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Navegando por Assunto "Geologia estratigráfica"

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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Análise faciológica e aspectos estruturais da formação Águas Claras, região central da Serra dos Carajás-PA
    (Universidade Federal do Pará, 1995-01-31) NOGUEIRA, Afonso César Rodrigues; TRUCKENBRODT, Werner Hermann Walter; http://lattes.cnpq.br/5463384509941553
    Análises faciológica e estrutural das rochas siliciclásticas da Formação Águas Claras, Pré-Cambriano da Serra dos Carajás, foram realizadas em excelentes exposições na estrada de acesso à Mina do Igarapé Bahia. A Formação Águas Claras, constituída principalmente por quartzo-arenitos e pelitos, representa uma sucessão progradante de depósitos plataformais (parte inferior) e litorâneos e fluviais (parte superior). Os depósitos plataformais são constituídos por pelitos laminados, interpretados como lamas de offshore, e siltitos e arenitos finos com estratificação cruzada hummocky, laminação cruzada microhummocky, laminação plano-paralela e marcas onduladas relacionados a depósitos de tempestades. As fácies litorâneas consistem em arenitos finos a médios com estratificação cruzada swaley, considerados como tempestitos de shoreface; arenitos finos a grossos com seqüências de tidal bundles, estratificação cruzada de baixo ângulo e estratificação plano-paralela interpretados como depósitos de submaré; e, subordinadamente, arenitos finos laminados com truncamentos de baixo-ângulo e arenitos finos a grossos com tidal bundles intercalados a ritmitos com acamamentos flaser, wavy e linsen relacionados, respectivamente, a depósitos de foreshore e planície de maré. Os depósitos fluviais consistem em arenitos grossos e conglomerados, com estratificações cruzadas tabular e acanalada e estratificação plano-paralela, relacionados a depósitos de barras e dunas subaquosas em planície aluvial braided. Subordinadamente, ocorrem arenitos finos sílticos com laminação plano-paralela interpretados como depósitos de inundação. A Formação Águas Claras permite interpretar, pelo menos, três fases deposicionais. No início da deposição, predominaram processos de tempestades retrabalhando sedimentos finos de mar raso e acumulando areias na forma de barras e lençóis nas zonas de offshore e shoreface. Na fase seguinte, prevaleceram processos de maré, provavelmente responsáveis pelo retrabalhamento dos tempestitos de shoreface, e teria se desenvolvido um complexo de braid delta como resultado da progradação de uma planície aluvial sobre um ambiente litorâneo. O abandono de áreas deltaicas durante período de baixo influxo detrítico permitiria o retrabalhamento destas zonas por ondas gerando praias restritas. A fase final na evolução da Formação Águas Claras foi marcada por uma progradação para SW da planície aluvial, estimulada provavelmente por soerguimentos tectônicos das áreas fontes situadas a NE, o que levou à instalação definitiva de um sistema fluvial braided. A caracterização geométrica-estrutural da área estudada permitiu a individualização de dois domínios estruturais. O domínio I, localizado entre os igarapés São Paulo e Águas Claras, é marcado por zonas de cisalhamento verticalizadas, dobras e cavalgamentos oblíquos; em porções menos deformadas, estas estruturas rúpteis-dúcteis são recorrentes e o acamamento mostra-se rotacionado por falhas, às vezes, afetado por dobras desarmônicas e em caixa. O domínio II, a oeste do Igarapé Águas Claras, é caracterizado pela disposição regular do acamamento com mergulho médio de 200 para NE. As estruturas rúpteis-dúcteis marcam pelo menos um evento transpressivo localizado, ligado provavelmente à movimentação sinistral da Falha Carajás. A orientação e natureza das estruturas sugerem que este evento rúptil-dúctil esteve relacionado a uma transpressão NE-SW com transporte tectônico para SW. Posteriormente, as rochas foram afetadas por falhas transcorrentes e normais, orientadas nas direções NE-SW e NW-SE, às quais se associam diques básicos.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Análise morfoestratigráfica do estuário do Rio Marapanim - NE do Pará
