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Navegando por Assunto "Bacias (Geologia)"

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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Análise faciológica da formação Codó (Aptiano superior) na Região de Codó (MA), leste da Bacia do Grajaú
    (Universidade Federal do Pará, 2000-09-11) PAZ, Jackson Douglas Silva da; ROSSETTI, Dilce de Fátima; http://lattes.cnpq.br/0307721738107549
    Os depósitos da Formação Codó, na região de Codó (leste do estado do Maranhão) consistem de folhelhos, calcários e evaporitos contínuos lateralmente e organizados em ciclos de arrasamento ascendente de, em média, 2,5 m de espessura. Estes depósitos são considerados como o registro de um sistema lacustre que se instalou durante o Neoaptiano na Bacia do Grajaú. Esta interpretação baseia-se nos seguintes critérios: 1) presença de ostracodes e algas típicas de ambientes não-marinhos, associados à ausência de fósseis marinhos; 2) domínio de litologias formadas por suspensão e frequente formação de paleossolos, associados à ausência de estruturas geradas por maré e reduzida atividade de onda; e 3) razão 87sr/ 86sr igual, em média, a 0,7079, valor mais elevado que aquele esperado para evaporitos e carbonatos marinhos do período Aptiano. Foram individualizadas treze fácies deposicionais, as quais foram agrupadas em três associações de fácies atribuídas a: a) lago central; b) lago transicional; e c) lago marginal. A associação de fácies de lago central posiciona-se na base dos ciclos de arrasamento ascendente, sendo composta por duas fácies: a) folhelho negro betuminoso; e b) evaporito. O domínio de rochas pelíticas nesta associação de fácies é consistente com sedimentação em ambientes de baixa energia, típicos de centro de lago. A abundância de pirita e a composição betuminosa apontam para condições ambientais redutoras. A escassez de infauna é indicada pela ausência de bioturbação, o que é consistente com anoxia, enquanto as fácies evaporíticas apontam para um contexto lacustre salino. A associação de fácies de lago transicional consiste de: a) argilito laminado; b) mudstone calcífero; c) calcário peloidal (mudstone a packstone); e d) calcário meso-cristalino. Estes depósitos estão posicionados entre as associações de fácies de centro e de margem de lago, encontrando-se na porção média dos ciclos de arrasamento ascendente, o que levou a atribuí-los a ambiente lacustre transicional. A associação faciológica de lago marginal representa o topo dos ciclos de arrasamento ascendente e agrupa as seguintes fácies: a) pelito maciço; Db) calcita- arenito; c) calcário ostracodal (wackestone a grainstone); d) calcário pisoidal (packstone); e) gipsita-arenito; £f) tufa; e g) ritmito carbonato/folhelho. Estes depósitos mostram uma abundância de feições sedimentares (i.e., paleossolos, superfícies cársticas e fenestras) típicas de exposição meteórica e/ou subaérea, consistentes com a interpretação como depósitos de lago marginal. O modelo deposicional proposto consiste de sistema lacustre com margem em rampa e baixa energia de fluxo, tomando-se por base as seguintes características: 1) baixa taxa de suprimento sedimentar; 2) relevo pouco pronunciado em torno da bacia lacustre; 3) abundantes feições sedimentares registrando episódios de exposição subaérea ou à água meteórica; e 4) predomínio de fácies marginais sobre fácies centrais. Além destas características, esta interpretação é também sugerida pelos seguintes aspectos: 1) pequenas espessuras (i.e., poucos metros) dos ciclos deposicionais, o que pode ser atribuído a um espaço deposicional reduzido em função do predomínio de lâmina d'água rasa através da bacia lacustre; 2) ausência de depósitos turbidíticos, típicos em ambientes lacustres com quebra em talude acentuado; e 3) ausência de depósitos de ressedimentação (p.e., brechas e/ou depósitos deformados por ação gravitacional), característicos em associação a ambientes de talude. A abundância de folhelhos negros e evaporitos sugere que a bacia lacustre era hidrologicamente fechada, estratificada e salina. Os ciclos deposicionais identificados na área de estudo revelam caráter regressivo, sendo representados por três tipos: 1) ciclos completos de arrassamento ascendente; 2) ciclos incompletos de arrasamento ascendente; e 3) ciclos de inundação ascendente. A origem destes ciclos foi atribuída a tectonismo, com base no seu padrão assimétrico de empilhamento, o que também é corroborado pela presença de feições deformacionais sinsedimentares associadas com atividade sísmica sindeposicional. As informações faciológicas, paleontológicas e geoquímicas obtidas na região de Codó permitem considerar que a ingressão marinha neocaptiana, registrada na porção norte da Bacia de São Luís-Grajaú, não chegou a atingir a região de Codó, que manteve-se protegida desta ingressão.
