Navegando por Assunto "Agricultura familiar - Cametá (PA)"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Relações do manejo do açaizeiro com as mudanças da vegetação e com a economia do estabelecimento familiar ribeirinho em várzeas na comunidade de Manoel Raimundo, Cametá, PA(Universidade Federal do Pará, 2017) PINTO ROJAS, Carlos; MARTINS, Paulo Fernando da Silva; http://lattes.cnpq.br/3223618156268542Este trabalho objetivou estudar os efeitos do manejo do açaizeiro efetuado pelos ribeirinhos da comunidade Manoel Raimundo no município de Cametá. Em seu aspecto ambiental considerando a diversidade florística da parcela na floresta de várzea do estuário Amazônico e no aspecto econômico avaliou o rendimento da produção e a capacidade socioeconômica da unidade de produção familiar (UPF). O estudo das relações do manejo com a diversidade da vegetação e com o rendimento da produção foi efetuado em três parcelas com diferentes formas de manejo pertencentes a três estabelecimentos familiares, se tratando, portanto de uma experimentação em meio real. Estas parcelas foram denominadas conforme o histórico das práticas de manejo nelas desenvolvidas em: Parcela 1 (Manejo leve), Parcela 2 (Manejo moderado), Parcela 3 (Manejo forte). Quanto ao estudo das relações do manejo com a economia do estabelecimento familiar, este foi efetuado no estabelecimento com maior intensidade de manejo. Na coleta de informação utilizaram-se as técnicas da entrevista e registros em formulários e no diário de campo. Encontrou-se que a quantidade de indivíduos do açaizeiro é muito semelhante entre as diversas formas de manejo, aproximadamente 2000 touceiras por ha, mas a de indivíduos de espécies acompanhantes se diferencia pelo fato das plantas acompanhantes nas formas de manejo mais branda ultrapassa a mais de 1000 indivíduos por ha em relação a forma de manejo forte. Quanto a produtividade por área das parcelas de açaizais, verificou-se que o manejo moderado tem um potencial de produção de que resulta ser 2,5 vezes maior que o manejo leve (661,78 Kg/ha) e menos que a metade do manejo forte (2163,79 Kg/há). Verificou-se que a produção do fruto de açaí na UPF estudada, representa 69% da renda agrícola e 44% da renda total, constituindo o esteio econômico da manutenção e sobrevivência da família. Como também que o resultado econômico do sistema de produção não permite uma renda agrícola suficiente para remunerar o trabalho familiar, podendo-se dizer de acordo ao modelo clássico de analise de desempenho econômico e reprodução socioeconômica da UPF, que o sistema produtivo não está garantindo a reprodução socioeconômica da mesma. No entanto, este resultado não reflete a realidade da situação socioeconomia da família ribeirinha que não vive em condições de miséria nem passa fome.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Transformação dos sistemas técnicos da agricultura familiar camponesa em Cametá, Pará: a intervenção da Associação Paraense de Apoio as Comunidades Carentes (APACC)(Universidade Federal do Pará, 2014-08-26) SCALABRIN, Andreia Cristine; SIMÕES, Aquiles Vasconcelos; http://lattes.cnpq.br/0471255070027912; MARTINS, Paulo Fernando da Silva; http://lattes.cnpq.br/3223618156268542Este trabalho avalia o resultado da atuação da APACC nas mudanças efetuadas nos sistemas produtivos de várzea e de terra firme quando do incentivo e apoio que essa ONG presta aos agricultores com a finalidade de aumentar a produtividade dos estabelecimentos agrícolas através de práticas sustentáveis. Ele- faz-se a partir da comparação de sistemas de produção de agricultores que participaram do programa de formação de multiplicadores e de agricultores não participantes do referido programa de formação da APACC, buscando identificar as transformações dos sistemas técnicos de produção em ambiente de várzea e de terra firme, como elas foram efetuadas pelos agricultores e como se deu o processo de mudança. A coleta de dados no campo foi efetuada através de entrevista exploratória não diretiva com agricultores e observação não participante dos sistemas de produção. Foram entrevistados, seis agricultores sendo três multiplicadores e três vizinhos não participantes do programa de formação, seguindo um roteiro pré-definido. A observação de campo se deu percorrendo a propriedade de cada um dos agricultores entrevistados, buscando entender quais as proximidades e diferenças referentes aos cultivos, diversidade de produção, as suas práticas nos processos produtivos, assim como as inovações técnicas existentes. Observou-se que as práticas agroecológicas incentivadas pela APACC motivaram a diversificação da produção imprimindo maior diversidade de autoconsumo e de renda. Os sistemas introduzidos foram a piscicultura na várzea e a apicultura e a horticultura na terra firme. Inovações agroecológicas foram tentadas na produção da mandioca, do açaí, da pimenta do reino e manejo das capoeiras. As inovações não resultaram em maior produtividade da mandioca dos que adotaram em relação aos seus vizinhos, enquanto a produtividade do açaí mostrou maior efeito das práticas de manejo no ambiente de várzea. Dos sistemas introduzidos a apicultura e a piscicultura foram os que se destacaram quanto a geração de renda. Verificou-se que a quantidade de área e de mão de obra são condições essenciais para a adoção de novos sistemas de produção e para desenvolvimento das inovações agroecológicas/tecnológicas incentivadas.
