Navegando por Assunto "Etnografia"
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Tese Acesso aberto (Open Access) Alfabetização matemática: uma concepção múltipla e plural(Universidade Federal do Pará, 2016-06-03) MARQUES, Valéria Risuenho; LUCENA, Isabel Cristina Rodrigues de; http://lattes.cnpq.br/3255121871351967Esta tese apresenta reflexões e argumentos elaborados a partir do percurso investigativo sobre alfabetizações que se constituem para além dos muros da escola. A pesquisa de cunho qualitativo, desenvolvida com ênfase etnográfica, tem como objetivo analisar elementos presentes nas aprendizagens de crianças dos anos iniciais, para além das paredes da sala de aula, para uma compreensão de alfabetização (matemática) como múltipla e plural. Os colaboradores da pesquisa são crianças de duas turmas, uma do Ciclo Básico I 2˚ ano, com 18 crianças e outra do Ciclo Básico I 2˚ e 3˚ anos com 13 alunos de escolas localizadas em áreas ribeirinhas de Belém-PA. As análises são de cunho interpretativo. As manifestações pictóricas ou orais, posteriormente sistematizadas em episódios, foram apreciadas à luz do referencial teórico destacado. Do material recolhido, foram feitas seleções sobre o que se referia à alfabetização (da escola ou fora dela), do contexto de aprendizagem pela cultura e relações com a matemática (vivenciada na escola ou não). A fundamentação teórica pauta-se em Edgar Morin (racionalidade aberta), Mia Couto, D‟Ambrosio, Conceição Almeida (aprendizagem pela cultura e Teresa Vergani. Os resultados obtidos baseiam-se em indícios que me permitem defender a tese de que a alfabetização matemática é múltipla e plural e se constitui no diálogo e na complementaridade entre os saberes escolares e os saberes elaborados em ambientes informais de aprendizagem quando as crianças envolvem-se em vivências e experiências que permitem aprender fazendo, observando, interagindo, ouvindo.Tese Acesso aberto (Open Access) Antropologia linguística & etnografia toponímica: vivências e narrativas em linguagens socioculturais de Murinin-Benevides-Pará(Universidade Federal do Pará, 2016-10-06) FARIAS, Maria Adelina Rodrigues de; PACHECO, Agenor Sarraf; http://lattes.cnpq.br/5839293025434267A presente experiência trata da problematização acerca do significado dos nomes de lugares de circulação de pessoas, os topônimos, no município de Benevides, mais precisamente no bairro de Murinin. Os estudos toponímicos têm por escopo a depreensão do léxico de determinados territórios, tendo em vista a formação histórica e sociocultural do povo que aí habita, especificamente por intermédio dos nomes dados aos locais de circulação social, tais como ruas, hidrovias, bairros, cidades, etc., evidenciando tanto aspectos sincrônicos quanto diacrônicos dos falares. O estudo trava uma discussão sobre a construção da memória e da identidade toponímica desta localidade, demonstrando os valores atribuídos pelos interlocutores aos seus locais de nascimento e/ou moradia. A problematização está baseada na seguinte questão norteadora: Que relações de poder estão presentes na constituição dessa nominalização? Por esse motivo, considerei, para esta pesquisa, trabalhar com os pressupostos teóricos da Antropologia Pós-Colonial e dos estudos sobre Narrativas Orais. Assim, faço, em princípio, um levantamento formal, não fugindo em demasia da metodologia tradicional da pesquisa toponímica, mas considerando, nas entrevistas, também a toponímia alternativa, isto é, não oficial, vernacular, tentando motivar o interlocutor a buscar, em sua memória, a identidade de tal nome e sua relação com a vida dos que ali habitam/habitavam, bem como que categorias sociais foram silenciadas (e por quê?), seja do ponto de vista social, político, econômico, seja do religioso e familiar. Observou-se, a partir desta pesquisa, que a toponímia possui uma força ideológica decisiva para a representatividade do povo que habita o lugar, assim como, paradoxalmente, pode ser utilizada como fator de silenciamento e apagamento de identidades consideradas