Navegando por Assunto "Autonomia"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Aconselhamento linguageiro, motivação e autonomia: um estudo de caso em escrita acadêmica em inglês(Universidade Federal do Pará, 2015-09-04) MARTINS, Marja Ferreira; SILVA, Walkyria Alydia Grahl Passos Magno e; http://lattes.cnpq.br/6129530461830312A dificuldade relatada por colegas de curso em fase de escrita de seus Trabalhos de Conclusão de Curso e os estudos referentes ao aconselhamento linguageiro iniciados por mim na mesma época, me instigaram a promover uma pesquisa na qual eu pudesse verificar qual o impacto que as técnicas de aconselhamento linguageiro poderiam causar no processo de aprendizagem de aprendentes de LE com dificuldades em escrita de nível acadêmico, procurando fazer conexões com outras áreas como a autonomia e a motivação, já que estas, em outras pesquisas, haviam sido foco de meus estudos. Sendo assim, coloquei como objetivo de pesquisa verificar de que maneira o aconselhamento linguageiro pode fomentar a autonomia dos alunos graduandos em Letras- inglês como língua estrangeira para um melhor desenvolvimento da habilidade de escrita com foco nas práticas acadêmicas e analisar o impacto desta experiência em seu processo motivacional. Para isso, procurei entender, por meio de um estudo de caso, como se dá a relação conselheiro/aconselhado e descrever, utilizando múltiplos recursos de coleta de dados (conversas via facebook, gravação e transcrição de sessões de aconselhamento presenciais e uma entrevista final), como ela pode contribuir para o melhor desempenho na escrita acadêmica de um aluno em fase de conclusão de curso. Os resultados obtidos por meio de análise do material coletado permitiram observar que realmente há um impacto considerável das técnicas de aconselhamento linguageiro descritas por Kelly (1996), Stickler (2001) e Mynard (2012) tanto na autonomização quanto na motivação do aluno no desenvolvimento de sua habilidade de escrita para fins acadêmicos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Agrobiodiversidade e conhecimentos locais das plantas alimentícias no quilombo de Deus Ajude, Arquipélago do Marajó – Pará(Universidade Federal do Pará, 2020-09-08) BEZERRA, Sueyla Malcher; SABLAYROLLES, Maria das Graças Pires; http://lattes.cnpq.br/0250972497887101; SILVA, Luis Mauro Santos; http://lattes.cnpq.br/7285459738695923Nesta pesquisa, buscamos analisar os conhecimentos e práticas tradicionais associadas à agrobiodiversidade das plantas alimentícias, bem como, a constituição da soberania alimentar e autonomia na produção dos alimentos no quilombo de Deus Ajude, Salvaterra/PA. Para o desenvolvimento da pesquisa, utilizamos a abordagem quali- e quantitativa. Em relação ao procedimento metodológico, optamos pelo estudo de caso, observação participante, entrevistas não diretivas, questionários, listas livres, coleta e identificação de material botânico. A análise dos dados coletados foi realizada pela sistematização das informações, análise vertical e horizontal das entrevistas, triangulação dos dados e Índice de Saliência Cognitiva. Os resultados demonstraram que o conhecimento e práticas tradicionais da comunidade quilombola sobre as plantas alimentícias é constituído a partir da relação diária dos quilombolas com a natureza, bem como, pela promoção continuada do diálogo de saberes entre as diferentes gerações. A sazonalidade amazônica revelou-se como uma reguladora da pluralidade de atividades produtivas ao logo do ano, e, estas são desempenhadas por intermédio de uma relação simbiótica, onde natureza e quilombo se sustentam. No mais, as comidas representativas do quilombo marajoara, como: beiju, cação, tiborna, cunhapira e crueira etc., transformam-se em uma das formas de manter a agrobiodiversidade do quilombo. Em contrapartida, as limitações de acesso ao território de uso comum impostas pelas fazendas ao redor do quilombo e as influências do mercado capitalista são ações concretas e simbólicas capazes de promoverem mudanças: na forma como os alimentos são obtidos e nos hábitos alimentares dos quilombolas. Portanto, a valorização da cultura quilombola e do seu modo de vida torna-se uma aliada na preservação dos conhecimentos, práticas e saberes tradicionais, bem como, da natureza manejada.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise da autonomia das populações tradicionais no manejo comunitário de recursos florestais madeireiros em unidade de conservação da Amazônia(Universidade Federal do Pará, 2017-04-25) PACHECO, Jéssica dos Santos; AZEVEDO-RAMOS, Claudia; http://lattes.cnpq.br/1968630321407619O presente estudo buscou analisar o grau de autonomia das populações tradicionais no manejo florestal comunitário (MFC) em unidades de conservação (UC) federais da Amazônia brasileira. Para tal, avaliou-se (1) a percepção de stakeholders em duas UCs e (2) os instrumentos legais e infralegais que pudessem influenciar esta autonomia. No total, 111 stakeholders da RESEX Verde Para Sempre (VpS) e da Floresta Nacional do Tapajós (FLONA Tapajós) foram entrevistados entre os segmentos Governo, Comunidade e Organizações Parceiras. A percepção foi avaliada por análise de SWOT e questionários de satisfação com escala de Likert de 5 níveis. Documentos relevantes sobre o MFC empregado nas UCs (atas, relatórios, diagnósticos, entre outros) foram também avaliados. Tomadores de Decisão dos principais órgãos ambientais federais em Brasília também foram entrevistados. Os resultados demonstraram que a dependência de autorizações anuais do ICMBio e de procedimentos administrativos do MFC, interferem diretamente na