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Tese Acesso aberto (Open Access) Adaptação da Escala de Ansiedade de Beck para avaliação de surdos e cegos(Universidade Federal do Pará, 2013-09-05) SANCHEZ, Cintia Nazare Madeira; GOUVEIA JUNIOR, Amauri; http://lattes.cnpq.br/1417327467050274O presente trabalho reuniu três artigos a respeito da adaptação de instrumentos psicológicos para avaliação da população de surdos e de cegos. Considerando que estes instrumentos não são adaptados para avaliar pessoas com necessidades educacionais especiais, dificultando o diagnóstico e o prognóstico. Portanto a necessidade de adaptação desses instrumentos para essa população é indiscutível. Essa realidade ocorre também na área da surdez e da cegueira, na qual existe uma escassez de trabalhos no Brasil. No primeiro artigo foi realizada uma revisão da literatura dos instrumentos adaptados para essa população. Conclui-se que na área da surdez as escalas de avaliação são adaptadas para vários fatores psicométricos como para medida da depressão, ansiedade e inteligência, mas na área da cegueira os instrumentos adaptados são para a avaliação do funcionamento cognitivo. O objetivo do segundo estudo foi adaptar a Escala de Ansiedade de Beck (BAI) para língua de sinais e alfabeto digital gerando uma escala para avaliar ansiedade em surdos usuários da língua de sinais brasileira (LIBRAS). A amostra foi composta por 25 surdos usuários de LIBRAS (grupo experimental) e de 25 ouvintes (grupo controle), com idade entre 18 e 25 anos de idade de ambos os sexos, pareados por idade e sexo. A aplicação foi realizada em grupo. Após as orientações, os sujeitos preencheram a escala, o grupo controle a escala padrão e o grupo experimental a escala adaptada. Os resultados obtidos no estudo mostraram que a BAI adaptada não apresentou diferença estatística significativa comparada à escala padrão na ansiedade total e nas subescalas: subjetiva, neurofisiológica, autonômica e de pânico. Portanto o BAI adaptado mostrou eficácia equivalente ao BAI padrão para avaliar ansiedade em surdos, os itens adaptados parecem não ter modificado as estruturas fatoriais do instrumento, permitindo assim a sua utilização na avaliação de ansiedade em surdos usuários da LIBRAS. O terceiro estudo foi realizado com deficiente visual, essa deficiência é a de maior incidência na população atingindo 35,8 milhões de pessoas com dificuldade de enxergar mesmo com uso de lentes corretivas, sendo 506,3 mil são cegos. Apesar do número expressivo de cego, na literatura existem poucos trabalhos de adaptação de instrumentos de avaliação para cegos, sendo estes avaliados nos parâmetros dos videntes. Diante dessa realidade o objetivo do presente trabalho foi de adaptar a Escala de Ansiedade de Beck (BAI) para o Braille gerando uma escala para avaliar ansiedade em cegos usuários do Braille. A amostra foi composta por 25 cegos usuários do Braille (grupo experimental) e de 25 videntes (grupo controle), com idade entre 18 e 25 anos de idade de ambos os sexos, pareados por idade e sexo. A aplicação foi realizada em grupo. Após as orientações, os sujeitos preencheram a escala, o grupo controle a escala padrão e o grupo experimental a escala adaptada. Os resultados obtidos no estudo mostraram que a BAI adaptada não apresentou diferença estatística significativa comparada à escala padrão na ansiedade total e nas subescalas: subjetiva, neurofisiológica, autonômica. Na subescala de pânico na estatística esta diferença foi no limite significância. Portanto o BAI adaptado mostrou eficácia equivalente ao BAI padrão para avaliar ansiedade em cegos, os itens adaptados parecem não ter modificado as estruturas fatoriais do instrumento, permitindo assim a sua utilização na avaliação de ansiedade em cegos usuários do BrailleDissertação Acesso aberto (Open Access) Análise comparativa da ansiedade relatada em surdos e ouvintes(Universidade Federal do Pará, 2012-09-01) COSTA, Edilane Lourenço da; GOUVEIA JR, Amauri; http://lattes.cnpq.br/1417327467050274O grupo de pessoas surdas no Brasil é considerado expressivo. A Surdez pode gerar disfunções emocionais, dentre elas a ansiedade. Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi mensurar a ansiedade relatada entre surdos e ouvintes, com a aplicação da Escala Analógica de Humor (EAH) padrão e a adaptada para LIBRAS. A amostra foi composta por 62 participantes, divididos em grupo ouvinte (n=31) e grupo surdo (n=31), com idades médias de 31(±7,53) e 31(±7,69) anos, respectivamente, de ambos os sexos, pareados por idade, sexo, renda e grau de instrução. A aplicação da EAH foi realizada individualmente e os dados obtidos foram analisados em termos dos fatores: ansiedade, sedação física, sedação mental, outros sentimentos e índice total da escala. O tratamento dos dados foi precedido da aplicação do teste de normalidade (Kolmogorov-Smirnov) e teste de igualdade de variância. Para os dados que atendiam a esses testes, utilizou-se o teste t de Student para comparar os fatores da EAH; entre os grupos; entre feminino e masculino, dentro dos grupos e entre os grupos; nos diferentes níveis de renda, dentro dos grupos e entre os grupos; nos diversos anos de estudo, dentro dos grupos e entre os grupos. Quando não foi possível satisfazer aos critérios de normalidade e homogeneidade da variância foi utilizado o teste não-paramétrico Mann-Whitney (U). Foi adotado o nível de significância p ≤ 0,05. Analisou-se também a correlação nas variáveis, renda, grau de instrução e idade com cada um dos fatores que compõem a escala, no grupo ouvinte e no grupo surdo. Os resultados obtidos apresentaram