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    TeseAcesso aberto (Open Access)
    Compartimentação morfotectônica do interflúvio Solimões-Negro
    (Universidade Federal do Pará, 2003-11-26) BEZERRA, Pedro Edson Leal; SILVA, Maurício Borges da; http://lattes.cnpq.br/1580207189205228
    A partir da análise morfoestrutural e morfotectônica integrada às informações constantes das imagens dos sensores remotos, da litoestratigrafia, da geomorfologia, dos dados sísmicos e dos dados de campo foi definida a estruturação neotectônica e a sua influência na elaboração das formas de relevo e da rede de drenagem durante o terciário Superior e o Quaternário. Esta estruturação foi delineada através da compartimentação morfotectônica do Interflúvio Solimões-Negro, objetivo desta pesquisa. As discussões concentram-se na área de distribuição das coberturas cenozóicas superposta às bordas leste e oeste das bacias sedimentares paleozóicas do Solimões e Amazonas, respectivamente. Esta área ocupa cerca de 290 000 Km²,e localiza-se entre os paralelos 0° e 4°S e meridianos 60°WGr, na região amazônica, envolvendo principalmente o Estado do Amazonas e parcela do Estado de Roraima. As unidades geológicas formadas durante ou após a implantação do regime neotectônico estão representadas: 1) pela Formação Içá de idade pós-miocênica provavelmente plio-pleistocênica; 2) por Terraços Pleistocênicos; 3) por Terraços Holocênicos; 4) pelas Áreas Inundáveis Interfluviais Holocênicas; e 5) pelos Aluviões Holocênicos. O modelamento da paisagem pela rede de drenagem evidencia uma compartimentação do relevo em sistemas de planícies, ligados à dinâmica fluvial atual,e em sistemas de interflúvios tabulares normalmente nivelados por uma superfície de aplainamento formada na metade do Pleistoceno, em retomada de erosão. A estruturação neotectônica tem um relacionamento direto com a regeneração das descontinuidades pertencentes à estruturação paleotectônica, isto é, com a tectônica ressurgente. Esta estruturação antiga é definida por:1) Lineamento Tacutu de orientação NE-SW, que se projeta para o quadrante noroeste da área; 2) o Lineamento Madeira, também de orientação NE-SW que secciona o quadrante sudeste;3) o Arco de Purus com orientação NW-SE que estabelece os limites entra as bacias do Amazonas e Solimões; (4) lineamentos menores como Juruá e o Japurá, de direção E-W, definidos fora dos domínios da área pesquisada. A atuação do campo de tensões neotectônico foi aliviada através de dois pulsos de movimentação cinemática de natureza essencialmente transcorrente. No primeiro pulso ocorrido imediatamente após a inversão para leste da rede de drenagem da Amazônia Ocidental, que corria para oeste, estabeleceram-se os principais corredores de drenagem na direção predominante NE-SW através do nordeste do Amazonas, Roraima e Guyana, alcançando o Oceano Atlântico através do rift valley do Tacutu. O segundo, predominantemente transtensivo, ocorreu no Pleistoceno Superior - Holoceno, provocou o redirecionamento desse sistema para o Amazonas, e responde pela configuração do relevo e pelo desenho da rede de drenagem tal como se mostra atualmente. Os sistemas de Relevo diferenciam-se, fundamentalmente, pelo grau de desenvolvimento da rede de drenagem, havendo uma nítida gradação da mais evoluída para menos evoluída, que se reflete na distribuição dos interflúvios e