autonomia das populações tradicionais, embora sejam de obrigações exclusivas do órgão ambiental. Nas iniciativas de MFC estudadas, houve relativa satisfação sobre a autonomia das populações tradicionais. Contudo, a interferência do Estado ocorreu em ambos os casos. Na FLONA Tapajós, a estrutura administrativa estatal tem afetado a liberdade comunitária para definir suas escolhas produtivas, principalmente, pela desatualização do plano de manejo da UC. Na RESEX VpS, a autonomia para organizar e administrar a produção no manejo florestal tem sofrido interferência, tanto devido à sua dependência financeira de organizações parceiras, como ao tempo de liberação de licença para manejar. Os instrumentos legais e infralegais do MFC em UC são os principais indutores desse cenário. Constatou-se que estes são constituídos por regras de dimensões territoriais, procedimentais e técnicas, que, em maior ou menor nível, interferem na autonomia comunitária na gestão do recurso florestal, no processo de obtenção da licença do MFC, e nas técnicas exigidas na atividade. O não cumprimento da determinação legal de criação de disposições diferenciadas de PMFS voltado para comunitário tem condicionado as comunidades tradicionais a exigências técnicas padronizadas, em detrimento do reconhecimento constitucional e legal de seus costumes como fonte de direito. Algumas mudanças prioritárias nos regulamentos foram identificadas e propostas neste estudo. Concluiu-se que a simplificação de alguns instrumentos poderia aumentar o grau de autonomia no MFC madeireiro permitindo a sua multiplicação na região Amazônica, assegurando, ao mesmo tempo, um controle equilibrado e eficaz pelo Estado sobre as florestas públicas em propriedade comum.Tese Acesso aberto (Open Access) Aprendizagem autônoma de línguas adicionais e formação docente em um centro de autoacesso no ensino superior(Universidade Federal do Pará, 2021-03-19) RABELO, Jhonatan Allan de Andrade; MAGNO E SILVA, Walkyria Alydia Grahl Passos; http://lattes.cnpq.br/6129530461830312Centros de Autoacesso podem ser entendidos como ambientes de fomento à autonomia e costumam dispor de amplo acervo de materiais para a aprendizagem autodirigida (GARDNER; MILLER, 1999; COTTERAL; REINDERS, 2000; DOFS, HOBBS, 2011). Na Universidade Federal do Pará, esse espaço é a Base de Apoio à Aprendizagem Autônoma (BA³), que desde 2004 oferece diferentes formas de apoio aos graduandos da Faculdade de Letras Estrangeiras Modernas (FALEM). Os efeitos positivos que a BA³ exerceu sobre a aprendizagem de línguas desses graduandos podem ser encontrados em publicações da área (MAGNO E SILVA, 2017; RABELO; MORHY, 2019 entre outros). Todavia, observa-se uma lacuna no que tange o potencial que os centros de autoacesso pode ter para a formação docente. A literatura em Linguística Aplicada evidencia que a autonomia, apesar de estudada há mais de cinco décadas, ainda é pouco presente nos currículos de Letras das universidades brasileiras. Formar professores capazes de fomentá-la entre seus alunos demanda experiências práticas fundamentadas em uma base teórica sólida, especialmente quando se considera o caráter complexo e dinâmico do processo de autonomização (PAIVA, 2006; LARSEN-FREEMAN; CAMERON, 2008). Por essa razão, justifica-se a ampliação do debate sobre a formação docente com foco na autonomia e as contribuições que podem emergir da existência de centros de autoacesso nas universidades. Esta tese tem por objetivo geral compreender o papel dos centros de autoacesso na formação de professores. Os objetivos específicos incluem identificar como o trabalho na BA³ trouxe benefícios para dez graduandos de Letras que atuavam como bolsistas ou voluntários nesse espaço. Ademais, verificou-se como a percepção desses participantes sobre ensino e aprendizagem foi ressignificada a partir das experiências lá vivenciadas. Por fim, avaliou-se a competência desses bolsistas e voluntários em desenvolver atividades de fomento à autonomia, bem como os papeis que o pesquisador exerceu como mediador nesse processo. O referencial teórico incluiu algumas das diferentes temáticas que compõem o rol de saberes de uma formação docente com foco na autonomia e motivação (USHIODA, 2008; DÖRNYEI; USHIODA, 2011), crenças (BARCELOS, 2006), estratégias de aprendizagem (OXFORD, 1990; SANTOS, 2011), avaliação (ALVES, 2005; CUNHA, 2006), entre outros. No que tange metodologia, optou-se pela pesquisa de cunho etnográfico, conduzida no grupo de estudo em autonomia e autoacesso, formado pelo pesquisador e pelos participantes. Os instrumentos de constituição dos dados foram diários de observação, gravações das reuniões e entrevistas. Os resultados demonstraram que os centros de autoacesso são espaços com grande potencial para a formação docente, pois são livres de restrições e oportunizam a vivência dos graduandos em ambientes autonomizadores, tanto como aprendentes quanto como professores em formação. Nesse processo, o coordenador pode atuar como um conselheiro para o trabalho docente, construindo pontes entre teoria e prática e estimulando a exercício profissional precoce por meio da criação de uma atmosfera de experimentação e colaboração mútua.