Navegando por Assunto "Anisoptera"
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Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Effects of marginal vegetation removal on Odonata communities(Associação Brasileira de Limnologia, 2013-03) CARVALHO, Fernando Geraldo de; PINTO, Nelson Silva; OLIVEIRA JUNIOR, José Max Barbosa de; JUEN, LeandroOBJETIVOS: Com o intuito de avaliar os efeitos de mudanças na integridade ambiental sobre os indivíduos da comunidade de Odonata da sub-bacia do rio Borecaia, testamos a hipótese de que a riqueza de Anisoptera seria afetada positivamente pela remoção da vegetação; por outro lado, a riqueza Zygoptera seria prejudicada em virtude de suas necessidades ecofisiológicas; MÉTODOS: Selecionamos 10 riachos de ordens similares, seis classificados como preservados e quatro como alterados. Riachos classificados como preservados apresentaram valores do Índice valores de Integridade Habitat (HII) acima de 0.70 e mata continua nas duas margens com uma largura mínima de 70 metros. Cada ponto foi amostrado três vezes em dias diferentes. O efeito de remoção de vegetação sobre a riqueza foi avaliada utilizando Jackknife de primeira ordem; RESULTADOS: A diminuição da integridade física (mensurada com o IIH) dos córregos não exerceu efeito significativo sobre a riqueza estimada para a Ordem Odonata. Porém, a riqueza estimada de Anisoptera apresentou uma relação inversa com a integridade (r2 = 0.485; p = 0.025), mostrando que com o aumento da integridade houve uma redução na sua riqueza de espécies; DISCUSSÃO: Como um padrão geral, Anisoptera apresenta maiores valores de riqueza em locais alterados; por outro lado, Zygoptera apresenta maiores valores em preservados. Devido suas restrições ecofisiologicas Odonata apresentou uma grande variação na sua composição e riqueza de espécie entre os dois tipos de ambientes, isso reforça o potencial da ordem em estudos de monitoramento ambiental e também mostra que Zygoptera será mais afetada pelas transformações de habitat. No entanto, futuros estudos incluindo mais amostras e diferentes córregos são necessários para confirmar este padrão sendo uma linha de pesquisa interessante para trabalhos futuros.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Filtros ambientais determinando caracteres funcionais de assembleias de Odonata(Universidade Federal do Pará, 2017-03-24) PEREIRA, Diego Fernandes Gomes; JUEN, Leandro; http://lattes.cnpq.br/1369357248133029A distribuição de espécies pode ser afetada pela disponibilidade de ambientes que se encaixam dentro do limite de variação do seu nicho e pela interação com outras espécies. Modificações no ambiente, especialmente os de origens antrópicas, são cada vez mais comuns, e a modificação de habitat resultante dessas atividades é considerada uma das principais causas de extinções de espécies. Ecossistemas aquáticos são considerados um dos mais vulneráveis do globo em virtude de sua dependência da paisagem circundante e da rede de drenagem. No entanto, a resposta das espécies a essas alterações não é aleatória, podendo seguir padrões que são dependentes de funcionalidade ou da morfologia especifica de cada táxon. O objetivo deste trabalho foi avaliar se os fatores ambientais funcionam como filtro para o estabelecimento de espécies de Odonata por meio de seus caracteres funcionais e morfológicos, testando as hipóteses de que: a) o ambiente funciona como um filtro sobre as espécies, por meio da facilitação ou impedimento de caracteres e b) que devido aos requerimentos de termorregulação e reprodução, indispensáveis para a colonização e manutenção da população, a largura do tórax e o tipo de oviposição serão as variáveis biológicas mais afetadas. Para isso, amostramos 97 igarapés na Amazônia oriental, distribuídos em um gradiente de condições ambientais que contempla desde áreas totalmente preservadas a muito modificadas pela pecuária e agricultura. Foram utilizados seis caracteres funcionais (comprimento total, comprimento da asa, largura da asa, largura do tórax, comprimento do abdome e categoria de oviposição) e sete variáveis ambientais (índice de integridade ambiental, oxigênio dissolvido, temperatura da água, cobertura de dossel, cobertura de macrófitas, pH e condutividade). Para avaliar se as variáveis ambientais influenciam as assembleias de Odonata, utilizamos uma combinação de