Teses em História (Doutorado) - PPGHIS/UNICAMP
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Navegando Teses em História (Doutorado) - PPGHIS/UNICAMP por Programas "Programa de Pós-Graduação em História – PPGHIS/UNICAMP"
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Tese Acesso aberto (Open Access) A Hidra e os pântanos: quilombos e mocambos no Brasil (sécs. XVII-XIX)(Universidade Estadual de Campinas, 1997-03-19) GOMES, Flávio dos Santos; SLENES, Robert Wayne Andrew; http://lattes.cnpq.br/3081285853679184Em todas as áreas das Américas Negras onde se estabeleceram grupos de escravos fugidos, destaca-se a maneira como se forjaram políticas de alianças entre os fugitivos com outros setores da sociedade envolvente. Assim foi também no Brasil, em todas as regiões escravistas onde quilombolas procuraram se organizar econômica e socialmente em grupos e comunidades. Tentavam manter a todo custo sua autonomia e ao mesmo tempo agenciavam estratégias de resistência junto a indígenas, taberneiros, fazendeiros, lavradores, até autoridades coloniais e principalmente aqueles que permaneciam escravos. A partir de tais estratégias e experiências -- permeadas de contradições e conflitos -- os fugitivos determinaram os sentidos de suas vidas como sujeitos de sua própria história. Nesta tese analisamos as experiências históricas dos quilombolas na Amazônia Colonial, no Maranhão e comparativamente outras áreas coloniais brasileiras, destacando como eles estavam articulados sócio-economicamente a sociedade envolvente mas também representavam uma ameaça para ela.Tese Acesso aberto (Open Access) Memórias do "Velho" intendente: Antônio Lemos - 1869-1973(Universidade Estadual de Campinas, 1998-11-05) SARGES, Maria de Nazaré dos Santos; CHALHOUB, Sidney; http://lattes.cnpq.br/7738861749701123Quero justificar, inicialmente, a temporalidade escolhida para discutir a construção da memória de Antonio Lemos. Ao contrário de uma escolha arbitrária, ela guarda o significado da "chegada". Por duas vezes, Lemos chegou a Belém. Num primeiro momento, em 1869, de maneira silenciosa e anônima, na condição de um simples escrevente da Armada Brasileira. Em 1973, pela segunda vez, Lemos chegava à cidade, agora como um mito consolidado. A urna que encerrava silenciosamente os restos mortais do "Velho" intendente, era recebida ruidosamente por uma multidão que esperava o momento da celebração da volta daquele que, mesmo "em pó", personificava um pedaço da história da cidade. No entremeio dessa cronologia, estruturei o trabalho como se segue. No primeiro capítulo da tese serão discutidas as biografias contemporâneas a Antonio Lemos produzidas nos anos de 1904 e 1913, e o ponto de intersecção entre elas, procurando entender o jogo que se estabeleceu na fixação de uma dada memória. Desse modo, não é somente a carreira política que buscarei nessas memórias, mas também as discussões que se estabeleceram sobre a vida privada, a condição social e as relações pessoais que permearam a vida do intendente. O segundo capitulo focaliza as medidas administrativas tomadas por Antonio Lemos durante os 14 anos de seu governo. Procuro recuperar o discurso legitimados de suas ações, as festas patrocinadas pela sua administração, a filantropia por ele exercitada, a proteção dispensada aos artistas e literatos e a preocupação em deixar nos escritos o testemunho de sua intervenção na cidade. Através dos Relatórios da Intendência (7 volumes), do Livro de Detalhes, das Atas do Conselho Municipal, dos Ofícios recebidos e expedidos pela Intendência, de jornais e revistas da época, entrevejo a possibilidade de alcançar o resultado desse embate que se travou entre as imagens produzidas e as manipuladas pelos diferentes grupos sociais da cidade de Belém. Explorando esse corpos documental, verifico a produção de um modelo de personagem ideal, a percepção de seu jogo na construção de imagens que deveriam ser absorvidas pela população e como essas camadas populares construíram a(s) imagem(s) do biografado. O terceiro capitulo tem por finalidade a procura de indícios que apontem para a permanência da memória do intendente, mesmo após os acontecimentos que resultaram em sua expulsão de Belém. Recorro a jornais a partir da década de 20, para demonstrar que após a expulsão de Antonio Lemos, o débâcle da borracha gerou um decréscimo na atividade econômica da região, vindo a refletir na cidade de Belém. Nesse momento, quando a cidade não tem mais o vigor econômico e urbano da administração lemista, críticos da administração pública utilizam-se da imprensa para expressar um "canto de saudade" pelo "Velho" Lemos. A figura de Lemos transformada em um mito político tornou-se mais forte a partir da década de 70, com a elaboração da biografia de autoria de Carlos Rocque, Antônio Lemos e sua época, encomendada pelo prefeito municipal, buscando recuperar uma memória que sempre esteve a serviço das elites intelectuais e políticas do Estado. O livro de Carlos Rocque marcava a transferência dos restos mortais do intendente para o vestíbulo do Palácio Antonio Lemos. O caminho percorrido por Carlos Rocque incorpora, em grande medida, a imagem pública de Antonio Lemos que foi pautada na memória construída pelo próprio intendente e pelos grupos que o cercavam, dando corpo ao que conhecemos como memória oficial.