diferença estatisticamente significativa entre os grupos no índice da sedação física, sendo menor no grupo surdo que no grupo ouvinte. Na análise entre os grupos, ouvinte e surdo, distribuídos por sexo, foi expressa diferença estatisticamente significativa no fator outros sentimentos, sendo maior no grupo surdo, tanto no sexo feminino quanto masculino, em relação ao grupo ouvinte do sexo masculino. Ocorreu diferença estatística significativa nas variáveis renda e grau de instrução nos componentes da EAH, ansiedade, sedação física e sedação mental, entre e dentre os grupos. Na análise de correlação, no grupo ouvinte, foi verificada correlação positiva na variável renda e escolaridade versus sedação física e correlação positiva na variável idade versus ansiedade. No grupo surdo foi encontrada correlação positiva na variável idade versus sedação física. Concluímos que, a utilização de escalas para avaliar a ansiedade é importante e valiosa para pesquisas de campo, e a EAH adaptada em LIBRAS mostrou-se sensível para avaliação da ansiedade em surdos, isso facilita a inclusão diagnóstica dessa população específica, que às vezes é subdiagnosticada.Tese Acesso aberto (Open Access) Análise de conteúdo verbal na solução de dificuldades de portadores de transtornos ansiosos(Universidade Federal do Pará, 2007-06-15) MOREIRA, Sandra Bernadete da Silva; GALVÃO, Olavo de Faria; http://lattes.cnpq.br/7483948147827075O entendimento do comportamento verbal é crucial para a análise de comportamentos disfuncionais tratados em terapia de base analítico-comportamental. Pesquisas com comportamento verbal no contexto clínico, têm apontado a eficácia da utilização do comportamento verbal e gerado procedimentos de intervenção na solução de problemas. O reforçamento de auto-relatos, como função de um arranjo de contingências de reforçamento, tem mostrado que o relato verbal é um meio válido para alterar comportamento não verbal fora da situação terapêutica. O objetivo do presente estudo é demonstrar a utilidade de um procedimento de arranjo de contingências verbais pelo terapeuta por meio da sistematização de conteúdo verbal do cliente e sua reapresentação por escrito, para a solução de dificuldades de indivíduos que apresentam transtorno ansioso em situação de interação terapêutica. Sendo expostas ao seu próprio comportamento verbal, sistematizado na forma de categorias por conteúdo de verbalização, foi possível a duas participantes deste estudo caracterizarem suas dificuldades, identificando e descrevendo contingências ambientais relacionadas com seu comportamento indesejado e conseqüentemente a descreverem propostas de solução dessas dificuldades. Discutiu-se como a exposição ao conteúdo sistematizado do seu próprio relato verbal alterou o relato verbal e o comportamento-queixa.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Analise paramétrica do comportamento do zebrafish no labirinto em cruz com rampa(Universidade Federal do Pará, 2020-03-20) MOTTA, Carla Mendes da; JUNIOR, Amauri Gouveia; http://lattes.cnpq.br/1417327467050274Os modelos animais não humanos têm sido uma ferramenta útil na compreensão da ansiedade e no desenvolvimento de tratamentos para esta psicopatologia. Estudos paramétricos ajudam a garantir e aumentar a validade destes modelos, na medida em que identificam quais parâmetros são relevantes na produção dos comportamentos ansiosos. O Labirinto em Cruz com Rampa (LCR) é uma proposta de modelo animal de ansiedade para peixes, adaptado a partir do Labirinto em Cruz Elevado. O presente estudo consistiu em uma análise paramétrica da resposta do zebrafish no LCR, avaliando o efeito do sexo dos animais e da manipulação dos parâmetros inclinação da rampa, nível de luz e largura dos braços do aparato. Os resultados mostraram que os animais têm preferência pelos braços planos em detrimento dos braços com rampa, independente do sexo, inclinação, luz ou largura, que o nível de iluminação em 700 lux aumenta a atividade exploratória geral, e que a inclinação da rampa em 34,43º aumenta o número de entradas nos braços planos. O LCR parece ser um modelo válido para o estudo da ansiedade com zebrafish e as medidas padrão do aparato parecem adequadas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Ansiedades: relatos e sentidos da experiência ansiosa(Universidade Federal do Pará, 2024-08-30) ARAÚJO, Beatriz Evangelista de; SEIBT, Cezar Luis; http://lattes.cnpq.br/7464213317216078; https://orcid.org/0000-0003-0166-0919A ansiedade é uma fenômeno inerente à experiência humana, trata-se de uma emoção primária que tem função de proporcionar a autopreservação. Atualmente, a ansiedade tem estado cada vez mais em foco devido às diferentes demandas relacionais desencadeadoras de intenso sofrimento emocional, assim como a exposição a eventos estressores como: à proliferação de doenças, catástrofes naturais e/ou ocasionadas por ações humanas etc. Contudo, há uma predominância em se pensar a ansiedade prioritariamente pela ótica biomédica hegemônica elencando-a a um patamar nosológico e atestando um status de enfermidade “insuportável”, e por conta disso, têm-se a percepção de que a ansiedade é algo negativo e precisa ser curada/eliminada o mais rapidamente possível. Nesta perspectiva, a experiência subjetiva, os sentidos atribuídos, a maneira como a pessoa se reconhece neste processo, e mesmo o contexto histórico e social são desconsiderados, logo a pessoa não é compreendida em sua complexidade. Diante disso, esta pesquisa teve por objetivos descrever como as pessoas compreendem a própria experiência ansiosa e conhecer quais os desdobramentos decorrentes