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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Fatores de risco cardiovasculares em comunidades de remanescentes quilombolas de Inhangapi-Pa(Universidade Federal do Pará, 2011-11) SANTOS, Joice Costa; GUERREIRO, João Farias; http://lattes.cnpq.br/1000688763895346As doenças cardiovasculares (DCV) representam, atualmente, um grave problema de saúde pública, apresentando nível elevado de mortalidade e incapacidade. No Brasil, é a principal causa de morte em ambos os sexos, bem como obesidade, hipertensão arterial, diabetes e dislipidemias, por si só já apresentam risco para tais doenças, entretanto, quando somados apresentam risco bem mais elevado. Dentro deste contexto, este estudo objetivou analisar o conjunto de fatores de risco cardiovasculares envolvidos em comunidades de remanescentes quilombolas da cidade de Inhangapi-Pará. Este estudo, de delineamento transversal foi realizado no ano de 2009 nas comunidades de remanescentes quilombolas de Pitimandeua, Itaboca e Paraíso, localizadas no município de Inhangapi-PA, região Norte do Brasil. A amostra foi constituída de 218 adultos com mais de 20 anos, dos quais foram coletados dados antropométricos, de composição corporal, bioquímicos e pressão arterial. As variáveis foram mensuradas por meio de medidas central e dispersão para a população geral e prevalências e utilizou-se o teste do Qui-quadrado; o cálculo da probabilidade e o odds ratio foram empregados para caracterizar os fatores de risco mais relevantes para a ococrrencia de DCV utilizando um intervalo de confiança de 95%; utilizou-se o coeficiente de correlação linear de Pearson para identificar o nível de associação entre as variáveis estudadas; a regressão logística foi aplicada utilizando-se o método Stepwise e utilizou-se o odds ratio para avaliar a chance de indivíduos expostos aos fatores de risco apresentarem o conjunto de três ou mais doenças em relação aos não-expostos. As análises foram processadas no programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 18.0. A presença de três ou mais fatores de risco cardiovasculares esteve presente em 33% da população geral e foi estatisticamente maior entre as mulheres (40%). Os fatores de risco mais prevalentes foram o excesso de gordura corporal (42,5%), o excesso de peso (40,6%) e hipertensão arterial (35,4) para a população geral. No modelo final, o conjunto de fatores de risco para a ocorrência das doenças cardiovasculares para as mulheres foram a gordura corporal (OR: 1,5), a circunferência abdominal (OR: 1,3) e a pressão arterial sistólica (OR: 4,5), explicando um acerto de 88,2% para este modelo. E para os homens o colesteral total (OR: 1,1), a gordura corporal (OR: 1,3) e a pressão arterial sistólica (OR: 3,1), explicando um acerto de 83,7%. O excesso de gordura corporal e a hipertensão arterial sistólica foram comuns entre homens e mulheres, sendo que a hipertensão arterial sistólica constituiu-se em maior risco para a população de remanescentes de quilombo de Inhangapi. Destacando-se entre os homens a hipercolesterolemia e entre as mulheres a obesidade abdominal.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Prevalência da infecção pelo vírus linfotrópico de células T humanas em mulheres de comunidades remanescentes de quilombos de Santarém, Pará(Universidade Federal do Pará, 2013) CARDOSO, Fernanda Jacqueline Teixeira; SOUSA, Maisa Silva de; http://lattes.cnpq.br/1775363180781218O Vírus Linfotrópico de Células T Humanas é um oncoretrovírus associado a patologias hematológicas, neurológicas, oftalmológicas e dermatológicas. Atualmente são descritos outras manifestações clínicas que possívelmente podem estar associadas a efeitos diretos e indiretos, imunomediados, da ação do vírus sobre o organismo. As principais patologias descritas são a Leucemia/Linfoma de Células T do Adulto (LLTA), Paraparesia Espástica Tropical/ Mielopatia Associado ao HTLV (PET/MAH), dermatite infecciosa (DI) e Uveite Associada ao HTLV. A transmissão do vírus pode ocorrer de forma vertical, na vida intra-uterina, na ocasião do parto ou, na maioria dos casos, através da amamentação. Também pode ser transmitido por via parenteral, através de hemotransfusão ou compartilhamento de agulhas e seringas contaminadas ou pelo contato sexual. No Brasil e no mundo, a literatura tem evidenciado que o HTLV infecta principalmente mulheres e afrodescendentes com idade acima de 50 anos. O objetivo desse estudo foi pesquisar a infecção pelo HTLV em mulheres remanescentes de quilombos de Santarém, região oeste do Estado do Pará. Foi realizada investigação em demanda transversal representativa de mulheres de núcleos familiares de dez comunidades remanescentes de quilombos, no período de 19 de outubro a 17 de dezembro de 2012. Amostras de sangue foram submetidas à pesquisa de anticorpos anti-HTLV, utilizando o ensaio imunoenzimático – ELISA e a Reação em Cadeia da Polimerase – PCR foi usada para a identificação do genótipo viral. A soroprevalência da infecção pelo HTLV foi de 0,46% (01/216), sendo confirmado HTLV-1 em mulher de 52 anos, que há treze apresenta manifestações dermatológicas, com diagnóstico histológico de eritema polimorfo ou multiforme. Nenhum dos oito familiares investigados (cinco filhos, o cônjuge e duas irmãs) tinha a infecção e a via de transmissão envolvida no processo infeccioso não foi confirmada. A prevalência por comunidade variou de 4,76% (1/21) na Pérola do Maicá a nula nas demais (Arapemã, Saracura, Nova Vista do Ituqui, São Raimundo do Ituqui, São José do Ituqui, Bom Jardim, Murumurutuba, Murumuru e Tiningu). Este estudo não diferiu estatisticamente das prevalências de dois outros, também realizados em populações quilombolas do Brasil. Esta notificação da circulação de HTLV-1 em comunidades afro-amazônidas, reforça a necessidade de implantação da triagem para o vírus nos serviços de públicos bem como ações de reciclagem dos profissionais de saúde.
