Navegando por Linha de Pesquisa "ECOLOGIA DE COMUNIDADES E ECOSSISTEMAS"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Ecologia populacional de Clibanarius symmetricus (Anomura: Diogenidae) em uma praia exposta da Costa Amazônica Brasileira(Universidade Federal do Pará, 2017-06) DANIN, Ana Paula Ferreira; SANTOS, Cleverson Ranieri; PETRACCO, Marcelo; http://lattes.cnpq.br/6834814201680920; https://orcid.org/0000-0001-6501-0099O caranguejo ermitão Clibanarius symmetricus possui ampla distribuição geográfica ao longo do Atlântico Ocidental, sendo uma espécie conspícua em águas rasas e intertidais de diversos ecossistemas como praias arenosas, planícies de maré, manguezais e costões rochosos. No entanto, informações acerca da história de vida desta espécie são em geral limitadas as regiões subtropicais. Neste estudo, é acessado a estrutura e dinâmica populacional, e o padrão de ocupação de conchas de uma população de C. symmetricus habitando um afloramento rochoso de uma praia arenosa exposta na Costa Amazônica. Para isso, amostragens mensais foram realizadas de Outubro de 2015 a Setembro de 2016. Maior densidade de C. symmetricus foi registrada na estação seca e a constante presença de fêmeas ovígeras sugere reprodução contínua. A proporção sexual total foi favorável as fêmeas (0.6:1, M:F) e dimorfismo sexual de tamanho foi observado. Machos e fêmeas obtiveram curvaturas similares, mas o índice de performance de crescimento foi menor que de populações subtropicais. A taxa de renovação (P/B) também foi similar entre os sexos como uma consequência da similar constante de crescimento. A concha de gastrópode mais ocupada foi a espécie Thaisella coronata e a sobreposição no uso de conchas por ermitões de mesmo tamanho reflete suas interações competitivas. Ainda, foi observado diferença na ocupação de conchas entre osDissertação Acesso aberto (Open Access) Efeito da perda de cobertura florestal sobre a diversidade de peixes de riachos em uma zona de transição Cerrado-Amazônia(Universidade Federal do Pará, 2019-02-28) FREITAS, Pâmela Virgolino; JIQUIRIÇÁ, Paulo Ricardo Ilha; http://lattes.cnpq.br/3392388693636935; SILVA, Karina Dias da; http://lattes.cnpq.br/2271768102150398A expansão da fronteira agrícola Amazônica causa diminuição da cobertura florestal, afetando a integridade ambiental de riachos, bem como a riqueza de suas comunidades associadas. Objetivamos avaliar os efeitos da perda de cobertura florestal sobre a integridade física de riachos, e sobre a diversidade taxonômica e funcional das assembleias de peixes em uma zona de transição Cerrado-Amazônia, hipotetizamos que, quanto menores forem os níveis de cobertura florestal, menores serão os niveis de integridade física dos riachos e menores serão os valores de diversidade taxonômica e funcional das assembleias de peixes. Não detectamos efeito da perda de cobertura florestal sobre a integridade física dos riachos, e nem sobre a diversidade taxonômica, no entanto, verificamos um efeito negativo sobre a riqueza funcional. A integridade física dos riachos não foi relacionada à diversidade taxonômica e funcional das assembleias de peixes. A conversão de florestas em áreas agrícolas, na zona ripária, afeta negativamente a riqueza funcional das assembleias de peixes, funcionando como um filtro ambiental, levando ao desaparecimento de espécies que que apresentam diferentes traços funcionais. Diante disto, o estabelecimento de estratégias de restauração e conservação das áreas afetadas pelo desmatamento deve ser prioritário em toda a rede de drenagem dos riachos, na escala onde se encontra a zona ripária, afim de minimizar os impactos sobre as espécies presentes. Para que possamos entender quais fatores melhor estruturam as assembleias de peixes em riachos, faz-se necessário a elaboração de pesquisas, que deem bases para a formulação de estratégias para preservação destes organismos.Tese Acesso aberto (Open Access) Efeitos da inundação e da antropização sobre padrões de diversidade de árvores da floresta de