subalternas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A arte na sua cotidianidade: uma percepção de arte na Feira do Guamá(Universidade Federal do Pará, 2013-07-01) CASTRO, Marina Ramos Neves de; SOUZA, José Afonso Medeiros; http://lattes.cnpq.br/6045766440369156; SILVA, Joel Cardoso da; http://lattes.cnpq.br/6918547599708778A dissertação desenvolve uma abordagem da arte enquanto socialidade a partir de um enfoque no quotidiano da feira do Guamá. Para tanto, utilizando um marco referencial centrado em Simmel e em Maffesoli, partimos de uma perspectiva compreensiva, observando a feira enquanto “forma social”. Compreendemos, assim, por forma, o resultado de um processo social de construção do sentido que se desenvolve ininterruptamente, através das relações sociais. Procuramos perceber como essas relações sociais são produzidas a partir de sentimentos partilhados: de um sentir-junto, de experiências comuns, sensações, emoções da vida de toda ordem, enfim, que ganham sentido quando vividas e percebidas em conjunto. Propomos que esse sentir-junto, no caso tratado, o da feira do Guamá, conforma formas sociais, as quais identificamos como fazendo parte de um processo de “transmanência”, dessa maneira produzindo uma estética e quiçá uma arte, que resulta nas relações estabelecidas no banal da quotidianidade.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Arte Pará: etnografia e interpretação em um salão de artes visuais na Amazônia(Universidade Federal do Pará, 2019-04) FLETCHER, JohnO presente trabalho traz relatos etnográficos sobre experiências com artistas, curadores, organizadores e técnicos na montagem do salão Arte Pará, entre os anos de 2012 a 2015, realizados na cidade de Belém. Parte integrante de uma pesquisa de doutorado, este recorte se baseia em premissas metodológicas sincrônicas e dialógicas, a partir de autores como Vincent Crapanzano e James Clifford, problematizados por aportes de pensamentos de Walter Mignolo, Eva Marxen, Beatriz Sarlo, Homi Bhabha e Johannes Fabian, dentre outros. Desse modo, com o intuito de expor um olhar mais crítico sobre nosso presente assimétrico, essa pesquisa visa a conferir outras dimensões interpretativas para a dinâmica geral da experiência humana.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Artes carnavalescas: processos criativos de uma carnavalesca em Belém do Pará(Universidade Federal do Pará, 2012-06-19) PALHETA, Cláudia Suely dos Anjos; RODRIGUES, Carmem Izabel; http://lattes.cnpq.br/5924616509771424; LIMA, Wladilene de Sousa; http://lattes.cnpq.br/4769018199137074Este trabalho apresenta como artes carnavalescas as expressões e representações artísticas presentes em ateliês e barracões das escolas de samba durante a produção de um desfile carnavalesco, incluindo textos de sinopses de enredo, letras de sambas-enredo, desenhos, fantasias e alegorias. Trata-se de um estudo realizado a partir de minhas ações como carnavalesca em três escolas de samba de Belém: Academia de Samba Jurunense, em 2005; Grêmio Recreativo Deixa Falar, em 2006, 2007, 2008 e 2009 e Associação Carnavalesca Bole-Bole, nos anos de 2010 e 2011. A partir do registro de memórias, experiências e observações, elaboro uma auto-etnografia de meus processos criativos, ao mesmo tempo em que busco contribuir para uma etnografia dos processos criativos do carnaval paraense.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Arukwahaw: uma etnografia do casamento Suruí à luz da etnologia ritual(Universidade Federal do Pará, 2014-06-04) SANTOS, Bárbara Dias dos; CAMARGO, Giselle Guilhon Antunes; http://lattes.cnpq.br/2551648142775344A presente pesquisa analisa por meio da lente do ritual a cerimônia do casamento da etnia indígena Suruí, residente na terra indígena Sororó localizada na região sudeste do Estado do Pará nos municípios de São Geraldo do Araguaia e de Brejo Grande. Onde, através da metodologia da etnografia, com a observação do cotidiano da aldeia, dos costumes culturais, e sociais intrínsecos aos Suruí e a cerimônia do casamento. Realizei entrevistas abertas, registros