análises RLQ e Fourth Corner, na qual avaliamos as relações de sete variáveis. Dentre as variáveis ambientais estudadas, o Índice de Integridade Ambiental apresentou o maior efeito sobre a assembleia de Odonata, tendo relação negativa com a largura da asa, largura do tórax e de oviposição exofítica, e relação positiva com oviposição endofítica. Cobertura de macrófitas foi a segunda variável ambiental mais representativa, apresentando relação negativa com comprimento do abdome e positiva com oviposição exofítica e largura do tórax. Os resultados mostram que ambientes poucos preservados facilitam a ocorrência de organismos com tórax largo e a substituição da categoria de oviposição endofítica pela exofítica. Uma vez que impactos normalmente não modificam a riqueza de libélulas, apenas sua composição, tais resultados indicam que ocorre favorecimento de grupos com estes caracteres, tais como a família Libellulidae, em detrimento de outras famílias e grupos (especialmente de Zygoptera), o que pode resultar em homogeneização da assembleia e perda filogenética e funcional. A preservação de ambientes prístinos é, portanto, indispensável para manter a diversidade de Odonata, sendo a melhor maneira de conservar os muitos grupos ecofisiológicos e comportamentais da ordem. A resposta das assembleias de libélulas, direcionada por caracteres morfológicos e comportamentais, elucida padrões de respostas ecológicas, e a incorporação de hábitos de oviposição em políticas de conservação da ordem se apresenta indispensável para torná-las mais adequadas, pois são críticos para a manutenção de populações e colonização de novos locais.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Influência das características morfológicas e do habitat físico sobre a capacidade de dispersão de Odonata em igarapés amazônicos(Universidade Federal do Pará, 2025-01) PEREIRA, Silvia Rafaela Alves; JUEN, Leandro; http://lattes.cnpq.br/1369357248133029; HTTPS://ORCID.ORG/0000-0002-6188-4386; KOROIVA, Ricardo; http://lattes.cnpq.br/3262687790057613; http://orcid.org/0000-0002-6658-0824A capacidade de dispersão das espécies está diretamente ligada às características morfológicas, fisiológicas e comportamentais individuais, além do contexto ambiental em que vivem. Espécies com menor capacidade de dispersão tendem a ser mais vulneráveis às mudanças climáticas e ao uso intensificado da terra, em razão da perda de cobertura vegetal e fragmentação que acarretam mudanças na conectividade dos habitats e nas condições térmicas do ambiente. Investigamos neste estudo os fatores que afetam a capacidade de dispersão de Odonata adultos em igarapés na Amazônia, focando nas características morfológicas e no efeito do uso da terra e da integridade ambiental. Testamos as hipóteses: i) que o tamanho corporal, volume do tórax e largura da base das asas estarão relacionadas positivamente à capacidade de dispersão e a proporção das asas estará relacionada negativamente à capacidade de dispersão; ii) que a maior formação florestal e a integridade do habitat estarão negativamente relacionadas à capacidade de dispersão, pois a maior cobertura de dossel filtra indivíduos com menor capacidade de voo. O estudo foi realizado em 12 igarapés no município de Barcarena, Pará, Brasil. Utilizamos o método de marcação-recaptura e análise de dados por Modelos de Equações Estruturais. Consideramos variáveis de paisagem (formação florestal e pastagem), de habitat físico (cobertura do dossel do canal, vegetação rasteira lenhosa, largura do canal, índice de integridade de hábitat e temperatura), morfológicas (comprimento total do corpo, volume do tórax e proporção das asas) e como variável resposta utilizamos a capacidade de dispersão (distância em metros). Foram marcados 541 indivíduos (n=466 Zygoptera e n=75 Anisoptera). A taxa de recaptura foi de 29% para Zygoptera e 1,4% para Anisoptera. A maioria dos indivíduos recapturados foram machos pertencentes aos gêneros Mnesarete, Argia e Hetaerina. Aproximadamente, 91% dos indivíduos deslocaram-se menos de 60 metros. Os resultados utilizando apenas Zygoptera corroboraram parcialmente a primeira hipótese: a proporção das asas esteve negativamente relacionada à capacidade de dispersão, indicando que asas mais curtas e largas estão relacionadas a maior capacidade de voo. No entanto, não foi encontrada relação direta entre a integridade