várzea amazônica(Universidade Federal do Pará, 2019-05-29) MAGALHÃES, Jose Leonardo Lima; LOPES, Maria Aparecida; http://lattes.cnpq.br/3377799793942627; https://orcid.org/0000-0002-6296-5487A várzea amazônica é um ecossistema altamente heterogêneo e que abriga uma grande quantidade de espécies vegetais adaptadas a sua dinâmica sazonal. Os ambientes florestais de várzea sujeitos a inundação estão distribuídos ao longo de toda a extensão da calha principal do rio Amazonas e dos afluentes que possuem nascentes na cordilheira andina. A alta concentração de sedimentos carreados promove alta fertilidade por conta da dinâmica de deposição nos solos quando comparada a outros sistemas amazônicos e favorece uma alta produtividade primária apesar das condições anóxicas proporcionadas pela cheia dos rios. A fertilização natural das várzeas a tornou historicamente um hábitat propício para a colonização humana por seus benefícios à produção de alimentos. Nesse sentido, por atravessar quase todo o bioma, tem sido a principal rota de acesso de populações humanas atuais e pregressas aos mais distantes pontos da calha. Todos estes fatores contribuem para que as florestas de várzea sejam um importante modelo para se testar os padrões de diversidade ao longo de gradientes naturais e antropogênicos. Esta tese é apresentada em duas sessões que usam abordagens distintas, enfocando diferentes aspectos da diversidade e estrutura da floresta. A sessão 1 examina a estrutura filogenética do componente arbóreo de florestas de várzea nas macrorregiões Central e Leste da Amazônia brasileira e investiga como a presença humana atual tem a modificado, mais especificamente indagando como a ação humana interfere na diversidade das linhagens atuais destas florestas. A sessão 2 investiga como a diversidade taxonômica e os conjuntos de espécies locais e regionais foram afetados pelo histórico de densidade humana desde a chegada dos europeus na região. Para alcançar os objetivos, foram amostradas sete áreas distribuídas ao longo de 2.400 km de extensão da porção brasileira do Rio Amazonas que abrange diferentes regimes de inundação e tipos de influência humana. Foram amostrados os indivíduos arbóreos com DAP ≥ 10 cm e coletados dados disponíveis na literatura que foram utilizados como variáveis preditoras nas modelagens de diversidade em diferentes escalas. Os resultados demostraram que o regime de inundação é o principal fator que influencia a estrutura filogenética enquanto a densidade humana de quase três séculos atrás pode ser responsável por padrões de diversidade taxonômica encontrados atualmente. Assim, foram detectados padrões de diversidade em diferentes escalas espaciais e temporais, onde ficou evidenciado que a ação humana em tempos pregressos pode estar sendo refletida nos padrões de diversidade atuais muito tempo depois de terem ocorrido. Por ser um ecossistema de relativa facilidade de acesso na região e ter poucas áreas estritamente protegidas em unidades de conservação, aumenta-se a necessidade de entender como estas florestas são importantes para a manutenção de serviços ecossistêmicos essenciais e a sua dinâmica de regeneração diante da influência humana ao longo do tempo.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Efeitos de atividades de subsistência de ribeirinhos sobre a heterogeneidade ambiental e a diversidade de insetos aquáticos em diferentes níveis espaciais de riachos amazônicos(Universidade Federal do Pará, 2021-09) COSENZA, Jorge Felipe Abreu; FARIA, Ana Paula Justino de; http://lattes.cnpq.br/6041546003155327; https://orcid.org/0000-0003-2729-5358; SANTOS, Raphael Ligeiro Barroso; http://lattes.cnpq.br/7227882802366966; https://orcid.org/0000-0001-9717-5461Os efeitos deletérios de atividades de larga escala de impacto, como a agricultura, a pecuária intensiva, a construção de barragens e a mineração sobre a biodiversidade amazônica têm sido constantemente estudados. Por outro lado, os efeitos de atividades de menor escala de impacto são negligenciados. Um