Navegando por Assunto "Biogeografia"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise biogeográfica da avifauna de uma área de transição cerrado-caatinga no Centro-Sul do Piauí, Brasil(Universidade Federal do Pará, 2001-01-16) SANTOS, Marcos Pérsio Dantas; SILVA, José Maria Cardoso da; http://lattes.cnpq.br/6929517840401044Esta dissertação foi dividida em dois capítulos: o primeiro capítulo deste trabalho avalia as predições da hipótese de homogeneização da seguinte forma: (a) a área de transição seria ocupada por espécies amplamente distribuídas que não reconhecem as bordas destes biomas; (b) a fauna da Caatinga será apenas um subconjunto da fauna do Cerrado, ambas em uma escala continental; e (c) elementos com centro de distribuição no Cerrado ou na Caatinga serão encontrados sintopicamente na área de transição entre os dois biomas. A distribuição das espécies de aves foi avaliada com base em estudos de campo, complementados por registros da literatura e de espécimens em museus. O segundo capítulo apresenta uma avaliação da " teoria geral das distribuições" de James Brown. Especificamente, pretende-se responder as seguintes questões: a) qual a relação entre abundância e área de ocupação das espécies de aves passeriformes e como a escala de estudo influencia esta relação?; (h) Qual o efeito da filogenia e da massa corporal das espécies sobre a relação entre abundância e área de ocupação em diferentes escalas espaciais?; (c) A correlação positiva entre abundância e área de ocupação tende a diminuir com a inclusão de espécies filogeneticarnente mais distantes nas comparações? (d) As espécies generalistas são, em média, mais abundantes e mais distribuídas em qualquer escala espacial do que espécies especialistas? (e) Qual o efeito da filogenia e da massa corporal sobre esta comparação? (f) As espécies próximas aos centros de suas distribuições são, em média, mais abundantes e ocupam mais lugares que espécies que estão próximas às bordas de suas distribuições? (g) Qual o efeito da filogenia e massa corporal sobre esta comparação? A abundância e área de ocupação foram medidas em duas escalas espaciais: regional, compreendendo as 11 unidades de paisagens identificadas na área de estudo; e local compreendendo os 33 locais de amostragens distribuídos nas 11 unidades de paisagens. A abundância das aves foi estimada usando a contagem por pontos com raio fixo. Nós analisamos a influência da filogenia separadamente para os dois maiores dados deste grupo (suboscines e oscines) e a influencia da massa corporal separadas em duas categorias (30g e > 30g).Tese Acesso aberto (Open Access) Análise da variabilidade genética e estudo populacional de Antilophia bokermanni (Aves: Pipridae) com implicações para sua conservação(Universidade Federal do Pará, 2010) RÊGO, Péricles Sena do; SCHNEIDER, Horacio; http://lattes.cnpq.br/3621033429800270O Soldadinho-do-araripe – Antilophia bokermanni (Passeriformes, Pipridae) é atualmente o membro mais ameaçado de extinção de sua família, sendo classificado como “criticamente em perigo”. Com uma população estimada em somente 800 indivíduos, está espécie é endêmica de uma pequena área (aproximadamente 30 km²) de floresta úmida de encosta da Chapada do Araripe no nordeste do Brasil. A urgente necessidade de implementação de um programa de conservação efetivo para o Soldadinho-do-araripe tem estimulado muitas pesquisas com diversos aspectos de sua biologia. No presente estudo, nós examinamos variações nas seqüências de segmentos do mtDNA e ncDNA em representantes de A. bokermanni e A. galeata. As análises mostraram nenhuma evidência para subestruturamento populacional e também de história de expansão populacional para A. bokermanni. Sua variabilidade genética é ligeiramente menor quando comparada com a sua espécie-irmã, mas suas similaridades indicam um recente processo de separação, indicado pela retenção de polimorfismo ancestral (separação incompleta de linhagens) em todos os marcadores. Nós também não encontramos nenhuma associação entre variação de plumagem e variações nucleotídicas do gene MC1R no gênero Antilophia. Este estudo representa uma contribuição da genética para o Plano de Conservação do Soldadinho-do-araripe (Antilophia bokermanni).Tese Acesso aberto (Open Access) Avifauna do estado de Roraima: biogeografia e conservação(Universidade Federal do Pará, 2005) SANTOS, Marcos Pérsio Dantas; SILVA, José Maria Cardoso da; http://lattes.cnpq.br/6929517840401044Esta Tese de Doutorado tem dois objetivos gerais: (a) investigar os padrões de diversidade e distribuição da avifauna do Estado de Roraima; e (b) analisar a as lacunas de conhecimento científico no estado. Para a melhor apresentação dos problemas que compõem este projeto, ele foi dividido em 5 sub-projetos:(1) Aves de Roraima – Este capítulo tem como objetivo principal apresentar uma listacomentada e atualizada da avifauna do Estado de Roraima, além de uma caracterização geral de Roraima e a apresentação de um histórico completo da exploração ornitológica do Estado. (2) Variação em composição e diversidade da avifauna de Roraima – Nesse Capítulo procuramos documentar os padrões de distribuição das aves nas grandes regiões ecológicas de Roraima por meio da comparação da diversidade de espécies, análise da composição taxonômica, análise da distribuição ecológica, similaridade faunística, singularidade faunística e comparação com as áreas de endemismo adjacentes. (3) Análise geográfica e ecológica do esforço de investigação ornitológica no estado de Roraima - Neste capítulo, basicamente, apresentaremos uma síntese sobre todo o esforço ornitológico feito até o momento em Roraima, visando responder as seguintes questões: (a) quais os locais bem amostrados para aves? (b) quais são as lacunas geográficas de investigação? (c) em que estágio de descobertas está o inventário das espécies de