do habitat ou formação florestal sobre a dispersão, mas a formação florestal e a largura do canal influenciaram na morfologia da proporção das asas dos indivíduos. Esses padrões sugerem que gêneros encontrados em ambientes florestais, como Heteragrion, que apresentaram maior proporção das asas teriam menor capacidade de dispersão, que suportam maior temperatura e luminosidade, como Mnesarete e Hetaerina, exibiram menor proporção das asas e maior dispersão. Destacamos a vulnerabilidade dos indivíduos com menor capacidade de dispersão às modificações dentro de seus habitats aquáticos e na paisagem terrestre circundante por perda de cobertura vegetal.Tese Acesso aberto (Open Access) Padrões de estruturação de adultos de libélulas em uma área de proteção e seu entorno na Amazônia oriental(Universidade Federal do Pará, 2016-09-30) MONTEIRO JÚNIOR, Cláudio da Silva; JUEN, Leandro; http://lattes.cnpq.br/1369357248133029; ESPOSITO, Maria Cristina; http://lattes.cnpq.br/2112497575917273No Brasil encontra-se a maior parte das áreas protegidas (AP) do mundo, correspondendo a 12% do total mundial. Destas, 73% ou 111 milhões de hectares estão localizada na Amazônia, sendo 37% de uso integral e 63% de uso sustentável. Apesar do número parecer bastante expressivo, as demandas por produtos e serviços em virtude do crescimento da população resultam em modificações dos ecossistemas que muitas vezes ocorrem nos arredores ou até mesmo dentro das APs. Assim, o objetivo geral da tese foi estudar os padrões de estruturação de adultos de Odonata em uma área protegida e seu entorno. Para isso, a tese foi dividida em três capítulos: No primeiro capítulo, nossa hipótese foi testar se encontraríamos uma maior diversidade de espécies de libélulas na AP devido a uma maior complexidade de habitats. No segundo, testamos a hipótese de que haveria alta diversidade beta devido à substituição de espécies que é esperado de ser encontrado em ambiente pristinos. No terceiro capítulo, testamos a hipótese de que Odonata seria um moderado a fraco substituto para Ephemeroptera, Trichoptera, Chironomidae e peixe, devido as características inerentes do grupo, como a grande mobilidade, possibilitando maior poder de dispersão do que os demais grupos utilizados. O estudo foi realizado em 30 igarapés, sendo 17 localizados dentro de uma área protegida e 13 no entorno. Ao contrário do que esperávamos, no primeiro capítulo encontramos maior diversidade de Odonata em igarapés do entorno, em comparação com os da AP. Também houve diferenças na composição de espécies dos dois ambientes, além de diferenças das variáveis ambientais entre as áreas. Assim, a combinação da área protegida e do entorno, com baixo nível de perturbação, conserva uma gama maior de espécies especialistas de Odonata do que apenas uma única área, portanto, esse resultado aponta para a importância das áreas de entorno para uma maior efetividade de conservação das APs. No segundo capítulo, houve alta diversidade beta de Odonata tanto na AP quanto no entorno, possivelmente explicada pela amplitude de nicho combinados com a estrutura espacial do meio ambiente. Mesmo havendo certa modificação ambiental, ainda não foi grande nem intensa o suficiente para excluir todas as espécies e, portanto, elas conseguem sobreviver nesse ambiente e até mesmo selecionando as espécies que conseguem sobreviver em ambientes um pouco mais aberto, devido suas exigências ambientais. No terceiro capítulo, testamos a concordância entre adultos de Odonata com outros grupos aquáticos, como peixes, Ephemeroptera e Trichoptera combinados (ET) e Chironomidae em igarapés da Amazônia Oriental. Houve correlação entre as riquezas de espécies e congruência de adultos de Odonata com peixes e ET, entretanto a força dessas correlações foi moderada a baixa. Assim, mesmo havendo uma relação entre as exigências ambientais das espécies de Odonata com outros grupos, ainda está havendo perda de informações biológicas importantes. Dessa forma, sugerimos cautela na utilização de um único táxon como substituto de outros e, para o planejamento de conservação, o melhor seria a utilização de vários táxons, refletindo, de uma forma holística a biodiversidade aquática. Finalmente, a proteção de ambas as áreas se torna importante para manter o pool de espécies próprias de cada ambiente, sendo que o nosso grande desafio no futuro, é encontrar uma maneira de identificar os níveis de perturbação que seriam aceitáveis para evitar a sobre-exploração dos recursos nessas áreas e que ao mesmo tempo permitisse a conservação da biodiversidade presente na área.