exemplo são as atividades praticadas por populações tradicionais, como as populações ribeirinhas, que vivem há gerações às margens de rios e riachos da bacia amazônica. Ainda são poucos os trabalhos que avaliam os efeitos de atividades antrópicas consideradas de menor impacto sobre os padrões de diversidade de insetos aquáticos em diferentes escalas espaciais utilizando abordagens taxonômicas e funcionais concomitantemente. Assim, avaliamos como atividades de subsistência praticadas por ribeirinhos afetam a diversidade alfa e beta taxonômica e funcional de insetos aquáticos das ordens Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera - (EPT), em diferentes níveis espaciais (entre unidades amostrais de dentro dos riachos e entre riachos). Testamos as hipóteses de que (H1) os riachos alterados tem menor heterogeneidade ambiental entre si e composição das características ambientais distinta dos riachos controle; (H2) os riachos alterados tem menor diversidade alfa taxonômica e funcional do que os riachos controle; (H3) a diversidade beta taxonômica e funcional entre unidades amostrais e entre riachos alterados é menor do que entre unidades amostrais e riachos controle; (H4) a diversidade beta observada entre unidades amostrais e entre riachos alterados é gerada primariamente por diferença de riqueza, enquanto que entre unidades amostrais e riachos controle predomina a substituição de espécies/grupos funcionais. Concluímos que a perturbação causada pelas atividades de subsistência dos ribeirinhos, especialmente a navegação, alterou as características dos habitats e, em certos aspectos, as assembleias de EPT dos riachos da região de Caxiuanã. Os padrões de diversidade beta não se alteraram, mas houve perda e aumento de abundância de alguns gêneros em decorrência das alterações. Assim, a manutenção da diversidade beta não é necessariamente um sinal de alta diversidade e integridade ecológica, pois o aumento da variação da composição dessas assembleias pode ser resultado da perda de espécies sensíveis e aumento de espécies mais generalistas. A abordagem funcional respondeu de maneira semelhante à taxonômica em todos os ambientes e níveis espaciais, o que sugere que esse efeito é depende do grupo biológico analisado e do tipo e intensidade de alteração no ambiente. As atividades praticadas pelos ribeirinhos alteraram a comunidade local de insetos aquáticos de maneira menos impactante em comparação a outras atividades comumente praticadas na Amazônia, como a extração de madeira, agricultura, plantação de palma, pastagem e mineração. Para diminuir uma possível perda de espécies nos riachos da região, faz-se necessário manter as condições naturais dos habitats, como uma alta densidade de cobertura vegetal nas margens, uma grande quantidade de bancos de folhas no leito e uma alta frequência de fluxos lentos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Efeitos de perturbações antrópicas sobre os fatores ambientais e espaciais na estruturação de metacomunidades de insetos aquáticos na Amazônia Oriental(Universidade Federal do Pará, 2022-07) OLIVEIRA, Stéfany Vitória Santos; FARIA, Ana Paula Justino de; http://lattes.cnpq.br/6041546003155327; https://orcid.org/0000-0003-2729-5358; SANTOS, Raphael Ligeiro Barroso; http://lattes.cnpq.br/7227882802366966; https://orcid.org/0000-0001-9717-5461As pressões antrópicas decorrentes de mudanças no uso do solo têm grande potencial para impactar as dinâmicas de metacomunidades de insetos aquáticos, uma vez que elas alteram a qualidade ambiental dos igarapés, e podem impor barreiras a dispersão. O objetivo deste estudo é avaliar como a estruturação de assembleias de insetos aquáticos (ordens Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera - EPT) em igarapés amazônicos em condições naturais (igarapés controle) e perturbadas por atividades antrópicas (igarapés alterados) é influenciada por características dos habitats fluviais e pela estrutura espacial. Nossas hipóteses são de que em igarapés controle as características