fotográficos e de vídeos, afim de compreender o casamento à luz da etnologia ritual na perspectiva de Richard Schechner e nas entrelinhas da antropologia com conceitos de Adrienne Kaeppler e Gertrude Kurath. Acredito que a importância dessa pesquisa volta-se para o estudo da cultura indígena amazônica, em especial a cultura dos Suruí, reafirmando que, apesar de todo o processo de desenvolvimento e agregação cultural dessa etnia ter sido desigual, desrespeitoso e, desumano, muitas das vezes, os valores e tradições permanecem e são dignos de estudos nas mais variadas vertentes, como no caso desta pesquisa, a vertente das Artes. Além da importância do registro cultural em vias escritas, tanto para a própria sociedade Suruí, quanto para as outras sociedade indígenas e para as não-indígenas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A busca de si numa religião hoasqueira: oralidade, memória e conhecimento na União do Vegetal (UDV)(Universidade Federal do Pará, 2009-12) RIBEIRO, Dilma Lopes da Silva; CAMPELO, Marilu Marcia; http://lattes.cnpq.br/8338592541775616O presente trabalho apresenta os resultados da pesquisa etnográfica (baseada na perspectiva da participação observante) realizada junto à religião denominada União do Vegetal (UDV), tendo como locus a Região Metropolitana de Belém (PA). Uma religião de origem amazônica, a UDV está classificada como uma das três principais Linhas das Religiões da Ayahuasca, as quais, entre outras similaridades, têm em comum o uso do chá enteógeno derivado da decocção de duas espécies vegetais: o cipó Banisteriopsis caapi (mariri) e a folha Psychotria virídis (chacrona). Apresentando como recorte metodológico questões relativas ao uso da oralidade como modo exclusivo de transmissão dos ensinos, assim como os aspectos e configurações da memória para esse grupo, a pesquisa objetivou investigar de que modo essas categorias e suas inter-relações contribuem para a configuração da cosmovisão desse grupo – como uma forma de contribuir ao quadro das pesquisas sobre religiões e práticas religiosas na Amazônia.Tese Acesso aberto (Open Access) Caminhos de gênero nas feras de Bissau: resiliência e desafios de mulheres guineenses em contextos de vulnerabilidade diante dos impactos sociais e econômicos da COVID-19(Universidade Federal do Pará, 2024-04-24) GOMES, Peti Mama; BELTRÃO, Jane Felipe; http://lattes.cnpq.br/6647582671406048; https://orcid.org/0000-0003-2113-043XNa Guiné-Bissau, as feras - palavra do Crioulo para “feiras” - exercem um significativo papel na vida econômica, social e cultural do país. São locais de intensas atividades de compra e venda de mercadorias, e também englobam questões de emancipação feminina, pontos de encontro e reencontros, narrativas históricas, vivências e experiências compartilhadas. Sendo assim, configuram-se como espaços públicos plurais e privilegiados desde um ponto de vista etnográfico, onde uma série de relações socioculturais complexas se desenvolvem. Nesse contexto, a presente tese tem como objetivo compreender, por meio de uma perspectiva antropológica-feminina, a dinâmica socioeconômica de mulheres guineenses, que ora como bideras (vendedoras de feira oficiais), fassiduris di bida (mulheres que fazem a vida vendendo), ora como sumiaduris (vendedoras que têm hortas) e bindiduris (vendedoras no geral), estão em movimento com mercadorias desempenhando papéis ativos nas três principais feras locais: Bande, Caracol e Bairro Militar, todas na cidade de Bissau, capital da Guiné-Bissau, antes, durante e após a pandemia. O estudo é resultado de uma pesquisa de natureza etnográfica, cujo processo metodológico combinou pesquisa etnográfica online e trabalho de campo presencial. Para isso, utilizaram-se narrativas orais provenientes de plataformas digitais, como redes sociais, através de mensagens e áudios compartilhados com mindjeris di fera (mulheres de feira). Durante o período de pesquisa, os principais métodos de trabalho etnográfico incluíram conversas informais, transcrição e análise posterior dos dados. Essas últimas etapas