    (Universidade Federal do Pará, 1998-12-20) SILVA, Cléa Araújo da; EL-ROBRINI, Maâmar; http://lattes.cnpq.br/5707365981163429
    O Estuário do Rio Marapanim está estabelecido sobre os sedimentos terciário-quaternários da Formação Barreiras e Pós-Barreiras, inserido no litoral de "rias" do nordeste do Estado do Pará, o qual foi submetido à transgressão marinha, a partir do Pleistoceno Superior, que afogou paleolinhas de costa e no máximo da Trangressão Holocênica atingiu o Planalto Costeiro. Este setor da costa sofre influência da maré dinâmica que atinge amplitude máxima de 5,3m (macromarés) e da maré salina que apresenta salinidade média entre a enchente e vazante, para os períodos de baixa e alta descarga fluvial com valores de 896o e 0%0 (Marudazinho), 24%o e 3%o (Marapanim), respectivamente. Entretanto, na parte externa do funil estuarino (Marudá), a salinidade apresenta valor constante de 35%0, não ocorrendo influência significativa da descarga fluvial na foz do estuário. A geomorfologia da área está compartimentada • em 3 domínios geomorfológicos: (1) Planície Costeira com as unidades de Planície de Cristas de Praia, Paleoduna, Duna costeira Atual (Fixa e Móvel), Pântano Salino (Interno e Externo), Planície de Maré (Arenosa e Lamosa), Praia Flecha-Barreira, Lago e Palco-Córrego de Maré; (2) Planície Estuarina com as unidades de Canal Estuarino (compartimentado em Funil Estuarino, Segmento Meandrante Sinuoso, Segmento Meandrante em Cúspide e Canal de Curso Superior), Canal de Maré e Planície de Inundação (Pântano Salino e Pântano de Água Doce) e; (3) Planície Aluvial com as unidades de Canal Meandrante (Meandro Abandonado), Depósito de Canal (Depósito de Fundo de Canal), Depósito de Margem de Canal (Dique Marginal, Depósito de Recobrimento e Planície de Inundação) e Depósito de Preenchimento de Canal. Com base na estratigrafia subsuperficial aliada às características sedimentológicas e geometria superficial foram identificadas 14 unidades morfoestratigráficas: Planície de Inundação, Dique Marginal, Meandro Abandonado, Pântano de Água Doce, Planície de Maré Lamosa, Barra de Maré Arenosa e Lamosa (Vegetada), Barra em Pontal Lamosa, Planície de Cristas de Praia, Paleoduna, Dunas Atuais, Praia Flecha-Barreira, Planície Arenosa e Pântano Salino. E, através de análise subsuperficial (testemunhagem à vibração), associada à análise sedimentológica identificou-se 6 fácies estratigráficos: areia e lama de barra em pontal, areia marinha, areia e lama estuarina, lama estuarina, areia fluvial e areia mosqueada. A partir de dados levantados, á respeito da morfologia e estratigrafia dos depósitos encontrados na área, foi possível identificar 3 seqüências estratigráficas: Seqüência Marinha Transgressiva Basal (S1) com ambiente Fuvial, Parálico e de Face Praial; Seqüência Marinha Regressiva (S2) com canal meandrante influenciado por maré (ambiente fluvial), Pântano de Água Doce, Planície de Maré, Pântano Salino e Planície de Crista de Praia e; Seqüência Marinha Transgressiva Atual (S3) com Ambiente Estuarino (Barra de Maré e Barra em Pontal) e Litorâneo (Praia Flecha-Barreira, Planície de Cristas de Praia e Duna Atual). A evolução do Estuário do Rio Marapanim foi controlada pelas oscilações do nível do mar, durante o Holoceno, que se manifestaram em ciclos progradacionais e retrogradacionais, o qual no máximo da Transgressão Holocênica provocou erosão do Planalto costeiro. Em condições de nível de mar estável houve regressão do mar o que propiciou a progradação lamosa sobre depósitos arenosos marinhos. Atualmente, observa-se a transgressão de depósitos arenosos sobre a planície lamosa, propiciando o preenchimento. parcial da foz do estuário por barras arenosas.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Aplicação dos métodos geofísicos elétrico e eletromagnético na determinação de unidades sedimentares costeiras tropicais em Bragança, Nordeste do Pará