nas suas dimensões, e que registram a história da implantação do quadro estrutural neoctectônico e suas diferenciações geométricas e cinemáticas. Este registro encontra-se especializado em cinco compartimentos morfotectônicos, denominados: Compartimento Transpressivo Rio Juruá-Rio Purus; Compartimento Transcorrente Rio Madeira-Rio Purus; Compartimento Transcorrente Rio Negro- Rio Japurá; Compartimento Transtensivo Rio Negro- Rio Solimões; e o Compartimento Transtensivo Rio Branco- Rio Negro. A evolução morfoestrutural e morfotectônica se deu de sudoeste para nordeste, de modo que a rede de drenagem encontra-se bem desenvolvida no Compartimento Rio Juruá-Rio Purus; em desenvolvimento na zona central formada pelos Compartimentos Rio Madeira-Rio Purus; Rio Negro- Rio Japurá e Rio Negro - Rio Solimões; encontra-se em estágio inicial de desenvolvimento no Compartimento Rio Branco- Rio Negro. A nordeste do Compartimento Transtensivo Ri Negro- Rio Japurá, a rede de drenagem é composta, apresentado tanto feições de estágio inicial como os padrões amorfo e multibasinal, quanto outras feições típicas de rede de drenagem em desenvolvimento. As estruturas do Compartimento Rio Juruá- Rio Purus compreendem falhas inversas geradas no Terciário Superior; as dos compartimentos Rio Madeira-Rio Purus e Rio Negro- Rio Japurá são falhas direcionadas dextrais com componente de rejeito oblíquo, provavelmente inverso no Terciário Superior e normal no Pleistoceno; no Compartimento Rio Negro-Rio Solimões são principalmente falhas normais e de rejeito oblíquo dextral do Pleistoceno Superior; e no Compartimento Rio Branco - Rio Negro configura-se uma estrutura em cunha com movimentação oblíqua nas bordas noroeste e leste, e extensional na sua zonal central, com evolução iniciada no Pleistoceno Superior estendendo-se ao Holoceno. Atividades recentes de algumas dessas falhas são marcadas por eventos sísmicos de intensidade que chegam a 5.5 mB.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Evolução estrutural da Bacia do Amazonas e sua relação com o embasamento
    (Universidade Federal do Pará, 1991-02-19) WANDERLEY FILHO, Joaquim Ribeiro; COSTA, João Batista Sena; http://lattes.cnpq.br/0141806217745286
    Este trabalho apresenta aspectos relativos à evolução estrutural da Bacia do Amazonas e discute o papel das estruturas do Prê-Cambriano no desenvolvimento da arquitetura fanerozôica. O quadro estrutural do Prê-Cambriano compreende estruturas ligadas a dois eventos termo tectônicos principais. O evento mais antigo, responsável pela instalação dos terrenos granito-"greenstones" e dos cinturões de cisalhamento de alto grau metamôrfico no Arqueano, impôs as linhas estruturais mestras NW-SE, NE-SW e E-W ao arcabouço tectônico regional. O segundo evento, no âmbito da Amazônia Oriental, proporcionou o desenvolvimento de falhas normais NW-SE e WNW-ESE, e de falhas de transferência NE-SW relacionadas a um eixo extensional NE-SW proterozóôico; várias bacias foram formadas neste evento, com destaque para o Graben do Cachimbo. A evolução estrutural da Bacia do Amazonas atraves do Fanerozóico foi fortemente controlada pela geometria das estruturas criadas no Prê-Cambriano. A instalação da Bacia do Amazonas está relacionada ao ciclo de abertura e fechamento do oceano Iapetus no Paleozóico, durante o qual as zonas de fraqueza antigas NE-SW e NW-SE foram reativadas