aves em Roraima? (d) quais são os macro-hábitats prioritários para investigação? (e) quais os tipos de vegetação bem investigados e quais os que podem ser classificados como prioritários para investigação? (4) As aves das savanas de Roraima/Rupununi: composição e biogeografia - O objetivo principal desse Capítulo é avaliar a importância biogeográfica das savanas amazônicas e suas implicações para os processos de manutenção da diversidade biótica da região. Para isso pretendemos responder as seguintes questões: (1) Quais as espécies de aves que ocorrem nas savanas de Roraima ? (2) Qual a composição ecológica da avifauna das savanas de Roraima? (3) Quais os padrões de distribuição das aves exclusivas de savanas? (4) Como a avifauna das savanas de Roraima se originou? (5) Da análise de raridade a seleção de sítios importantes para a conservação: uma abordagem integrada para a conservação da avifauna de Roraima - Nesse capítulo utilizamos uma nova abordagem para definir áreas importantes para a conservação da avifauna de Roraima a partir da integração de duas ferramentas básicas, ou seja, estabelecer sítio importantes para a conservação de aves no estado (IBAs), a partir do diagnóstico de espécies vulneráveis à extinção geradas através da análise de raridade de Rabinowitz et al. (1986). Este capítulo tem como objetivo responder as seguintes questões: (1) Quais as regiões do estado de Roraima com maior número de “IBAs”?, (2) Onde estão concentradas as áreas com maior número de táxons e IBAs ausentes do sistema de unidades de conservação de Roraima? (3) Quais as maiores pressões atuantes sobre as espécies ausentes do sistema de unidades de conservação? (4) Quais as congruências e incongruências entre as IBAs de Roraima e as áreas prioritárias para conservação propostas por Capobianco et al., (2001).Tese Acesso aberto (Open Access) Avifauna do estado do Acre: composição, distribuição geográfica e conservação(Universidade Federal do Pará, 2009) SILVA, Edson Guilherme da; SILVA, José Maria Cardoso da; http://lattes.cnpq.br/6929517840401044O estado do Acre faz fronteiras internacionais com o Peru e a Bolívia e nacionais com os estados do Amazonas e Rondônia. O Acre está localizado nas terras baixas da Amazônia sul‐ocidental, próximo ao sopé dos Andes, dentro de uma região considerada megadiversa da Amazônia brasileira. Apesar disso, a região ainda é pouco conhecida e considerada prioritária para a realização de novos levantamentos biológicos. Com o intuito de contribuir para o conhecimento da avifauna do sudoeste amazônico, este estudo teve como principais objetivos responder as seguintes questões: (a) Quantas e quais são as espécies de aves do estado do Acre? (b) Como as espécies estão distribuídas dentro do estado do Acre? e (c) Qual o estado de conservação das espécies residentes no estado do Acre? A metodologia para responder a estas questões contemplou: (a) uma ampla revisão bibliográfica; (b) dois anos de levantamento em campo, incluindo registros e a coletas de espécimes testemunhos; (c) a confecção do mapa de distribuição de cada táxon (incluindo espécies e subespécies); (d) a distribuição dos táxons pelas três grandes regiões interfluviais do Estado (leste, central e oeste); (e) a identificação de zonas de contato e hibridização, baseada na distribuição dos táxons parapátridos dentro do Estado; (f) o cálculo da distribuição potencial dos táxons dentro do Acre, baseado na extrapolação da área ocupada por cada unidade ecológica (fitofisionomia) onde eles foram registrados; (g) o cálculo da meta de conservação de cada táxon residente no Estado e (h) uma análise de lacunas, baseada na sobreposição dos mapas de distribuição potencial de cada táxon com o das Áreas Protegidas do Estado. A análise de lacuna foi realizada tendo três diferentes cenários como referência: (a) primeiro cenário ‐ levou em consideração todas as Áreas Protegidas; (b) o segundo cenário – levou em consideração apenas as Unidades de Conservação ‐ UCs de Proteção Integral e (c) terceiro cenário – levou em consideração apenas as UCs de Proteção Integral + as de Uso Sustentável (exclusas as Terras Indígenas). A revisão bibliográfica e os levantamentos (históricos e de campo) tiveram início em agosto de 2005 e se estenderam até dezembro de 2007. Após o término da revisão bibliográfica e das expedições em campo, foram compilados 7.141 registros de aves para o todo o estado do Acre. Destes, 4. 623 são de espécimes coletados, dos quais, 2.295 (49,6%) são oriundos de coletas feitas durante a realização deste estudo. Confirmou‐se para o Acre a presença de 655 espécies biológicas, distribuídas em 73 Famílias e 23 Ordens. Como consequência direta deste estudo, cinco novas espécies foram acrescentadas à lista de aves brasileiras. Registrou‐se também, 59 espécies migratórias, das quais, 30 (50,8%) são migrantes neárticas, 11 (18,6%) foram consideradas como migrantes intratropicais e 18 (30,5%) como migrantes austrais. De todas as espécies registradas no Estado, 44 são endêmicas do centro de endemismo Inambari. Dos 556 táxons de aves florestais residentes no Acre, 72,8% (405) distribui‐se nas três sub‐regiões do Estado; 10,0% (56) foi registrado apenas na sub‐região oeste; 5,3% (30) apenas na sub‐região leste e 0,5% (03) apenas na sub‐região central. Ao menos seis pares de táxons irmãos apresentaram padrão de distribuição alopátrida e 15 conjuntos de táxons apresentaram distribuição parapátrida dentro do Estado. Foram identificadas duas zonas de contato secundário (leste/oeste) e duas possíveis zonas de hibridização (leste/oeste) dentro do Estado. As análises de lacunas mostraram que no primeiro cenário, 87,1% dos táxons atingiram 100% da meta de conservação; 12% ficaram em classes de conservação intermediárias, ou seja, em lacuna parcial de proteção e apenas 0,8% ficaram em lacuna total de proteção. No segundo