dos diferentes modos de experienciar e significar a ansiedade. Assim como, expandir a visão sobre a experiência ansiosa a partir da perspectiva de Laura Perls. A fim de alcançar tais objetivos, realizamos uma pesquisa qualitativa-fenomenológica, no qual foi aplicado o método fenomenológico de Amedeo Giorgi e a discussão fundamentada na perspectiva fenomenológica e na abordagem gestáltica. Durante a discriminação das unidades de significado foram identificados nove constituintes, sendo algum destes: ansiedade relacionada a sensações negativas, ansiedade relacionada a performance, a vivência ansiosa afetando a forma de se relacionar com o outro e com o mundo, sentimentos ambivalentes em relação a medicação e ampliando da visão de ansiedade. Concluímos que os objetivos da pesquisa foram alcançados, corroborando com a compreensão de que a experiência ansiosa pode se expressar de diferentes maneiras, tendo em conta que a ansiedade se configura como um fenômeno relacional, manifestando-se como resposta às demandas do meio, sendo, portanto, necessário nos atentarmos para a complexidade das situações que compõem a experiência humana. Neste sentido, frisamos a relevância de considerarmos as dimensões interseccionais que atravessam a experiência da pessoa e que modificam sua forma de se perceber e se relacionar no mundo. Além disso, foi possível aprofundar alguns conceitos da abordagem gestáltica sob o ponto de vista de Laura Perls, evidenciando também a sua importância para a consolidação da Gestalt-terapia, que apesar de ter escrito poucos materiais, também sofreu um processo de invisibilização na abordagem.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação dos efeitos no sistema nervoso central e estresse oxidativo do extrato hidroalcoólico de Petiveria alliacea L. (Phytolacaceae)(Universidade Federal do Pará, 2011) ANDRADE, Thaís Montenegro de; MONTEIRO, Marta Chagas; http://lattes.cnpq.br/6710783324317390; MAIA, Cristiane do Socorro Ferraz; http://lattes.cnpq.br/4835820645258101Introdução: Petiveria alliacea L., conhecida popularmente como Mucuracaá, pertencente à família Phytolacaceae. Preparações desta planta têm sido amplamente utilizadas na medicina popular como sedativo, no tratamento da“memória fraca”, entre outros. Devido as suas características sedativas, procurou-se avaliar a atividade ansiolítica a partir dos efeitos comportamentais e de estresse oxidativo após a administração do extrato hidroalcoólico (EHA) em ratos adultos. Métodos: A planta foi coletada no município de Acará/Pa e suas folhas, talos e raízes foram tratados, depois macerados com etanol 70% e obtido o extrato. Ratos Wistar machos e fêmeas (n=5-10 por grupo) foram tratados com água e comida ad libitum e divididos em grupos: Controle, que recebeu solução salina; P. alliacea L., que receberam 900mg/Kg; diazepam (DZP) 1mg/Kg, como controle positivo para a atividade ansiolítica; fluoxetina (FXT) 10mg/Kg, como controle positivo para avaliar a atividade antidepressiva e cafeína(CAF) 10mg/Kg, como controle positivo para efeito mnemônico. Os testes comportamentais foram: campo aberto para a atividade ansiolítica e estimulatória, nado forçado para atividade antidepressiva, LTE para efeito mnemônico. Os testes de estresse oxidativo foram: TEAC para a dosagem de antioxidante total, dosagem do malondialdeído, dosagem de nitritos e nitratos e dosagem de metemoglobina. Resultados/Discussão: O tratamento com P. alliacea L. aumentou a atividade locomotora central e total dos ratos sugerindo atividade ansiolítica e estimulante; reduziu o tempo de imobilidade conferindo atividade antidepressiva e aumento na latência nos braços fechados na fase de teste do LTE demonstrando atividade mnemônica positiva. Nos parâmetros de estresse oxidativo, a espécie apresentou redução na capacidade antioxidante total e aumento das taxas de metemoglobina, sugerindo atividade pró-oxidante. Conclusão: Podemos concluir que o extrato possui atividade ansiolítica, atividade antidepressiva e atividade pró-oxidante. Entretanto, outros estudos são necessários para confirmar essas atividades.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação neurocomportamental, antinociceptiva e antioxidante do extrato hidroalcoólico de Eupatorium ayapana Vent (Asteraceae)(Universidade Federal do Pará, 2012-03-30) MELO, Ademar Soares; SOUSA, Pergentino José da Cunha; http://lattes.cnpq.br/9909053957915090; MAIA, Cristiane do Socorro Ferraz; http://lattes.cnpq.br/4835820645258101O Eupatorium ayapana Vent., da família Asteraceae, conhecida popularmente como japana é utilizada em infusões, decocção, banhos e chá, com ação sedativa, febrífuga, estimulante e tônica, utilizada também no combate à insônia, dor de cabeça, dor de garganta, diarréia, etc., sendo muito utilizada pela população amazônica. Este estudo avaliou a ação de diferentes doses do extrato hidroalcoólico de Eupatorium ayapana Vent (EHAEA) sobre o comportamento de ratos Wistar, na faixa etária de 2 meses. Foram utilizados 8 grupos de ratos machos (n= 7-10), divididos em controle, droga padrão de ação ansiolítica (diazepam), droga padrão de ação antidepressiva (fluoxetina) e 5 doses do extrato (100, 200, 400, 600, 800 mg/Kg), que foram solubilizados com tween 80 a 1%. A administração do extrato foi realizada de forma aguda por gavagem. No teste de toxicidade oral realizado, verificou-se que o extrato não é tóxico. Os testes comportamentais utilizados foram: o campo aberto, o Labirinto em Cruz Elevado (LCE) e o nado forçado. Após os testes comportamentais foi realizada a coleta de sangue na região do plexo retroorbital dos ratos, para avaliação dos