Navegando por Assunto "Diques"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Geologia, petrografia e geoquímica dos diques da região de Rio Maria, SE-PA(Universidade Federal do Pará, 1996-09-09) SILVA JÚNIOR, RENATO OLIVEIRA DA; DALL'AGNOL, Roberto; http://lattes.cnpq.br/2158196443144675Na região de Rio Maria, SE do Pará, foram mapeados diversos diques, intrusivos principalmente no Granodiorito Rio Maria (GdRM) e, subordinadamente, no granito anorogênico Musa (GM). Formando pequenas cristas alongadas que sobressaem na morfologia com um relevo positivo, dispondo-se, principalmente, segundo os trends NW-SE e E-W e, subordinadamente, N-NE. A largura máxima desses corpos é de 30 m, e têm extensão aflorante de 1.500 a 2.000 m, podendo alcançar 3.000 m. Foram identificados petrograficamente cinco grupos de diques: diabásios, dioritos, quartzo-dioritos, dacitos e riolitos. Os perfis transversais e longitudinais à direção desses corpos, mostram diminuição na granulação da rocha, no sentido centro-borda do corpo, culminando geralmente com rochas afaníticas, que representam, via de regra, a borda de resfriamento do dique. Próximo a essas bordas observam-se frequentemente, encraves e amigdalas preenchidas por material quartzo-feldspático. Os contatos com suas encaixantes são abruptos, por vezes marcados pela presença de bordas de resfriamento, cuja espessura é variável desde poucos centímetros até, excepcionalmente, 2 m. As idades K-Ar desses diques são: (1) 700 ± 8 Ma em qz-diorito (rocha total); (2) 883 ± 10 Ma em diorito (plagioclásio); (3) 1.099 ± 39 Ma em diabásio (plagioclásio); (4) 1.802 ± 22 Ma em diabásio com olivina (concentrado máfico). As três primeiras idades são interpretadas como idades mínimas para esses corpos. A idade 1.802 ± 22 Ma é compatível com a de 1.707 ± 17 Ma (Rb-Sr em RT) obtida para os dacitos e granitos pórfiros. Os dados geocronológicos disponíveis para os diques da região de Rio Maria permitem situá-los no Proterozóico, e as idades mais confiáveis sugerem que, pelo menos parte desses diques, seja contemporânea ao magmatismo granítico anorogênico. Os diabásios foram divididos em quatro subtipos: (1) diabásio com olivina- exibe textura subofítica. É constituído por labradorita (An55-65), augita + pigeonita, olivina, opacos e hornblenda; (2) microdiabásio porfirítico- corta o diabásio com olivina, é formado por fenocristais de plagioclásio imersos em matriz pilotaxítica formada por ripas de plagioclásio, augita, opacos e anfibólio; (3)) anfibólio-diabásio- exibe textura granular com tendência subofítica, é constituído de labradorita (An54-64), augita minerais opacos, anfibólio tárdio (tremolita-actinolita) e, raramente, hiperstênio; (4) auginita-diabásio (RJ-18B) com textura ofítica, é formado por labradorita (An56), augita, opacos e, anfibólio secundário. Os dioritos e quartzo-dioritos mostram, em geral, textura granular tendendo a subofítica ou, porfirítica com matriz rica em intercrescimentos granofíricos. Os dioritos são formados por plagioclásio bastante saussuritizado, augita, quartzo, hornblenda e opacos. Os quartzo-dioritos têm mineralogia similar aos dioritos, diferindo apenas quanto ao conteúdo modal de quartzo e intercrescimentos granofíricos. Alguns dioritos e diabásios apresentam fenocristais de plagioclásio com textura em peneira, sugerindo a atuação de processos de mixing e/ou mingling. Os dacitos são formados por dacitos pórfiros e dacitos pórfiros ricos em máficos. Ambos apresentam textura porfirítica, localmente glomeroporfirítica, formada por agregados de fenocristais de plagioclásio, bastante saussuritizados, hornblenda envolvendo localmente augita, além de fenocristais isolados de quartzo. Os dois subtipos apresentam matriz dominantemente granofirítica, por vezes, esferulítica. Notou-se a presença de quartzo microcristalino formando agregados amendoados (ocelos), atribuídos a processos de mixing. Os riolitos exibem textura porfirítica, localmente glomeroporfirítica, formada por fenocristais de plagioclásio e quartzo, imersos em matriz microcristalina com tendência micrográfica. Ocorrem também agregados microcristalinos constituídos por clorita, biotita e opacos. O diagrama TAS exibe boa correlação entre a classificação modal e os dados geoquímicos. Neste diagrama os diabásios e dioritos plotaram dentro do campo de seus correspondentes vulcânicos. Os quartzo-dioritos situam-se em geral no campo dos dacitos de baixa sílica. Os dacitos propriamente ditos são um pouco mais ricos em sílica que o grupo precedente, embora ambos incidam no mesmo campo. No diagrama AFM as amostras situam-se no campo subalcalinos tholeítico. A presença