do habitat são o principal fator de estruturação das assembleias de EPT, e que em igarapés alterados as características do habitat relacionadas com perturbações antrópicas e a estrutura espacial são os principais fatores de estruturação das assembleias. Foram amostrados 74 igarapés na bacia do Rio Capim, Pará, Brasil, sendo 38 igarapés controle e 36 igarapés alterados. Em cada um deles foram mensuradas variáveis ambientais associados à química da água, hidromorfologia do canal, tipos de sedimentos, vegetação ripária e abrigo para os insetos, além da proporção de usos do solo e as assembleias de EPT. Nossos resultados mostraram que várias características ambientais dos igarapés foram afetadas pelas atividades antrópicas. Os fatores ambientais tiveram maior influência na estruturação das assembleias de EPT do que os outros fatores avaliados, tanto nos igarapés controle quanto nos alterados. A influência do fator espacial foi muito fraca. As assembleias de igarapés alterados foram estruturadas tanto por variáveis ambientais afetadas pelos distúrbios quanto por variáveis sujeitas à variação natural, demonstrando que as assembleias nesses ambientais não são governadas somente pela atuação das alterações ambientais. Nosso estudo demonstra a importância do processo de seleção de espécies em metacomunidades de igarapés amazônicos, e o papel do distúrbio nesse processo.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Efeitos do manejo do açaí (Euterpe oleracea Mart.) sobre a avifauna em florestas de várzea estuarina na Amazônia(Universidade Federal do Pará, 2017-05-30) NUNES, Raphael de Vasconcelos; LEES, Alexander Charles; http://lattes.cnpq.br/8887958109144699; LOPES, Maria Aparecida; http://lattes.cnpq.br/3377799793942627As ações humanas e o uso de recursos naturais, ao remover espécies vegetais, recursos alimentares ou alterar a estrutura do ambiente, podem ter efeitos indiretos em comunidades de animais. A crescente produção de açaí (Euterpe oleracea) na Amazônia vem alterando as florestas de várzea através de ações de manejo, com a degradação ambiental e até mesmo substituição de florestas por áreas de cultivo, causando empobrecimento florístico. Neste artigo investigamos os efeitos do manejo desta espécie sobre a estrutura da comunidade de aves em um sistema insular no delta do rio Amazonas. Nossa hipótese era de que encontraríamos uma diversidade menor de aves nas áreas manejadas (manejo de baixa e alta intensidade) em relação aos fragmentos de floresta não manejados, devido à degradação ambiental causada por esta prática. Para avaliar a diversidade e abundância de espécies de aves, realizamos registros auditivos e observações em três áreas por tratamento (manejo de alta e baixa intensidade e sem manejo). Verificamos uma tendência à diminuição da riqueza de espécies de aves nas áreas intensamente manejadas; mas não detectamos mudanças na abundância e diversidade de aves nas áreas submetidas ao manejo de açaí em baixa intensidade. Houve alterações na composição da comunidade, sendo esta mais homogênea nas áreas manejadas. Os efeitos do manejo de açaí sobre a fauna ainda são difíceis de detectar, mas podem surgir em longo prazo, e nossos resultados sugerem para a homogeneização e perda de espécies em áreas submetidas a intenso manejo, ocasionando o empobrecimento da avifauna.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Fatores determinantes do uso de habitats por mamíferos ungulados (Artiodactyla e Perissodactyla) na Amazônia Oriental(Universidade Federal do Pará, 2022-04) ALVES, Michel Jacoby Pereira; OLIVEIRA, Ana Cristina Mendes de; http://lattes.cnpq.br/1199691414821581; https://orcid.org/0000-0002-7863-9678O uso do solo por atividades antrópicas em paisagens da Amazônia oriental vem modificando e suprimindo os habitats nativos desta região, alterando a dinâmica dos ecossistemas e afetando negativamente a biodiversidade. Os mamíferos ungulados herbívoros-frugívoros estão entre os grupos de mamíferos mais afetados por estas modificações nos