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Aprendizagem de Língua Inglesa mediada por sítios: uma atividade promovida em um centro de autoacesso(Universidade Federal do Pará, 2019-01-30) BORGES, Kleiton de Sousa; SILVA, Walkyria Alydia Grahl Passos Magno e; http://lattes.cnpq.br/6129530461830312Os estudos da Linguística Aplicada (LA) na área de ensino e aprendizagem de línguas têm sido conduzidos de forma interdisciplinar. Uma das vertentes desses estudos está na investigação sobre a autonomia na aprendizagem de línguas com o intuito de compreender como este processo é instigado em aprendentes a partir de situações de aprendizagem diversas. As novas tecnologias, como a Aprendizagem de Língua Mediada por Computador (CALL) e as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) são ferramentas que podem estimular o desenvolvimento desta autonomia. Essas ferramentas estão presentes em instituições de ensino e no cotidiano de professores e alunos, possibilitando, assim, uma aprendizagem de língua estrangeira (LE) de forma eficaz (LEFFA, 2006; OLIVEIRA, 2012; ANDRADE, 2014; ARAÚJO, 2017). As TIC são também utilizadas em centros de autoacesso (CAA) para o fomento da autonomia de aprendentes de línguas nestes espaços (GARDNER; MILLER, 1999; BARRS, 2010; MAGNO E SILVA, 2014; MYNARD, 2016). Este trabalho teve como objetivo geral compreender de que maneiras as atividades mediadas por computadores, por meio de sítios, poderiam influenciar a aprendizagem de língua inglesa de alunos que frequentam e participam das atividades da Base de Apoio à Aprendizagem Autônoma (BA3), um CAA situado na Faculdade de Letras Estrangeiras Modernas (FALEM) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Foi realizado um estudo de caso de abordagem quanti-qualitativa com observação e aplicação de questionários on-line. Os resultados evidenciaram que sítios de aprendizagem de língua inglesa influenciaram positivamente no desenvolvimento de autonomia dos participantes, pois eles passaram a utilizar esses sítios por conta própria para a prática das habilidades linguísticas de escuta, de leitura e da fala do inglês. Verificou-se ainda que a boa apresentação do layout e os tipos de atividades desses sítios eram itens importantes para que os aprendentes os utilizassem.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) A autonomia dos sujeitos do campo: métodos e identidades(Universidade Federal do Pará, 2016-12) BENTES, Haroldo de VasconcelosO artigo discute a autonomia dos sujeitos do campo, sob a égide da Educação do Campo, no que tange a seus protagonismos e identidades seja na Escola ou fora dela. O objetivo é sinalizar com a necessidade de centrar esforços na direção da valorização existencial desses homens e mulheres e suas produções no espaço e tempo, de forma estratégica, alargando o diálogo legítimo, global-local e vice-versa. Na linha de argumentação, duas questões: sobre os pressupostos da autonomia e legitimidade, temporalidade de saberes, memória coletiva, e suas especificidades? E a importância da relação global-local na existência daqueles, na confluência do paradigma da cientificidade e conexões com os avanços tecnológicos? A fundamentação teórica e metodológica alinha os pressupostos da dialética, cientificidade e Iniciação Científica. Nas conclusões: os sujeitos do campo precisam ser tratados como agentes políticos no processo analítico da realidade; o diálogo com conexões entre o local e o global, cientificidade e tecnologias como conhecimentos reconhecidos e validados; o fazer metodológico, político e epistêmico do professor promovendo novas possibilidades na aprendizagem do adulto; a iniciação científica como método que alarga e aprofunda a visão do real.Tese Acesso aberto (Open Access) Autonomia e sustentabilidade indígena: entraves e desafios das políticas públicas indigenistas no estado do Pará entre 1988 e 2008(Universidade Federal do Pará, 2010-11-05) GONÇALVES, Rosiane Ferreira; SIMONIAN, Ligia Terezinha Lopes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781352Y2Este estudo analisa a relação entre Estado e povos indígenas na Amazônia, abordando, especificamente, as políticas públicas indigenistas projetadas em nível nacional a partir de 1988 e executadas no estado do Pará. A Constituição Federal Brasileira de 1988 constitui um marco legal para a relação nova estabelecida entre o Estado e os povos indígenas, caracterizado pelo respeito e reconhecimento da diversidade étnica, lingüística, histórica e sociocultural, bem como do direito às suas terras e os recursos nelas existentes. Este estudo teve por objetivo analisar como (e se) as políticas públicas indigenistas elaboradas desde 1988 e executadas no estado do Pará garantem (ou não) a autonomia e sustentabilidade econômica, ambiental e sociocultural dos povos indígenas nelas envolvidos; foi desenvolvido tomando por base os referenciais teórico-metodológicos da Antropologia, a partir de uma perspectiva interdisciplinar, com um recorte temporal de 1988 a 2008, para análise das políticas públicas indigenistas. Realizou-se, também, pesquisa de campo para coleta de experiências indígenas e indigenistas envolvendo as etnias Tembé, Asurini do Trocará, Gavião Parkatêjê e Kyikatêjê, no estado do Pará. O estudo mostrou que as políticas públicas indigenistas se encontram “pulverizadas” em diversos órgãos das esferas federal, estadual e municipal, revelando uma rede complexa de atores e serviços, que, por vezes, se justapõem sem apresentar a integração necessária. Há uma forte tendência à terceirização dos serviços indigenistas, com a introdução de empresas e ONG na sua execução. Isso tem gerado uma certa confusão aos indígenas quando da necessidade de acionarem os serviços públicos e terem a plena satisfação de seus direitos. O discurso da construção da autonomia e sustentabilidade indígena tem crescido tanto entre os setores governamentais, quanto no meio indígena, os quais têm, inclusive, apropriado-se para projetar suas perspectivas de desenvolvimento. As populações indígenas também têm ampliado sua participação nos processos decisórios envolvendo a construção e operacionalização de políticas públicas. Contudo, a efetividade de tais políticas ainda é bastante tênue. As realidades indígenas estudadas comprovam que muito ainda precisa ser feito para se garantir um desenvolvimento autônomo e sustentável para os povos indígenas.