Navegando por Assunto "Artes Visuais"

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Amatória: práticas artísticas de uma feminista que reescreveu uma parte da memória líquida de seu corpo
(Universidade Federal do Pará, 2019-06-26) GARCIA, Maryori Katherine Cabrita; LEÃO, Ana Cláudia do Amaral; http://lattes.cnpq.br/3091200390689592
O presente trabalho em artes, intitulada “Amatória, práticas artísticas de uma feminista que reescreveu uma parte da memória líquida de seu corpo” contém oito livrinhos, A-M-A-T-Ó-R-I-A, onde estão presentes meus processos poéticos: ilustrações, rascunhos poéticos, memes poéticos, fotografias, colagens, relatos e crônicas, as quais são experiências de arte/vida/gênero. Memórias líquidas de amores/desamores pessoais e familiares desaguadas nas minhas mínguas, lágrimas, alegrias, suores, mudanças, mortes, raivas, sangues, dores, ódios, feminicídios, estupros, assédios, perdas, interrupções voluntárias da gravidez, pulsões, mãosturbações. Aqui tudo mergulha em mim, como mulher, filha, neta, amiga, estudante, feminista, professora, pesquisadora, artista, deusa, animal e humana. Todas elas me desdobram nos agires da minha vida cotidiana e criativa. Não obstante, os oito livrinhos em Amatória vão deixando seu flutuar de passados/presentes. A possibilidade de criar/sentir práticas curativas no corpo. Insistir em práticas amorosas diferentes para se contrapor às práticas de ódio do sistema patriarcal, que é narrado como amor, mas é machista, sexista, racista, explorador, misógino e - a meu ver – existente em nossas sociedades da América do Sul e América Latina. Porém, deixo aqui os fatos emborráveis. No entanto, vocês acharão uma escrita que sana dores. Joguei fora experiências amargas que levam as marcas da violência de gênero. O percurso todo são práticas amatórias, com o fim de partilhar a importância de caminhar sozinha, de tomar tempo para si, de cuidar de si, escutar-nos, de dar-nos ternura, fortalecer nossos imaginários corporais, sexo -afetivos e exercitar nossa autonomia como sujeitas criadoras de novos vínculos com o corpo, o sexo e os relacionamentos. Reafirmar-nos criadoras e merecedoras de amor próprio! Minha intenção é reescrever novas memórias líquidas e amorosas em meu corpo, pois sou uma feminista amorosa que deseja dar seus grãos de águas neste caminho da vida, da vida criativa e vida sexual. Expus uma narrativa às vezes muito repetitiva quanto à criança e meu Eu social, como mulher, latina e heterossexual de seus contextos familiares andinos e venezuelanos, tentando acolher as imagens da minha mãe e as vovós de minhas lembranças, e assim nos reconciliar. Para fins metodológicos usei fontes diversas: feminismos negros plurais, romances de escritoras negras brasileiras, textos de antropologia, crítica de arte, psicologia terapêutica, poesia; desencadeados numa cachoeira de Mar-Rio, onde se misturam as águas barthesianas e os fluxos críticos e amorosos das escritoras e feministas Lívia Natália, Conceição Evaristo e Vilma Piedade, entre outras, que deram-me a cachoeira de água salobre e outras bem doces, enquanto nadei até o fundo de meu corpo, e por isso me acharão narrando em primeira pessoa e outras vezes como as outras flores que moram em mim, pois sou uma floresta múltipla e inconclusa. Meus processos da vida/arte não têm resultados, nem dados, só têm experiências, exercícios que saem das minhas memórias líquidas de lá da Venezuela e de meu percurso Rios-risos, daqui de Belém do Pará.
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Bilreiras ancestres: alumbramentos para rendilhar uma poética artística
(Universidade Federal do Pará, 2024-09-06) SILVA, Jucélia Bernardo da; SARÉ, Larissa Latif Plácido; http://lattes.cnpq.br/3313460196086035
Esta pesquisa compartilha o processo de criação de obras inseridas no campo das artes performativas híbridas que possuem o fio têxtil como elemento primordial de expressão poética e apresenta a fotoperfor mance Bilreiras Ancestres como atual desdobramento. As obras foram elaboradas a partir da confluência de duas distintas moventes caracterizadas respectivamente como afetivo-biográfica e poético-política: a prática da renda de bilros pela minha bisavó, Maria Antônia da Conceição, instância ancestre e sopro criador da presente poética (MARTINS, 2021); e mudanças observadas nesse saber-fazer secular a partir de sua inser ção nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, entre povos originários locais, durante a colonização portuguesa (LOPES, 2005). O caráter relacional no contato com os materiais e técnicas emerge como etapa fundamental para deflagrar elaborações teóricas e processos criativos. Aspecto que revela a dimensão do encantamento com as tecnologias têxteis ancestrais como recurso poético-metodológico para atualizar saberes tradicionais por meio da produção artística contemporânea.