cenário, apenas 0,6% dos táxons atingiram 100% da meta de conservação; 97,6% ficaram em lacuna parcial e 1,8% ficaram em lacuna total de proteção. No terceiro cenário, 73,5% dos táxons atingiram 100% da meta de conservação; 25,5% ficaram em lacuna parcial e apenas 0,8% ficaram em lacuna total de proteção. As principais conclusões obtidas a partir deste estudo foram: (a) que a riqueza avifaunística do estado do Acre é bastante expressiva, porém, o número de espécies detectadas deverá aumentar à medida que novos levantamentos forem realizados; (b) que os rios Purus e Juruá não são as barreiras físicas que determinam o padrão de distribuição da maioria das aves residentes no estado do Acre; (c) que a presença de zonas de contato secundário, não coincidentes com o curso dos dois principais rios do Estado, dá suporte a ideia de que fatores não ligados a uma barreira física devem estar atuando na manutenção do padrão de distribuição atual de alguns táxons de aves residentes no Acre; (d) que o número de espécies “desprotegidas” ou em “lacuna parcial de proteção” entre a avifauna do Acre é muito baixo quando todo o sistema de Áreas Protegidas é levado em consideração, porém este número aumenta com a exclusão das Unidades de Conservação de Uso Sustentável e das Terras Indígenas; (e) que as aves restritas às campinas e campinaranas do oeste do Acre são as únicas que se encontram em lacuna do sistema de áreas protegidas do Acre, indicando a necessidade de se criar uma ou mais Unidades de Conservação para proteger este habitat específico.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Bathymetric trends of northeastern Brazilian snappers (Pisces, Lutjanidae): implications for the reef fishery dynamic(2005-09) FRÉDOU, Thierry; FERREIRA, Beatrice PadovaniA distribuição batimétrica de cinco espécies de peixes do Nordeste Brasileiro foi examinada através da análise da composição da captura e e abundância relativa (CPUE) mostrou que, de uma maneira geral, o comprimento furcal aumentou com a profundidade e que algumas espécies dominaram a captura de acordo com a faixa de profundidade. A cioba, L. analis, a guaiúba, L. chrysurus, e o dentão, L. jocu foram principalmente pescados na zona intermediaria (20-80 m) enquanto ariocó, L. synagris e o pargo olho-de-vidro L. vivanus ocorreram respectivamente nas águas rasas e nas águas profundas. Cada tipo de embarcação do Nordeste do Brasil explota preferencialmente uma combinação particular de espécies e uma determinada amplitude de tamanho. A dinâmica da frota do nordeste do Brasil é tecnologicamente heterogênea e determina a composição da captura. A distribuição geográfica da pesca e a interação técnica entre as frotas e as artes de pesca devem ser consideradas pelo manejo destas espécies visando a manutenção dos estoques em bases sustentáveis e a garantia de continuidade do recurso.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Biogeografia e filogeografia comparada do complexo Micrastur ruficollis (Aves, Falconidae)(Universidade Federal do Pará, 2012) SOARES, Leonardo Moura dos Santos; ALEIXO, Alexandre Luis Padovan; http://lattes.cnpq.br/3661799396744570; SANTOS, Marcos Pérsio Dantas; http://lattes.cnpq.br/7941154223198901Esta dissertação de mestrado possui dois objetivos gerais: (a) investigar a filogeografia comparada de três espécies do complexo Micrastur ruficollis (M. ruficollis, M. gilvicollis e M. mintoni), que ocorrem na bacia amazônica, com a finalidade de identificar os contextos temporal e espacial da diversificação do grupo no bioma; e (b) reavaliar com base em caracteres moleculares o status taxonômico e limites interespecíficos entre os táxons do complexo. Para a melhor apresentação da Dissertação, os objetivos serão cobertos no artigo "Revisão sistemática e biogeografia do complexo M. ruficollis (Aves Falconidae)" o complexo de espécies Micrastur ruficollis é de especial interesse para estudos de filogeografia na bacia amazônica, pois preenche requisitos básicos como a existência de espécies politípicas e com ampla distribuição na bacia amazônica. Portanto, tem sido de interesse para aqueles que tentam entender a história de diversificação desta região. Aqui utilizamos análises filogenéticas, biogeográficas e estimativas do tempo de diversificação deste grupo para tentar revelar um cenário especial e temporal de diversificação dentro da Amazônia e fornecer novas evidências sobre a importância destes processos históricos na formação do bioma.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Campylorhamphus procurvoides successor (Aves: Dendrocolaptidae) is a junior synonym of Campylorhamphus trochilirostris notabilis(2009-09) PORTES, Carlos Eduardo Bustamante; ALEIXO, Alexandre Luis PadovanDissertação Acesso aberto (Open Access) Caracterização morfológica de Liophis reginae semilineatus (Wagler, 1824) e Liophis reginae macrosomus (Amaral, 1935), e o status taxonômico de Liophis oligolepis Boulenger, 1905(Universidade Federal do Pará, 2002-10-25) COSTA, Robson Gil Neris; PRUDENTE, Ana Lúcia da Costa; http://lattes.cnpq.br/1008924786363328Foi analisado um total de 249 espécimes das subespécies de Liophis reginae que ocorrem no Brasil (Liophis reginae macrosomus e Liophis reginae semilineatus), com o objetivo de caracterizar morfologicamente os dois táxons e verificar a validade de Liophis oligolepis, táxon considerado sinônimo de Liophis reginae semilineatus. Foram considerados 22 dados merísticos e 18 morfométricos. Os complexos osteológicos e cefálicos, assim como os hemipênis foram analisados comparativamente entre os táxons. Foram identificadas, utilizando MANOVA, diferenças sexuais significativas em variáveis mensuradas da cabeça e do corpo. Uma análise da função discriminante (AFD) foi utilizada em sexos separados para maximizar a separação, num espaço rnultivariado, dos três táxons definidos a priori: Liophis