Navegando por Assunto "Ética da alteridade"
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Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) A preocupação com uma ética da alteridade na relação educador/educando(Universidade Federal do Pará, 2017-06) ALMEIDA, Neimar deO presente trabalho estrutura-se, sobretudo, a partir da comparação da Ética da Alteridade, tendo como pressuposto teórico textos do filósofo lituano-francês Emmanuel Lévinas, com a realidade educacional, no que tange à relação educador/educando. Em busca dessa aproximação entre ética da alteridade e educação, propõe-se identificar a preocupação com o “outro”, por parte dos educadores, no meio educacional. Assim, os objetivos foram o de apresentar a Ética da Alteridade de acordo com o autor já mencionado e verificar sua efetividade junto aos sujeitos da educação de uma escola de ensino médio do DF2 , se há uma preocupação com essa ética, por parte dos educadores desse Centro de Ensino. A metodologia utilizada foi um “estudo de caso”, através de uma pesquisa oral junto aos educadores, e um debate, através de questinamentos junto aos educandos. A partir da investigação, o trabalho mostrará que há essa preocupação por parte dos educadores. Chegouse a essa conclusão a partir do diálogo com os educadores, mas, principalmente, pelo relato dos alunos envolvidos. O intuito é, além de verificar a proximidade entre Ética da alteridade e educação, demostrar a importância e o impacto desse pensamento no desenvolvimento humano e na aprendizagem dos educandos.Tese Acesso aberto (Open Access) Testemunho e responsabilidade: o dizer de Semprún sob a ética de Lévinas(Universidade Federal do Pará, 2019-02) FIGUEIREDO, Elielson de Souza; SARMENTO-PANTOJA, Tânia Maria Pereira; http://lattes.cnpq.br/3707451019100958Esta tese de doutorado concentra esforços para aproximar o pensamento filosófico de Emmanuel Lévinas (kaunas, Lituania, 1906) das categorias teóricas de análise da Literatura de Testemunho produzida a partir das memórias de sobreviventes da Shoah. Com o propósito de provar que a filosofia da alteridade de Lévinas oferece um valioso conjunto teórico para os estudos acerca do Testemunho como ponto de intersecção entre Memória, Ficção e História a tese se concentra na escrita autoficcional de Jorge Semprún (Madri, Espanha, 1923), particularmente sobre os romances A grande Viagem e A escrita ou a vida. O argumento central defendido aqui afirma que a autoficção produzida por Semprún pode ser compreendida na chave conceitual do que Lévinas chama de Responsabilidade, ou seja, como resposta do sobrevivente ao sofrimento injustificado sob o qual padeceram e morreram milhões de pessoas aprisionadas e assassinadas nos campos de trabalhos forçados e de extermínio mantidos durante o regime nazista alemão. Partindo da hipótese de que testemunhar é assumir a tarefa ética de resistir à banalização do assassinato a tese investiga um pequeno grupo conceitual que, ao longo do pensamento filosófico de Lévinas, se conecta à Responsabilidade: eleição, convocação, Rosto, passividade e subjetividade ética formam a base do argumento aqui defendido. Através de alternadas citações e comentários que permitem ler a crítica do Testemunho através das reflexões de Lévinas, bem como permitem ler a filosofia da alteridade através das palavras de figuras do pensamento como Seligmann-Silva, Gagnebin, Agamben, Rosani Umbach e Tânia Sarmento-Pantoja, esta tese pretende criar uma conversa teórica importante, seja para esta mesma crítica ou para aquela filosofia. A respeito de Jorge Semprún, seu trabalho de autoficção é lido aqui na chave teórica do Dizer e tomado como gesto ético de dessubjetivação na medida em que ao reelaborar suas vivências no campo de trabalhos forçados de Buchenwald, onde esteve prisioneiro político entre 1943 e 1945, o escritor se vale do artifício de recriar ficcionalmente fatos e personagens de sua sobrevivência durante a prisão, de modo a produzir uma ambiguidade entre história, autobiografia e ficção. Dessa forma, amparada em teóricos como Philippe Lejeune, Ángel Loureiro, Leonor Arfuch e Manuel Alberca esta tese demonstra como a autoficção de Semprún tenciona as possibilidades da linguagem expondo assim a consciência ou subjetividade ética do sobrevivente que, mesmo diante dos limites que se impõem à tarefa de Dizer o excesso dos acontecimentos traumáticos, não se esquiva de expor a insuficiência da sua escrita e assim atende à Responsabilidade da convocação para testemunhar.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Tipologia das relações sociais de Schütz e a ética da alteridade: a experiência urbana do jornal “a verdade rua e crua”(Universidade Federal do Pará, 2020-03-25) LEÃO, Bianca Conde; SANTOS, Ana Lúcia Prado Reis dos; CASTRO, Fábio Fonseca de; http://lattes.cnpq.br/5700042332015787Desde novembro de 2015, a Região Metropolitana de Belém conta com um jornal cujo conteúdo é elaborado exclusivamente por pessoas que vivem ou vivenciaram a situação de rua: o jornal “A verdade rua e crua”. Mas quais as potências das “narrativas errantes” (JACQUES, 2012) expressas nestas páginas? Esta inquietação, ou questão-problema, motivou a proposta desta dissertação de mestrado. Nos inclinamos a observar as práticas sociais intersubjetivas destes jornalistas de rua e apreender seus relatos a fim de perceber as produções de sentido que se revelam por meio desta experiência. Para isso, recorremos à tipologia das das relações sociais de Schütz (1979; 2012) a fim de sistematizar os relatos de experiências obtidos por meio dos impressos e de entrevistas semiestruturadas com alguns dos integrantes do projeto. Tomamos como base transversal a ética da alteridade de Lévinas (1980) para levantar a hipótese de que o jornal funciona como um espelho que pode revelar o Rosto do Outro, Rosto este entendido como o um caminho para o exercício da ética da alteridade. Como procedimento metodológico, além das entrevistas semiestruturadas em profundidade, usamos a observação participante, uma vez que a autora é voluntária do projeto, bem como a análise de conteúdo dos textos dos exemplares do jornal, na expectativa de fazer uma interpretação crítica sobre essa iniciativa da população de rua da Grande Belém. A partir do surgimento desse Rosto, vem à tona o paradoxo da proximidade e da distância do Mesmo para com o Outro, no qual é criada uma aparente contradição entre a intersubjetividade shutziana e a ideia da distância infinita levinasiana seguando a qual a redução à igualdade se torna impossível. Todavia, é por meio do atravessamento deste Outro que é, ao mesmo tempo, diferente e semelhante ao Mesmo, que os lugares de cada um no mundo-da-vida são repensandos. Diante desses jornais-espelhos, revela-se o exercício da ética da alteridade, pois o reconhecimento das diferenças do Outro não isenta o Mesmo de sua responsabilidade para com o ele, uma vez que o que há de humano comum a todos não se perde mesmo em situações de extrema vulnerabilidade.