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Autonomização do campo judicial e redefinição das elites judiciais locais(Pontíficia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 2020-09) DIAS, Bárbara Lou da Costa VelosoO que o presente trabalho buscou identificar foi o tipo de processo de transformação do campo político da administração judicial brasileira e seus efeitos a partir da institucionalização da Carta de 1988 e da EC n. 45/2004 que produziram incentivos seletivos para a formação de um novo campo político da administração judicial no Brasil. A partir da investigação pode-se constatar: 1. O acentuado e significativo grau da autonomia do campo judicial brasileiro em relação às demais instituições democrático-representativas; 2. O insulamento burocrático do campo judicial e a nova articulação desse campo com os executivos estaduais; 3. Como esse processo de autonomização se fundou em uma retórica autoritária de profissionalização do campo que legitima o próprio insulamento burocrático e se expressa em um novo tipo de elite judicial dentro do campo de administração política nas Justiças estaduais; 4. O surgimento de uma nova elite judicial que se auto representa como portadora da modernização e da profissionalização do campo judicial e incorpora o habitus dessa auto re-presentação e 5. A nova articulação do Executivo e do Judiciário locais que estabelecem um modo de articulação com vistas a garantir o insulamento dessa elite judicial em relação aos outros partícipes do campo político-burocrático.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) A autoridade dos direitos humanos entre autonomia e bens básicos: o debate filosófico da teoria da lei natural de John Finnis com o positivismo liberal de Joseph Raz(Escola da Magistratura do Rio Grande do Norte, 2020-04) PINHEIRO, Victor Sales; MACHADO, Ayrton BorgesEste artigo explora o conceito normativo de direitos humanos com base no debate entre a teoria da lei natural de John Finnis e o positivismo liberal de Joseph Raz, dois dos mais relevantes teóricos analíticos do direito da atualidade. Para realizar essa dialética, apresentam-se e criticam-se três argumentos centrais de Raz para a compreensão de direitos humanos: a tese da autoridade ilimitada, considerada como razão excludente; a sua concepção de razão prática e da autonomia dos interesses subjetivos; e a ordem emergente dos direitos humanos como limitadora da soberania. Em seguida, aborda-se a teoria da lei natural de Finnis, também em três argumentos nucleares para a elucidação dos direitos humanos: a tese dos bens humanos básicos como fundamento dos direitos naturais; a universalidade e valor intrínseco dos direitos humanos, consoante a dignidade da pessoa humana; e a relação entre autoridade legítima e bem comum, a partir da normatividade dos direitos humanos. Por fim, conclui pela capacidade de Finnis de responder às dificuldades da teoria de Raz. Sua metodologia é hipotético-dedutiva e de natureza bibliográfica, procedendo a uma revisão da literatura primária e secundária desses autores e formulando hipóteses gerais sobre os direitos humanos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Cadastro Territorial Multifinalitário (CTM), planejamento e gestão urbanos na Amazônia: a multifinalidade dos modelos de CTM de Belém e do Ministério das Cidades(Universidade Federal do Pará, 2014) ARAÚJO, Fernando Alves de; SILVA, Christian Nunes da; http://lattes.cnpq.br/4284396736118279O contexto de complexidade, desigualdade e injustiça do espaço urbano capitalista nos remonta a necessidade de um planejamento e uma gestão deste espaço que considere estas variáveis como intrínsecas a esse modelo de sociedade, porém sem aceitá-los ou defendê-los, tendo como objetivo final o desenvolvimento urbano entendido enquanto promoção de qualidade de vida, justiça social e autonomia para todos aqueles que produzem, reproduzem e vivem o espaço urbano. Essa prática planejadora e gestora deve ser apreendida como uma pesquisa social aplicada, interdisciplinar, que contemple uma participação popular efetiva, assim como utilize os seus diversos instrumentos de forma a apreciar os objetivos de forma satisfatória. Entre esses instrumentos temos o Cadastro Territorial Multifinalitário (CTM), que apesar de não ser uma ideia nova, tendo sua gênese datada de milênios atrás, sendo os modelos atuais muito próximos daqueles produzidos na Europa já no século XIX, o Brasil só contou com uma “legislação” específica voltada para o CTM a partir do final da primeira década do século XXI, sob uma portaria do Ministério das Cidades que trouxe recomendações genéricas acerca da estrutura e metodologia de implantação de um modelo de cadastro. Enquanto que no contexto local, em Belém do Pará, a produção de cadastros remonta da década de 1970, tendo como o mais atual aquele produzido em 2000, chamado de Cadastro Técnico Multifinalitário. Desta forma, o presente trabalho tem como objetivo analisar, com certa comparação, os modelos de cadastros do Ministério das Cidades, proposto na sua portaria nº 511/09, e da prefeitura de Belém - chamado de Cadastro Técnico Multifinalitário, com foco na questão da multifinalidade, esta considerada a partir da possibilidade do uso do CTM em todas as esferas do planejamento e gestão