Navegando por Assunto "Coastal erosion"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Os efeitos dos manguezais e das intervenções humanas na dinâmica sedimentar das praias de SalinópoliS, PA(Universidade Federal do Pará, 2025-03-07) PÉREZ MARTINEZ, Julián David; COHEN, Marcelo Cancela Lisboa; http://lattes.cnpq.br/8809787145146228Salinópolis, na costa do Pará, tornou-se um importante polo turístico, expandindo sua infraestrutura ao longo da zona costeira. Esta zona é considerada sensível à elevação do nível do mar. Portanto, identificar as áreas mais vulneráveis à erosão costeira é extremamente importante, principalmente devido ao crescimento das zonas urbanas costeiras que podem interferir no balanço sedimentar, intensificando os processos erosivos. Este trabalho de mestrado tem como objetivo identificar os efeitos dos manguezais e da expansão urbana costeira no balanço sedimentar ao longo das praias de Salinópolis. Este estudo foi realizado por meio de uma análise espaço-temporal baseada em dados de satélite (2003 – 2023) e drones (2019-2024). Os dados revelaram que a zona urbana expandiu (627 ha), enquanto a área de manguezal oscilou, com uma tendência de aumento de 3630 para 3889 ha entre 2003 e 2023. Foi identificada erosão ao longo das praias, principalmente na Praia do Farol Velho (erosão = 432.625 m³, sedimentação = 217.259 m³). A Praia do Atalaia (erosão = 115.415 m³, sedimentação = 462.630 m³) e as praias do Maçarico/Corvina (erosão = 640.389,21 m³, sedimentação = 801.670,61 m³) apresentaram uma tendência de acúmulo de sedimentos. A erosão tem ocorrido predominantemente na faixa inferior da zona de intermaré, enquanto a sedimentação tem ocorrido na supramaré e na faixa superior da zona de intermaré. Esse processo pode estar sedo acentuado pelas residências principalmente do Farol Velho e Praia do Atalaia que estão localizadas atualmente nas zonas de intermaré e supramaré em frente aos manguezais. Os muros construídos para proteger essas residências da ação das ondas e correntes têm funcionado também como um anteparo para reter sedimentos na transição intermaré superior/supramaré. Em grande parte da Praia do Farol Velho, sem esses muros, houve erosão na zona de intermaré, com recuo na linha de costa em torno de 100 m entre 2009 e 2023. No entanto, as praias de Maçarico/Corvina possuem manguezais em frente à infraestrutura urbana, com acúmulo de sedimentos predominantemente na zona de supramaré e na parte superior da zona de intermaré. As intervenções humanas nessas praias não impactaram a dinâmica sedimentar até 2023. Esta praia apresenta um bom exemplo de como os projetos de infraestrutura costeira devem ser planejados, usando os manguezais como proteção contra a ação de ondas e correntes. Entretanto, a construção de passarelas de acesso à praia em 2024 alterou o fluxo hidrodinâmico de um canal de maré, represando as águas das marés e desenvolvendo zonas de intermaré lamosas com salinidades da água intersticial próximas de 70 ‰. Esse processo já matou aproximadamente 7 ha de manguezal. Esses dados fornecem conhecimentos valiosos para orientar investimentos públicos e privados mais eficientes, evitando construções em áreas de alto risco ou que prejudiquem os manguezais, oferecendo informações cruciais sobre a erosão costeira e seus impactos na infraestrutura urbana das praias de Salinópolis, principalmente diante da elevação no nível do mar.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Mudanças morfológicas em praias da costa Leste da ilha do Marajó e os níveis de vulnerabilidade à erosão(Universidade Federal do Pará, 2021-06-29) SOUSA, Maria Bárbara Pereira de; RANIERI, Leilanhe Almeida; http://lattes.cnpq.br/3129401501809850; https://orcid.org/0000-0002-9870-4879A zona costeira é uma área de transição entre o mar e o continente, sendo um dos espaços geográficos mais vulneráveis no planeta. À vista disso, a avaliação de mudanças morfológicas e vulnerabilidade costeira à erosão é essencial, pois contribui para o planejamento de ações protetivas e mitigatórias de impactos ocorrentes no ambiente, seja ele natural ou antropizado. Dessa forma, o trabalho tem como objetivo verificar as mudanças morfológicas em praias da costa leste da Ilha de Marajó/PA e seus níveis de vulnerabilidade à erosão em diferentes escalas de tempo. Para isso, foram realizadas duas campanhas de campo (estação seca e chuvosa) na praia da Barra Velha (município de Soure) e Praia Grande (município de Salvaterra). A metodologia consistiu numa análise semiquantitativa, determinada por parâmetros de ocupação humana e naturais avaliados nas praias. Técnicas de sensoriamento remoto (dados de médio período) e coleta de dados in situ (dados de curto período) foram utilizadas. De acordo com os resultados obtidos, a praia da Barra Velha foi classificada como dissipativa nos dois períodos estudados e a maioria dos perfis topográficos mostrou tendência erosiva da passagem do período seco para o chuvoso. A praia Grande apresentou comportamento de praias intermediárias a refletivas tanto na estação seca quanto na chuvosa. A fase de acreção sedimentar desta praia ocorreu durante o período chuvoso, refletindo um padrão atípico para a morfodinâmica praial. A praia da Barra Velha exibiu uma vulnerabilidade à erosão moderada no setor noroeste e vulnerabilidade alta no setor sudeste, principalmente devido à alta taxa de erosão ao longo de 16 anos estudados. Já a praia Grande apresentou grau de vulnerabilidade moderado à erosão, sendo considerada uma praia mais estável, aliada às obras de proteção costeira. Nas duas praias, o risco costeiro foi baixo devido ao reduzido nível de ocupação próximo à linha de costa. Acredita-se que os resultados desta pesquisa podem contribuir para futuros estudos sobre o tema de vulnerabilidade à erosão em áreas pouco ou muito antropizadas e, para possíveis ações de gerenciamento costeiro na região amazônica, considerando suas particularidades ambientais.