    (Universidade Federal do Pará, 2002-02-25) SILVA, Regina Célia dos Santos; LUIZ, José Gouvêa; http://lattes.cnpq.br/8676530374310847
    Esta dissertação mostra a aplicação de métodos geofísicos na determinação das unidades sedimentares da Planície Costeira Bragantina, que estão sendo estudados no Programa de Manejo e Dinâmica de Manguezais-MADAM (Mangrove Dynamics and Management). A finalidade deste trabalho é testar a metodologia geofísica no ambiente costeiro, visando auxiliar o mapeamento geológico e o entendimento da evolução estratigráfica holocênica da Planície Costeira Bragantina. Na realização deste trabalho, foram aplicados em diferentes unidades morfoestratigráficas da área de estudo: (a) o método convencional da eletrorresistividade através de sondagens elétricas verticais, usando o arranjo Schlumberger e (b) o método eletromagnético slingram (Horizontal Loop Eletromagnetic), com oito freqüências. Com as sondagens elétricas verticais determinaram-se os valores de resistividade em subsuperfície para os diferentes horizontes, correlacionando-os sempre que possível com as informações geológicas disponíveis. Em geral, os resultados obtidos com as sondagens elétricas não foram muito satisfatórios em termos das profundidades investigadas pelo fato do ambiente estudado ser muito condutivo, dificultando a penetração de corrente elétrica e contribuindo para que a profundidade de investigação fosse baixa. A aplicação do método eletromagnético mostrou-se mais simples e rápido do que as sondagens elétricas. A interpretação dos dados obtidos com esse método, realizada através da análise de perfis de medidas e de sondagens eletromagnéticas, permitiu inferir contatos laterais e estabelecer assinaturas geofísicas para os depósitos da planície costeira.
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    TeseAcesso aberto (Open Access)
    Aspectos lito-estruturais e evolução crustal da região centro-oeste de Goiás
    (Universidade Federal do Pará, 1985-11-13) COSTA, João Batista Sena; VILLAS, Raimundo Netuno Nobre; http://lattes.cnpq.br/1406458719432983; HASUI, Yociteru; http://lattes.cnpq.br/3392176511494801
    Na região compreendida entre as cidades de Paraíso do Norte, Gurupi e Dianópolis, situada na parte centro norte do Estado de Goiás, reconhecem-se diversas unidades lito-estratigráficas e várias gerações de estruturas ligadas a eventos termo-tectônicos distintos. Considerando a distribuição e as características petrográficas e estruturais dos conjuntos rochosos antigos, foi possível individualizar quatro compartimentos ou domínios lito-estruturais atribuídos ao Arqueano. O domínio 1 inclui a região de Almas-Dianópolis, é interpretado como um terreno granito-greenstone, englobando um conjunto de gnaisses tonalíticos com supracrustais associadas (Complexo Goiano), e vários corpos de tonalitos (Suíte Serra do Boqueirão) embutidos nas unidades anteriores. A evolução geral do domínio compreende três eventos deformacionais principais. O primeiro se refere à formação dos anfibolitos e/ ou biotita gnaisse e granitóides, caracterizados estruturalmente por um bandamentos sub-vertical, orientado na direção N10° E. O desenvolvimento desse elemento planar foi acompanhado por transformações mineralógicas e fácies anfibolito. O segundo evento corresponde à deposição do Grupo Riachão do Ouro, seguida pela formação de estruturas sinclinais isoclinais empinadas, orientadas na direção N10° E, contemporânea a transformações em fácies xisto verde. A