Navegando por Assunto "Catadoras de mangaba"
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Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) As Catadoras de mangaba no Programa de Aquisição de Alimentos – PAA: um estudo de caso em Sergipe(Universidade Federal do Pará, 2014-09) MOTA, Dalva Maria da; SCHMITZ, Heribert; SILVA JÚNIOR, Josué Francisco da; PORRO, Noemi Sakiara Miyasaka; OLIVEIRA, Tania Carolina Viana deO artigo trata da experiência de um grupo de mulheres extrativistas na comercialização de frutas silvestres, no âmbito do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), no estado de Sergipe. O quadro de análise insere-se no debate sobre pobreza e políticas públicas para grupos específicos no espaço rural. O foco aqui são as autodenominadas “catadoras de mangaba”, que assumiram uma identidade coletiva baseada no uso comum de recursos com baixo impacto ambiental e pertencem ao Movimento das Catadoras de Mangaba (MCM). Embora tenham sido recentemente reconhecidas como sujeitos de direitos específicos, vivenciam a diminuição dos recursos, sobre os quais praticam o extrativismo, e as dificuldades de comercialização resultantes da insegurança relativa ao acesso aos frutos e à sazonalidade. A pesquisa foi realizada entre 2008 e 2011 por meio de observação direta e entrevistas abertas e semiestruturadas. Os principais resultados mostram que o PAA tem influenciado no aumento da renda, do consumo e da autoestima. Houve reordenamento da rotina diária das catadoras de mangaba que, para participar do programa, relegaram atividades tradicionais a segundo plano. As regras do programa foram ressignificadas e adaptadas localmente. Constata-se o aumento da solidariedade entre as catadoras participantes, paralelamente à intensificação da concorrência pelos frutos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Conflitos sociais pelo acesso aos recursos: o extrativismo da mangaba (Hancornia speciosa Gomes) no povoado Pontal/Sergipe(Universidade Federal do Pará, 2012-12-17) ROCHA, Maria Margarette Lisboa; MOTA, Dalva Maria da; http://lattes.cnpq.br/4129724001987611Os conflitos pelo acesso aos recursos para a prática do extrativismo da mangaba em Sergipe são o objeto de análise deste estudo. A pesquisa foi realizada por meio de um estudo de caso no povoado Pontal, município de Indiaroba, no Estado de Sergipe. Os principais procedimentos foram observações, entrevistas e participação nas ações de mobilização das catadoras. As conclusões mostram que dentre os diversos atores envolvidos nos conflitos destacam-se as mulheres extrativistas, autodenominadas ‘catadoras de mangaba’ e ameaçadas de perder o acesso às plantas, nas quais praticam o extrativismo de que dependem para sobreviver. Constatamos diferentes tipos de conflitos que envolvem catadoras de mangaba, proprietários e caseiros, como também conflitos entre as próprias catadoras. A disputa e a concorrência são elementos fortes vivenciados por essas mulheres extrativistas na defesa dos seus direitos pelo acesso aos recursos naturais (mangabeiras nas quais coletam frutos e manguezais onde coletam mariscos) e, ainda, na defesa da conservação da biodiversidade.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Interpretações de programas de políticas públicas por mulheres extrativistas de mangaba em Sergipe(Universidade Federal do Pará, 2013) MOTA, Dalva Maria da; SCHMITZ, Heribert; PORRO, Noemi Sakiara Miyasaka; SILVA JUNIOR, Josue Francisco da; RODRIGUES, Raquel Fernandes de AraújoO objetivo do artigo é analisar como os programas de políticas públicas que afetam as mulheres extrativistas de mangaba têm sido interpretados localmente. Os programas em análise são o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Seguro-Desemprego do Pescador Artesanal, nos quais elas participam regular ou ocasionalmente. Foram realizadas observações e entrevistas com roteiro aberto e semiestruturado e os dados foram analisados à luz dos aportes teóricos da sociologia. Os resultados indicam que ambos os programas proporcionam melhoria no acesso à renda e na satisfação das suas afiliadas; diferenciam-se, entretanto, quanto ao uso dos recursos naturais, temporariamente interditado na pesca e estimulado no extrativismo da mangaba. Em relação aos sentidos, o PAA abriga relações mais próximas das mercantis, pois exige contrapartida contratual; o seguro-defeso é percebido localmente como uma relação assistencial, “uma ajuda” do governo para os pobres, com uma contrapartida que depende da consciência de cada um.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) O Trabalho familiar extrativista sob a influência de políticas públicas(Universidade Federal do Pará, 2014) MOTA, Dalva Maria da; SCHMITZ, Heribert; SILVA JÚNIOR, Josué Francisco da; RODRIGUES, Raquel Fernandes de AraújoO artigo analisa a relação entre a organização do trabalho familiar no extrativismo e a participação em programas de políticas públicas no estado de Sergipe. Com abordagem predominantemente qualitativa, a pesquisa foi realizada com mulheres autodesignadas catadoras de mangaba e marisqueiras, reconhecidas como pertinentes ao segmento dos denominados povos e comunidades tradicionais e afiliadas ao Programa Bolsa Família (PBF), ao Seguro Desemprego do Pescador Artesanal (SDPA) e ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A metodologia constou de observações e entrevistas com diferentes atores envolvidos na atividade extrativista e nos programas de políticas públicas. As principais conclusões mostram que os programas de políticas públicas influenciam: i) na reorganização do cotidiano do trabalho no extrativismo, principalmente no tocante à diminuição do envolvimento de crianças e jovens na atividade e quanto à intensidade das jornadas; ii) no reforço aos papéis tradicionais de homens e mulheres, no caso do PBF, e na diluição de fronteiras entre esses mesmos papéis no PAA; iii) na diminuição do volume de trabalho no caso do SDPA e no aumento no PAA; e iv) nos diferentes sentidos que são atribuídos ao trabalho.