níveis de estresse oxidativo como: Capacidade Antioxidante Total, malondialdeído (MDA) e NO, e também a ação antioxidante total do EHAEA. Os resultados obtidos no teste do campo aberto demonstraram atividade do tipo ansiolítica, resultado confirmado com o teste do LCE. No teste do Nado Forçado, o EHAEA demonstrou ação do tipo antidepressiva. Nos testes de nocicepção, o qual se utilizou camundongos, ocorreu atividade antinociceptiva no teste de contorção abdominal induzido, nas doses de 200, 400, 600 e 800 mg/Kg. Na avaliação da bioquímica oxidativa, observou-se que não ocorreu dano oxidativo nos grupos tratados com o EHAEA, os níveis de NO permaneceram inalterados nas doses de 200, 400 e 600 mg, e a capacidade antioxidante total mostrou-se aumentada. Com estes resultados apresentados, o presente trabalho pretende contribuir com futuros trabalhos, haja vista, serem escassos os trabalhos na área comportamental, de nocicepção e estresse oxidativo com esta espécie vegetal, e que estudos posteriores possam reforçar o uso do extrato da japana na medicina popular.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) O conceito de ansiedade na análise do comportamento(2008) COÊLHO, Nilzabeth Leite; TOURINHO, Emmanuel ZaguryO Conceito de ansiedade tem sido empregado na Análise do Comportamento sob controle de diferentes eventos ou relações. Neste artigo, oferecemos uma revisão dos modos como a análise do comportamento tem concebido teórica e conceitualmente o fenômeno da ansiedade e das relações que são colocadas em destaque nessas elaborações. Iniciamos com uma descrição dos usos correntes do conceito de ansiedade, assinalando que variam quanto ao papel atribuído às alterações fisiológicas, à definição das relações respondentes e operantes, verbais e não verbais, e às implicações para a terapia verbal. Discutimos, em seguida, essas variações, salientando que representam visões complementares de um fenômeno complexo, em que eventos adquirem diferentes funções a partir de processos de condicionamento direto e indireto. Finalmente, caracterizamos alguns aspectos definidores da ansiedade à luz do enfoque analítico-comportamental e argumentamos que as elaborações revisadas sugerem que a ansiedade, como problema clínico, pode guardar relação com repertórios de autocontrole.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Construct validity of behavioral models of anxiety: where experimental psychopathology meets ecology and evolution(2010-06) OLIVEIRA, Caio Maximino de; BRITO, Thiago Marques de; GOUVEIA JUNIOR, AmauriTese Acesso aberto (Open Access) Desempenho do Guppy (Poecilia reticulata) em modelos de ansiedade: campo aberto, preferência claro-escuro e labirinto em cruz com rampa(Universidade Federal do Pará, 2016-09-23) MONTEIRO, André Luiz Viard Walsh; GOUVEIA JUNIOR, Amauri; http://lattes.cnpq.br/1417327467050274O uso de modelos animais em pesquisa experimental nas últimas décadas tem se mostrado mais diversificado do que o modelo clássico através do uso de roedores ou primatas. Isso se dá principalmente pelos avanços nos estudos moleculares, morfológicos e funcionais que revelaram uma grande homologia entre os vertebrados. Nesta perspectiva, o peixe Zebrafish (Danio rerio) tem se mostrado como o animal não-mamífero com maior ascensão como animal de estudo em ciências biológicas nas últimas décadas. Entretanto, outras espécies de peixes também se mostram promissoras como alternativas de uso como modelo animal. Este estudo utilizou o Guppy (Poecilia reticulata) como modelo para pesquisa em comportamento através de diferentes abordagens experimentais. No estudo I, guppies foram expostos e reexpostos em diferentes turnos (manhã, tarde, noite e madrugada) nos testes de campo aberto e preferência claro-escuro. Os resultados encontrados mostram que em ambos os testes, machos e fêmeas apresentam diferenças comportamentais, sendo sensíveis a reexposição, com capacidade de aprendizagem e controle do ciclo circadiano. No estudo II, foi desenvolvido um labirinto em cruz com rampa no qual se verificou a sensibilidade da espécie ao aparato, o perfil de resposta mediante reexposição e o efeito de drogas. Os resultados revelaram sensibilidade ao aparato para uma altura de coluna d’água de 8cm e 5 minutos de sessão e diferenças entre os sexos e aprendizagem por habituação ao longo das reexposições. O estudo farmacológico indica que neste aparato a espécie é sensível a drogas ansiolíticas e ansiogênicas. Ao final, pode-se concluir que o Guppy apresenta comportamento similar e respostas as drogas compatível com os dados descritos para Zebrafish. Tais similaridades reforçam o uso de peixes como uma alternativa ao uso de mamíferos na experimentação animal.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Efeito do ganhar ou perder nos niveis de raiva e ansiedade em lutadores de judô(Universidade Federal do Pará, 2017-02-17) ARDILA, Héctor Andrés Páez; GOUVEIA JUNIOR, Amauri; http://lattes.cnpq.br/1417327467050274A agressão e um comportamento que envolve uma ativação simultânea de componentes fisiológicos, bioquímicos, neurológicos e comportamentais e emoções, como ansiedade e raiva. Nos seres humanos, os esportes podem ser considerados como uma forma de display, pois permitem que a agressão seja expressada com uma baixa probabilidade de danos permanentes para os sujeitos. As competições tem sido usadas como modelos para avaliar a ativação produzida pelas diferentes fases de competição, tal como o resultado do combate. O judô tem sido utilizado como um modelo de agressão competitiva para avaliar as diferentes respostas corporais nos comportamentos agonisticos em seres humanos, pois oferece um contexto semelhante aos estudados nas lutas em animais. O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito do ganhar/perder nos níveis de raiva e ansiedade em lutadores de judô regional, do sexo masculino, vinculados a federação paraense de Judô, utilizando as escalas psicométricas STAXI e IDATE, assim como fazer uma comparação destes resultados com a população geral brasileira e uma análise de correlação para conhecer as diferenças entre os diferentes componentes com o numero de golpes, utilizando uma avaliação pré e pós lutas e a filmagens das lutas. Se encontraram diferenças entre vencedores e perdedores, assim como entre lutadores e a população brasileira; os perdedores apresentaram maiores níveis de raiva, enquanto que a ansiedade foi maior para os vencedores.