em falhas normais e falhas de transferência, respectivamente. A movimentação associada às falhas de transferências promoveu a compartimentação da bacia em quatro blocos estruturais distintos; nesse contexto, destaca-se a zona compartimental de Purus (Arco de Purus), que evoluiu a partir de reativações de falha normais do Graben do Cachimbo, separando as Bacias do Amazonas e Solimões. Os efeitos da fragmentação do megacontinente Gonduana no Mesozóico estão registrados na Bacia do Amazonas através de falhas normais NE-SW e NNE-SSW, de falhas de transferência NW-SE, de falhas transcorrentes ENE-WSW e de produtos ígneos e sedimentares. No Cenozóico a Bacia do Amazonas e adjacências experimentaram movimentações essencialmente transcorrente de natureza dextral.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Evolução paleogeográfica, durante o cenozóico, da região de Bragança, NE do estado do Pará
    (Universidade Federal do Pará, 2002-02-28) ALMEIDA, João Revelino Caldas de; BORGES, Mauricio da Silva; http://lattes.cnpq.br/1580207189205228; COSTA, João Batista Sena; http://lattes.cnpq.br/0141806217745286
    As principais características morfológicas da região nordeste do Estado do Pará estão diretamente relacionadas com eventos tectônicos do Mesozóico-Cenozóico que respondem pela fragmentação do Gondwana resultando na formação do Oceano Atlântico Equatorial e da margem passiva. A área investigada faz parte da Bacia de Bragança-Viseu, que evoluiu a partir da incidência de tectônica extensional na região nordeste do Estado do Pará, desde o Jurássico Superior”. No Mioceno, essa região foi submetida a tectônica transtensional que gerou falhas normais de direção NW-SE e falhas transcorrentes dextrais E-W e NE-SW. Esse evento tectônico gerou extensas áreas abatidas e corredores que facilitaram a transgressão do mar até 150 km dentro do continente, a partir da linha de costa atual. A partir dessa transgressão marinha desenvolveu-se a sequência carbonática Pirabas, depositada em locais que possuíam paleodrenagens típicas de áreas subsidentes. Algumas áreas geograficamente situadas na região nordeste do Estado do Pará. Permaneceram emersas quando dessa transgressão marinha. Na área da Bacia de Bragança-Viseu são inexpressivos os registros de deposição dos sedimentos pertencentes à Formação Pirabas, o que permite deduzir a presença de um alto estrutural, que funcionou como anteparo ao avanço do Mar de Pirabas. A ocorrência de calcário na parte sul do município de Bragança sugere a existência de uma linha de costa caracterizada por enseadas e pontas voltadas para noroeste. A partir da interpretação de mapeamento geofísico efetuado no município de. Bragança ficou caracterizada a total ausência de calcário em direção a leste e nordeste, no contexto da Bacia de Bragança-Viseu. Portanto, não há registro de transgressão miocênica, permitindo sugerir que, nessa área, os dados atestam tão somente a presença do embasamento pré-cambriano, capeado por fluxos de detritos do Quaternário, expressos nos sedimentos Pós-Barreiras. A morfologia da área em questão não mudou muito desde o Mioceno-Plioceno; ainda hoje essa porção da Zona Bragantina se constitui em uma área elevada, o que é atestado pelo relevo colinoso. Os dados geológicos atuais sugerem que esse quadro morfológico é controlado por estruturas decorrentes da tectônica transtensional.