urbanos, principalmente àquelas não diretamente ligadas às esferas fiscal e tributária, já que estas últimas constituem historicamente a preocupação inicial do cadastro, configurando, assim, sua finalidade primeira. O trabalho foi produzido a partir do uso de técnica de consulta bibliográfica em obras de autores que discutem principalmente os conceitos de espaço, território, espaço urbano, ordenamento territorial, planejamento e gestão urbanos com coleta e análise de dados secundários, realizada através de pesquisa documental em textos oficiais do Ministério das Cidades, que envolvem o seu modelo de CTM, tais como a portaria 511/09, e relatórios de execução e planilhas do cadastro de Belém, fornecidas pelo seu órgão gestor, culminando com técnica de entrevista semiestruturada com técnicos dos órgãos competentes à sua produção e gestão, como a CODEM e a SEFIN.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Centros de autoacesso, identidade docente e profissionalidade(Universidade Federal do Pará, 2021-05-31) BARRETO, Mariana Maués; SILVA, Walkyria Alydia Grahl Passos Magno e; http://lattes.cnpq.br/6129530461830312Centros de autoacesso (CAA) são locais destinados ao apoio no processo de aprendizagem autônoma de línguas adicionais. A Universidade Federal do Pará (UFPA) possui um CAA denominado Base de Apoio à Aprendizagem Autônoma (BA3 ), aberto ao público, que conta com o auxílio de voluntários discentes dos cursos de licenciatura da Faculdade de Letras Estrangeiras Modernas para o seu funcionamento. Atualmente, o espaço é definido institucionalmente como local de apoio à aprendizagem de línguas. Configura-se ainda como um campo de pesquisas e os estudos ali desenvolvidos também abordam o CAA por esta perspectiva. No entanto, encontra-se uma lacuna no que tange a potencialidade das experiências vivenciadas no CAA para a formação dos professores de línguas. Portanto, nesta pesquisa buscamos analisar como o espaço afeta dinamicamente a construção da profissionalidade e da identidade docente dos voluntários e ex-voluntários da BA3 . De acordo com Murray (2018), uma das principais características dos CAAs é o constante processo de transformação e a relação dinâmica entre seres socialmente construídos e este contexto específico. Visto que os percursos de vida são, também, percursos formadores, os sujeitos que vivenciam estes espaços estabelecem e modificam suas diferentes identidades docentes por meio das trajetórias que ali constroem. Em meio aos questionamentos sobre o que constrói estas identidades e o que caracteriza o ser professor, nos deparamos com o conceito de profissionalidade. Este significa falar sobre “as qualidades da prática profissional dos professores em função do que requer o trabalho educativo” (CONTRERAS, 2002, p. 74). Tais atributos da profissionalidade referem se aos valores e pretensões que o docente deseja alcançar e desenvolver. Consequentemente, o significado destas qualidades não é fixo, pelo contrário, é adaptável ao contexto e às situações específicas que envolvem a realidade de cada professor. Esta pesquisa de abordagem narrativa qualitativa com movimentos analíticos holísticos foi dividida em duas etapas metodológicas. Primeiramente, durante o período de quatro meses, coletamos narrativas de três docentes em formação e quatro docentes já formados com o intuito de analisar os significados que estes atribuem às suas experiências identitárias profissionais. Em seguida, realizamos uma roda de conversa com aqueles que se encontram em sala de aula atualmente, tendo em vista o esclarecimento de algumas questões e a introdução de questionamentos complementares. Dentre os resultados obtidos por meio dos instrumentos, verificou-se o caráter multidimensional da construção identitária docente, visto que as identidades são constantemente construídas, reformuladas e influenciadas direta ou indiretamente pelos espaços dos quais os professores fazem parte. Identificou-se, também, a potencialidade formadora dos centros e os diferentes impactos causados pelo CAA na profissionalidade e identidade dos participantes desta pesquisa. Estes foram influenciados em termos de experiência com a gestão de espaços, do planejamento de atividades e do contato diário com o próprio centro e com outros aprendentes de línguas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Diálogo no aconselhamento em aprendizagem de inglês: interação, reflexão e autonomia(Universidade Federal do Pará, 2018-07-12) RIBEIRO, Juliana Araújo; SILVA, Walkyria Alydia Grahl Passos Magno e; http://lattes.cnpq.br/6129530461830312Nas últimas décadas, o aconselhamento em aprendizagem de línguas (AAL) vem se destacando como uma abordagem que busca estimular o protagonismo dos aprendentes de línguas (KELLY, 1996; MOZZON-MCPHERSON; VISMANS, 2001; CARSON; MYNARD, 2012; MAGNO E SILVA, 2012, 2016; KATO; MYNARD, 2015). Na Faculdade de Letras Estrangeiras Modernas (FALEM) da Universidade Federal do Pará, alguns estudantes entram sem proficiência na língua alvo (LA) e por isso, ao longo do curso, precisarão tanto formar-se professores quanto tornar-se falantes da LA. Ansiedade, insegurança e desmotivação são alguns dos sentimentos comuns a eles. Com o intuito de ajudá-los a administrar essas várias demandas, o serviço de AAL foi implantado. Esta pesquisa buscou identificar como ocorre o diálogo no AAL e quão eficaz ele pode ser para a promoção da autonomia no contexto da FALEM com três pares de conselheiros e aconselhados. Os aconselhados participantes deste estudo entraram na universidade sem proficiência na língua inglesa. Sessões virtuais e presenciais foram analisadas