Navegando por Assunto "Geocronologia U-Pb em zircão"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Geologia Isotópica U-Pb e Lu-Hf no tonalito Cândido Mendes e arenito da formação igarapé de areia: aplicação em proveniência sedimentar e implicações para evolução do cráton São Luís(Universidade Federal do Pará, 2023-10-16) FERREIRA, Fernanda Batista; MOURA, Candido Augusto Veloso; http://lattes.cnpq.br/1035254156384979O uso da assinatura isotópica Lu-Hf em zircão de idade U-Pb conhecida permite caracterizar o magma em que esse mineral se cristalizou, constituindo assim uma ferramenta potencial para a investigação de proveniência sedimentar. A confiabilidade dessa metodologia em estudos de proveniência foi avaliada utilizando zircões detríticos de arenitos da Formação Igarapé de Areia, que aflora no Fragmento Cratônico São Luís (FCSL) e no Cinturão Gurupi (CG), na região do Gurupi, nordeste do estado do Pará e a noroeste do estado do Maranhão. A maioria dos grãos de zircão desse arenito apresenta idades riacianas, o que permite avaliar a aplicabilidade do sistema isotópico Lu-Hf para estudos dessa natureza. As análises morfológicas desses grãos detríticos indicam uma origem magmática. Os dados U-Pb revelam idades riacianas (2051 a 2256 Ma) e orosirianas (1912 a 2049 Ma). Essas idades são compatíveis com a época do evento orogênico de formação do FCSL. As rochas do Granodiorito Bom Jesus, grande corpo granitóide pertencente a Suíte Intrusiva Tromaí do FCSL, é representativo dos eventos magmáticos cálcio-alcalinos paleoproterozóicos, tem idade U-Pb de 2149±5,4 Ma. As assinaturas isotópicas Lu-Hf dos zircões do tonalito e do arenito são similares, com ƐHf(t) variando de 0,65 a 6,82 e de 1,84 a 6,07, respectivamente. Ademais, as idades modelos dos zircões apresentam resultados igualmente semelhantes, com Hf-TDMC de 2,36 a 2,53 Ga para a Formação Igarapé de Areia, e 2,28 a 2,67 Ga para o Suíte Intrusiva Tromaí, sugerindo que a área fonte dos arenitos é constituída por crosta juvenil do Paleoproterozóico. Esses resultados reforçam a hipótese de que a fonte de sedimentos desses arenitos está localizada nas rochas do FCSL, CG e seus equivalentes birimianos no Cráton Oeste-Africana (COA). A similaridade litológica e geocronológica das rochas paleoproterozóicas da região do Gurupi com unidades do Domínio Baoulé-Mossi do COA é amplamente reconhecida. Por sua vez, a presença de idades modelo Hf-TDMC neoarqueanas pode ser um indicativo de uma pequena contribuição de crosta arqueana, o que é observado mais claramente nas rochas do Domínio Baoulé-Mossi. Esse processo de contaminação pode ter ocorrido com a subducção e fusão de sedimentos oriundos de crosta arqueana ou pela incorporação de arco de ilhas paleoproterozóicos em um núcleo arqueano. O sistema Lu-Hf provou ser uma ferramenta útil para a investigação de proveniência sedimentar.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Petrografia, geoquímica e geocronologia de rochas vulcano- plutônicas orosirianas do SE do Cráton Amazônico: um estudo da fronteira dos domínios Tapajós e Iriri-Xingu(Universidade Federal do Pará, 2020-06-16) SILVA, Amanda Suany Marinho da; MACAMBIRA, Moacir José Buenano; http://lattes.cnpq.br/8489178778254136A parte central do Cráton Amazônico é configurada pelos domínios tectônicos Tapajós (DTJ) e Iriri-Xingu (DIX), que registram eventos vulcano-plutônicos do período Orosiriano. O limite entre os dois domínios foi proposto a partir de isótopos de Nd e é marcado pelo predomínio de fontes paleoproterozoicas juvenis ou com pouca participação da crosta arqueana para o DTJ, enquanto as rochas do DIX apresentam fontes crustais arqueanas. Contudo, a delimitação da fronteira entre esses domínios ainda é alvo de discussão