ocorreram na cidade de Bissau, com o foco nas bideras e fassiduris di bida. A análise centrou-se na problematização das relações de gênero e trabalho e como elas foram afetadas pela pandemia. Os resultados indicam que as minhas interlocutoras de pesquisa são responsáveis pela organização de uma grande parte da subsistência material e simbólica no país, coisa que foi evidenciada e acentuada durante a emergência da pandemia de COVID-19.Tese Acesso aberto (Open Access) Como os nêgos dos palmares: uma nova história de resistência na serra da Barriga - AL(Universidade Federal do Pará, 2016-03-18) CORREIA, Rosa Lucia da Silva; SILVEIRA, Flávio Leonel Abreu da; http://lattes.cnpq.br/1972975269922101; ALENCAR, Edna Ferreira; http://lattes.cnpq.br/7555559649274791Esta pesquisa trata da luta pela liberdade dos sitiantes da Serra da Barriga, em União dos Palmares, Alagoas. O espaço abrigou o maior assentamento da América de escravos fugidos, o Quilombo dos Palmares, e por este motivo em 1986 foi reconhecido como patrimônio cultural e natural da nação. Em 1988 recebeu o título de Monumento Nacional, o que levou à desapropriação das terras locais para fins de estudos científicos diversos, reflorestamento e construção de um parque memorial, uma espécie de museu temático que se assemelha em arquitetura e paisagem à antiga edificação quilombola. Desde então os moradores, camponeses da Zona da Mata alagoana, uma das áreas de maior produção sucroalcooleira do Nordeste, estão vivenciando restrições de trabalho e ameaças de expulsão, por parte do Estado e do Movimento Negro. A situação é bem semelhante ao tempo que viviam sob o domínio dos usineiros locais e é significativamente também análoga, como eles mesmos afirmam, à que os negros dos Palmares viveram quando ali se instalaram, há mais de 300 anos, ao fugirem das plantagens de cana de açúcar para viverem em liberdade. A luta é pela sobrevivência, por terra e trabalho, garantias de liberdade para qualquer camponês e que foram negadas desde o tombamento da Serra da Barriga. A investigação etnográfica traz, portanto, as memórias de apropriação do espaço e as formas cotidianas de resistência destes sitiantes em conflito com o patrimônio nacional e a memória coletiva do Movimento Negro. Nessa empreitada, as teorias sobre o campesinato, especialmente no Nordeste, a campesinidade, as formas cotidianas da resistência camponesa e sobre a tríade memória, história e patrimônio foram vitais para essa questão.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Corpos em equilíbrio: imagens e cotidiano ribeirinho no Porto do Açaí e na Ilha do Maracujá, Belém (PA)(2012-09) SILVEIRA, Flávio Leonel Abreu da; BASSALO, Terezinha de Fátima RibeiroRefletir, partindo do registro fotográfico, sobre o fluxo de ida e volta dos moradores da ilha do Maracujá, entre a ilha e Belém, fazendo uso das formas com que utilizam seus corpos ou 'sabem servir-se' deles, no que Mauss chamou de técnicas corporais. Corpos evidenciados, uma vez que estão sempre à mostra, capazes, portanto, de ser visualmente etnografados. Inspirado em Certeau, o artigo busca pensar as táticas corporais elaboradas pelos moradores da ilha ao praticar as paisagens de pertença, revelando expressões de corpo peculiares na construção de suas experiências cotidianas. Tais observações não remetem a um corpo-objeto, mas a um corpo que é o sujeito da cultura, como diz Csordas, um corpo que é "a base existencial da cultura".Dissertação Acesso aberto (Open Access) Curt Nimuendajú e as narrativas míticas tembé: Revisitando uma produção etnográfica(Universidade Federal do Pará, 2022-07-04) SANTOS, Glaucia Silva dos; MORAES JÚNIOR, Manoel Ribeiro de; http://lattes.cnpq.br/2429279552706202; https://orcid.org/0000-0001-6986-7671Revisitar uma etnografia de Curt Nimuendajú, que integra um repertório de narrativas míticas do grupo indígena Tembé Tenetehara, constitui a base de investigação desta dissertação. O etnógrafo Curt Nimuendajú, alemão que migrou para o Brasil em 1903 e se tornou, ao longo de quarenta anos, um exímio conhecedor