bem como questionários foram aplicados. Buscou-se verificar os padrões interacionais durante as sessões e averiguar como a reflexão é estimulada pelos conselheiros. Além dos estudos sobre AAL, este trabalho baseou-se nas contribuições de Vygotsky (1991) acerca da interação na perspectiva sociocultural e sobre reflexão por Dewey (1910), Boyd e Fales (1983) e Schön (2000). Os resultados indicam que a relação no AAL é entendida como menos hierárquica do que em outros contextos de aprendizagem ao demonstrarem que ambos, conselheiro e aconselhado, atuam colaborativamente em prol de um objetivo maior, negociando atividades, temas, local e horário de encontros. Percebeu-se diversas estratégias que o conselheiro utiliza para estimular processos reflexivos, destacando uma postura não-diretiva e de não correção. O uso da língua materna prevalece ao longo das sessões com os aprendentes mais iniciantes e a LA passa a ser empregada como oportunidade de prática para os mais proficientes. Finalmente, ouvir as conversas do AAL pode significar uma maior compreensão sobre as possibilidades para práticas de ensino-aprendizagem em que o aprendente tenha sua voz ouvida e valorizada.Dissertação Acesso aberto (Open Access) O estudo de caso no ensino de biologia: uma vivência de aprendizagem em cenário real(Universidade Federal do Pará, 2014-12-04) MARTINS, Edilene Lisboa; FREITAS, Nádia Magalhães da Silva; http://lattes.cnpq.br/2982253212145468Esta pesquisa foi desenvolvida no âmbito do Grupo de Pesquisa Educação, Ciência e Sustentabilidade na Amazônia, com o objetivo de apreender as potencialidades e os limites do método de estudo de caso no ensino de biologia sobre questões socioambientais, no contexto de uma vivência em cenários reais. Escolhemos este método como objeto de estudo por colocar os alunos em contato com problemas sociais, estimular o desenvolvimento do pensamento crítico, a habilidade de resolução de problemas e a aprendizagem de conceitos da área a ser trabalhada. Vários são os formatos do estudo de caso no ensino. Optamos por utilizar uma variante do formato de atividades em pequenos grupos denominada Caso Interrompido. O estudo de caso ”O camarão-da-Amazônia: uma questão de sustentabilidade” constituiu-se, portanto, a estratégia de coleta de dados, sendo que estes foram tratados a partir do olhar da Análise Textual Discursiva nos termos de Moraes e Galiazzi. A dinâmica de atividades do estudo de caso no ensino de biologia desencadeou ricas contribuições para o desenvolvimento da aprendizagem centrada no aluno no contexto da vivência em cenário real, no que pontuamos, a partir das falas dos alunos, que: as questões norteadoras e a socialização de informações dos conteúdos científicos facilitam a apreensão e a construção coletiva do conhecimento científico; para o desenvolvimento de uma metodologia centrada no aluno há a necessidade do professor desenvolver um sequenciamento didático diverso para não desestimular o aluno durante as atividades autônomas; para uma aprendizagem autônoma, o/a discente deve abandonar as amarras do ensino diretivo para que possa se permitir construir o conhecimento com seus próprios recursos; e a vivência em cenário real contribui para a apreensão da pluralidade científica e da reelaboração do conhecimento discente. Nestes aspectos, ponderamos que o contato com a realidade proporcionou aos discentes um constante fazer-se e refazer-se no ir e vir de quem tece continuamente a teia da sabedoria. Quem ensina aprende e quem aprende ensina um ao outro e a si mesmo.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Mulheres, justiça e caminhos de dor: um estudo empírico nas varas de violência doméstica e familiar de Belém - PA(Universidade Federal do Pará, 2018-04-11) LOPES, Twig Santos; ROSENBLATT, Fernanda Cruz da Fonseca; http://lattes.cnpq.br/9453548142022203; PINHO, Ana Cláudia Bastos de; http://lattes.cnpq.br/3470653249189577A presente pesquisa tem como propósito analisar os limites e as tensões enfrentadas pelas mulheres em situação de violência a terem acesso à justiça nas Varas de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (VVDFM) do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA), tendo como base pesquisa de campo e referencial teórico referente à criminologia crítica e as teorias feministas elaboradas no campo sócio-jurídico. Para tanto, foi realizada pesquisa empírica a partir de observação de audiências de instrução e entrevistas semiestruturadas com as mulheres em situação de violência e magistrados. As entrevistas objetivaram compreender quais os caminhos trilhados pelas mulheres em situação de violência doméstica no âmbito da agência judicial, bem como a percepção que os magistrados possuem acerca de suas atuações profissionais. A discussão será permeada pelos relatos colhidos em campo, visando identificar quais os problemas envolvidos na relação entre sistema de justiça criminal e mulheres em situação de violência acarretam formas de violência institucional - revitimização -, em face dessas mulheres. A análise privilegia, sobretudo, a dimensão das narrativas das interlocutoras como forma de evidenciar as suas percepções sobre o sistema de justiça criminal e o modo como são percebidas por este sistema. O trabalho de campo permitiu identificar as dificuldades relativas a ineficácia dos mecanismos de proteção e de assistência judiciária constantes da Lei n°. 