esse evento se relaciona a colocação dos diápiros tonalíticos da Suíte Serra do Boqueirão. O último é representado por uma foliação de transposição suavemente inclinada para sudeste, vinculada a um processo de cisalhamento simples dúctil-rúptil de baixo ângulo, que afetou a parte oeste do domínio e transformou as rochas do Complexo Goiano em gnaisses miloníticos em condições de fácies anfibolito. O domínio 2 envolve os municípios de Porto Nacional, Brejinho de Nazaré e Natividade, correspondendo à parte centro-leste da área. Caracterizado por gnaisses granulíticos (Complexo Porto Nacional), por gnaisses tonalíticos com supra crustais associadas (Complexo Manoel Alves), por conjuntos supracrustais, envolvendo metassedimentos e metavulcânicas (Formação Morro do Aquiles), e por granitos pegmatóides, a exemplo da Suíte Xobó. As diferentes unidades litológicas apresentam-se na forma de camadas e/ ou pacotes sub-horizontais, concordantes a sub-concordantes e orientadas na direção N30°. Exibem feições estruturais produzidas por um processo de cisalhamento simples dúctil-rúptil de baixo ângulo, em condições de fácies anfibolito. Várias zonas de cisalhamento dúctil de alto ângulo, com caráter direcional, com diferentes intensidades de deformação e desenvolvidas em condições de fácies xisto verde, superpõem-se às feições estruturais ligadas ao evento de cisalhamento de baixo ângulo. O domínio 3 acha-se totalmente incluído no município de Paraíso do Norte, na porção noroeste da área, e é interpretado como um terreno granito-greenstone, a exemplo do domínio 1. Fazem parte desse domínio o Complexo Colméia, o Grupo Rio do Côco e os gnaisses alcalinos de Monte Santo. Duas fases de deformação principais são responsáveis pela estruturação geral do domínio. A fase mais antiga corresponde ao dobramento do bandamento (s) dos granitoides gnaissificados do Complexo Colméia, em dobras recumbentes, orientadas na direção E-W. A xistosidade (S1) plano-axial se formou em condições de fácies anfibolito média a alta. A fase seguinte diz respeito à constituição do Grupo Rio do Côco em discordância com o Complexo Colméia. Nesse evento estabeleceram-se dobras empinadas orientadas na direção E-W e formou-se uma xistosidade em condições de fácies xisto verde. A segunda geração de dobras do Complexo Colméia está relacionada a esse evento deformacional. O domínio 4 é definido pela região que compreende parte dos municípios de Paraíso do Norte, Fátima, Gurupi e Porto Nacional, correspondendo à porção centro-oeste da área. Faz parte desse domínio o Complexo Rio dos Mangues, as suítes Matança e Serrote e os gnaisses alcalinos da Serra da Estrela, dispostos em corpos tabulares sub-concordantes orientados na direção N30°E. A exemplo do que se observa nas unidades do domínio 2, os diferentes conjuntos rochosos do domínio 4 exibem feições estruturais ligadas aos eventos de cisalhamento de baixo e alto ângulos. A passagem entre os domínios 1 e 2 e entre os domínios 3 e 4 é gradativa de modo que se delineiam dois blocos crustais antigos (domínios 1 + 2 e 3 + 4) separados pela faixa de rochas granulíticas (Complexo Porto Nacional). A zona de justaposição corresponde a um cinturão de cisalhamento dúctil de baixo ângulo, desenvolvido a partir do cavalgamento do bloco Brasília, a leste, sobre o bloco Araguacema, a oeste. Quadro geológico semelhante já foi muito bem caracterizado na África do Sul, no Oeste da Groelândia e no noroeste da Escócia, e começa a ser esboçado em várias regiões no Brasil, configurando-se uma nova maneira de entender as relações entre os terrenos arqueanos. Nesse segmento crustal, estabilizado no final do Arqueano, foram injetados corpos graníticos da Suíte Lajeado, no final do Proterozoico Inferior, e corpos básico-ultrabásicos na primeira metade do Proterozoico Médio. Nesta época, o Lineamento Transbrasiliano se individualizou como