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    TeseAcesso aberto (Open Access)
    Paleoambiente e proveniência da formação cabeças da bacia do Parnaíba: evidências da glaciação famenniana e implicações na potencialidade do reservatório
    (Universidade Federal do Pará, 2014-06-10) BARBOSA, Roberto César de Mendonça; NOGUEIRA, Afonso César Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/8867836268820998
    O histórico de prospecção de hidrocarbonetos da Bacia Paleozoica do Parnaíba, situada no norte-nordeste do Brasil, sempre foi considerado desfavorável quando comparado aos super-reservatórios estimados do Pré-Sal das bacias da Margem Atlântica e até mesmo interiores, como a Bacia do Solimões. No entanto, a descoberta de gás natural em depósitos da superseqüência mesodevoniana-eocarbonífera do Grupo Canindé, que incluem as formações Pimenteiras, Cabeças e Longá, impulsionou novas pesquisas no intuito de refinar a caracterização paleoambiental, paleogeográfica, bem como, entender o sistema petrolífero, os possíveis plays e a potencialidade do reservatório Cabeças. A avaliação faciológica e estratigráfica com ênfase no registro da tectônica glacial, em combinação com a geocronologia de zircão detrítico permitiu interpretar o paleoambiente e a proveniência do reservatório Cabeças. Seis associações de fácies agrupadas em sucessões aflorantes, com espessura máxima de até 60m registram a evolução de um sistema deltaico Devoniano influenciado por processos glaciais principalmente no topo da unidade. 1) frente deltaica distal, composta por argilito maciço, conglomerado maciço, arenito com acamamento maciço, laminação plana e estratificação cruzada sigmoidal 2) frente deltaica proximal, representada pelas fácies arenito maciço, arenito com laminação plana, arenito com estratificação cruzada sigmoidal e conglomerado maciço; 3) planície deltaica, representada pelas fácies argilito laminado, arenito maciço, arenito com estratificação cruzada acanalada e conglomerado maciço; 4) shoreface glacial, composta pelas fácies arenito com marcas onduladas e arenito com estratificação cruzada hummocky; 5) depósitos subglaciais, que englobam as fácies diamictito maciço, diamictito com pods de arenito e brecha intraformacional; e 6) frente deltaica de degelo, constituída pelas fácies arenito maciço, arenito deformado, arenito com laminação plana, arenito com laminação cruzada cavalgante e arenito com estratificação cruzada sigmoidal. Durante o Fammeniano (374-359 Ma) uma frente deltaica dominada por processos fluviais progradava para NW (borda leste) e para NE (borda oeste) sobre uma plataforma influenciada por ondas de tempestade (Formação Pimenteiras). Na borda leste da bacia, o padrão de paleocorrente e o espectro de idades U-Pb em zircão detrítico indicam que o delta Cabeças foi alimentado por áreas fonte situadas a sudeste da Bacia do Parnaíba, provavelmente da Província Borborema. Grãos de zircão com idade mesoproterozóica (~ 1.039 – 1.009 Ma) e neoproterozóica (~ 654 Ma) são os mais populosos ao contrário dos grãos com idade arqueana (~ 2.508 – 2.678 Ma) e paleoproterozóica (~ 2.054 – 1.992 Ma). O grão de zircão concordante mais novo forneceu idade 206Pb/238U de 501,20 ± 6,35 Ma (95% concordante) indicando idades de áreas-fonte cambrianas. As principais fontes de sedimentos do delta Cabeças na borda leste são produto de rochas do Domínio Zona Transversal e de plútons Brasilianos encontrados no embasamento a sudeste da Bacia do Parnaíba, com pequena contribuição de sedimentos oriundos de rochas do Domínio Ceará Central e da porção ocidental do Domínio Rio Grande do Norte. No Famenniano, a movimentação do supercontinente Gondwana para o polo sul culminou na implantação de condições glaciais concomitantemente com o rebaixamento do nível do mar e exposição da região costeira. O avanço das geleiras sobre o embasamento e depósitos deltaicos gerou erosão, deposição de diamictons com clastos exóticos e facetados, além de estruturas glaciotectônicas tais como plano de descolamento, foliação, boudins, dobras, duplex, falhas e fraturas que refletem um cisalhamento tangencial em regime rúptil-dúctil. O substrato apresentava-se inconsolidado