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha (LMP), além de processos de revitimização desencadeados por agentes estatais. A abordagem metodológica é de cunho qualitativo e interdisciplinar.Dissertação Acesso aberto (Open Access) MY AUTONOMY PATH: Caminhos para a Autonomização de Aprendentes no Ensino Superior(Universidade Federal do Pará, 2023-12-21) BORGES, Larissa Dantas Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/4013038221401148Iniciar a jornada universitária é um desafio para a maioria das pessoas. As expectativas são grandes e se espera que o ingressante na academia seja capaz de demonstrar autonomia ao estudar, realizar suas tarefas e assumir um papel ativo na comunidade acadêmica. No entanto, a autonomia é um sistema dinâmico e complexo, que interage de maneiras diferentes com os diversos subsistemas da aprendizagem, como as emoções e a motivação; é ainda uma capacidade desenvolvida ao longo da vida, podendo passar por avanços, estabilidade e retrocessos (Borges, 2019). Os alunos do curso de Letras - Inglês da Faculdade de Letras Estrangeiras Modernas (FALEM), da Universidade Federal do Pará (UFPA), campus Belém, têm uma vantagem nesse percurso por possuírem em seu Projeto Pedagógico a disciplina Aprender a Aprender Línguas Estrangeiras (AALE), cujo objetivo é incentivar os calouros a desenvolverem, por meio de reflexões e de ações, sua própria autonomia na aprendizagem de línguas. No intuito de contribuir com recursos didáticos de cunho prático para o desenvolvimento da autonomia discente na disciplina AALE, esta dissertação apresenta uma proposta de produto educacional, composto por cinco recursos, para o fomento da autonomização, intitulado “MAP – My Autonomy Path”. O desenvolvimento do MAP foi embasado no “Modelo Dinâmico e Complexo de Desenvolvimento da Autonomia” (Borges, 2019), com particular ênfase nos movimentos de autonomização propostos pela autora. O produto educacional MAP foi desenvolvido como um e-book editável em formato .pdf. Os cinco recursos visam incentivar a reflexão e o gerenciamento da aprendizagem por meio do planejamento, da participação ativa na vida universitária e da autoavaliação desse processo. A aplicação do MAP foi realizada em um grupo de quinze alunos da turma matutina de AALE, os quais utilizaram os recursos e em seguida responderam a um questionário de avaliação, no qual fizeram comentários e deram sugestões acerca do produto. A análise dos dados gerados apontou evidências de autonomização por parte dos participantes, os quais relataram apreciar as oportunidades de planejamento, reflexão, autoavaliação e identificação de propiciamentos que o produto oferece. Espera-se que no futuro o produto MAP possa ter sua utilização expandida em outros contextos e assim contribuir para o fomento da autonomia de novos alunos.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Nomes do possível: autêntica lembrança e estudo sequencial das políticas autonômicas no extremo norte do Uruguai(Universidade Federal do Pará, 2021-06) MORAES, Alex MartinsEm 2015, meus interlocutores no movimento popular dos cortadores de cana-de-açúcar do norte uruguaio enunciavam seus propósitos políticos em referência a um conjunto de palavras emblemáticas que, segundo eles, indicariam a existência de uma antiga “autonomia” passível de ser atualizada no tempo presente. Argumento que esse tipo de recordação é da ordem das “autênticas lembranças” (Walter Benjamin). Nelas, está em jogo a hipótese segundo a qual um acontecimento passado poder ser redescoberto à luz das inquietações atuais que o transformam em objeto de atenção política. Testo essa hipótese mediante uma “análise sequencial da política” (Sylvain Lazarus). Seleciono algumas palavras que mobilizavam a atenção dos meus interlocutores para, em seguida, submergir-me nas formas de consciência que outrora elas sustentaram. Finalizo o artigo refletindo sobre como um processo político contemporâneo pode revalorizar as experiências autonômicas pretéritas, expondo-nos ao que Benjamin denominaria uma “cristalização em mônada” do tempo da emancipação.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Saberes e autonomia docente: um diálogo entre elementos imprescindíveis à formação do professor(Universidade Federal do Pará, 2020-12) CARMO, Nilce Pantoja do; ABREU, Waldir Ferreira deO presente trabalho faz-se como um desdobramento da dissertação “Um rio no caminho: processos de escolarização de alunos ribeirinhos em contexto escolar urbano”, apresentada em 2019 como critério avaliativo do título de Mestre em Educação ao Programa de Pós-Graduação em Educação (do Instituto de Ciências da Educação da Universidade Federal do Pará). Neste ínterim, “Saberes e autonomia docente: um diálogo entre elementos imprescindíveis à formação do professor”, caracteriza-se como uma pesquisa bibliográfica, que objetiva compreender as relações peculiares aos saberes e à autonomia, discorrendo sobre como essa interação vem se constituindo no processo de formação do professor. Para tanto, buscou-se aporte nos trabalhos de Freire (1996), Contreras (2002) e Tardif (2014), autores que se debruçaram na abordagem de tais categorias (saberes e autonomia) vinculadas ao contexto formativo daqueles que estão afrente da prática educativa formal dos sujeitos. Os resultados do estudo apontam que a constituição da autonomia se associa diretamente ao aguçar dos saberes. Assim, a formação do professor deve considerar a relevância dos saberes como basilares ao fomento da autonomia docente.