Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia - PPGCOM/ILC
URI Permanente desta comunidadehttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/4452
O Programa de Pós-graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia (PPGCOM) é vinculado ao Instituto de Letras e Comunicação (ILC) da Universidade Federal do Pará (UFPA) e iniciou suas atividades no ano de 2010, com a implantação do seu curso de mestrado, autorizado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES). Sua proposta geral é promover a análise dos fenômenos comunicacionais em sua relação com as práticas culturais e sociais contemporâneas e em suas peculiaridades na Amazônia, aprofundando o conhecimento profissional e acadêmico e possibilitando a formação de pesquisadores na área da Comunicação.
Navegar
Navegando Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia - PPGCOM/ILC por CNPq "CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES"
Agora exibindo 1 - 4 de 4
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Dissertação Acesso aberto (Open Access) Design vernacular: a comunicação visual informal no cotidiano da Amazônia(Universidade Federal do Pará, 2018-03-15) PEREIRA, Natália Cristina Rodrigues; AMORIM, Célia Regina Trindade Chagas; http://lattes.cnpq.br/9650931755253248Esta pesquisa busca refletir sobre o design vernacular como uma experiência comunicacional na Amazônia. Trata-se de uma forma de comunicação materializada em desenhos de letras (lettering) pintados manualmente em placas, fachadas, faixas e outras superfícies espalhadas pela região que, baseados na cultura popular, objetivam suprir as necessidades comunicacionais do comércio informal onde se originam. O foco da investigação partiu da seguinte pergunta: quais as inspirações, particularidades e estratégias que permeiam o universo material e simbólico dessa forma de comunicação visual informal, sem perder de vista o seu potencial mercadológico e suas relações com a comunidade? Para isso, o trabalho apoiou-se em conceitos de Benjamin (1987), Braga (2011), Canevacci (1997), Schutz (2012), Dewey (1980), Durand (1996), Flusser (2013), Kant (2012), Maffesoli (1998) e Paes Loureiro (2008; 2001), dentre outros. A hipótese defendida nesta dissertação é a de que a comunicação visual informal, permeada pelo universo da cultura amazônica, contribui no âmbito simbólico e econômico diretamente para a realidade da comunidade na qual está inserido. A metodologia teve um foco qualitativo a partir de pesquisas de campo, sendo que a coleta de material (registro fotográfico e entrevistas) aconteceu de agosto de 2015 a janeiro de 2018, compreendendo duas visitas em cada uma das três ilhas do município de Belém escolhidas: Cotijuba, Caratateua (Outeiro) e Mosqueiro. Acredita-se que a importância deste trabalho se centra na possibilidade de contribuir com estudos que vão além dos aspectos tecnológicos da comunicação, voltadas assim para o homem em sociedade, assim como, em longo prazo, poder colaborar para uma possível desmistificação de estereótipos sobre a Amazônia.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A presença indígena nos grafites de Belém: entre fraturas e resistências(Universidade Federal do Pará, 2017-04-05) SILVA, Camille Nascimento da; NEVES, Ivânia dos Santos; http://lattes.cnpq.br/2648132192179863A motivação para esta dissertação é o silenciamento das sociedades indígenas. Seja na mídia televisiva, imprensa ou na internet, os discursos produzidos sobre estas sociedades são carregados de estereótipos, dando a elas o lugar do incivilizado, do estranho, do diferente da sociedade ocidental. Começamos a pesquisa a partir da observação do aumento do número de grafites na cidade de Belém nos últimos dez anos, mais precisamente com a figura indígena. Observamos também o deslocamento desta materialiade discursiva, o grafite, para outros espaços além da rua, como as galerias de arte e a internet. Nossa pesquisa busca analisar a construção dos discursos e enunciados sobre as sociedades indígenas nesta intervenção urbana. Como suporte teórico, optamos por aliar ao nosso objeto de estudo o método teórico da Análise do Discurso de vertente Francesa, com conceitos como discurso, enunciado, recorrências e dispersões, propostos por Michel Foucault, Jean-Jaqcques Courtine e Rosário Gregolin. Além disso, outros teóricos que tomam a cidade como seu objeto de pesquisa se fizeram presente em nossa análise, a saber, Massimo Canevacci e Lucrécia D’Aléssio Ferrara, que consideram a cidade como meio comunicativo. Utilizamos também a análise de Walter Mignolo sobre a enunciação fraturada decorrente do processo de colonização.