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Setting boundaries: Environmental and spatial effects on Odonata larvae distribution (Insecta)(2015-03) MENDES, Thiago Pereira; CABETTE, Helena Soares Ramos; JUEN, LeandroCaracterísticas ambientais e distâncias espaciais entre os locais foram utilizadas para explicar a distribuição das espécies no ambiente, através das predições da teoria Neutra (espaço) e teoria do Nicho (ambiente). Foram avaliados os efeitos de fatores geográficos e ambientais sobre a distribuição de larvas de Odonata ao longo da Bacia do Rio Suiá-Missu, no estado de Mato Grosso. Nós testamos a hipótese de que (1) o ambiente é o principal fator de estruturação da comunidade devido às suas exigências ecofisiológicas; e (2) o padrão, se presente, é mais expressivo para Zygoptera. As amostras foram feitas em 12 locais na Bacia do Rio Suiá-Missu, em três campanhas (2007/2008), com um total de 1.382 larvas de Odonata, composta por 10 famílias, 51 gêneros e 100 morfoespécies. Os Anisoptera foram mais abundantes que Zygoptera, que compreende 81% de todas as amostras. O ambiente afetou Zygoptera (R = 0,291; p = 0,007) e foi o principal fator de estruturação da assembléia. Assim, a teoria do nicho foi confirmada. A ausência deste efeito sobre Anisoptera pode ser devido às adaptações ecofisiológicos que lhes permitem ocupar diferentes habitats. Larvas de Zygoptera são indicadores de mudanças na estrutura do habitat. Os efeitos das variáveis ambientais sobre a ecologia das larvas enfatizam a forte relação entre esses organismos e integridade ambiental.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Taxonomia de Dasythemis (Karsch, 1889) (Odonata: Libellulidae)(Universidade Federal do Pará, 2024-11) MIRANDA FILHO, Jair da Costa; VILELA, Diogo Silva; http://lattes.cnpq.br/3091410701509383; NASCIMENTO, Jeane Marcelle Cavalcante do; http://lattes.cnpq.br/3880118795645876; https://orcid.org/0000-0002-5428-7495Dentre os insetos da ordem Odonata, a subordem Anisoptera se destaca por sua distribuição cosmopolita e por apresentar alta capacidade de dispersão. Isso é facilitado por possuírem asas largas e não pecioladas, com área anal mais desenvolvida nas asas posteriores. Ao repousar, os indivíduos desta subordem são reconhecidos por manterem as asas abertas. Além disso, anisópteros possuem corpo robusto e elevada capacidade de voo. Atualmente, essa subordem encontra-se dividida em cinco superfamílias: Aeshnoidea, Petaluroidea, Gomphoidea, Cordulegastroidea e Libelluloidea. Em Libelluloidea está inserida a família mais diversa e onipresente da subordem, Libellulidae, onde encontra-se o grupo alvo da presente pesquisa. Dasythemis é endêmico da América do Sul e apresenta um histórico taxonômico complexo. A carência de estudos recentes evidencia falhas significativas na compreensão da diversidade, taxonomia e distribuição geográfica das espécies deste grupo. Diante disso, a presente pesquisa teve por objetivo preencher essas lacunas, por meio de uma revisão detalhada da literatura, análise de material coletado em diferentes regiões e um estudo detalhado da morfologia. Para isso, foram analisados 168 espécimes de 11 instituições distribuídas em 3 países da América do Sul: Argentina, Brasil e Peru. Para as redescrições, as terminologias das asas seguiram a proposta de Riek e Kukalová-Peck (1984), com modificações de Bechly (1996). Os indivíduos foram identificados com base em chaves gerais de identificação e trabalhos de descrição original. A nomenclatura das demais estruturas morfológicas foram baseadas em Asahina (1945) e Garrison et al. (2006). Fotografias foram obtidas com auxílio de microscópio estereoscópio acoplado a uma câmera e iluminadas por uma cúpula de LED para luz uniforme. Como resultado, todas as quatro espécies e uma subespécie foram redescritas de forma padronizada, utilizando-se características empregadas em trabalhos mais recentes para o grupo. Todas as espécies foram ilustradas com fotografias; além disso, a vesica spermalis foi analisada sob Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), ilustrando, pela primeira vez, essa estrutura em detalhes.