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Efeitos do tratamento subcrônico com fluoxetina sobre os comportamentos e parâmetros oxidativos de ratos submetidos ao exercício físico exaustivo(Universidade Federal do Pará, 2017-08-25) LEAL, Jerusa de Carvalho; MAIA, Cristiane do Socorro Ferraz; http://lattes.cnpq.br/4835820645258101; MONTEIRO, Marta Chagas; http://lattes.cnpq.br/6710783324317390A fluoxetina é um fármaco antidepressivo da classe dos inibidores seletivos da recaptação da serotonina, sua utilização pode ser uma alternativa terapêutica na reversão ou redução das alterações causadas pela baixa atividade serotonérgica. O aumento dos níveis serotonérgicos também pode ser induzido pelo exercício físico regular, nesse sentido, já são bem relatados os benefícios à saúde e a prevenção de doenças que esse tipo exercício promove. Entretanto, quando o exercício é praticado exaustivamente pode induzir a aumento do estresse oxidativo e alterações no comportamento emocional em humanos e animais experimentais. Com isso, o objetivo desse trabalho foi avaliar os efeitos do tratamento subcrônico com fluoxetina sobre os comportamento e parâmetros oxidativos em ratos submetidos ao exercício físico exaustivo no nado forçado. Para isso, ratos machos adultos da linhagem Wistar foram divididos em animais sedentários e os expostos ao exercício físico exaustivo que foram tratados subcronicamente com as seguintes substâncias fluoxetina 10mg/Kg/dia (NaCl, 0,9%) e solução salina ambos pela via; i.p por 7 dias. Após 30 minutos da intoxicação os animais foram individualmente expostos ao exercício físico exaustivo durante 20 minutos. No oitavo dia de experimento, foram realizados o teste de campo aberto (TCA) e o labirinto em cruz elevado (LCE) para avaliação da locomoção espontânea e do comportamento semelhante a ansiedade respectivamente. Em seguida, os animais foram autanasiados e foram coletados o sangue, fígado e cérebro para determinação dos níveis de GSH, TEAC, NO e MDA. Os resultados obtidos, os animais tratados com a fluoxetina associado ao exercício físico exaustivo apresentaram redução na locomoção causada pelo estresse emocional no TCA e redução no comportamento semelhante a ansiedade no LCE. Quanto aos parâmetros do estresse oxidativo, a fluoxetina associada à prática de exercício físico exaustivo, de maneira geral, induziu estresse oxidativo no organismo, principalmente no sangue e fígado destes animais, com redução dos níveis de GSH e TEAC e aumento dos níveis de NO e MDA. Por outro lado, no cérebro, o tratamento com fluoxetina mostrou efeito protetor sobre o estresse oxidativo, com redução nos níveis de NO e MDA e aumento em fatores antioxidantes. Diante os dados, conclui-se que a fluoxetina associada ao exercício físico exaustivo apresenta atividade de efeito dual em relação ao comportamento e ao balanço oxidativo, reduzindo a locomoção e aumentando o efeito ansiolítico, demonstrando efeitos antioxidantes ou pró-oxidantes dependendo do tecido ou órgão avaliado.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A intensificação do comportamento tipo ansiedade induzido por cafeína em Daniorerio(zebrafish) é prevenida pelo tratamento com α-Tocoferol e L-NAME(Universidade Federal do Pará, 2015-01-23) CARVALHO, Tayana Silva de; OLIVEIRA, Karen Renata Matos; http://lattes.cnpq.br/3032008039259369; SILVA, Anderson Manoel Herculano Oliveira da; http://lattes.cnpq.br/8407177208423247O crescente consumo de bebidas com elevado teor de cafeína pode resultar no aparecimento de sintomas provenientes do transtorno de ansiedade induzida por essa droga. Atualmente, tem-se utilizado a cafeína como um indutor farmacológico do comportamento tipo ansiedade e essa indução pode facilitar a melhor compreensão da relação entre alterações comportamentais e os mecanismos de ação envolvidos nesse efeito, portanto o presente trabalho propôs que a via nitrérgica poderia ser um mecanismo chave para explicar os efeitos comportamentais produzidos pela cafeína e que esses efeitos poderiam ser revertidos por um antioxidante, logo, no presente trabalho nós tivemos como objetivo avaliar o possível efeito do L-NAME e do α-tocoferol no comportamento tipo ansiedade ampliado pela cafeína nos testes de preferência claro/escuro (PCE) e distribuição vertical eliciada pela novidade (DVN) em Daniorerio. Foram utilizados peixes da espécie Daniorerio(n=178) subdivididos nos seguintes grupos experimentais: SAL – salina 0,9%; CAF – cafeína 100 mg/kg; DMSO – dimetilsulfóxido 0,1%; L-NAME - (N -Nitro-L-arginina-metil éster hidrocloreto) 10 mg/kg; TF – α-tocoferol 1 mg/kg (receberam apenas uma injeção por i.p); SAL + SAL; DMSO + SAL; SAL + CAF; L-NAME + SAL; L-NAME +CAF; TF + CAF (receberam duas injeções seguidas, uma injeção de cada substância na forma de cotratamento, por