regime semilineatus, Liophis reginae macrosomus e Liophis oligolepis. Os escores dos espécimes machos separaram claramente Liophis reginae semilineatus de Liophis oligolepis no eixo da primeira função discriminante e Liophis reginae semilineatus de Liophis reginae macrosomus na segunda função. Em fêmeas, a primeira função discriminante separou Liophis oligolepis de Liophis reginae semilineatus e Liophis reginae macrosomus. Na AFD de Liophis oligolepis e Liophis reginae semilineatus, considerando os dois sexos juntos, houve uma diferenciação entre os dois táxons na primeira função discriminante. A mesma análise foi feita para Liophis reginae semilineatus e Liophis reginae rnacrosomus, sendo observado uma separação destes táxons na primeira função discriminante. Verificou-se alguns exemplares de Liophis reginae semilineatus e Liophis reginae macrosomus além das áreas de distribuição registradas para essas subespécies. Para verificar se estes e os outros exemplares, ocorrentes nas áreas de distribuição citadas em bibliografia, formavam o mesmo grupo, foi feita uma análise da função discriminante. Os resultados indicam que as novas ocorrências pertencem ao mesmo grupo de espécimes previamente estabelecidos. A morfologia hemipeniana não diferiu entre Liophis reginae semilineatus, Liophis oligolepis e Liophis reginae macrosomus. Os três táxons apresentam crânios semelhantes no aspecto geral, porém existem diferenças, no osso parietal de Liophis reginae semilineatus e Liophis oligolepis. O status taxonômico de Liophis oligolepis foi definido na categoria específica com base nos caracteres meristicos, morfométricos e morfológicos. As subespécies Liophis reginae semilineatus e Liophis reginae macrosomus deverão ser reavaliadas no futuro, para a verificação de seus status. Com a análise de mais exemplares e a inclusão de Liophis reginae regime e Liophis reginae zweiftli nas análises.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Composição e biogeografia da avifauna das ilhas Caviana e Mexiana, foz do Rio Amazonas(Universidade Federal do Pará, 1994-01-14) HENRIQUES, Luiza Magalli Pinto; OREN, David Conway; http://lattes.cnpq.br/5451507856491990As ilhas Caviana e Mexiana, localizadas na foz do rio Amazonas, são ilhas construídas por sedimentos fluviais e por terrenos bem consolidados que datam do Terciário e que foram separados tectonicamente do continente no início do Holoceno. A composição da avifauna dessas ilhas é analisada tanto do ponto de vista biogeográfico como do ecológico. Registramos 148 espécies de aves para a ilha caviana e 183 para a ilha Mexiana. A discrepância entre o tamanho da área, Caviana é maior que Mexiana, e o número de espécies observado deve-se a uma sub-amostragem de Caviana. Entretanto, a análise da composição demonstrou que Caviana é mais rica em espécies florestais do que Mexiana. Em contrapartida, Mexiana apresentou uma maior riqueza de aves de habitats abertos. Essas diferenças sugerem que a elevação do nível do mar no início do Holoceno provocou a extinção de grande parte da avifauna de sub-bosque de mata na ilha Mexiana. As porções de teso na ilha mexiana não foram submersas, permanecendo a avifauna característica, que também é representada na ilha de Marajó. A análise da distribuição de 157 espécies subdividiu a avifauna em sete categorias: ampla distribuição sul-americana (77), ampla distribuição amazônica (25), distribuição restrita a Amazônia Oriental (07), distribuição restrita ao sul do rio Amazonas e ao leste do rio Tapajós (03), distribuição restrita a várzea (19), ampla distribuição ao norte da Amazônia e ausentes no interflúvio Tocantins-Xingú (05), ampla distribuição no Brasil Central (21). Não reconhecemos elementos restritos ao interflúvio Tocantins-Xingú. Esse fato relaciona-se com fatores ecológicos e não históricos. O padrão relacionado ao norte da Amazônia pode ser interpretado como sendo dispersão recente, através do sistema de ilhas da foz do rio Amazonas, ou pela formação dos arcos Purús e Gurupá, estabelecendo conexão entre a margem direita e esquerda do rio Amazonas, associados ao abaixamento do nível do mar no Pleistoceno. A dispersão ocorreu nos dois sentidos, explicando a existência de um grande número de espécies e subespécies cuja distribuição se restringe a Amazônia Oriental e a dispersão de elementos do Planalto Central para o norte da Amazônia. A última também está relacionada com a expansão das vegetações abertas, características do Planalto Central, nos períodos glaciais.Tese Acesso aberto (Open Access) A comunidade ictica e suas interrelacões tróficas como indicadores de integridade biológica na área de influencia do projeto hidrelétrico Belo Monte-Rio Xingu, PA(Universidade Federal do Pará, 2004-04) CAMARGO-ZORRO, Mauricio; ISAAC, Victoria Judith; http://lattes.cnpq.br/3696530797888724Este estudo apresenta diferentes metodologias aplicadas para compreender o funcionamento dos ambientes de um trecho do rio Xingu (PA), em relação à comunidade de peixes que nele habitam. Através do uso da ictiofauna procurou-se confirmar alguns padrões ambientais, visando constatar o estado atual de conservação de um trecho deste rio. A partir de levantamentos da ictiofauna local conforme a variação sazonal do rio, foram feitas diferentes análises ao nível espécies, populações e guildas tróficas. No nível de organização das populações, o estudo de parâmetros biológicos tais como: taxa de crescimento corporal, tamanho corporal máximo, taxa de mortalidade e o tamanho médio do início da maturação sexual constituíram uma boa aproximação para entender a história de vida dos diferentes grupos de peixes. Foi evidenciada uma tendência das comunidades de estarem conformadas por espécies tipo r-estrategistas e com menor tamanho corporal, em relação ao número de k-estrategistas de maior tamanho. Numa abordagem funcional, foi verificado