de grupos indígenas, publicou em 1915 na Zeitschrift für Ethnologie o texto Sagen der Tembé-Indianer (Pará und Maranhão) no qual reuni dez narrativas míticas dos Tembé Tenetehara. Desse modo, a presente dissertação propôs saber sobre o contexto e as orientações metodológicas que permitiram a produção de tal etnografia naquele início do século XX. Assim, a pesquisa seguiu uma perspectiva biográfica de Curt Nimuendajú, que ajudou visualizar o percurso de sua formação inicial no campo de estudo sobre populações indígenas, permitindo saber o contexto do encontro etnográfico com os Tembé Tenetehara em dois momentos, sendo o primeiro nas mediações das políticas indigenistas do SPILTN, na região do Rio Gurupi, e o segundo nas dependências da missão religiosa dos capuchinhos lombardos no município paraense de Igarapé-Açú. Em ambos os contextos a agenda etnográfica de Nimuendajú se concentrou no conhecimento da língua e da cosmologia Tembé, empreendimentos de pesquisa que estavam alinhados com as orientações da etnologia alemã, em voga na época, pela via da etnografia de salvamento, que ele conheceu a partir dos trabalhos dos americanistas alemães que se encontram referendados em suas etnografias.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Da Cabala à dança: uma etnografia da oração corporal malachim(Universidade Federal do Pará, 2014-06-02) COSTA, Ana Claúdia Pinto da; MOREIRA, Giselle da Cruz; http://lattes.cnpq.br/8636836292392296; CAMARGO, Giselle Guilhon Antunes; http://lattes.cnpq.br/2551648142775344A presente pesquisa investigou, por meio do campo teórico e metodológico da Antropologia da Dança, a Oração Corporal Malachim, objetivando compreender e revelar sua estrutura ritual, seus simbolismos e sua cosmologia implícita. A dança Malachim é uma coreografia contemporânea, pertencente ao repertório de doze danças, do trabalho autoral de Frida Zalcman, intitulado Danças Hebraicas de Louvor, inspiradas em um conjunto de orações cantadas na Congregação Judaica do Brasil, no Rio de Janeiro. Transformadas em verdadeiras orações em movimento, são dançadas em vários grupos de Danças Circulares Sagradas, tanto no Brasil como no exterior. A pesquisa se insere num estudo mais amplo acerca das chamadas Orações Corporais, norteadas, neste caso específico, pelos preceitos da Cabala, a Árvore da Vida, levando-se em consideração seus quatro mundos e suas emanações energéticas (Sefirot). Parte-se da hipótese de que as Danças Circulares Sagradas podem funcionar como uma espécie de ferramenta de cura física, mental, emocional e espiritual, graças à sua sacralidade, fortemente presente em cada movimento realizado. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de caráter etnográfico, cujo trabalho de campo foi realizado em Belém do Pará, em agosto de 2013,quando Frida Zalcman ministrou uma oficina na Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará (ETDUFPA).Espera-se, com esta pesquisa, o surgimento de outros trabalhos que investiguem essa forma de dança,ampliando ainda mais a sua compreensão, bem como sua inclusão no acervo bibliográfico disponível das Danças Circulares Sagradas.Tese Acesso aberto (Open Access) Dança, Cabala, Espiritualidade: autoetnografia dançada em roda na Amazônia paraense(Universidade Federal do Pará, 2021-10-21) COSTA, Ana Cláudia Pinto da; CAMARGO, Giselle Guilhon Antunes; http://lattes.cnpq.br/2551648142775344Os fios que tramam a escrita desta Tese se entrelaçam aos fios de experiências vividas pela artista-pesquisadora/focalizadora-dançante Ana Cláudia Pinto da Costa, no contexto do coletivo UBUNTU, movimento de Danças Circulares Sagradas da cidade de Belém/PA. O trabalho é fruto de uma pesquisa de cunho etnográfico e autoetnográfico no campo das Artes, acerca das doze Orações Corporais, inspiradas na Cabala pela bailarina e coreógrafa Frida Zalcman. Tais danças correspondem à “tradução” dançada das orações cantadas na sinagoga. A pesquisa se insere num estudo mais amplo acerca das chamadas orações corporais, norteadas, neste caso específico, pelos preceitos da