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ELF: CONSTITUIÇÃO DA GALERIA DE ARTE DE 1980-1999 E SUA RESSONÂNCIA A PARTIR DE BELÉM (PA)
(Universidade Federal do Pará, 2023-03-31) CHAVES, Luena Cordeiro de Souza Müller; BRITTO, Rosangela Marques de; http://lattes.cnpq.br/3188863381591509
Esta pesquisa se propõe a compreender os processos de constituição da Elf Galeria no sistema da Arte local e suas ressonâncias na formação de colecionadores e coleções de artes visuais, na dimensão privada, no período de 1981-1999, em Belém, Pará. Para tanto, parte-se dos registros materiais do galerista e idealizador da Elf, Gileno Müller Chaves (1943-2006), a fim de construir a sua trajetória de vida associada ao processo de constituição e atuação da Elf Galeria e sua contribuição ao sistema da arte local. A pesquisa caracteriza-se como um estudo de caso de natureza qualitativa, abordagem teórico empírica que tem os acervos do galerista como fonte primária, baseada na pesquisa documental. No desenvolvimento da pesquisa de campo e pesquisa bibliográfica, o eixo conceitual adotado são os estudos sobre memória, com base em Maurice Halbwachs e Pierre Nora. Recorro, ainda, a Ulpiano Bezerra de Meneses, para aprofundar questões sobre patrimônio cultural na relação público e privado e a François Dosse para a abordagem Biográfica. Realizou-se entrevista semiestruturada com a viúva de Gileno Chaves. As ressonâncias foram observadas a partir da atuação do galerista na criação do Museu de Arte do Centro Cultural Brasil-Estados Unidos. Nas considerações finais, apresento o intuito do galerista pela preservação das memórias por intermédio da produção de documentos.
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Oficina ColorAção: o processo criativo à luz de teorias das cores
(Universidade Federal do Pará, 2024-08-01) BARBOSA, Jordana Oliveira; ANTUNES, Isis de Melo Molinari; http://lattes.cnpq.br/5387958094272494; BORGES, Larissa Dantas Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/4013038221401148
Esta pesquisa propôs desenvolver uma oficina sobre Teorias das Cores para discentes do curso de Artes Visuais, pautada nas concepções de Forslind (1996), Pedrosa (2009), Pastoureau (1997), Albers (2009), Ostrower (1983) e embasada na Abordagem Triangular de Barbosa (2010). Este trabalho está relacionado à linha de pesquisa INOVAMES e teve como resultado o Produto Educacional intitulado “Oficina ColorAção”, envolvendo um conjunto de atividades aplicadas que visaram abordar as Teorias das Cores por meio de contextualização, prática e fruição do conteúdo. O contexto de aplicação da Oficina ColorAção foi a Faculdade de Artes Visuais (FAV), do Instituto de Ciências da Arte (ICA), da Universidade Federal do Pará (UFPA), na qual os quatro encontros presencias da Oficina foram realizados em setembro de 2023. Os participantes foram 23 discentes, entre eles, dos cursos de Licenciatura e Bacharelado em Artes Visuais (UFPA), Bacharelado em Cinema e Audiovisual (UFPA), Licenciatura em Música (UFPA), Bacharelado em Ciência da Computação (UFPA) e Bacharelado em Design (Universidade do Estado do Pará – UEPA). Na culminância da Oficina ColorAção foi realizada uma exposição dos trabalhos desenvolvidos pelos participantes ao longo dos encontros. Como instrumentos desta pesquisa e de validação do Produto Educacional foram utilizados questionários estruturados respondidos pelos participantes, além de diários elaborados pela pesquisadora explorando suas percepções acerca de cada encontro. Dentre os resultados obtidos, destacam-se a ampliação do conhecimento das Teorias das Cores nos percursos formativos dos participantes, o engajamento dos discentes nas atividades, além de diálogos e trocas de experiências sobre o papel das cores na vida cotidiana, compartilhados ao longo do processo. Espera-se que a Oficina ColorAção contribua para a formação de discentes de Artes, dos demais interessados por esta área de conhecimento e seja explorada em diferentes contextos educacionais.