ecossistemas. Através do uso de armadilhas fotográficas registramos ungulados e mensuramos a pressão de caça. A partir de imagens de satélite avaliamos as características ambientais e pressões antrópicas que podem estar influenciando a abundância de anta (Tapirus terrestris), veados (Mazama americana e Mazama nemorivaga) e porcos selvagens (Pecari tajacu e Tayassu pecari) em habitats com diferentes níveis de perturbação. As espécies apresentaram respostas distintas as variáveis de paisagens e de uso do solo. Nosso resultado demonstra que todas as espécies estudadas apresentaram algum grau de tolerância a habitats perturbados, exceto habitats de pastagem abandonada e plantação de palma de dendê. Também demonstramos que embora as espécies utilizem habitats degradados, elas possuem uma alta dependência de habitats florestados.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A heterogeneidade de bancos de macrófitas aquáticas e a diversidade de peixes em uma ria fluvial amazônica(Universidade Federal do Pará, 2019-03) NONATO, Flávia Alessandra da Silva; MONTAG, Luciano Fogaça de Assis; http://lattes.cnpq.br/4936237097107099; https://orcid.org/0000-0001-9370-6747; MICHELAN, Thaísa Sala; http://lattes.cnpq.br/4609629132683283; https://orcid.org/0000-0001-9416-0758Em ecossistemas de água doce, espécies de macrófitas podem fornecer heterogeneidade de habitat com diferentes formas estruturais, variando de espécies submersas livres a espécies enraizadas, que servem como substrato para a desova, alimentação e refúgio contra a predação para peixes e outros organismos. No presente trabalho testamos o efeito da heterogeneidade dos bancos de macrófitas aquáticas sobre a riqueza e abundância e características funcionais dos peixes em rios alagados da Amazônia. Para investigar a relação entre a heterogeneidade dos bancos de macrófitas e a riqueza, abundância e características funcionais dos peixes, foram utilizadas as análises de CWM e regressões lineares simples. Foram identificadas 16 espécies de macrófitas aquáticas e 21 espécies 14 de peixes nos 34 pontos de amostragem. Os bancos de macrófitas foram dominados pelas espécies Eichhornia azurea e. E. crassipes. As espécies de peixes mais abundantes foram Hemigrammus ocellifer e Laimosemion strigatus. O resultado da regressão linear foi significativo apenas entre a heterogeneidade dos bancos de macrófitas em dois atributos funcionais, ambos ligados à locomoção dos peixes. Nossos resultados mostram que a associação entre a heterogeneidade proporcionada pelos bancos de macrófitas é um filtro ambiental para espécies de peixes que possuem alta manobrabilidade, uma vez que essas espécies podem nadar entre as estruturas das macrófitas. Assim, podemos observar que a heterogeneidade proporcionada pelas macrófitas aquáticas, embora não afete a riqueza e a abundância de peixes, é importante para diferentes espécies de peixes, mas para aqueles que utilizam e dependem desses bancos como refúgio.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Influência da perturbação ambiental na assembleia de pequenos mamíferos nãovoadores na Amazônia Oriental(Universidade Federal do Pará, 2019-06) SOTOMAYOR, Omar Santiago Erazo; OLIVEIRA, Ana Cristina Mendes de; http://lattes.cnpq.br/1199691414821581; https://orcid.org/0000-0002-7863-9678A perturbação ambiental antropogênica resulta em diferentes modificações estruturais da floresta, que podem gerar alterações nos padrões de composição de espécies, diversidade taxonômica e funcional. Nós avaliamos a influência da perturbação ambiental na estrutura e diversidade de assembleias de pequenos mamíferos não voadores na Amazônia oriental. Analisamos a composição, riqueza e abundância de espécies e seus caracteres funcionais como descritores de assembleias, considerando suas variações ambientais, em três níveis de perturbação ambiental: (i) interior da floresta; (ii) borda da floresta; e (iii) espaço rural. A diversidade α (taxonômica e funcional) permaneceu relativamente constante através dos níveis