e saturados em água com temperatura levemente abaixo do ponto de fusão do gelo (permafrost quente). Corpos podiformes de arenito imersos em corpos lenticulares de diamicton foram formados pela ruptura de camadas pelo cisalhamento subglacial. Lentes de conglomerados esporádicas (dump structures) nos depósitos de shoreface sugere queda de detritos ligados a icebergs em fases de recuo da geleira. A elevação da temperatura no final do Famenniano reflete a rotação destral do Gondwana e migração do polo sul da porção ocidental da América do Sul e para o oeste da África. Esta nova configuração paleogeográfica posicionou a Bacia do Parnaíba em regiões subtropicais iniciando o recuo de geleiras e a influência do rebound isostático. O alívio de pressão é indicado pela geração de sills e diques clásticos, estruturas ball-and-pillow, rompimento de camadas e brechas. Falhas de cavalgamento associadas à diamictitos com foliação na borda oeste da bacia sugerem que as geleiras migravam para NNE. O contínuo aumento do nível do mar relativo propiciou a instalação de sedimentação deltaica durante o degelo e posteriormente a implantação de uma plataforma transgressiva (Formação Longá). Diamictitos interdigitados com depósitos de frente deltaica na porção superior da Formação Cabeças correspondem a intervalos com baixo volume de poros e podem representar trapas estratigráficas secundárias no reservatório. As anisotropias primárias subglaciais do topo da sucessão Cabeças, em ambas as bordas da Bacia do Parnaíba, estende a influência glacial e abre uma nova perspectiva sobre a potencialidade efetiva do reservatório Cabeças do sistema petrolífero Mesodevoniano-Eocarbonífero da referida bacia.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Processamento sísmico CMP e CRS de dados sintéticos acústicos e elásticos representativos das bacias paleozóicas da região Amazônica
    (Universidade Federal do Pará, 2007) NAZARÉ, Cláudia Priscila Pereira; CALLAPINO, German Garabito; http://lattes.cnpq.br/6064981270181319
    Entre as diversas dificuldades encontradas para a exploração de petróleo na Região Amazônica, as soleiras de diabásio existentes em todas as bacias paleozóicas brasileiras, apesar de terem executado um importantíssimo papel durante o processo de maturação da matéria orgânica, dificultam a exploração sísmica por causarem espalhamento da onda sísmica e gerarem reflexões múltiplas, aumentado assim o risco exploratório. Nesta dissertação é apresentado um estudo dos problemas de imageamento sísmico das Bacias do Amazonas e do Solimões por meio da geração e processamento de dados sintéticos 2D acústicos e elásticos. Para a geração dos dados acústicos e elásticos de cobertura múltipla através da técnica de diferenças finitas foram construídos modelos de velocidades de ondas P e S e de densidades com base em informações geológicas e geofisicas reais. O processamento desses dados sísmicos sintéticos foi realizado com os métodos de empilhamento ponto médio comum (CMP) e superflcie de reflexão comum (CRS) onde foram obtidas seções sísmicas de afastamento nulo (ZO), que foram migradas em profundidade pós-empilhamento pelo método split-step. Os resultados dos processamentos sísmicos com os métodos CMP e CRS mostram que tanto os dados acústicos como os elásticos representativos de ambas as bacias, exibem uma razão sinal/ruído superior e melhor continuidade lateral dos refletores quando simulados pelo método CRS em relação aos resultados obtidos na simulação realizada através do método CMP. A análise interpretativa das seções empilhadas e migradas em profundidade pósempilhamento mostra que nos dados aqui estudados, os eventos situados na porção superior dos modelos propostos (em tempo, até 0,7s e em profundidade até 1.200m) apresentam aparentemente uma melhor resolução, porém os eventos situados em porções inferiores (onde se encontra a rocha reservatório) não foram imageados satisfatoriamente devido a ocorrência das reflexões múltiplas que se apresentam por vezes sobrepostas às reflexões primárias.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    A sucessão siliciclástica-carbonática neocarbonífera da bacia do Amazonas, regiões de Monte Alegre e Itaituba (PA)
