Navegando por Assunto "Depressive episode"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Os efeitos da atividade física baseada em movimentos de dança no movimento, funções executivas, episódios depressivos e qualidade de vida de pessoas com doença de Parkinson(Universidade Federal do Pará, 2022-06-21) DUARTE, Juliana dos Santos; KREJCOVÁ, Lane Viana; http://lattes.cnpq.br/2604693973864638; BAHIA, Carlomagno Pacheco; http://lattes.cnpq.br/0910507988777644; https://orcid.org/0000-0003-3794-4710A doença de Parkinson é considerada a segunda doença neurodegenerativa mais frequente em todo mundo e é caracterizada por ser crônica e progressiva. Os sintomas motores são os mais bem compreendidos, mas sintomas não motores podem estar presentes e surgir em diferentes estágios temporais da doença. Embora tratamentos farmacológicos sejam de suma importância para atenuar os sintomas da DP, eles ainda são limitados e na maioria das vezes desencadeiam efeitos colaterais. Por isso, abordagens terapêuticas complementares ao farmacológico são cada vez mais investigadas para avaliar seus possíveis efeitos benéficos na sintomatologia e na progressão da doença. A atividade física baseada em movimentos de dança está emergindo como abordagem terapêutica para uma série de sintomas da DP por ser uma atividade multidimensional que requer integração cognitivo-motora, sincronização rítmica e funções neuromusculares. Avaliar os efeitos da atividade física baseada em movimentos de dança no movimento, funções executivas, episódios depressivos e qualidade de vida em pessoas diagnosticadas com DP. 13 pessoas com DP (8♀ 5♂), com idade de 65,9 ± 6,5 anos (média ± DP), Hoehn & Yahr estágios I a III, MDS- UPDRS 67.62 ± 20.83 (média ± DP) realizaram duas sessões semanais (50 min/sessão) de atividade física baseada em movimentos de dança por seis meses. Os protocolos de avaliação foram realizados pré e pós-intervenção, aplicando os testes POMA para avaliação do movimento, o teste FAB para avaliação da função executiva e subdomínios, o teste MADRS para avaliação dos episódios depressivos, o questionário PDQ-39 para avaliação da percepção da qualidade de vida e, por último, a escala MDS- UPDRS para avaliação da severidade da DP. O teste t de Student foi usado para comparar os resultados pré e pós-intervenção da atividade física baseada em movimentos de dança. O nível de significância foi de 95% (p < 0,05). Observamos melhora significativa no equilíbrio e na marcha pelo teste POMA, t (12) = 2,283, p = 0.0207. A função executiva pelo teste FAB, t (12) = 2.840, p = 0.0074, o raciocínio abstrato e controle inibitório pelos subdomínios do teste FAB Conceituação, t (12) = 2.941, p = 0.0062, e Controle Inibitório, t (12) = 2.920, p = 0.0064, mostraram melhoras significativas entre os períodos pré e pós-intervenção da atividade física baseada em movimentos de dança. Os episódios depressivos avaliados pelo teste MADRS reduziram significativamente, t (12) = 2.264, p = 0.0214, e a percepção da qualidade de vida pelo PDQ-39 teve aumento significativo após a atividade física baseada em movimentos de dança, t (12) = 4.239, p = 0.0006. Não observamos mudanças significativas na severidade da DP. A atividade física baseada em movimentos de dança mostrou ter potencial atenuante no movimento, funções executivas, episódios depressivos e qualidade de vida na DP, podendo ser eficaz na reabilitação futura. Os elementos característicos da atividade física baseada em movimentos de dança como sincronização rítmica, maior integração cognitivo-motora e habilidades sociais podem ter contribuído nos resultados obtidos neste estudo.