i.p). Os animais foram submetidos ao teste de preferência claro/escuro e de distribuição vertical eliciada pela novidade. Todos os testes foram filmados e os vídeos foram avaliados utilizando o X-PLO-RAT. Os dados foram expressos em média ± erro padrão. Foi aplicado o teste de normalidade utilizando o teste Shapiro-Wilk e o teste paramétrico ANOVA de uma via com pós-teste Tukey, considerando significativos valores com p<0,05. Nós demonstramos que o α-tocoferol na dose de 1 mg/kg reverteu todos os parâmetros do comportamento tipo ansiedade ampliado pela cafeína nos testes de PCE e do DVN e esse efeito foi semelhante ao observado quando administrado um inibidor da enzima óxido nítrico sintase (NOS), L-NAME. Portanto, o presente trabalho demonstrou pela primeira vez que o efeito comportamental ampliado pela cafeína no teste escotáxico e no DVN pode ser modulado pelo sistema nitrérgico e que o α-tocoferol reverte esse efeito comportamental induzido pela cafeína de forma total.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Modulation of nociceptive-like behavior in zebrafish (Danio rerio) by environmental stressors(2011-06) OLIVEIRA, Caio Maximino deDissertação Acesso aberto (Open Access) Música no palco: ansiedade de performance musical em estudantes de música em Belém do Pará(Universidade Federal do Pará, 2013-06-21) MIRANDA, Jonathan Guimarães e; CHADA, Sonia Maria Moraes; http://lattes.cnpq.br/1004865944722134; ROCHA, Sérgio de Figueiredo; http://lattes.cnpq.br/4236379426483362Ansiedade de Performance Musical (APM) é reconhecida como uma desordem classificável como uma variante da Fobia Social de acordo com o DSM-IV (APA, 1994). É caracterizada por manifestações físicas, cognitivas e comportamentais relacionadas à performance e pode atingir músicos de todas as idades e níveis. Poucos estudos têm investigado a APM em estudantes de música brasileiros e nenhum deles foi realizado no norte do Brasil. O presente estudo investigou a ocorrência de APM entre os estudantes dos cursos técnicos de música do Instituto Estadual Carlos Gomes (IECG) e da Escola de Música da Universidade Federal do Pará (EMUFPA), e do curso de Bacharelado em Música da Universidade do Estado do Pará/Fundação Carlos Gomes, todos situados em Belém. Os dados foram coletados através da Escala K-MPAI, devidamente validada para a língua portuguesa, a qual é composta por 40 questões, alcançando uma pontuação máxima de 240. Quanto maior a pontuação, maior o nível de ansiedade. A amostra contou com um total de 128 alunos, sendo 89 homens e 39 mulheres, com idade entre 18-47 anos. Um questionário complementar investigou as manifestações mais frequentemente associadas à ansiedade de performance e questões relacionadas as oportunidades locais para apresentações públicas para os músicos. A análise estatística foi realizada através do SPSS. Os resultados mostraram que a pontuação mínima no K-MPAI foi de 26 e a máxima de 208. As mulheres tiveram maior média na pontuação (124,4 ± 33,8) que os homens (98,5 ± 32,3) e não houve diferenças nos escores K-MPAI médios quando se comparou diferentes classes de instrumentos (madeiras, metais, cordas, violão, canto, piano e percussão) ou grupos etários (<20, 21-30, 31-40, >40 anos). Comparações entre os alunos dos três diferentes cursos de música mostraram que o escore K-MPAI médio dos estudantes da EMUFPA foi menor do que os do IECG, indicando que este grupo pode apresentar mais problemas de ansiedade. A manifestação cognitiva mais citada (por 49,2% dos alunos) foi "a preocupação do que as pessoas estão pensando sobre mim". A grande maioria dos alunos (96,1%) manifestou o desejo de realizar mais apresentações públicas; eles (86%) também acham que esta prática ajuda a diminuir a ansiedade. Este é o primeiro estudo sobre o tema realizado localmente. A pesquisa mostrou que muitos estudantes de escolas de música em Belém sofrem de considerável ansiedade associada à performance musical, e que as mulheres tendem a ser mais ansiosas do que os homens. As causas subjacentes à ansiedade precisam ser investigadas e os resultados obtidos fornecem dados iniciais para o desenvolvimento de novas metodologias de ensino, para incentivar a discussão sobre o problema e estimular a busca de medidas eficazes que poderiam minimizar as manifestações de ansiedade em estudantes de música.Dissertação Acesso aberto (Open Access) O conceito de ansiedade na análise do comportamento(Universidade Federal do Pará, 2006-04-08) COÊLHO, Nilzabeth Leite; TOURINHO, Emmanuel Zagury; http://lattes.cnpq.br/5960137946576592A temática da ansiedade tem sido discutida na Psicologia enfocando os mais diferentes aspectos, mas uma definição consensual está longe de ser alcançada. A dificuldade se explica por diversas razões, dentre elas a ausência de uma referência precisa a relações comportamentais. Na literatura da Análise do Comportamento, também são encontradas divergências. Algumas explicações enfatizam o papel das contingências diretas como controladoras dos padrões de respostas ansiosas. Outras definições abordam aspectos verbais como possíveis fontes adicionais de controle. Nessas últimas, as múltiplas funções dos relatos autodescritivos dos indivíduos e o condicionamento semântico têm sido apontados como prováveis explicações. No presente trabalho, foram examinados 47 textos na literatura Analítico-Comportamental a fim de identificar os tipos de relações comportamentais que estão sendo sugeridas nos diferentes usos do conceito de ansiedade na Análise do Comportamento e a (in) compatibilidade dessas abordagens. O estudo tomou como referência categorias de registro que se