que estruturar as comunidades em guildas constitui um bom indicador tanto dos padrões de convergência de uni ecossistema afim ao setor estudado do Xingu quanto do atual estado de conservação do mesmo. Um modelo de balanço de massas construído para o setor do médio rio Xingu indicou que se trata de um sistema com grande instabilidade ambiental e, que por sua vez, se comporta como um sistema sazonalmente maduro. A aparente restrição sazonal na disponibilidade de recursos alimentares observada para o setor de rio estudado pode incidir numa máxima eficiência no uso e transferência dos mesmos no ecossistema. Uma análise biogeográfica foi feita a partir da ocorrência das espécies para contextualizar o setor do rio compreendido entre a confluência dos rios Iriri e Xingu até as proximidades do povoado de Senador José Porfirio, na bacia do Xingu. Através desta análise verificou-se que o médio (a montante das cachoeiras) e baixo Xingu (a jusante) encontram-se inseridos em duas áreas de endemismo. A baixa afinidade na composição de espécies, observada para estes dois setores, é atribuída a uma variação geográfica na paisagem. Assim, a ocorrência do limite das cachoeiras nas proximidades do povoado de Belomonte e o efeito do rio Amazonas no setor do baixo Xingu podem ser os principais fatores que explicam as diferenças na composição ictiofaunística e na abundância das espécies em relação ao setor do médio Xingu. Finalmente, ressalta-se a importância da manutenção da conectividade hidrológica como forma de manter os processos ecológicos que ligam o sistema das cabeceiras à foz, e discutem-se os eventuais impactos na dinâmica ambiental e nas espécies de peixes do médio rio Xingu que serão ocasionados com a construção do projeto hidrelétrico de Belomonte.Tese Acesso aberto (Open Access) Conservação de tartarugas marinhas na costa maranhense, Brasil(Universidade Federal do Pará, 2022-03) RIBEIRO, Luis Eduardo de Sousa; BARRETO, Larissa Nascimento; http://lattes.cnpq.br/1295307492454506; HTTPS://ORCID.ORG/0000-0002-3396-4821; PEZZUTI, Juarez Carlos Brito; http://lattes.cnpq.br/3852277891994862; https://orcid.org/0000-0002-5409-8336Tartarugas marinhas têm longo histórico de exploração humana em todo o mundo, o que tem contribuído para o declínio populacional das espécies, juntamente com outras ameaças, com destaque para a captura acidental por diversos tipos de pesca, destruição dos hábitats e poluição. Atualmente, a interação com a pesca é a maior causa de mortandade entre as tartarugas marinhas, seguida por ingestão de material inorgânico (lixo). O acúmulo desses resíduos no mar, principalmente os plásticos, tem atraído uma considerável atenção nas últimas décadas, visto que a poluição é uma grande ameaça para a vida marinha. Neste trabalho, realizamos o mapeamento das áreas de ocorrência e de nidificação de cada espécie de tartaruga marinha na zona costeira do Estado do Maranhão, a análise da frequência de encalhes ao longo dos anos e a avaliação dos impactos sobre as populações de tartarugas marinhas no Parque Nacional (PARNA) dos Lençóis Maranhenses, assim como a composição da dieta e ingestão de resíduos sólidos. Essa pesquisa inclui registros de encalhes de animais vivos ou mortos durante os anos de 2005 a 2020, oriundos do banco de dados do Projeto Queamar - Quelônios Aquáticos do Maranhão – UFMA e de campanhas bimestrais ao PARNA dos Lençóis Maranhenses. Cinco espécies de tartarugas marinhas foram observadas (Caretta caretta, Eretmochelys imbricata, Lepidochelys olivacea, Chelonia mydas e Dermochelys coriacea), com registros reprodutivos para duas delas (E. imbricata e L. olivacea), ao longo de todo o litoral maranhense. Dos impactos registrados, a interação antrópica foi o fator mais notado (n=35), sendo o afogamento e a amputação as principais consequências do emalhamento (n=12). A obstrução intestinal causada pela ingestão de material inorgânico também foi frequentemente observada (n=13). Durante o período da pesquisa, foram realizadas duas Pesquisas Sísmicas Marítimas Marinhas 3D para prospecção de petróleo e gás, e que coincidiram com um aumento significativo na frequência de encalhes no PARNA dos Lençóis Maranhenses, que podem ter sido provocados pela poluição sonora causada pelos ruídos dos canhões de ar. Ainda que o litoral maranhense seja coberto por áreas legalmente instituídas para conservação, como o PARNA Lençóis Maranhenses e a RESEX de Cururupu, estudos a longo prazo sobre espécies de ciclo migratório internacional, como as tartarugas marinhas, que ocupam posição importante no cenário de conservação, possibilitam detectar tendências temporais e mudanças, assim como avaliar os impactos das zonas de atividades antropogênicas costeiras.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Descrição e notas taxonômicas comparativas das terminálias femininas de espécies de Peckia robineaudesvoidy, 1830 (Diptera, Sarcophagidae) da Amazônia brasileira(Universidade Federal do Pará, 2014-04-03) CAMARGO, Sofia Lins Leal Xavier de; CARVALHO FILHO, Fernando da Silva; http://lattes.cnpq.br/7987049452090800; ESPOSITO, Maria Cristina; http://lattes.cnpq.br/2112497575917273Descrições e notas taxonômicas comparativas das terminalias femininas de 15 espécies de Peckia Robienau-Desvoidy, 1830 (Diptera, Sarcophagidae) da Amazônia Brasileira. Para contribuir com a caracterização e também possibilitar a identificação específica das fêmeas do gênero Peckia, as terminálias de 15 espécies com ocorrência na Amazônia Brasileira são descritas, ilustradas e uma chave de identificação para fêmeas é fornecida. Além da cor da gena e presença de sétulas da gena e caliptra, o formato das espermatecas e do tergito 6 também podem ser utilizados caracterização dos cinco subgêneros de Peckia. O formato dos esternitos 6, 7 e 8, a posição do espiráculo 6 e a polinosidade do tergito 6 revelaram-se importantes para identificação das espécies. O tergito 8 está presente apenas na espécie Peckia (Pattonella) intermutans (Walker, 1861). O formato da placa vaginal, estrutura presente em apenas quatro espécies do subgênero Peckia, difere entre elas e pode ser utilizado para identificação específica. Portanto, uma análise conjunta destas características da terminália feminina é necessária para identificação específica de fêmeas de Peckia.