Navegando por Linha de Pesquisa "ARQUITETURA, DESENHO DA CIDADE E DESEMPENHO AMBIENTAL"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise urbanístico-ambiental: condomínios fechados horizontais “Ecológicos” da Região Metropolitana de Belém(Universidade Federal do Pará, 2021-11-10) SILVA, Marta Gonçalves Tavares da; PONTE, Juliano Pamplona Ximenes; http://lattes.cnpq.br/9287377245887247; https://orcid.org/0000-0002-7668-8409Esta dissertação parte da inquietação em investigar se a estrutura tipológica habitacional, denominada de Condomínios Fechados Horizontais presentes nas Bacias Hidrográficas da Região Metropolitana de Belém, apresentam-se como solução de assentamento urbano ecológico. É uma estrutura tipológica habitacional que, para propiciar a regulamentação como assentamento, promove recortes legislativos e encontra conivências e prerrogativas por parte do poder público que o aprova. Os Condomínios Fechados Horizontais Ecológicos utilizam os ideais filosóficos do naturalismo, criando um produto imobiliário difundido como assentamento urbano preservacionista, atuante na produção do espaço urbano. Promocionalmente, constituem-se de toponímias com intuito comercial de um produto ecológico ostentando a natureza domada, reservada e exclusiva. Objetiva- se, assim, analisar o desempenho e a forma de ocupação dos Condomínios Fechados Horizontais Ecológicos na escala das Bacias Hidrográficas da Região Metropolitana de Belém, especificamente na BH Ariri e BH Benfica, se de fato apresentam desempenho urbanístico-ambiental, podendo ser classificados como estruturas ecológicas, uma vez que se oferecem como tipologia urbana que se pretende de menor repercussão ambiental. Considerando a tipologia dos Condomínios Fechados Horizontais Ecológicos, esta dissertação tem o aporte no método da abordagem compreensiva no campo da Arquitetura da Paisagem, propondo-se utilizar a racionalização da dinâmica ambiental e a ocupação urbana, culminando com o estudo da funcionalidade da Bacia Hidrográfica - fundamental para a análise ecológica -, orientada pelos parâmetros urbanísticos e ambientais observados por meio dos aspectos da cobertura vegetal, permeabilidade - maior relevância ao desempenho ambiental -, capilaridade e estudos morfológicos quanto ao desenho da malha urbana/ sistema viário, complementados com a base de dados sociais, densidade populacional, renda, e a presença de aglomerados subnormais nas Bacias Hidrográficas. O arranjo espacial desse habitacional não passa de um produto imobiliário mercadológico de conteúdo filosófico preservacionista de baixíssima permeabilidade, são estruturas que, além de desconsiderarem o aspecto ambiental, configuram-se como propulsores ao aumento de superfícies impermeáveis, determinando consequências socioambientais não satisfatórias, potencializando o risco ambiental a população presente nas Bacias Hidrográficas. Perante as especificidades vazias que constituem esse produto habitacional -, de livre estabelecimento no território urbano, direcionado apenas pelo zoneamento habitacional –, autoriza-se que sejam denominados como aberrações urbanas implantadas no território, refutando aspectos de assentamento ecológico e, portanto, estabelecendo-se com uma farsa ambiental.Dissertação Acesso aberto (Open Access) O Descompasso do “modelo” na urbe amazônida: o caso de Porto Velho, Rondônia(Universidade Federal do Pará, 2021-09-30) MORELATO, Adriana Hiromi Nishida; CARDOSO, Ana Cláudia Duarte; http://lattes.cnpq.br/3138101153535395A company town Madeira Mamoré Railway Company constituiu a gênese da cidade de Porto Velho. Desde então, a sua expansão urbana foi marcada pela hegemonia da lógica funcionalista de produção, voltada para a exploração dos recursos naturais e a acumulação de capital, em contraste ao modo de vida pré-existente, estabelecido por comunidades diversas que tratavam o meio natural com a deferência necessária à convivência harmônica com ele. Assim, esta pesquisa tem por objetivo analisar os desdobramentos do modelo de cidade adotado na gênese de Porto Velho, baseado na matriz pragmática e funcional da company town MMR, para a qualidade de vida da população e para sua convivência com o meio natural. Para tanto, buscouse compreender os modelos de cidade da sociedade industrial no século XX, por meio da antologia do Urbanismo elaborada por Choay (1965), e demonstrar que a expansão do capital sobre o Sul Global se deu como uma reapresentação do colonialismo, porquanto esteve assentada na necessidade de dominação e domesticação de uma realidade local distinta. Recorreu-se a autores como Fanon (1952), Acosta (2009) e Cusicanqui (2015) para evidenciar a necessidade de uma visão holística e cosmopolita sobre a realidade das cidades do Sul Global, em especial, da Amazônia, em vistas a um verdadeiro desenvolvimento, na linha da concepção decolonial. O higienismo urbano (ordem-desordem), a industrialização (progresso-atraso) e a integração da Amazônia (ruptura-continuidade ou moderno-tradicional) foram assumidos como