Cabala, a Árvore da Vida, levando-se em consideração seus quatro mundos e suas emanações energéticas (sefirót). Essas orações corporais são um modo de vivenciar, por meio da dança, os rituais litúrgicos do Judaísmo, favorecendo o contato do praticante com os mundos da Cabala, onde supostamente acontece o encontro com o Criador. O estudo busca compreender o sentido e o significado que os preceitos da Cabala dão à dança, tal como foi organizada e sistematizada por sua idealizadora, implícitas no contexto da performance ritual da Oração Corporal Mode Ani Lefanecha, a partir da cosmovisão das dançantes. A pesquisa se inscreve em três campos teórico-metodológicos: 1. Antropologia da Dança, campo que possibilita observar, vivenciar, e compreender a “dança” – movimentos, passos, ritmos, gestos, simbolismos, ritual, entre outros elementos – em sua relação com o contexto no qual ela é transmitida e praticada; 2. Fenomenologia da Percepção de MerleauPonty, com estudos focados na estesiologia do corpo; 3. Dança Terapia de Andrea Bardawil que se constitui na experiência com a dança, a partir do diálogo com a educação somática, a consciência corporal e a improvisação.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Desenvolvimento da produção agrícola e intervenção social: estudo de caso em uma comunidade da Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá(Universidade Federal do Pará, 2003-06-30) NASCIMENTO, Ana Claudeise Silva do; MOURA, Edila Arnaud Ferreira; http://lattes.cnpq.br/2154370107837866; COSTA, Maria José Oliveira e Silva Jackson; http://lattes.cnpq.br/4079845537461874Este trabalho é resultado de um estudo etnográfico em uma comunidade ribeirinha da várzea amazônica, destacando suas especificidades em relação ao uso dos recursos naturais. Tendo como elemento de análise um projeto de desenvolvimento da pequena produção agrícola, elaborado com base em resultados de investigações científicas, direcionado ao manejo participativo dos recursos naturais, com acompanhamento do processo, através de avaliações periódicas dos resultados obtidos, em conjunto entre extensionistas do Instituto Mamirauá e as famílias camponesas. O objetivo da dissertação é analisar uma situação de intervenção social direcionada ao manejo sustentado de produtos agrícolas, em uma área de Reserva de Desenvolvimento Sustentável na várzea amazônica. Este estudo traz elementos que contribuem para a compreensão dos resultados dos investimentos feitos na produção agrícola das famílias da comunidade de São Francisco do Aiucá, possibilitando a interação entre o pensar-fazer a partir do entendimento dos resultados e avaliação da intervenção social. Através de alguns indicadores, construídos com uso das metodologias participativas, foi possível avaliar as alterações nas atividades econômicas de São Francisco do Aiucá, e outras formas de uso dos recursos naturais, identificando alternativas para diversificação do plantio e formas de organização para a comercialização desses produtos.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Diásporas de encantados na Amazônia Bragantina(2015-06) SILVA, Jerônimo da Silva e; PACHECO, Agenor SarrafPartindo de exercícios etnográficos, o texto apresenta experiências diaspóricas de mulheres rezadeiras que, ao migrarem do Nordeste brasileiro para a “Amazônia Bragantina”, no Estado do Pará, a partir da década de 1950, tiveram suas vidas marcadas pelo processo de iniciação junto a entidades da encantaria brasileira (Prandi, 2004). Em viagens noturnas a cemitérios, transfigurações, transportes físicos, vidências e andanças em corpos de animais, ventos e águas, essas rezadeiras revisitaram “mundos” e “tempos” imemoriais, passando a dialogar com pajés e “poderosos” rezadores do Maranhão, Paraíba, Piauí e Ceará, deixando ver pessoas e encantados em outros sentidos de deslocamento. A crença na capacidade das entidades de acompanhar as pessoas detentoras do “dom de rezar” até o Pará, bem como de transitarem continuamente nesses locais, nomadizando-se (Deleuze; Guattari, 1995) entre o “lá” e o “aqui”, constitui