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Sim ou Não? O plebiscito no Pará em 2011, estratégias discursivas e sentidos nas campanhas televisivas(Universidade Federal do Pará, 2015-02-20) AQUINO, Evelyn Cristina Ferreira de; SEIXAS, Netília Silva dos Anjos; http://lattes.cnpq.br/2301685130625189A proposta deste estudo foi observar como se constituíram as estratégias discursivas nas campanhas televisivas das frentes pró e contra a criação dos estados do Carajás e do Tapajós no plebiscito de 2011, no Pará, e quais os sentidos ofertados por essas estratégias. Em 2011, a população paraense foi às urnas com uma grande responsabilidade em mãos: foi a primeira vez que o cidadão foi chamado para decidir sobre a criação de estados. Previsto pela Constituição de 1988, fundamentado pela lei 9.709, que prevê a participação da população para decidir sobre desmembramentos de territórios e criação de novos estados e pela Resolução 23.354, que dispôs sobre a organização e conduta da campanha plebiscitária, o plebiscito marcou a história do país. Os antigos anseios de reordenamento territorial na Amazônia vêm desde sua própria constituição como sociedade, fundada no mito da unidade territorial. Os debates sobre a necessidade de reconfigurar o mapa do estado para viabilizar uma administração que alcance sua extensão territorial e proporcione desenvolvimento local serviram também para dar corpo aos preceitos de uma divisão política, com diversos tipos de interesses em jogo. A campanha na televisão começou no dia 11 de novembro e encerrou no dia 7 de dezembro. Ao todo, foram produzidos 80 programas, veiculados às 12h-12h10 e às 19h30-19h40. Foram analisados 20 programas, 10 do "sim" e 10 do "não". A análise teve como base as premissas de que as frentes pró e contra a criação dos estados do Carajás e do Tapajós no plebiscito de 2011 apresentaram seus programas em um processo de interação, um em resposta ao outro, e, a partir disso, construíram suas estratégias e seus discursos, e que as campanhas se apropriaram de um processo histórico e cultural de (re)produção discursiva sobre o Pará para construir seus argumentos. Os procedimentos metodológicos envolveram o uso do método da análise do discurso na vertente dialógica de Mikhail Bakhtin. Outros autores importantes foram Antonio Fausto Neto, para compreender as estratégias discursivas; Eliseo Verón, sobre discurso político, enunciação e enunciado; Vera França e Adriano Duarte Rodrigues, acerca da discussão sobre interação comunicacional. A análise mostrou que as frentes de campanhas trabalharam com estratégias discursivas que ofertaram dois macrodiscursos: o discurso da integridade e união da população contra a divisão, por meio de apelos à cultura (frentes do "não") e o discurso dos novos estados como única solução para todos os problemas do Pará, por meio da apresentação de fatores econômicos (frentes do "sim"). Outros discursos encontrados foram o da integridade regional; do desenvolvimentismo; dos estados que deram certo; da extensão territorial; do abandono e da ingovernabilidade; da ingerência externa e dos estados inviáveis. Mesmo com a vitória do "não" à divisão, as consequências desse resultado e sua discussão estão longe de se estagnar. Analisar as campanhas televisivas do plebiscito foi uma forma de compreender a Amazônia. Para uma região complexa e heterogênea com dificuldades de ser pensada, só uma metodologia conjuntural e amplificada pode dar conta de sua extensão não só territorial, mas, sobretudo, histórica, social, política e discursiva.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Trocas comunicativas sobre a violência: experiências intersubjetivas do Movimento pela vida(Universidade Federal do Pará, 2018) AZEVEDO, Ana Paula de Mesquita; COSTA, Alda Cristina Silva da; http://lattes.cnpq.br/2403055637349630A presente pesquisa busca compreender a experiência comunicativa ou trocas de experiências estabelecidas, no cotidiano, pelas pessoas afetadas pela violência, a partir de integrantes do Movimento pela Vida e suas narrativas da dor. Partimos da reflexão sobre o mundo da vida cotidiana em Schtuz (2012), em que a realidade é construída socialmente através do conhecimento e das diferentes atribuições de sentidos dadas pelos indivíduos em determinados contextos. Nesta perspectiva, a intersubjetividade se constitui em elemento essencial na construção social dos sentidos. Na pesquisa, tomo as narrativas da dor das integrantes do Movimento pela Vida (Movida), entidade criada, informalmente em 2005, com a finalidade de acolher vítimas de violência em busca de justiça. Observo, assim, que essa relação das integrantes do Movida ocorre pelas narrativas da dor e por recursos comunicacionais que esse movimento social utiliza para as suas trocas de experiências intersubjetivas. Esses recursos ou estratégias comunicacionais utilizadas pelo grupo são mediadores das subjetividades, tendo papel central na construção da realidade, ao evidenciar alguns acontecimentos do mundo da vida. Para compor esta compreensão de sobre essa troca de experiência, buscamos em Simmel (2006) o conceito de sociação, no qual os indivíduos se aproximam uns dos outros na busca de um mesmo fim. E na compreensão da narrativa do testemunho, para entender a necessidade da divulgação da dor narrada pelo grupo. Na escuta de cinco participantes do Movida, trabalhamos com a pesquisa qualitativa, que tem como objetivo a compreensão como princípio do conhecimento e a interpretação da construção da realidade, considerando aspectos da fenomenologia, conjugando métodos da pesquisa de observação participante e entrevista em profundidade. Dessa forma, percebemos nas entrevistas que as integrantes consideram o Movida como um lugar onde elas podem compartilhar a dor e encontrar pessoas que entendam a situação em que elas se encontram. No grupo, elas localizam indivíduos semelhantes, com quem as trocas de experiências são realizadas a cada encontro do Movida.