referem ao que cada autor veicula em termos de componentes respondentes, operantes não verbais, operantes verbais e de perspectivas de intervenção. Uma análise mais qualitativa foi realizada com o uso de categorias analíticas que se reportam ao papel desempenhado pelas alterações fisiológicas na definição de ansiedade, das relações operantes verbais e não verbais envolvidas no fenômeno, e das implicações de cada uma dessas análises para a terapia verbal face a face. Este exame possibilitou a identificação de variações nas definições quanto ao tipo de relações comportamentais envolvidas; ao arranjo de contingências que produzem aquelas relações; às condições corporais produzidas concomitantemente pelas mesmas contingências; às funções dessas condições corporais nas relações comportamentais e aos processos por meio dos quais estímulos verbais participam dessas relações. No entanto, essas variações na definição podem ser entendidas enquanto análises complementares e não incompatíveis entre si. A explicação dos fenômenos comportamentais com base em um continuum de complexidade pode apresentar-se como um modelo capaz de agregar essas variações, possibilitado um entendimento das redes de relações que podem participar de uma instância de ansiedade, bem como da função desempenhada por cada um de seus componentes.Tese Acesso aberto (Open Access) Papel da serotonina no comportamento defensivo do paulistinha (Danio rerio Hamilton 1822) adulto: Diferenças entre modelos comportamentais, linhagens, e efeitos do estresse predatório agudo(Universidade Federal do Pará, 2014-11-14) OLIVEIRA, Caio Maximino de; HERCULANO, Anderson ManoelOs transtornos de ansiedade apresentam a maior incidência na população mundial dentre os transtornos psiquiátricos, e a eficácia clínica das drogas ansiolíticas é baixa, em parte devido ao desconhecimento acerca das bases neuroquímicas desses transtornos. Para uma compreensão mais ampla e evolutivamente substanciada desses fenômenos, a utilização de espécies filogeneticamente mais antigas pode ser uma aproximação interessante no campo da modelagem comportamental; assim, sugerimos o uso do paulistinha (Danio rerio Hamilton 1822) na tentativa de compreender a modulação de comportamentos tipo-ansiedade pelo sistema serotonérgico. Demonstramos que os níveis extracelulares de serotonina no encéfalo de paulistinhas adultos expostos ao teste de preferência claro/escuro [PCE] (mas não ao teste de distribuição vertical eliciada pela novidade [DVN]) apresentam-se elevados em relação a animais manipulados mas não expostos aos aparatos. Além disso, os níveis teciduais de serotonina no rombencéfalo e no prosencéfalo são elevados pela exposição ao PCE, enquanto no mesencéfalo são elevados pela exposição ao DVN. Os níveis extracelulares de serotonina estão correlacionados negativamente com a geotaxia no DVN, e positivamente com a escototaxia, tigmotaxia e a avaliação de risco no PCE. O tratamento agudo com uma dose baixa de fluoxetina (2,5 mg/kg) aumenta a escototaxia, a tigmotaxia e a avaliação de risco no PCE, diminui a geotaxia e o congelamento e facilita a habituação no DVN. O tratamento com buspirona diminui a escototaxia, a tigmotaxia e o congelamento nas doses de 25 e 50 mg/kg no PCE, e diminui a avaliação de risco na dose de 50 mg/kg; no DVN, ambas as doses diminuem a geotaxia, enquanto somente a maior dose diminui o congelamento e facilita a habituação. O tratamento com WAY 100635 diminui a escototaxia nas doses de 0,003 e 0,03 mg/kg, enquanto somente a dose de 0,03 mg/kg diminui a tigmotaxia e a avaliação de risco no PCE. No DVN, ambas as doses diminuem a geotaxia, enquanto somente a menor dose facilita a habituação e aumenta o tempo em uma “base” (“homebase”). O tratamento com SB 224289 não produziu efeitos sobre a escototaxia, mas aumentou a avaliação de risco na dose de 2,5 mg/kg; no DVN, essa droga diminuiu a geotaxia e o nado errático nas doses de 2,5 e 5 mg/kg, enquanto a dose de 2,5 mg/kg aumentou a formação de “bases”. O tratamento com DL-para-clorofenilalanina (2 injeções de 300 mg/kg, separadas por 24 horas) diminuiu a escototaxia, a tigmotaxia e a avaliação de risco no PCE, aumentou a geotaxia e a formação de bases e diminuiu a habituação no DVN. Quando os animais são pré-expostos a uma “substância de alarme” co-específica, observa-se um aumento nos níveis extracelulares de serotonina associados a um aumento na escototaxia, congelamento e nado errático no PCE; os efeitos comportamentais e neuroquímicos foram bloqueados pelo pré tratamento com fluoxetina (2,5 mg/kg), mas não pelo pré-tratamento com WAY 100,635 (0,003 mg/kg). Animais da linhagem leopard apresentam maior escototaxia e avaliação de risco no PCE, assim como níveis teciduais elevados de serotonina no encéfalo; o fenótipo comportamental é resgatado pelo tratamento com fluoxetina (5 mg/kg). Esses dados sugerem que o sistema serotonérgico dessa espécie modula o comportamento no DVN e no PCE de forma oposta; que a resposta de medo produzida pela substância de alarme também parece aumentar a atividade do sistema serotonérgico, um efeito possivelmente mediado pelos transportadores de serotonina, e ao menos um fenótipo mutante de alta ansiedade também está associado a esses transportadores. Sugere-se que, de um ponto de vista funcional, a serotonina aumenta a ansiedade e diminui o medo em paulistinhas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Parâmetros da escototaxia como modelo comportamental de ansiedade no paulistinha (danio rerio, cyprinidae, pisces)(Universidade Federal do Pará, 2011-02-24) OLIVEIRA, Caio Maximino de; GOUVEIA