de perturbação ambiental antropogênica. No entanto na diversidade taxonômica β, na assembleia da comunidade de floresta-borda apresenta gradientes de abundância, onde compartilham a maioria de suas espécies, mas alguns indivíduos da borda são perdidos na floresta. Por outro lado, as assembleias de floresta-rural e borda-rural apresentam variação equilibrada da abundância, em que os indivíduos de algumas espécies das áreas de floresta e de borda são substituídos por indivíduos de espécies diferentes nas áreas rurais. Entre os atributos morfológicos observamos respostas mais sutis da comunidade, pequenos mamíferos caracterizados por uma cauda maior predominam nas áreas de floresta e, aqueles caracterizados por um pé maior predominam nas áreas rurais. Concluímos que os atributos morfológicos (comprimento da cauda e do pé), são fatores determinantes nos padrões de composição da assembleia dos pequenos mamíferos não-voadores e, de sua seleção de habitat em ambientes que enfrentam impactos antrópicos. As alterações e os padrões identificados em nosso estudo são de importância crucial para planos de manejo e conservação da biodiversidade.Tese Acesso aberto (Open Access) Padrões de diversidade, ocupação e coexistência de mamíferos terrestres na região neotropical(Universidade Federal do Pará, 2019-05-10) SANTOS, Fernanda da Silva; JUEN, Leandro; http://lattes.cnpq.br/1369357248133029; PERES, Carlos Augusto da Silva; http://lattes.cnpq.br/9267735737569372A estrutura de uma comunidade resulta de um fenômeno complexo e dinâmico que envolve características ambientais, fatores espaciais, disponibilidade de recursos alimentares, bem como as interações entre as espécies, seja por competição ou predação. Para investigar parte dos processos que configuram as comunidades animais, esta tese utilizou o grupo dos mamíferos terrestres como modelo. O objetivo principal foi explorar os fatores que influenciam os padrões de diversidade, ocupação e coexistência de mamíferos terrestres na região Neotropical. Para isso, foram utilizados dados provenientes de oito áreas de florestas protegidas, nas quais foi realizado o monitoramento sistematizado de vertebrados terrestres através de armadilhas fotográficas. Os locais de estudo abrangem seis países da região Neotropical (Costa Rica [1], Panamá [1], Equador [1], Peru [2], Suriname [1] e Brasil [2]), os quais possuem diferentes contextos de preservação. Primeiramente, foi estimada a diversidade β entre as oito comunidades de mamíferos terrestres a fim de identificar: quais as áreas e quais as espécies têm maior contribuição para a diversidade β (LCBD e SCBD, respectivamente); se os padrões são explicados pela substituição ou diferença na riqueza de espécies; e quais os fatores influenciam a diversidade β encontrada (LCBD e SCBD). Posteriormente, investigou-se quais os mecanismos que permitem a coexistência de espécies que apresentam grande similaridade, tanto morfológica quanto no uso de recursos alimentares. Assim, utilizou-se os dados de cinco espécies simpátricas de felinos [onça pintada (Panthera onca), onça parda (Puma concolor), jaguatirica (Leopardus pardalis), jaguarundi (Herpailurus yagouaroundi) e gato maracajá (Leopardus wiedii)], que potencialmente ocorrem nas oitos áreas de estudo, para descrever padrões de organização espaço-temporal entre as espécies. Por fim, os dados de uma das áreas foi utilizado para testar a hipótese de que existe uma movimentação sazonal dos mamíferos terrestres, principalmente de espécies frugívoras e granívoras, em resposta às mudanças na disponibilidade de água e de recursos alimentares entre as estações seca e chuvosa em uma floresta de terra firme. Os resultados demonstram que as áreas consideradas fragmentadas apresentam maior contribuição para a diversidade β e que a variação é determinada pela diferença na riqueza de espécies e não pela substituição. Além disso, as espécies que mais contribuíram para a diversidade β entre os sítios foram aquelas com maior variação nas estimativas de abundância. Entre