de hiatos composicionais entre os grupos, principalmente entre diabásios e dioritos, e destes para os quartzo-dioritos, reforça a hipótese que esses grupos de rochas estudados não apresentam uma evolução magmática contínua. A amostra RJ-18B, embora apresente características de diabásio, mostra geoquimicamente maiores afinidades com os dioritos. Os dados geoquímicos, reforçam também a hipótese que os diques de Rio Maria, embora apresentem uma filiação tholeítica, provavelmente, foram gerados a partir de líquidos distintos, uma vez que são muito acentuados os hiatos composicionais entre os vários grupos. Os dacitos, embora apresentem, em alguns diagramas, uma superposição com os quartzo-dioritos, deles diferem petrografica e geoquimicamente, também, e, em termos de ocorrência no campo. Há evidências petrográficas de que a cristalização dos diabásios foi comandada principalmente pelo fracionamento da olivina, enquanto nos dioritos, augita e plagioclásio tiveram papel dominante. Os dados petrográficos e geoquímicos mostram que os diabásios, com exceção da amostra RJ-18B, são inteiramente distintos dos demais grupos em termos de evolução magmática. Os dioritos e quartzo-dioritos, por sua vez, embora mostre-se petrograficamente similares, apresentam hiato composicional que enfraquece e hipótese imediata desde último representar um termo mais evoluído, derivado dos primeiros. A amostra RJ-18B é interpretada como um concentrado máfico desses dioritos. Esta hipótese pode ser justificada pela composição modal e química dessa amostra. Os dacitos e riolitos, estão, provavelmente, vinculados geneticamente ao magmatismo granítico anorogênico, com prováveis processos de mixing associados, principalmente, no caso dos dacitos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Petrografia, geoquímica e geocronologia de diques máficos a félsicos da região de Água Azul do Norte, Província Carajás, sudeste do Pará(Universidade Federal do Pará, 2015-10-08) RODRIGUES, Paulo Roberto Soares; LAMARÃO, Claudio Nery; http://lattes.cnpq.br/6973820663339281Na região de Água Azul do Norte, sudeste do Pará, diques máficos a félsicos afloram em área peneplanizada sob a forma de cristas descontínuas seccionando granitos anorogênicos e rochas encaixantes arqueanas. Eles ocorrem preferencialmente segundo a direção NW-SE formando corpos tabulares subverticais com espessuras de até 30m. Quatro grupos de diques foram individualizados: diabásios, andesitos, riolitos e feldspato-alcalino riolitos. Geoquimicamente são basaltos, andesitos basálticos, andesitos e riolitos metaluminosos a fracamente peraluminosos de afinidade toleítica. Nos diagramas de Harker, os diabásios apresentam os menores conteúdos de SiO2 e TiO2 e os mais elevados de FeOt, MgO e CaO, refletindo a composição mineralógica dessas rochas formadas predominantemente por plagioclásio e clinopiroxênio. Os andesitos mostram valores intermediários de TiO2, FeOt, MgO, CaO, Na2O e K2O quando comparados aos diabásios e riolitos, similares a outros diques de andesito já estudados no Domínio Rio Maria (DRM). Os diques de feldspato-alcalino riolito e riolito possuem as mais elevadas e variadas concentrações de SiO2. Al2O3 FeOt, MgO e CaO exibem correlação negativa, enquanto K2O apresenta correlação positiva com a sílica. Na2O, TiO2 e P2O5 não apresentam correlação clara. Os diques de diabásios mostram padrão subhorizontal com leve fracionamento dos elementos terras raras (ETR), enriquecimento dos ETR leves (ETRL) em relação aos ETR pesados (ETRP) e anomalias de Eu pouco acentuadas a levemente negativas. Comparativamente, os diques de andesito apresentam fracionamento mais acentuado dos ETR, maior enriquecimento dos ETRL frente aos ETRP e anomalia negativa de Eu mais acentuada. O dique de riolito exibe fracionamento de ETR e anomalia negativa de Eu moderados, enquanto os de feldspato-alcalino riolito mostram maior fracionamento de ETR, um enriquecimento maior dos ETRL em relação aos ETRP e anomalias negativas de Eu fortemente pronunciadas. A presença de lacunas composionais entre os grupos de diques de Água Azul do Norte descarta a existência de uma série magmática continua; o magmatismo máfico, representado pelos diques de diabásio, não evoluiu para formar os de andesito. Por outro lado, os diques de riolito e feldspato-alcalino riolito estariam ligados ao magmatismo granítico anorogênico tipo-A de aproximadamente 1,88 Ga atuante no DRM. O estudo comparativo mostra similaridades entre os diques de Água Azul do Norte e os de outras áreas do DRM, sugerindo origem comum. Palavras-chave: Província Carajás. Água Azul do Norte. Diques. Petrografia. Geoquímica.
