S é mais enriquecidas em Si, Mg, Ca, P, Ba, Cl, Cu, K, Mn, Sr e Zn, apresentando menores concentrações nos demais elementos. Os dados geoquímicos tratados através da análise de agrupamento modo "R", mapas de isovalor e análise fatorial permitem identificar três grandes associações geoquimicas e localizar áreas de sua concentração. 1. P2O5, MgO, CaO, Ba, Cu, Cl, Mn, Sr, e Zn representam os elementos estritamente relacionados com a TPA, que foram adicionados aos solos; 2. Fe2O3, Na2O, As, Cd, Co, Cr, F, Ga, Pb e V representam a assinatura geoquímica dos Latossolos regionais. Foram modificados indiretamente no sitio pela atividade humana pré-histórica e 3. B, Hg, Nb, Sc, Y, e Zr que também representam a assinatura geoquímica dos Latossolos regionais, não sofreram modificações significativas em decorrência da ocupação humanas pretérita. O sítio Manduquinha foi ocupado pelo homem pré-histórico, por um período mínimo de 300 anos, (1280 a 1600 AD). Pelas características apresentadas nas técnicas de confecção da cerâmica, antiplástico utilizando, queima e duração, corrobaram a idéia de uma continuidade cultural. A ocupação pelo grupo que aí habitou poderia ser continua ou não. Em ambos os casos, a pequena dimensão da TPA (0,5ha), a pouca espessura da camada ocupacional e a pequena quantidade do material arquiológicos, surgiram tratar-se de grupo de baixa densidade populacional. A pratica cultural do grupo que habitou a área, de depositar restos orgânicos em locais específicos, levou a um aumento significativo do P, Ba, B, Ca, Cl, Cu, K, Mg, Mn, Sr e Zn na TPA. Os elevados teores de Ca localizados no limite sudeste da área podem ser atribuídos a restos de conchas, que são comumente encontradas na forma de bolsões em outros sítios em Mg e P como ossos, fezes, urina etc., enquanto que nas porções sudeste e nordeste houve o predomínio de materiais ricos em Zn, Mn e Cu. A norte da área onde o solo é mais compactado bem como na porção central ocorrem pós-ocupados humana pré-histórica, associados as próprias condições superficiais do terreno permitiram maior lixiviação do P, Ba, B, Ca, Cl, Cu, K, Mg, Mn, Sr e Zn com concentração no extremo sul da área, na AD. Fe2O3 e elementos a ele associados concentram-se mais a norte, com visível dispersão para sul.Tese Acesso aberto (Open Access) Quantificação e caracterização química da água da chuva e throughfall e fluxos de gases traço em floresta da terra firme na FLONA Tapajós, Belterra- Pará(Universidade Federal do Pará, 2006-06-29) OLIVEIRA JÚNIOR, Raimundo Cosme de; RAMOS, José Francisco da Fonseca; http://lattes.cnpq.br/8189651755374537A Floresta Nacional do Tapajós, FLONA Tapajós, com 600.000 ha de floresta protegida, é situada a 50 quilômetros ao sul de Santarém, Pará, Brasil. Os solos são altamente intemperizados e profundos, bem drenados, caoliníticos, classificados como Latossolo Amarelo e, pela classificação americana, como Oxisol (Haplustox), com pH acido (4,5) e livre de duripans e concreções lateríticas. Em um ecossistema como a floresta tropical úmida, nutrientes estão sendo ciciados. Esta ciclagem de nutrientes envolve entradas para o sistema vindo da atmosfera e do intemperismo das rochas e minerais presentes no solo, saído através da água de drenagem e a circulação interna dentro do sistema. Esta circulação interna envolve a transferência de nutrientes da vegetação para o solo através da lavagem (throughfall e escorrimento pelo tronco), onde não intervem organismos decompositores. Concentrações dos íons Cl-, NO3-, PO4-3, SO4-2, Na+, NH4+, K+, Mg+2 e Ca+2 foram analisados através cromatografia liquida utilizando cromatógrafo Dionex DX-120. Para os gases, tubos de aço inoxidável foram instalados nas paredes laterais de três perfis escavados no campo, nas profundidades de 5, 15, 30, 50, 100 e 200 centímetros. As concentrações de N2O e Co2 foram analisadas através de cromatografia gasosa usando o método de ECD (electron capture detector), enquanto as concentrações do CH4 foram medidas através de FID (flame injection detector). Os cromatógrafos foram calibrados com 3 níveis padrões de ar sintético. Como principais conclusões, apresentamos: a estação exerce forte influencia na concentração dos cátions básicos; throughfall é um dos mais importantes caminhos para a entrada de nutrientes na Flana Tapajós; há um aporte significativo de macronutrientes mais cloro e sódio, principalmente, oriundos da agricultura intensiva de grãos; houve maior volume de precipitação do que a média dos últimos vinte anos; a deposição seca é o mais importante processo de enriquecimento da água que alcança o solo da floresta; a duração do período seco antecedente é fator dominante no fluxo de nutrientes na Flona Tapajós; dentro do período seco ocorrem as maiores variações entre os íons analisados; processos de convecção que acumulam os nutrientes sobre a Flona, em virtude da brisa do rio Tapajós, favorecem o aumento nos teores dos elementos estudados; a análise dos componentes principais facilita a interpretação da caracterização da,.água de precipitação, mostrando, neste estudo, a influencia de fontes antropogênicas (agricultura, queima da biomassa e poeira); o processo de nitrificação exerce um papel fundamental na química da água da chuva, devendo ser mais bem estudada. Quanto aos gases estudados, verificaram-se fluxos, até a profundidade de 15cm, durante os períodos secos, menores do que os fluxos no período úmido, dentro dessas profundidades; nas outras profundidades os fluxos no período seco são sempre maiores do que no período úmido, demonstrando que a umidade, nas profundidades maiores do que 15cm é suficiente para promover a produção e emissão de gases, não restringindo a difusão interna do mesmo.Houve sensível variação sazonal entre os fluxos de óxido nitroso e gás carbônico, com mais baixos fluxos no período seco; Os fluxos, em kg.ha-1.ano-1, apontaram 182.102, 22,97 e 14,08, respectivamente, para gás carbônico, óxido nitroso e metano; Há elevada variação sazonal na umidade do solo, entre o período seco e úmido; O solo apresenta déficit de água disponível durante o período seco, considerando-se a profundidade de 0-100cm. Na camada de 100-200cm, não foi observado déficit; Há significativa correlação entre a umidade do solo e o fluxo de óxido nitroso; Não evidente variação na temperatura do solo ao longo das profundidades estudadas; Não há nítida variação sazonal na temperatura do solo, durante o período úmido e seco; Material orgânico degradável e nitrogênio são, juntamente com já umidade e a temperatura do solo, importantes fatores para a produção e emissão de óxido nitroso e gás carbônico.