o fenômeno da “diáspora dos encantados” (Brah, 2011; Hall, 1999, 2009). A convivência com essas mulheres ensina, entre outros aspectos, a defender concepções de encontros e deslocamentos de culturas que percebam a alteridade radical da cosmologia das ciências humanas, mesmo quando esta se crê fielmente situada em lugares de partida, movimentos de passagem ou chegada, esquecendo, muitas vezes, que se trata não de lugar, mas de trânsitos materiais e simbólicos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Entre o "Zaca” e o "Madre”: ofensas raciais, processos identitários e discursos de mestiçagem em duas escolas de Belém(Universidade Federal do Pará, 2011) RIBEIRO, Alan Augusto Moraes; CAMPELO, Marilu Marcia; http://lattes.cnpq.br/8338592541775616Esta dissertação consiste em uma etnografia do cotidiano escolar, orientada conceitualmente a partir dos marcadores de diferenciação cor/raça, gênero e classe social. A motivação da pesquisa que iniciou a produção deste trabalho partiu da seguinte indagação: processos ofensivos verbais são processos identitários que se constroem a partir de referencias pedagógicos e de discursos docentes em cada escola? Com base em uma trajetória de pesquisa iniciada em 2006, realizada inicialmente na Escola Alexandre Zacharias de Assumpção e posteriormente estendida ao Colégio Madre Zarife Sales, no bairro do Guamá, periferia de Belém do Pará, tento discutir o alcance destas instituições no cotidiano educacional vivido fora delas por seus discentes, ao identificar práticas dinâmicas de viver os espaços urbanos da cidade a partir do ir e voltar da escola. As duas escolas são definidas como escolas de referência no bairro, pois simbolizam, para as clientelas de estudantes por elas atendidas, a possibilidade de sucesso profissional pós-escola entre muitas famílias no bairro. Por outro lado, tento mostrar as contradições internas nas duas escolas para sugerir a ocorrência de acessos diferenciados aos serviços educacionais e ao próprio capital cultural docente conforme o turno em que se estuda. Discuto destacadamente a ocorrência de trocas de ofensas verbais raciais e não-raciais entre os estudantes conforme os marcadores de diferenciação assinalados, para tentar responder a problematização da pesquisa. Depois tento identificar as várias modalidades simbólicas do discurso de mestiçagem como um discurso abrangente que é por mim concebido como a face inversa das ofensas verbais raciais e do não-reconhecimento do racismo nelas existentes pelo corpo institucional, isto é, por docentes, funcionários e gestores.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Era tão bonito... conflitos de sensibilidade musical e o desaparecimento de um Cordão de Pássaro(Universidade Federal do Pará, 2011-03-02) LUZ, Jefferson Aloysio de Melo; BARROS, Líliam Cristina da Silva; http://lattes.cnpq.br/0286644614789784Este trabalho tem o objetivo de investigar e discutir o conflito de sensibilidades musicais entre diferentes gerações de moradores das comunidades que ficam entre os quilômetros 21 e 23 da rodovia PA 136, nas proximidades do município Terra Alta, no Pará, como um fator importante no processo de nãoressurreição do Cordão de Azulão. Trata-se de um trabalho etnomusicológico de caráter etnográfico, onde a temática é desenvolvida a partir dos discursos desses moradores sobre um Cordão de Pássaro que acontecia nessas redondezas, o Cordão do Azulão, e que desapareceu há quarenta anos. A natureza da sensibilidade musical é abordada principalmente a partir dos escritos de John Blacking, enquanto que o trabalho de etnografia musical é inspirado naquilo que Clifford Geertz chama de etnografia densa. O trabalho revela que as mudanças na estrutura social, econômica, religiosa, política e no meio ambiente das comunidades pesquisadas afetaram diretamente o estilo de vida dos seus moradores facilitando com que valores culturais tradicionais, os quais conferiam sentido a expressões musicais como o Cordão do Azulão, deixassem der ser apreendidos por uma nova geração de moradores, fazendo