devido à falta de dados isotópicos, de mudanças nos litotipos presentes e ausência de estruturas tectônicas que possam delinear esse contato. A área de estudo localiza-se na região limítrofe entre os DTJ e DIX, no município de Trairão, sudoeste do Pará, onde há ocorrência de associações vulcano-plutônicas de idade paleoproterozoica. O objetivo deste trabalho é aprimorar o entendimento do posicionamento tectônico e cronológico dessas rochas magmáticas, bem como melhor definir o limite entre o DTJ e DIX. Foram realizadas análises petrográficas e geoquímicas, e aplicadas as metodologias U-Pb em zircão por espectrometria de massa ICP-MS a laser ablation e Sm-Nd em rocha total por TIMS. Na área de estudo, as sequências vulcânicas são representadas pelas formações Moraes Almeida, Salustiano e Aruri. As unidades plutônicas correspondem às suítes Creporizão, Parauari (unidade granodiorítica e granítica) e Maloquinha. As rochas vulcânicas efusivas e vulcanoclásticas são riolitos, dacitos, andesitos, ignimbrito riolíticos e tufos. As rochas plutônicas são granodioritos, quartzomonzonitos, monzogranitos e sienogranitos. Os resultados geoquímicos apontaram que as rochas das suítes intrusivas Creporizão e Parauari (unidades granodiorítica e granítica) apresentam assinatura cálcio- alcalina de alto-K a shoshonítica, de caráter meta a peraluminoso, com enriquecimento em LILE (K, Rb, Ba e Sr), moderado fracionamento dos ETR pesados e fracas anomalias negativas de Eu*. Distintivamente, os granitoides da Suíte Intrusiva Maloquinha e as formações Salustiano e Moraes Almeida apresentam assinatura cálcio-alcalina de alto-K, caráter peraluminoso a peralcalino. Essas rochas apresentam enriquecimento em HFSE (Zr, Hf e Th), alto conteúdo de ETR e pronunciadas anomalias negativas de Eu*. Em diagramas de classificação de ambiente tectônico, os granitoides das suítes intrusivas Creporizão e Parauari (unidades granítica e granodiorítica), e as formações Salustiano e Aruri evidenciaram afinidades geoquímicas com granitoides cálcio-alcalinos relacionados a arco magmático, enquanto as rochas da Suíte Intrusiva Maloquinha e da Formação Moraes Almeida estão relacionadas a ambiente intraplaca. A datação U-Pb em zircão permitiu o reconhecimento das rochas plutônicas e vulcânicas mais antigas, pertencentes respectivamente, à Suíte Intrusiva Creporizão, com idade de cristaix lização de 1980±6 Ma e à unidade mapeada como Formação Salustiano, com idade de 1975±11 Ma. As rochas da Suíte Intrusiva Maloquinha foram geradas em 1880±9 Ma, tendo como correspondente vulcânico a Formação Moraes Almeida de 1877±14 Ma, coevas com as rochas plutônicas da Suíte Intrusiva Parauari (unidade granodiorítica) com idade de 1876±9 Ma, Suíte Intrusiva Parauari (unidade granítica), de 1867±15 Ma, e as rochas vulcânicas da Formação Aruri, geradas em 1867±7 Ma. As características geoquímicas aliadas aos dados geocronológicos permitiram definir uma evolução geodinâmica envolvendo um contexto relacionado a um ambiente de arco magmático de 1,98 Ga, que favoreceu a formação das rochas da Suíte Intrusiva Creporizão e Formação Salustiano, seguido por um ambiente extensional intraplaca (1,88 Ga), marcado pela coexistência das rochas tipos A e I das suítes intrusivas Maloquinha e Parauari (unidades granodiorítica e granítica) e formações Moraes Almeida e Aruri. Idades modelo Nd-TDM (2,31-2,64 Ga), com valores levemente a fortemente negativos de εNd(t) (-1,39 a -7,11), indicam magmas derivados da fusão de fontes crustais do Paleoproterozoico e Arqueano. Esses resultados permitiram delimitar um traçado NW-SE, que separa as rochas de idades modelo dominantemente paleoproterozoicas (<2,5 Ga) daquelas arqueanas (>2,5 Ga), pertencentes, respectivamente, aos DTJ e DIX.