JUNIOR, Amauri; http://lattes.cnpq.br/1417327467050274Determinados peixes teleósteos apresentam um caractere comportamental de escototaxia, a preferência por ambientes escuros a ambientes claros. O presente trabalho buscou avaliar alguns parâmetros do comportamento exploratório do paulistinha (Danio rerio Hamilton 1822) na caixa claro-escuro. A evitação do compartimento branco apresenta um padrão bifásico, com um aumento na evitação precedendo uma diminuição (Experimento 1). Essa mesma evi- tação não habitua frente à exposição repetida, independentemente do intervalo inter-sessões, ao contrário da locomoção total (Experimentos 2 e 3); a exposição forçada ao compartimento branco não altera a exploração subseqüente nem a locomoção total (Experimento 4). Esses resultados sugerem que a novidade do aparato não é a dimensão controladora da escototaxia; além disso, esses resultados também sugerem que a preferência pelo compartimento preto não é causada simplesmente pela esquiva ao compartimento branco, ainda que essa certamente tenha um papel importante. O papel da aversividade do compartimento branco foi investigado na segunda série de experimentos. A iluminação sobre o compartimento branco é um fator ansiogênico, já que aumentá-la diminui o tempo que os animais passam sobre este sem afetar a locomoção total (Experimento 5). Esse fenômeno parece se dever a uma diminuição na ca- pacidade de camuflagem com o substrato (cripse), já que alterar a cor do compartimento bran- co para cinza aumenta o tempo passado neste, enquanto alterar a cor do compartimento preto para cinza aumenta o tempo passado no compartimento branco, ambas as alterações não afe- tando a locomoção total (Experimento 6). Além disso, o aumento da proporção ocupada pelo compartimento branco no aparato (de 50% para 75%) diminui o tempo passado neste sem afetar a locomoção total (Experimento 7). Esses resultados sugerem que o compartimento branco é aversivo, e portanto a preferência pelo compartimento preto não é causada simples- mente por propriedades reforçadoras positivas desse ambiente. Tomados em conjunto, os re- sultados das duas séries de experimentos sugerem que a escototaxia resulta do conflito apro- ximação-evitação. O Experimento 8 representa uma manipulação ambiental comum que altera a ansiedade em roedores, o enriquecimento; aqui, animais criados em ambiente enriquecido por duas semanas apresentam menor evitação do compartimento branco. Conclui-se que a escototaxia apresenta bom valor preditivo.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Supressão condicionada com diferentes estímulos aversivos: choque elétrico e jato de ar quente(Universidade Federal do Pará, 2009-07-23) NASCIMENTO, Gabriela Souza do; CARVALHO NETO, Marcus Bentes de; http://lattes.cnpq.br/7613198431695463Um estímulo neutro, quando pareado a um estímulo aversivo incondicional, adquire a função de aversivo (condicional) e, indiretamente, também é capaz de suprimir operantes. Tal fenômeno foi denominado de “supressão condicionada” e está principalmente relacionado a certos estados emocionais, como a ansiedade. A literatura mostra que, em geral, o estímulo aversivo incondicional utilizado se restringe ao choque elétrico. Foram poucos os estímulos aversivos alternativos testados que se mostraram eficazes. Entretanto, mesmo utilizando o choque como aversivo incondicional, há outras variáveis que podem influenciar diretamente o surgimento do fenômeno. Este trabalho teve por objetivo examinar e comparar a produção de supressão condicionada com dois tipos de estímulos aversivos: jato de ar quente (JAQ) e choque elétrico. Foram utilizados 4 ratos albinos (Rattus norvegicus, Wistar). Duas Caixas de Condicionamento Operante, uma utilizada para o estímulo choque e a outra adaptada para o JAQ, serviram de equipamentos. Os sujeitos foram divididos em duplas e expostos a pareamentos de um estímulo neutro com diferentes estímulos aversivos: Som+JAQ (Sujeito J1 e J2) e Som+Choque elétrico (Sujeito C1 e C2). Os dados mostram que os sujeitos expostos ao delineamento com choque apresentaram uma razão supressiva total (0,0) após dois (C1) ou três (C2) pareamentos, o que significa que o som tornou-se um aversivo condicional capaz de suprimir integralmente a freqüência da resposta de pressão à barra (RPB). Já para os sujeitos expostos ao procedimento com JAQ ocorreu somente supressão parcial da RPB frente ao som, sendo necessárias no mínimo oito (J1) e sete (J2) pareamentos para que os valores da razão supressiva chegassem a 0,5 (J1) e 0,2 (J2). As análises de outras respostas mostraram que em média ocorreu um aumento de 83,3% (J1) e 275% (J2) na frequência das respostas exploratórias durante a apresentação do som, nas sessões de pareamento com o JAQ, comparado com a apresentação do som nas sessões de habituação, enquanto que para os sujeitos que foram expostos ao pareamento com o choque houve uma supressão de 44,2% (C1) e 57,1% (C2) em tais respostas. Tais dados permitem concluir que a supressão ocasionada pelo pareamento do som+choque atingiu outras classes de respostas, diferente do som pareado com o JAQ. A supressão ocasionada pelo JAQ parece ter sido conseqüência da emissão de respostas exploratórias. É possível que o parâmetro intensidade do JAQ, utilizado neste experimento, tenha sido a variável responsável por tais resultados. Futuras pesquisas poderão elucidar estes dados.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) The effects of diazepam on the elevated T-maze are dependent on the estrous cycle of rats(2009-12) GOUVEIA JUNIOR, Amauri; ANTUNES, Gabriela; OLIVEIRA, Caio Maximino de; CARVALHO, Silvio Morato de