com que esse cordão exista apenas na memória dos mais antigos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A escola da Vila da Paz: um ensaio etnográfico(Universidade Federal do Pará, 2003-03-25) OLIVEIRA, Mara Rita Duarte de; SOUZA, Orlando Nobre Bezerra de; http://lattes.cnpq.br/8567141884452588No trabalho, Escola rural da Vila da Paz: um ensaio etnográfico. Discutiremos a execução do Programa Escola Ativa, nas escolas rurais do município de Rondon do Pará, onde teremos como foco central a escola M.E.F. Vasco da Gama, localizada na comunidade rural da Vila da Paz. No transcruso deste estudo, levantaremos questões acerca da contribuição de tal programa para a melhoria do processo ensino-aprendizagem dos alunos e alunas e para a mudança das práticas pedagógicas das professoras. ao mesmo tempo, abordaremos a participação da comunidade local no desenvolvimento das diretrizes propostas, ressaltando a importância da relação escola e comunidade. Para aprofundarmos a análise dessa temática apresentaremos, inicialmente de forma analítica, os programs oficiais de 1930 a 1990 recorrendo à legislação educacional vigente, para assim compreendermos o contexto atual em que está inserida a educação do campo. Para isso também se faz necessário uma incursão dentro dos projetos educacionais dos movimentos sociais ligados à luta no campoDissertação Acesso aberto (Open Access) Etnografia em quadrinhos: subjetividades e escrita de si Tembé-Tentetehara(Universidade Federal do Pará, 2016-03-31) OLIVEIRA JUNIOR, Otoniel Lopes de; NEVES, Ivânia dos Santos; http://lattes.cnpq.br/2648132192179863A linguagem dos quadrinhos utiliza recursos textuais e imagéticos para a produção de sentidos. Mais do que só a soma destes recursos, os quadrinhos são um híbrido singular com características expressivas únicas para a produção de discursos e enunciados. Como um veículo da indústria cultural, mas não apenas contido nela, os quadrinhos desempenham o papel duplo de, ao mesmo tempo em que agem como um meio de comunicação de massa, também são uma linguagem que, devido suas condições de possibilidades históricas, propiciam o aparecimento de saberes sujeitados. Historicamente, as sociedades indígenas brasileiras sofrem um processo de ajustamento a uma cultura homogênea colonialista, seja ela histórica, seja ela cultural, seja ela etnocida. A representação dos indígenas em materialidades da indústria cultural é comumente marcada pela uniformização de subjetividades e estereotipação de imagens. Ao apresentar a linguagem dos quadrinhos e suas características, este trabalho analisará, por meio do método arquegenealógico, se tais processos de subjetivação dos povos indígenas estão presentes em um recorte de materialidades em quadrinhos produzidas na indústria cultural. Também se discutirá o processo de aparecimento dos saberes sujeitados indígenas por meio da construção autoral Tembé-Tenetehara de enunciados em quadrinhos, feitos a partir de oficinas ministradas na Aldeia Sede Tenetehara como parte de uma pesquisa de campo participante apresentado aqui por meio de uma etnografia desenhada e em quadrinhos.Artigo de Evento Acesso aberto (Open Access) Uma etnografia sensorial do fazer a feira na feira do Guamá(Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação, 2019-06) CASTRO, Marina Ramos Neves deEste trabalho parte de uma etnografia realizada em uma feira em Belém, entre 2011 e 2018. Buscamos transitar no campo de diálogo entre Comunicação e Antropologia, explorando a proposição uma “etnografia sensorial” (PINK, 2009; 2010) e a discussão sobre a partilha do sensível feita por Laplantine (2007); Caune (2014) e Le Breton (2016a; 2016b; 2017) para compreender as formas sociais (SIMMEL, 2013) do gosto no espaço pesquisado. Na empreitada ressaltamos as implicações das experiências sensoriais vivenciadas no fazer a feira através das interações lá vivenciadas; como estas constroem certa estética, certa maneira de estar-junto que reverbera-se na quotidianidade do fazer a feira.
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