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Perspectivas outras para Belém: Análises autocríticas sobre arte educação no contexto não formal e informal
(Universidade Federal do Pará, 2022-06-30) FREIRE, Camila Ferreira Araujo; BRITTO, Rosângela Marques de; http://lattes.cnpq.br/3188863381591509
Esta dissertação apresenta reflexões sobre como os processos educativos em Artes Visuais podem ocorrer por meio de processos curatoriais, práticas educativas informais e mediações culturais digitais, sendo estas ocorridas no contexto de pandemia. Para isto, analiso três exposições ocorridas nos anos de 2019 e 2021, nas quais participei ativamente dos processos curatoriais e pude analisá-los de dentro para fora. Para tal análise, fiz uso do método de estudo de caso com viés interpretativo, tendo como procedimentos metodológicos a pesquisa bibliográfica em fontes diversas e a coleta de dados via observação participante, o que possibilitou a interpretação das experiências por meio das entrelinhas dos fatos vivenciados. Para o diálogo, compartilhei dos ensinamentos teóricos de Paulo Freire (2019), Carlos Rodrigues Brandão (2007), Timothy Ingold (2010) e Jorge Larrosa Bondía (2002), para compreender os diferentes tipos de educação e seus modos diversos de aprendizagem; Éder Chiodetto (2013), Felipe Scovino (2016), Carolina Ruoso (2019), Maria Amélia Bulhões (2014), Rosangela Britto e Marisa Morkazel (2020) foram os responsáveis por dialogarem comigo sobre processos curatoriais e sistema da arte em seu contexto nacional e local; Djamila Ribeiro (2019a, 2019b), bell hooks (2017, 2019), Homi K. Bhabha (2001), John Fletcher (2020a, 2020b) e Rafael Bqueer (2020), para discutir sobre revisões identitárias no sistema da arte brasileiro; Ana Mae Barbosa (1991), Inês Ferreira (2014), Tereza Scheiner (2003), Teixeira Coelho (2004), para analisar a mediação cultural através da própria obra de arte; Edward Taylor (1871), Franz Boas (2010), Clifford Geertz (2011, 1973), John Fletcher (2019) foram os autores que ajudaram a traçar uma breve introdução conceitual sobre Cultura; Evelyne Patlagean (2005), Gilbert Durand (2001), Michel Maffesoli (2001) e Lucia Santaella (1999) compuseram os conceitos sobre a formação do Imaginário; e, por fim, Oswaldo Francisco de Almeida Junior (2008) e Pierre Levy (1999) para vislumbrar o universo comunicacional e digital durante a pandemia 2020/2021. Compreendo esta dissertação como uma análise autocrítica de experiências profissionais que possibilitaram discutir Outras perspectivas, locais e conhecimentos para arte educação, assim desejo ter contribuído para ampliar os processos educativos em Artes Visuais e com isto ter ajudado a promover a diversificação do pensamento local sobre o papel das Artes Visuais e de sua importância como formadora de perspectivas socioculturais
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Práticas educativas em artes visuais e as questões ambientais na Escola Bosque
(Universidade Federal do Pará, 2024-10-30) FONSECA, Nelia Lucia; MAGALHÃES, Ana Del Tabor Vasconcelos; http://lattes.cnpq.br/0310909316607481; BRITTO, Rosangela Marques de; http://lattes.cnpq.br/3188863381591509; https://orcid.org/0000-0001-9458-3515
A presente tese tem como temática o ensino/aprendizagem da Arte em diálogo com o meio ambiente, tendo como objeto de pesquisa as práticas educativas em Artes Visuais articuladas ao eixo ambiental. O objetivo geral é analisar como estudantes da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI) da Escola Bosque, em Outeiro (Belém-PA), revelam, por meio de seus processos de criação artística, o tema do meio ambiente e seus desdobramentos. A pesquisa fundamenta-se no contexto sociopolítico regional e nacional, também influenciados pela crescente preocupação mundial com as mudanças climáticas, com o desmatamento da Amazônia, com a expressiva produção de resíduos sólidos nos centros urbanos e com a poluição dos oceanos por microplástico; considerando esse cenário, propõe caminhos que se fundamentam na pedagogia freireana e na transversalidade das questões ambientais, com ênfase na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). A metodologia adotada possui enfoque qualitativo e descritivo, tendo sido utilizados, como instrumentos de coleta de dados, diário de bordo, questionários aplicados via Google Forms, blog, planos de ensino e de aula com experiências artísticas, estéticas e culturais, além de documentos oficiais, como o Estatuto e o Projeto Político Pedagógico da Fundação Centro de Referência em Educação Ambiental Escola Bosque Professor Eidorfe Moreira (Funbosque), bem como diretrizes do Ministério da Educação (MEC) e da Secretaria Municipal de Educação de Belém (Semec). Durante a pesquisa, foram analisados os materiais artísticos produzidos pelos(as) alunos(as) da EJAI e pela professora, como fotografias, pinturas, desenhos e vídeos, a fim de compreender como são produzidos registros por meio de dispositivos técnicos para expressar as marcas territoriais do ambiente em que vivem, investigando se essas criações apontam para linhas de fuga frente às formas e formatos vigentes ou se apenas refletem clichês visuais. É importante destacar que as aulas ocorreram no contexto da pandemia de Covid-19, em 2021, o que exigiu uma revisão das formas de ensinar e aprender Arte, considerando os desafios impostos pelo cenário pandêmico. Esses desafios demandaram resistência e criatividade para superar as dificuldades didático-pedagógicas, socioeconômicas e sanitárias do período.