dicotomias estabelecidas no decorrer da implantação e difusão do paradigma urbano industrial no Brasil. Por isso, elas foram utilizadas para analisar a cidade de Porto Velho em sua gênese e na contemporaneidade, a partir das categorias de análise "agentes de produção do espaço", "provisão de infraestrutura", "malha viária", "organização socioespacial", "habitação" e "elementos naturais". Como resultado, restou comprovada a ineficiência das soluções exógenas que conduziram o processo de criação e expansão da cidade, impondo-se refletir, à luz das ideias decoloniais, acerca da premente necessidade de superação das concepções dominantes de progresso e civilização, para que sobrevenham proposições que acolham e conciliem a diversidade amazônica com as necessidades humanas, a partir de uma aliança entre os saberes ancestrais e as novas tecnologias, constituindo-se, enfim, alternativas inovadoras.Dissertação Acesso aberto (Open Access) O espaço periurbano de Belém (PA) entre transformações, resistências e re-existências(Universidade Federal do Pará, 2022-03-28) VICENTE, Letícia Ribeiro; CARDOSO, Ana Cláudia DuarteEntende-se que os espaços periurbanos das cidades na Amazônia são hoje espaços de fronteira, onde é possível perceber disputas e coexistências entre diferentes atividades produtivas e diferentes modos de vida, que passam por rápidas transformações nas últimas décadas. Áreas de expansão urbana, empreendimentos e instalações de porte industrial coexistem com áreas entendidas como tradicionais, ocupadas por comunidades ribeirinhas, camponesas, indígenas, quilombolas. Percebe-se, então, por um lado o movimento de transformações (chegada do novo/moderno, desarticulações), e, por outro, de resistências (manutenção do antigo/tradicional, busca pela manutenção de modos de vida ligados à natureza). À primeira vista estes movimentos funcionam como opostos, ou como dupla negação, tese e antítese. Mas, há também sínteses, que são manifestações da culminância de diversas re-existências, nas quais coexistem aparentes dicotomias e residem as possibilidades de caminhos possíveis para a Amazônia. Para o entendimento das transformações e resistências locais utilizaram-se os estágios de urbanização (espaço-temporais) apresentados por Lefebvre (1999), divididos nas eras rural, do urbano-industrial e da urbano-utopia. A partir de uma perspectiva dialética a era rural funciona como tese. Essa era está presente hoje através de manifestações entendidas nesta dissertação como resistências. Como antítese tem-se o segundo estágio de urbanização, a era do urbano-industrial, marcada pelo que aqui é entendido como transformações. Como síntese apresenta-se a era da urbano-utopia como possibilidade de vislumbre do que se chamou de re-existências. Na tentativa de contemplar um pouco da diversidade regional, o objeto de estudo desta dissertação se constrói em torno do espaço periurbano de Belém (PA), cidade (e município) que funciona como um exemplo significativo por desempenhar historicamente a função de metrópole amazônica. Para tal, analisou-se o espaço periurbano de Belém (PA) considerando as transformações e resistências que permeiam sua produção socioespacial ao longo da história, bem como foram visibilizadas as re-existências contemporâneas que demonstram o potencial de emancipação e fortalecimento de comunidades que dependem do manejo da natureza. Apresentou-se a discussão sobre os espaços periurbanos em contextos diversos, aproximando-a a das cidades amazônicas. Na análise do espaço periurbano de Belém (PA) concluiu-se que historicamente este espaço se constituiu como espaço periurbano estendido regional, pois Belém possuiu grande centralidade política e econômica, o que a possibilitou articular e interagir de forma direta com diversos locais dentro da Amazônia. Considera-se, entretanto, que a partir da segunda metade do século XX diversos processos nacionais e internacionais, diminuíram a centralidade de Belém e sua capacidade de exercer influência regionalmente. Notou-se na escala local que a disponibilidade de terras no espaço periurbano de Belém faz com que se misturem o periférico, a área de expansão e as comunidades que dependem do manejo da natureza. Através de alguns estudos de caso selecionados investigaram-se e analisaram-se também as re-existências que permeiam a produção socioespacial do espaço periurbano de Belém. As re-existências possibilitaram visualizar que a constituição do espaço periurbano de Belém está por um lado diretamente ligada a imposições econômicas, políticas e culturais de lugares distantes, e ao mesmo tempo, apresenta um enorme potencial de emancipação das comunidades locais, que emerge da aliança entre cultura, natureza, e justiça social. Aponta-se também o reconhecimento da alteridade como caminho para a era da urbano-utopia.