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Determinação de alguns parâmetros da biologia reprodutiva e produtiva da paca fêmea (Agouti paca Linnaeus, 1744) criada em cativeiro(Universidade Federal do Pará, 2002) LAMEIRA, Ana Paula Guimarães; GUIMARÃES, Diva Anelie de Araújo; http://lattes.cnpq.br/2891287458034896; OHASHI, Otávio Mitio; http://lattes.cnpq.br/5547874183666459O presente estudo teve o propósito de determinar as características reprodutivas básicas de pacas criadas em cativeiro, tais como: duração do ciclo estral, duração do período gestacional, intervalo do parto ao primeiro cio pós-parto, duração do intervalo entre partos, além do número de produtos por parto e da proporção sexual. Foram utilizados treze animais, todos criados em cativeiro no Biotério da Universidade Federal do Pará sendo que os dados foram obtidos através de técnicas colpocitológicas, exceto aqueles relacionados à determinação do produto por parto e à proporção sexual, os quais foram observados diretamente após o parto. O período médio encontrado para o ciclo estral foi de 32,5 ± 3,69 (n = 20) dias sendo classificado em quatro fases: proestro, estro, metaestro e diestro. Estes resultados indicam que esta espécie tem poliestxo com reprodução contínua. Quanto ao período gestacional, dois resultados foram obtidos: a) 147,5 ± 2,83 (n = 2) dias para fêmeas cujo último cio foi confirmado com a presença de espermatozóides na lâmina e b) 146,7 ± 6,43 (n = 3) dias para fêmeas que tiveram a confirmação do início da gestação apenas pelas características clínicas do último cio antes do parto, confirmado através da caracterização da lâmina. Os filhotes apresentaram, ao nascer, olhos abertos, corpo completamente coberto de pêlos, movimentos ativos e capacidade de comer alimentos sólidos dentro de dois dias. O peso médio foi de 605,9 ± 87,47 g (n = 12) para as fêmeas e de 736,7 ± 108,41 g (n = 14) para os machos. Dos 38 nascimentos ocorridos no Biotério, nenhum foi gemelar, embora a paca seja capaz de produzir gêmeos. O intervalo entre partos foi de 187,3 ± 8,48 (n = 15) dias e dentro de 35,6 ± 5,22 (n = 5) dias ocorreu o primeiro cio pós-parto. Estes resultados podem servir de base para futuros trabalhos que tenham como objetivo o estudo de parâmetros reprodutivos de animais silvestres através da biotecnologia. Além disso, criatórios bem manejados de pacas podem tornar-se, no futuro, fonte de alimentação com qualidade e fonte de renda acarretando, desta maneira, a garantia da preservação da espécie.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Distribuição espacial de anuros e lagartos ao longo de gradientes ambientais em uma floresta de terra firme na Amazônia oriental, Pará, Brasil(Universidade Federal do Pará, 2008-08-18) GOMES, Jerriane Oliveira; ÁVILA-PIRES, Teresa Cristina Sauer de; http://lattes.cnpq.br/1339618330655263O presente estudo investigou a relação de comunidades de anuros de serapilheira e lagartos com a área basal de árvores, densidade do sub-bosque, cobertura do dossel e profundidade da serapilheira, a fim de verificar se a distribuição dessa comunidade, assim como de algumas espécies analisadas separadamente, seria determinada por estes fatores ambientais. A amostragem ocorreu entre agosto e novembro de 2007, em uma grade de 25 km² implantada pelo Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) / Amazônia, localizada na Floresta Nacional de Caxiuanã, Pará, Brasil. Duas técnicas de amostragem foram utilizadas: procura ativa diurna e armadilhas de interceptação e queda. No total, foram registrados 892 lagartos e anuros, pertencentes a 27 espécies (15 de anuros e 12 de lagartos). Na coleta ativa foram registradas 12 espécies de anuros (101 indivíduos) e 12 de lagartos (171 indivíduos), enquanto que nas armadilhas de interceptação e queda foram 11 espécies de anuros (327 indivíduos) e 15 de lagartos (293 indivíduos). Não houve relação significativa entre a distribuição das comunidades de anuros e lagartos com as variáveis preditoras, indicando que essas espécies ocorrem ao longo de todos os gradientes ambientais estudados. Apenas os lagartos Coleodactylus amazonicus e Ptychoglossus brevifrontalis apresentaram uma relação entre a sua distribuição e a densidade do sub-bosque e profundidade da serapilheira, respectivamente. Espera-se com este estudo contribuir para o aprimoramento do desenho amostral da herpetofauna do PPBio.Tese Acesso aberto (Open Access) Diversificação morfológica e molecular em lagartos Dactyloidae sul-americanos(Universidade Federal do Pará, 2015-03-30) D’ANGIOLELLA, Annelise Batista; CARNAVAL, Ana Carolina de Queiroz; http://lattes.cnpq.br/1268469210243345; PIRES, Tereza Cristina Ávila; http://lattes.cnpq.br/1339618330655263A compreensão dos padrões de distribuição da diversidade biológica, tem sido um tema amplamente discutido em estudos ecológicos e biogeográficos nas últimas décadas (Gaston, 2000; Ricklefs, 2004; Diniz-Filho et al., 2009). Nesse contexto, a região neotropical sul-americana destaca-se pela sua alta diversidade, distribuída nos mais diversos biomas (Morrone, 2004; Turchetto-Zolet et al., 2013). Estudos recentes demonstram que as alterações climáticas e geomorfológicas apoiam um cenário de mudanças complexas na paisagem do continente, influenciando na distribuição espacial dos táxons, riqueza de espécies, endemismos, diversidade genética e padrões biogeográficos observados (Nores 2004; Rull, 