Navegando por Assunto "Dialetologia pluridimensional"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Estudo geosociolinguístico do português falado em áreas indígenas Galibi-Marworno e Karipuna(Universidade Federal do Pará, 2019-10-28) CARVALHO, Amanda da Costa; RAZKY, Abdelhak; http://lattes.cnpq.br/8153913927369006; https://orcid.org/0000-0001-9250-8917Pretende-se neste trabalho mapear, no nível fonético, o português falado pelos povos Karipuna e pelos Galibi-Marworno, habitantes da Terra Indígena Uaçá, no município de Oiapoque, estado do Amapá, em fronteira com a comuna francesa de Saint-Georges, do Departamento de Ultramar da Guiana Francesa. O objetivo geral desta pesquisa é descrever e analisar a variação fonética encontrada no Português Brasileiro Indígena em contato com a língua Kheuól (Crioulo de base francesa falado pelos indígenas), nas realizações de vogal média pretônica vogal média pretônica [e]; manutenção do ditongo [eɪ], [oʊ] e /R/ em coda silábica na posição interna. Os pressupostos teórico-metodológicos que conduziram esta pesquisa fundamentaram-se na Dialetologia Pluridimensional e Contatual (RADKE; THUN, 1996; THUN, 1998), na Geolinguística (GILLIERON, 1902) e na Geossociolinguística (RAZKY, 1998). Baseando-se nas comunidades estudadas, na Dialetologia Pluridimensional e na Geossociolinguística, as dimensões selecionadas foram a dialingual-diatópica, a topostática, a diassexual/diageracional. Foram selecionados 4 pontos de inquérito: duas comunidades Galibis-Marworno (Kumarumã e Tukay) e duas Karipunas (Manga e Santa Isabel). Preteriram-se quatro colaboradores estratificados socialmente (idade e sexo) em cada localidade: (i) primeira faixa etária, um homem e uma mulher de 18 a 37 anos; (ii) na segunda faixa etária, um homem e uma mulher de 45 a 75 anos. Ao longo da coleta de dados foram aplicados: Questionário Fonético- Fonológico (QFF) adaptado com o total de 164 perguntas, com respostas bilingues; Questionário Sociolinguístico do projeto Atlas Sonoro das Línguas Indígenas Brasileiras (CABRAL et al., 2015). Os resultados sociolinguísticos mostraram que os Galibi-Marworno e os Karipuna são dois povos totalmente distintos, com níveis diferentes de proficiência em KH e PBI. A análise fonética corroborou com trabalhos anteriormente realizados sobre os fenômenos fonéticos identificados, com a exceção da realização do ditongo [eɪ]. Acrescentamos ainda que, os dados referentes às análises sociais dos dados fonéticos não foram significativos para a variação fonética. Esse contexto nos permite propor que o falar regional do PB dos colaboradores não indígenas que habitam áreas próximas às aldeias pesquisadas, é propagado nas áreas indígenas, formando, consequentemente, um contínuo de fala com marcas regionais.Tese Acesso aberto (Open Access) Estudo geossociolinguístico do léxico do Portuguê falado em áreas indígenas de língua Tupi-guarani nos estados do Pará e do Maranhão Tomo I(Universidade Federal do Pará, 2018-08-27) COSTA, Eliane Oliveira da; MEJRI, Salah; RAZKY, Abdelhak; http://lattes.cnpq.br/8153913927369006Por muito tempo a Dialetologia caracterizou-se por sustentar a preocupação exclusivamente com o aspecto diatópico da variação linguística. No entanto, a configuração atual das sociedades modernas fez com que ela aceitasse a importância dos fatores sociolinguísticos e das relações de contato linguístico para a compreensão dos fenômenos linguísticos, passando, a partir desse momento, a considerar outras dimensões em que uma língua natural pode diversificar-se. A presente tese insere-se nessa perspectiva geossociolinguística e/ou pluridimensional e procurou investigar a variação lexical do português falado em áreas indígenas de língua Tupí-Guaraní nos estados do Pará e Maranhão à luz da Dialetologia Pluridimensional e Relacional proposta por Radtke e Thun (1999), Thun (1998, 2000, 2010, 2017), que conjuga a dimensão horizontal (diatópica) à dimensão vertical (diastrática) e dos estudos de Cardoso (2010), Cardoso e Mota (2016) Razky (1998, 2010), Elizaincín (2010), Calvet (2002), Romaine (1996), Chambers e Trudgill (1998), Trudgill (1999) e Berruto (2010). Foram investigadas quatro terras indígenas, a saber: Trocará (etnia Asuriní do Tocantins/PA), Nova Jacundá (etnia Guaraní Mbyá/PA), Sororó (etnia Suruí Aikewára/PA) e Cana Brava (etnia Guajajára/MA), que representam a dimensão diatópica deste estudo. Em cada uma dessas comunidades indígenas buscou-se entrevistar dez colaboradores, considerando-se as dimensões diageracional (5 a 10 anos – Faixa etária C, 18 a 37 anos – Faixa etária A, 47 a 75 anos – Faixa etária B), diagenérica (masculino e feminino) e diastrática (não escolarizados ou escolarizados até a 8ª série (9º ano) e escolarizados a partir do 1º ano do ensino médio). Além das dimensões supracitadas, foi considerada a dimensão dialingual (referente ao contato entre duas ou mais línguas numa comunidade linguística), que é amplamente contemplada pelas seguintes relações de contato linguístico: português/Asuriní do Tocantins, português/Guaraní Mbyá, português/Suruí Aikewára e português/Guajajára. A coleta de dados foi realizada in loco por meio da aplicação do Questionário Semântico-Lexical (QSL) do projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB). Além disso, observou-se a situação de bilinguismo nas comunidades investigadas, com o auxílio do Questionário Sociolinguístico (QS). Os resultados, de modo geral, mostram que o léxico do português falado nas terras indígenas analisadas reflete um contínuo, tanto na área indígena considerada quanto em relação a áreas não indígenas onde as comunidades étnicas estão localizadas. Quando ao bilinguismo, a dimensão diageracional (faixa etária B) é decisiva para a manutenção das línguas indígenas nas comunidades linguísticas investigadas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Mapeamento lexical do Português falado pelos Wajãpi no Estado do Amapá: uma abordagem geossociolinguística(Universidade Federal do Pará, 2017) RODRIGUES, Maria Doraci Guedes; RAZKY, Abdelhak; http://lattes.cnpq.br/8153913927369006Este trabalho tem como objetivo mapear, descrever e analisar, em uma perspectiva Geossociolinguística, A Variação Lexical do Português Brasileiro Falado na Terra Indígena Wajãpi, no Estado do Amapá. O estudo aqui proposto adotou o modelo e os procedimentos de análise que consideram os princípios da Geolinguística e da Dialetologia Pluridimensional (CARDOSO, 2010; RAZKY, 1998) e (RADTKE e THUN, 1996). Para tanto, o corpus foi coletado por meio da aplicação do Questionário Semântico Lexical (QSL) do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB) 2001, no qual contém 202 questões, distribuídas em catorze campos semânticos, mas que foram adaptadas para melhor cumprir os objetivos da pesquisa em tela, foram então, consideradas 121 questões, aplicadas a 20 informantes, quatro de cada ponto de inquérito; nas comunidades de Aramirã, Pairakae, CTA, Mariry, Kurani’yty, com perfil estratificado de acordo com sexo, idade e escolaridade; o primeiro grupo é composto de um homem e uma mulher, na faixa etária de 18 a 30 anos, não alfabetizados ou alfabetizados até a 8ªsérie do ensino fundamental; o segundo grupo, também composto por um homem e uma mulher, na faixa etária de 40 a 70 anos, não alfabetizados ou alfabetizados até a 8ªsérie do ensino fundamental. Com base na análise dos resultados, constatou-se que apesar da produtividade de língua portuguesa ser frequente pelos homens mais idosos, notou-se que existe um baixo processo de aprendizagem do português pelos falantes de primeira faixa etária (MA) e (FA), isso se deve ao fato de que eles ainda preservam a língua materna, pois percebeu-se que existe um índice elevado de sem respostas (SR).Tese Acesso aberto (Open Access) Perfil geossociolinguístico do Português em contato com línguas Tupí-guaraní em áreas indígenas dos estados do Pará e Maranhão(Universidade Federal do Pará, 2017-03-04) GUEDES, Regis José da Cunha; RAZKY, Abdelhak; http://lattes.cnpq.br/8153913927369006A presente tese consiste num mapeamento do perfil geossociolinguístico do português em contato com línguas pertencentes à família Tupí-Guaraní, em áreas indígenas dos estados do Pará e Maranhão, com o propósito de trazer contribuições ao conhecimento dos comportamentos linguísticos dos falantes e da variação fonética do português em contato com cinco línguas indígenas, quais sejam: Suruí Aikewára, Asuriní do Tocantins, Tembé, Guajajára e Guaraní Mbyá. Os pressupostos teórico-metodológicos da Dialetologia e Geografia Linguística (GILLIERON, 1902; NASCENTES, 1953; ROSSI, 1963), da moderna Dialetologia e da Geossociolinguística (RAZKY, 1996; CARDOSO, 1999; AGUILERA, 2008), da Dialetologia Pluridimensional e Relacional (RADTKE; THUN, 1996), e do contato de línguas (WEINREICH, 1953; FISHMAN, 1978; THOMASON, 2001) nortearam a realização deste estudo. O aporte metodológico adotado foi inspirado nos instrumentos desenvolvidos pelo Comitê Nacional do Atlas Linguístico do Brasil – ALiB, especialmente em um de seus instrumentos de coleta de dados: o Questionário Fonético-Fonológico (QFF), que possui 159 perguntas. Esse questionário foi adaptado, incluída a solicitação da correspondência em língua indígena para cada umas das respostas obtidas em português. Além desse instrumento, foi