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Sequência didática autonomia aprendente: reflexões e práticas para alunos do ensino superior(Universidade Federal do Pará, 2025-06-30) SOUZA, Jocielma e Silva de; DINIZ, André Monteiro; http://lattes.cnpq.br/5064351890235151; https://orcid.org/0000-0002-4895-7421; SILVA, José Roberto Alves da; DINIZ, Marcos Monteiro; http://lattes.cnpq.br/0654774935235794; http://lattes.cnpq.br/7813719832858592; https://orcid.org/0000-0001-9814-6451Este trabalho apresenta a sequência didática Autonomia Aprendente, recurso voltado para autorreflexão e planejamento da aprendizagem no ensino superior. Este processo educacional emergiu como proposta para enfrentar o desafio de engajar o aluno, especialmente no que se refere a reflexão e adoção de atitudes favoráveis ao seu processo de aprendizagem. Essas atitudes podem ser estimuladas através de propostas pedagógicas práticas e reflexivas. Desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Criatividade e Inovação em Metodologias de Ensino Superior (PPGCIMES), da Universidade Federal do Pará (UFPA), com ênfase em Inovações Metodológicas no Ensino Superior (INOVAMES), a sequência resultante tem foco no desenvolvimento da autonomia no processo de aprendizagem de alunos do ensino superior. A metodologia envolveu uma pesquisa bibliográfica sobre o processo de desenvolvimento da autonomia à luz do paradigma da complexidade e sobre a promoção da aprendizagem autodirigida, embasado no Modelo Dinâmico e Complexo de Desenvolvimento da Autonomia de Borges (2019) e na abordagem da aprendizagem contínua de Schlochauer (2021). Além disso, foi cursada a disciplina “Oficina Pedagógica: Autonomia em Contextos de Aprendizagem” e realizada observação participante. Em seguida, deu-se a elaboração do processo educacional, sua aplicação e avaliação com discentes do 7º semestre, noturno, do Curso de Pedagogia de uma universidade particular de Belém/PA. Dentre os resultados dessa investigação, evidenciou-se que a sequência teve um impacto positivo para os participantes, o que favoreceu a autorreflexão, a identificação de fatores internos e externos que influenciam a autonomia e aprendizagem, bem como o planejamento da aprendizagem autodirigida. Ademais, as etapas e atividades da sequência contribuíram para uma perspectiva mais ativa em relação aos desafios enfrentados pelos participantes em seus contextos de aprendizagem, em especial o do ensino superior. Vislumbramos que a sequência Autonomia Aprendente contribua para a aprendizagem na graduação e demonstre potencial para levar os aprendentes a engajamento, autonomia e aprendizagem contínua.Tese Acesso aberto (Open Access) Turismo comunitário como sistema de dádivas na Amazônia: uma aliança entre reciprocidade e autonomia na gestão local do turismo em Anã e Coroca, Santarém, PA.(Universidade Federal do Pará, 2021-06-23) ASSIS, Giselle Castro de; PEIXOTO, Rodrigo Corrêa Diniz; http://lattes.cnpq.br/9872938064820413Essa investigação analisou como se estruturam as relações sociais tecidas entre os agentes sociais endógenos das comunidades Anã e Coroca (Santarém/Pa), e as relações que eles estabelecem com agentes exógenos para a oferta do turismo, com a finalidade de identificar a função da autonomia comunitária em iniciativas turísticas protagonizadas por populações locais. A pesquisa de campo foi orientada pelos pressupostos da etnografia antropológica, em três períodos diferentes de imersão nos microcosmos das comunidades, e no macrocosmo formado por Santarém e Alter do Chão. O caminho metodológico de análise dos dados foi construído a partir da concepção de Lanna (2000) sobre a etnografia da troca. O campo mostro qe o turismo institui relações de troca de dádivas ambivalentes (econômicas/simbólicas) entre os agentes sociais internos e desses com agentes externos às comunidades. Esse intercâmbio relacional de dádivas cria uma estrutura de rede social interdependente, sem a qual a experiência de turismo não acontece na comunidade. Ao promover a conexão do microcosmo com o macrocosmo, o turismo gera alianças e sociabilidades de forma sistêmica e complexa, pois existe entre esses ambientes uma dependência recíproca. Portanto, em ambientes sociais que promovam a troca de bens e de sua espiritualidade de forma ambivalente, o turismo pode ser compreendido como uma dádiva e, a dinâmica relacional que ele produz, como um sistema de dádivas. A compreensão da dinâmica dessas relações sociais me permiti inferir qe o trismo comnitrio prod m fato social total na concepo de Mauss (2017). A observação detalhada das iniciativas turísticas de Anã e Coroca revelou que, embora ambas sejam chamadas por turismo de base comunitária (TBC), a base comunitária ou endógena, está ativa, no momento, somente em Coroca. Isso porque, essa comunidade opera suas ações coletivas por meio da reciprocidade. Como a estrutura social que sustenta a autonomia de uma comunidade de processos de dependência, tutela e dominação de agentes externos, a reciprocidade é a responsável por promover a autogestão dos interesses coletivos, como o turismo. Ao identificar a aliança entre reciprocidade e autonomia no microcosmo de Coroca, e sua ausência no microcosmo de Anã, compreendi a função da autonomia, e sua relevância como característica balizadora para reconhecer iniciativas de turismo comunitário, pois não há como referir o protagonismo de uma população local na gestão do turismo se ela não é livre para RESUMO escolher; se não é plenamente capaz de tomar decisões em todos os processos que envolvem a operação turística, os quais ocorrem tanto no seu ambiente endógeno (o comunitário), quanto no exógeno (mercado de viagens). Acredito que a autogestão do turismo comunitário é um caminho possível, desde que as populações locais tenham acesso ao conhecimento e formação técnica para autogerir-se de forma integrada entre suas demandas comunitárias, e as expectativas do mercado de viagens.