2008; Antonelli et al, 2009; Carnaval et al, 2009; Hoorn et al, 2010; Thomé et al., 2010; Werneck et al, 2012; Ribas et al 2012; Turchetto-Zolet et al., 2013, Rull, 2011, 2013). A conformação atual da América do Sul foi grandemente influenciada pelo soerguimento dos Andes, processo iniciado há aproximadamente 65 Ma, causando alterações climáticas e hidrográficas no continente (Hoorn et al. 1995; Van der Hammen & Hooghiemstra, 2000). Uma das principais consequências da elevação dos Andes foi a alteração do padrão de drenagem continental, levando à formação da bacia amazônica como a conhecemos atualmente (Hoorn et al 2010). Embora haja discordâncias sobre quando o Rio Amazonas começou a correr para o leste, a partir dos Andes, diferentes dados indicam que este já havia atingido seu fluxo atual a partir do Plioceno inferior (Figueredo et al. 2009; Latrubesse et al. 2010). Ainda que em menor escala, contudo, movimentos tectônicos continuaram a ocorrer na região, produzindo alterações ao menos locais, até o início do Holoceno (Rosseti et al. 2005; Rosseti & Valeriano, 2007).Dissertação Acesso aberto (Open Access) Doadores de sangue positivos em triagem sorológica para doença de Chagas no Acre: necessidade de adequação e orientação diagnóstica(Universidade Federal do Pará, 2011-01-24) SILVA, Pablo Rodrigo de Andrade e; PÓVOA, Marinete Marins; http://lattes.cnpq.br/2256328599939923O presente estudo, de que participaram 77.893 doadores de sangue que compareceram por primeira vez ao Hemocentro do Acre, de janeiro de 1997 a dezembro de 2008, teve por objetivos: 1) identificar indivíduos com sorologia positiva para doença de Chagas; 2) caracterizar, clinicamente, os indivíduos com sorologia positiva para doença de Chagas e 3) orientar adequadamente indivíduos com sorologia positiva quanto à terapêutica preconizada. A amostra se constituiu de 91,6% de pacientes do sexo masculino, com uma média de idade em torno de 47 anos, todos residentes do Estado do Acre. A triagem sorológica foi realizada com a aplicação do teste ELISA, com 102 resultados positivos; destes, doze foram incluídos no estudo e submetidos a testes confirmatórios, dos quais onze tiveram o resultado positivo confirmado. Segundo a avaliação de exames complementares realizados (ECG, ecocardiograma e endoscopia digestiva alta), um doador apresentava a forma cardíaca instalada e os demais a forma indeterminada da doença. É preciso oferecer o exame confirmatório da doença de Chagas na rotina dos bancos de sangue como forma de garantir o encaminhamento oportuno a uma assistência médica qualificada àquele doador de sangue que se tornou paciente chagásico.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Early Pleistocene lineages of Bagre bagre (Linnaeus, 1766) (Siluriformes: Ariidae), from the Atlantic coast of South America, with insights into the demography and biogeography of the species(Sociedade Brasileira de Ictiologia, 2016) SILVA, Wemerson Clayton da; MARCENIUK, Alexandre Pires; SALES, João Bráullio de Luna; SILVA, Juliana Araripe Gomes daAmbientes marinhos costeiros são caracterizados pela falta de barreiras físicas evidentes e ausência de isolamento geográfico, sendo difícil compreender como diferentes linhagens podem surgir e ser mantidas nestes ambientes. A identificação de barreiras permeáveis é um passo importante para a compreensão do fluxo gênico em ambientes marinhos. Os bagres marinhos da família Ariidae são um grupo demersal, com mecanismos de retenção larval e sem comportamento migratório ou estágio larval pelágico, representando um grupo potencialmente útil para a compreensão de processos históricos de especiação alopátrica no ambiente marinho. No presente estudo, duas linhagens do bandeirado ou bagre de fita, Bagre bagre , são reconhecidas com base na completa segregação mitocondrial e morfológica. Uma linhagem é encontrada da Venezuela à costa norte do Brasil, incluindo a costa nordeste semi-árida, enquanto a segunda linhagem é encontrada na costa leste e sudeste do Brasil, incluindo a costa nordeste úmida. Com base na área de distribuição, habitat preferencial e a variabilidade genética, inferências são feitas em relação à biogeografia e demografia das duas linhagens na costa do Atlântico da América do Sul.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Ecologia comportamental de Alouatta belzebul (Linnaeus, 1766) na Amazônia Oriental sob alteração antrópica de hábitat(Universidade Federal do Pará, 2005-03-14) CAMARGO, Carolina Cigerza de; FERRARI, Stephen Francis; http://lattes.cnpq.br/3447608036151352Dois grupos de guaribas-de-mãos-ruivas (Alouatta belzebul) foram monitorados na Ilha de Germoplasma (Tucuruí, Pará), entre abril e setembro de 2004, enfatizando a ecologia comportamental destes. Os dois grupos de estudo apresentavam tamanho e composição social semelhantes, mas habitavam diferentes tipos de floresta: floresta nativa (grupo P) e plantação de espécies arbóreas nativas (grupo Q). Dados comportamentais quantitativos foram obtidos através da amostragem de varredura instantânea com duração de três minutos e intervalos de dez minutos. O método "todas as ocorrências" foi empregado para registro de atividades raras, como interações sociais e interespecíficas. O repouso foi a atividade predominante em ambos os grupos (P: 67,3%, e Q: 61,9%), seguido de alimentação (P: 15,7%, e Q: 21,4%) e deslocamento (P: 15,8%, e Q: 15,5%). A diferença entre os grupos foi significativa apenas para repouso e alimentação. A dieta foi folívora-frugívora, complementada basicamente por flores. Não foi observado uma variação sazonal na composição da dieta de ambos os grupos de estudo. O grupo da mata nativa (P) ocupou uma área de vida de 5,25 ha, e o grupo da plantação (Q), 5,50 ha. Entretanto, o percurso diário médio percorrido pelo grupo P foi maior (612 m, contra 541 m pelo grupo Q). Ambos os grupos utilizaram