aplicado um QFF Complementar, com 37 perguntas, que objetivou o registro de fenômenos fonéticos específicos do contato do português com essas línguas indígenas, e um Questionário Sociolinguístico de 21 questões sobre comportamentos linguísticos e comentários metalinguísticos/epilinguísticos. Foram previstos dez colaboradores por ponto de inquérito, de ambos os sexos, estratificados em três faixas etárias (1ª: 5 a 10 anos, 2ª: 18 a 37 anos e 3ª: 47 a 75 anos), os adultos foram subdivididos de forma equitativa em duas faixas de escolaridade (1ª: analfabetos ao ensino fundamental e 2ª: do ensino médio ao superior). A análise dos resultados demonstrou que o português falado nessas áreas indígenas ainda apresenta influência do substrato linguístico de origem Tupí-Guaraní, principalmente na fala de uma parcela dos colaboradores mais velhos (3ª faixa etária), enquanto que, de modo geral, a variação dos fenômenos fonéticos estudados parece compor parte de um contínuo de fala em relação às comunidades não indígenas da região (se comparados aos dados do Atlas Linguístico do Brasil – ALiB e do Atlas Linguístico Sonoro do Pará – ALiSPA). Os resultados do mapeamento sociolinguístico apontam para a difusão da língua portuguesa e para um baixo grau de competência linguística em língua indígena entre os colaboradores mais jovens (1ª e 2ª faixas etárias), apesar de haver indicações de um processo de conscientização desses colaboradores acerca da importância da manutenção das línguas indígenas próprias de suas comunidades.Tese Acesso aberto (Open Access) Variação e territorialização linguísticas: um estudo geolinguístico da diversidade lexical em comunidades quilombolas do Baixo Amazonas(Universidade Federal do Pará, 2019-06-28) COSTA, Celiane Sousa; OLIVEIRA, Marilucia Barros de; http://lattes.cnpq.br/9728768970430501Fundamentada nos pressupostos teóricos e metodológicos da Dialetologia Pluridimensional (RADTKE; THUN, 1996; THUN, 1998, 2000, 2009, 2010a; ALTENHOFEN, 2013, 2014), esta tese investiga o uso de itens léxicos. Aborda correlações entre variantes, contatos intervarietais, espaço pluridimensional e suas implicações na territorialização linguística. É um estudo de caso da territorialização linguística de variantes, desenvolvido a partir do tema variação lexical do português falado em comunidades quilombolas do Baixo Amazonas paraense (Abuí, Água Fria, Arapucu, Silêncio, Pacoval de Alenquer, Saracura e Tiningu) e com base em uma amostra diversificada e oral das ocorrências léxicas. O objetivo central desta pesquisa é descrever a variação, buscando, em padrões de variação léxica e em dinâmicas de movimento nos espaços, a identificação de características e estratégias da territorialização linguística. Mais especificamente, ela objetiva flagrar o comportamento de itens léxicos supostamente representativos ou com potencial de representação simbólica da territorialidade no espaço variacional e sua condição (resistência, neutralidade ou perda) na territorialização. Considera-se que diferentes formas de apropriação de itens léxicos e de representações espaciais afetam dinâmicas de movimento nos espaços a ponto de interferir no potencial de referência simbólica das variantes na territorialização linguística. A análise revelou que os espaços linguísticos pressupõem redes de conexão com outras variedades e particularidades de uso, e que as representações simbólicas, fundamentadas no contexto sociocultural, manifestam-se integradas ao costume e à experiência, sinalizando aspectos do modo de vida, da organização da vida social, das concepções e convenções estabelecidas e possibilitando a construção da referência simbólica da territorialidade. Os resultados confirmam que a flexibilidade do uso de variantes e as representações simbólicas convencionalizadas nas comunidades quilombolas dão condições de acesso à territorialização linguística, evidenciando-a como um fenômeno ajustável, em razão do comportamento linguístico e social, a diferentes direções e sentidos do movimento mais ou menos próximos, simbolicamente, da territorialidade linguística. Territorialização linguística de variantes é um fenômeno dinâmico e, como tal, aspectos linguísticos e sociais convencionalizados amparam-se na trajetória contínua dos grupos, revelando capacidade de movimento e renovação nos espaços linguísticos. Por ampliarem representações espaciais de modo a revelar transformação dos espaços, construção de referencial simbólico da territorialidade e identidades menos fixas, os conceitos de territorialidade e territorialização linguísticas reafirmam importantes avanços trazidos pelo enfoque pluridimensional ao paradigma dialetológico.