    (Universidade Federal do Pará, 2010-03-14) LIMA, Hozerlan Pereira; NOGUEIRA, Afonso César Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/8867836268820998
    Registros sedimentares do Neocarbonífero, particularmente do Moscoviano, na Bacia do Amazonas, Norte do Brasil, caracterizam a zona de contato entre as formações Monte Alegre (rochas siliciclásticas) e Itaituba (rochas carbonáticas). A análise faciológica da sucessão Moscoviana de até 40 m de espessura, exposta na região de Monte Alegre e Itaituba, Estado do Pará, permitiu identificar 5 associações de fácies (AF), que correspondem a depósitos estabelecidos no ambiente costeiro, representados por dunas/intedunas eólicas (AF1), lençóis de areia/wadi (AF2), laguna/washover (AF3), praia/planície de maré (AF4) e laguna/delta de maré (AF5). A associação de campo de dunas/interdunas (AF1) é constituída por arenitos finos a médios, bimodais com estratificação cruzada de médio porte, laminação cavalgante transladante subcrítica e arenitos com gradação inversa. Arenitos finos com acamamento maciço, marcas de raízes e, subordinadamente, verrugas de aderência (adhesion warts), ocorrem nos limites dos sets de estratificação cruzada e indicam, respectivamente, paleossolos e migração de grãos por ação eólica sobre interduna úmida. Depósitos de lençóis de areia/wadi (AF2) são compostos de arenitos finos a médios com estratificação plano-paralela e laminação cavalgante transladante subcrítica, relacionados a superfícies de deflação (lençóis de areia), enquanto arenitos finos a médios com estratificações cruzadas tangencial e recumbente, e acamamento convoluto, caracterizam rios efêmeros com alta energia. Pelitos laminados e arenitos finos com laminação cruzada cavalgante, contendo o icnofóssil Palaeophycus, representam sedimentação em ambiente de baixa energia e foram agrupados na associação de laguna/washover (AF3). Os depósitos de praia/planície de maré (AF4) consistem em arenitos finos a médios, com estratificação plano-paralela a cruzada de baixo ângulo, intercalados com lentes de dolomito fino maciço, localmente truncados por arenitos finos a médios. Estas fácies foram formadas pelo fluxo-refluxo em ambiente de praia, localmente retrabalhadas por pequenos canais, enquanto o carbonato é interpretado como precipitado em poças (ponds). Na AF4 encontram-se também pelitos laminados com gretas de contração, lâminas curvadas de argila e arenitos com estratificação cruzada tabular de pequeno a médio porte, contendo filmes de argila sobre foresets e superfícies de reativação, sugerindo a migração de sandwaves na intermaré. A associação de laguna/delta de maré (AF5) é constituída por calcários dolomitizados (mudstones, wackestones, packstones e grainstones) com poros do tipo vug e móldicos e bioclastos de braquiópodes, equinodermas, foraminíferos, ostracodes, briozoários, trilobitas, moluscos e coral isolado não fragmentado, além do ichnofóssil Thalassinoides. Conglomerados com seixos de calcário dolomitizado, arenitos finos com estratificação cruzada de baixo ângulo e superfícies de reativação, localmente sobrepostos por arenitos finos com estratificação cruzada sigmoidal e laminação cruzada cavalgante, foram interpretados como depósitos de tidal inlet e delta de maré. As associações de fácies/microfácies e os dados paleontológicos descritos neste trabalho corroboram a predominância de ambientes lagunares, em parte, conectados a um ambiente desértico costeiro para o intervalo de transição entre as formações Monte Alegre e Itaituba. A abundância de grãos arredondados de areia fina nas fácies carbonáticas corrobora influxo siliciclástico advindo do ambiente desértico adjacente ao ambiente costeiro. Condições mais quentes e tropicais para a sucessão estudada são também indicadas pela presença de carbonatos e argilominerais como illita e, principalmente, esmectita, bem como uma fauna diversificada. Os litotipos siliciclásticos e carbonáticos intercalados que caracterizam a fase final da deposição Monte Alegre e o início da sedimentação Itaituba, justificam sua representação em um mesmo sistema deposicional costeiro.
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