preferencialmente seus habitats originais, e preferiram o estrato superior da floresta. As interações interespecificas foram pacíficas, e as interações sociais foram pouco observadas. Os resultados do presente estudo apresentam maiores similaridades com os estudos de A. belzebul realizados em fragmentos de Mata Atlântica do que aqueles realizados na Amazônia (floresta contínua). Isto pode sugerir que a fragmentação de habitat pode ser mais determinante no padrão de atividades dos animais do que as características do bioma. De uma maneira geral, os resultados aqui obtidos concordam com o padrão típico de Alouatta, descrito na literatura.Tese Acesso aberto (Open Access) Efeitos ecológicos e evolutivos nos padrões de diversidade de aves na Amazônia(Universidade Federal do Pará, 2018-09-20) ALMEIDA, Sara Miranda; SANTOS, Marcos Pérsio Dantas; http://lattes.cnpq.br/7941154223198901Estudos abrangendo diversidade filogenética e funcional têm sido cada vez mais utilizados para explicar os padrões de diversidade e organização de assembleias biológicas, constituindo ferramentas complementares à abordagem tradicional de avaliação de diversidade taxonômica (p.ex. riqueza de espécies). O conhecimento biogeográfico também pode contribuir para o entendimento desses padrões, uma vez que a distribuição geográfica de diferentes taxa depende de processos históricos relacionados à dispersão e à especiação e, dessa forma influenciando a formação dos pools regionais de espécies. Nesta tese avaliamos a influência de processos históricos e de fatores ambientais sobre a diversidade de assembleias de aves amazônicas. Compilamos dados da composição de 80 assembleias de aves, 12 em savanas e 68 em florestas de terra firme, totalizando 878 espécies. No Capítulo 1 avaliamos a diversidade filogenética e funcional de aves Passeriformes considerando dois fatores: a história biogeográfica de cada subordem (Passeri e Tyranni) e o tipo de habitat (floresta e savana). Verificamos a importância dos distintos habitats para a manutenção da diversidade de aves uma vez que, embora as savanas amazônicas apresentem baixa riqueza de espécies quando comparadas às florestas, este habitat possui assembleias com combinações únicas de atributos funcionais e linhagens específicas. Os resultados encontrados nesse capítulo evidenciaram que a maior diversidade funcional de Passeri em ambos os habitats e a maior diversidade filogenética de Tyranni em floresta de terra firme está relacionada à história biogeográfica de cada subordem e de sua adaptação ao tipo de hábitat. No Capítulo 2 testamos a contribuição das regiões biogeográficas da Amazônia (i.e., áreas de endemismo) e de variáveis climáticas para a composição de espécies e para a estrutura filogenética de assembleias de aves do dossel e do sub-bosque. Hipotetizamos que deve haver maior diferença na composição de espécies entre os interflúvios para as assembleias do sub-bosque, que são compostas por espécies com menor capacidade de dispersão, do que para as aves do dossel. Nesse capítulo, encontramos que as assembleias do sub-bosque foram mais influenciadas pelas barreiras biogeográficas do que as do dossel, corroborando nossa hipótese. As variáveis climáticas foram importantes para explicar a diversidade de espécies e para estrutura filogenética de ambos os grupos de aves. Com os resultados gerados nessa tese concluo que a diversidade de aves na Amazônia é resultado de processos relacionados à história biogeográfica, das características ecológicas das espécies e das condições ambientais.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Estudo comparativo das espécies de Saimiri voigt, 1831 (Primates, Cebidae) na reserva Mamirauá, Amazonas(Universidade Federal do Pará, 2008-05) PAIM, Fernanda Pozzan; QUEIROZ, Helder Lima de; http://lattes.cnpq.br/3131281054700225Uma das dez espécies de primatas presentes na Reserva Mamirauá (RDSM), Saimiri vanzolinii, possui alguns limites de sua distribuição ainda indefinidos. Considera-se sua área de distribuição como uma das menores dentre os primatas neotropicais, com cerca de 950 Km². Duas outras formas presentes do gênero Saimiri ainda não têm a sua taxonomia esclarecida. O objetivo principal deste estudo foi determinar características ecológicas e comportamentais que possam atuar como mecanismos de isolamento reprodutivo entre as formas de Saimiri na área da RDSM. Foram amostradas diversas áreas na RDSM, próximas às margens de rios e canais, coincidindo com as bordas da distribuição de S. vanzolinii. Ao longo do trajeto foram marcadas coordenadas geográficas no GPS. Em todos os pontos com presença de unidades sociais de Saimiri foram identificados a localidade, a forma de Saimiri, o número de indivíduos, hábitat, marca d’água e primatas associados. As vocalizações do tipo “cackle” foram gravadas oportunamente. Foram percorridos 218 Km, registrando-se 328 unidades sociais do gênero: 41% de Saimiri vanzolinii, 30% de Saimiri sp.1 e 29% de Saimiri sp.2. Um dos animais. Áreas de simpatria e sintopia também foram localizadas. Saimiri vanzolinii ocupa uma área com 106 Km² a menos do que o conhecido, abrangendo apenas 870 Km², o que confirma a menor área de distribuição de um primata neotropical. Dentre os resultados mais relevantes que podem determinar o isolamento reprodutivo entre as social, uso do estrato vertical e freqüências máximas da vocalização “cackle”. Saimiri tamanho médio de unidade social de Saimiri sp.2, na estação da seca, foi menor que para as outras formas. Quanto ao uso do estrato vertical, Saimiri vanzolinii ocupou níveis mais baixos, na estação da seca, do que Saimiri sp.1. Todas as formas ocuparam estratos mais baixos na estação da cheia. As freqüências máximas da vocalização “cackle” apresentaram diferenças entre as três formas, sendo Saimiri vanzolinii
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