os felinos, o estudo revelou aparente partição espaço-temporal entre a maioria dos pares de espécies analisados, sendo a abundância de presas mais importante na ocorrência e distribuição espacial dos felinos do que as interações entre as espécies. Quanto à sazonalidade, apenas três espécies apresentaram diferença na ocupação entre as estações seca e chuvosa, enquanto as demais espécies analisadas não parecem alterar sua área de uso em função da variação na disponibilidade de água e alimentos. Ao final deste estudo, os resultados fornecem uma ampla caracterização dos mamíferos terrestres que ocorrem na região Neotropical, abordando o estado de conservação, fatores que influenciam a ocorrência, assim como os padrões espaciais e temporais de algumas espécies de felinos ao longo de oito florestas protegidas da região Neotropical.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Variação temporal de Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera (EPT) com base em sua especificidade ambiental em riachos impactados pela mineração na Amazônia Oriental(Universidade Federal do Pará, 2022-03) PÉREZ, Juan Mateo Rivera; JUEN, Leandro; http://lattes.cnpq.br/1369357248133029; https://orcid.org/0000-0002-6188-4386; FEITOZA, Yulie Shimano; http://lattes.cnpq.br/7380463661182614; https://orcid.org/0000-0003-2931-4719Conhecer a diversidade aquática e entender como as diferentes espécies são distribuídas no tempo e no espaço tem se tornado um dos principais focos de pesquisas em ecologia nas últimas décadas. Isso acontece principalmente em virtude das rápidas mudanças ambientais provocadas pelas atividades antrópicas. Nesse cenário, os insetos aquáticos das ordens Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera (EPT) são utilizadas para o monitoramento das condições ambientais por serem sensíveis às essas mudanças. A intensidade da resposta depende diretamente da amplitude do nicho de cada táxon diante das variabilidades e alterações do habitat. Com o objetivo geral de investigar os efeitos da mineração de Ferro com base na especificidade ambiental de EPT em riachos da Floresta Nacional de Carajás, no Pará ao longo de seis anos, essa dissertação é dividida em dois capítulos. No Primeiro classificamos os táxons de EPT em generalistas e especialistas e avaliamos se a abundância e riqueza estimada desses grupos variam de acordo com o nível de alteração dos riachos impactados por atividades de mineração. No segundo avaliamos a variação espacial e temporal da diversidade beta de EPT generalistas e especialistas. Nos dois estudos foram usados dados de EPT amostrados anualmente em 24 riachos ao longo de seis anos em riachos conservados e impactados pela mineração na Flona de Carajás. Foram coletados 49.922 indivíduos distribuídos em 59 gêneros, dos quais 31 foram classificados como especialistas e 28 como generalistas de habitat. No primeiro capítulo, verificamos que houve efeito negativo da mineração na riqueza estimada e efeito positivo na abundância de gêneros especialistas. Por outro lado, a abundância e a riqueza estimada de generalistas foram influenciados negativamente pelo efeito da mineração. No segundo capítulo não foram encontradas diferenças na composição dos gêneros e nem na heterogeneidade entre os tratamentos. Porém, ao longo do tempo, tanto os generalistas como os especialistas mudaram sua composição. A mineração afeta as comunidades de generalistas e especialistas de EPT, em especial, os especialistas de locais impactados pela mineração que apresentaram aumento em suas abundâncias, possivelmente pela ampliação de habitat disponibilizados pelo processo de homogeneização do habitat. Para os generalistas, a perda de gêneros foi o principal componente na diversidade beta temporal, já os especialistas apresentaram ganhos e perdas de gêneros. Portanto, a mineração afetou as comunidades tanto de grupos generalistas como especialistas ao longo dos anos, apesar de sua especificidade de habitat, apresentando diferentes padrões às mudanças ambientais.