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Hospital Universitário João de Barros Barreto: a significação cultural da arquitetura hospitalar moderna em Belém(Universidade Federal do Pará, 2021-11-10) LEAL, Larissa Silva; MIRANDA, Cybelle Salvador; http://lattes.cnpq.br/3254198738703536; https://orcid.org/0000-0001-5913-989XA significação cultural aponta para uma valorização dada por parte do homem, que abrange diversos aspectos, tais como histórico, social, estético, arquitetônico e até espiritual, tornando assim, o ser humano como centro criador de toda significação. A exemplo da edificação histórica que abriga o atual Hospital João de Barros Barreto, busca-se reunir as múltiplas dimensões funcionais e dos significados ligados à arquitetura a fim de caracterizá-la como forma de patrimônio assistencial. O prédio monobloco de seis pavimentos fora construído entre 1938 e 1959, apresentando a influência dos preceitos da arquitetura moderna no modo de construir edificações públicas no Brasil, traduzidos principalmente no detalhe arquitetônico, como o uso de brise-soleils e cobogós nas fachadas com traços retilíneos. Neste contexto, a maneira como os agentes sociais do hospital criam, registram e propagam os significados é apreendida e interpretada através do método etnográfico, cuja atribuição também aborda as memórias que permeiam o antigo Sanatório Barros Barreto, bem como demonstra a articulação entre espaço arquitetônico e as relações desenvolvidas no mesmo. Deste modo, a evidência da importância das percepções dos contextos social, histórico e cultural apontam para o processo de patrimonialidade, a partir do ponto de vista dos agentes sociais, corroborando para demonstrar a importância do reconhecimento de um patrimônio fundamentado nas experiências vividas, narrativas, relações afetivas, além da história, que caracterizam sua existência e, no caso do HUJBB, a resistência face às transformações dadas em nome de uma modernização do espaço hospitalar.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A ilusão da igualdade: natureza, justiça ambiental e racismo em Belém(Universidade Federal do Pará, 2021-07-31) MIRANDA, Thales Barroso; CARDOSO, Ana Cláudia Duarte; http://lattes.cnpq.br/3138101153535395; https://orcid.org/0000-0002-1866-453XEsta dissertação advém de uma inquietação sobre a falta de reconhecimento das desigualdades sociais e raciais como elementos estruturantes na produção do espaço urbano no Brasil, principalmente sob o aspecto ambiental. Abordar a exploração do meio ambiente para viabilizar lucro e favorecer determinadas classes sociais que detêm o controle da propriedade da terra, e o poder social e político, tem sido a abordagem mais comum no contexto brasileiro. No contexto de uma cidade amazônica como Belém, destaca-se o relevo plano e a água como elementos historicamente dinamizadores da ocupação urbana e de consequências ambientais desproporcionalmente mais severas para determinados grupos sociais. Deste modo, esta dissertação tem como objetivo revelar injustiças ambientais e desigualdades social e racial na produção do espaço urbano de Belém, historicamente marcada pelo crescimento urbano rentista, pela disputa territorial e inúmeras consequências ambientais. Os procedimentos metodológicos foram diversos, partiu-se de uma revisão de literatura que explora as contradições das teorias sobre o conceito de natureza e a questão racial no Brasil, disposto como arcabouço interdisciplinar da problematização dos discursos e práticas de planejamento urbano em Belém. Em seguida, foram feitas análises de padrões de crescimento urbano da Região Metropolitana de Belém através de técnicas de classificação digital de imagens orbitais, com dois recortes temporais (1984 a 1999 e 1999 a 2018). Os mesmos recortes temporais foram utilizados nas análises de ocupação urbana e do impacto hidrológico das bacias hidrográficas da Região Metropolitana de Belém, seguidos de análises de dados socioeconômicos, raciais, ambientais e de infraestrutura urbana, com foco na inundação e no alagamento. Os resultados obtidos apresentam correlação entre mancha urbana, cobertura vegetal e redução dos índices de permeabilidade do solo que seriam adequados ao funcionamento de bacias hidrográficas da Região Metropolitana de Belém. Além disso, verificou-se que duas em cada três pessoas que ocupam a mancha de inundação de Belém são pessoas negras e de baixa renda. Verificou-se que o alagamento da cidade coincide com áreas suscetíveis à inundação devido à ausência de drenagem urbana e à incapacidade de gestão pública do uso e ocupação do território, camuflada por um discurso que culpa a natureza. Concluiu- se que os processos ambientais em curso no espaço urbano de Belém afetam de modo desigual as populações da cidade e são baseadas em estruturas de poder político, econômico e social fundamentadas no racismo e nas desigualdades.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A mulher e a cultura arquitetônica na modernização de Belém: discursos e práticas entre 1950-1970(Universidade Federal do Pará, 2021-11-11) LIMA, Izabelle Karoline Machado; VIDAL, Celma de Nazaré Chaves de Souza Pont; http://lattes.cnpq.br/0782346426511704; https://orcid.org/0000-0003-3437-3844