zona de cisalhamento rúptil. Na segunda metade do Proterozoico Médio instalaram-se as bacias, onde se depositaram as rochas que constituem o Supergrupo Baixo Araguaia e o Grupo Natividade, separadas por um bloco limitado hoje, pelas cidades de Paraíso do Norte, Gurupi ePorto Nacional. O lineamento Transbrasiliano voltou a ser ativo nesse período. No final do Proterozoico Médio, uma compressão regional, aproximadamente E-W, permitiu a edificação das faixas de dobramentos Araguaia e Uruaçu. A evolução da faixa de dobramentos Araguaia envolve quatro estágios de formação de estruturas. No primeiro estágio formaram-se dobras recumbentes submeridianas, com uma xistosidade plano axial (S1) desenvolvida em condições de fácies anfibolito média a xisto verde média. Os estágios intermediários referem-se a dobramentos e redobramentos de S1. O último estágio corresponde à formação dos corpos graníticos da Suíte Santa Luzia. Como resultado dessa evolução, verifica-se na faixa Araguaia uma assimetria importante, caracterizada pela atenuação de deformação e das transformações mineralógicas de leste para oeste. O quadro geral da faixa de dobramento Uruaçu é caracterizado por dobras desenhadas pelo acamamento, com planos axiais variáveis e por transformações mineralógicas em fácies xisto verde. Na região estudada não existem variações regulares na intensidade da deformação e do grau metamórfico. Os sedimentos imaturos da Formação Monte do Carmo são os produtos dos últimos processos litogenéticos de Proterozóico Médio na área. Durante a evolução das faixas de dobramentos Araguaia e Uruaçu, a parte norte do Maciço Goiano teve uma participação limitada, de tal modo que funcionou como um bloco rígido em relação aos dobramentos laterais. Os produtos finais ligados à evolução policíclica desse segmento crustalno Pré-Cambriano. São representados por sistemas de falhas direcionais orientadas principalmente nas direções N40°- 60° E e N40° - 50° W. O sistema de falhas NE reflete nova movimentação através do Lineamento Transbrasiliano no Proterozoico Superior. No Fanerozoico depositaram-se expressivas sequências sedimentares e novos movimentos foram registrados no Lineamento Transbrasiliano levando ao desenvolvimento de importantes desnivelamentos de blocos, refletidos, em parte, na morfologia atual da área.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Avaliação geofísica e geológica de um porção de quebra de talude da Bacia do Jequitinhonha
    (Universidade Federal do Pará, 2013) SANTOS, Renata Vieira dos; SARGES, Roseane Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/9737447758598999; GOMES, Ellen de Nazaré Souza; http://lattes.cnpq.br/1134403454849660
    A utilização dos métodos de reflexão sísmica na exploração e desenvolvimento de reservatórios de hidrocarbonetos ocorre devido à sua vasta e densa amostragem, tanto em área quanto em profundidade, aliada ao refinamento de técnicas para o tratamento dos dados de reflexão sísmica, a partir destes dados, são geradas seções sísmicas, que após a aplicação de tratamento adequado, são utilizadas na interpretação dos estratos e/ou estruturas geológicas da subsuperfície. Neste trabalho é feita uma análise Geofísica Geológica de duas linhas sísmicas reais 2D marinhas da porção de quebra de talude da Bacia do Jequitinhonha. Para tanto, foi realizado um conjunto de processamento sísmico com objetivo de atenuar as reflexões múltiplas comuns em dados marinhos, além disso, foram estimados os modelos de velocidade em profundidade, utilizados para determinação das seções sísmicas migradas em profundidade. Nestas foram identificadas as superfícies refletoras. Através da análise dessas superfícies foram feitas as marcações de sismofácies, com base nos conceitos iniciais da sismoestratigrafia, com a finalidade de avaliar a qualidade do produto derivado do processamento sísmico, empregado neste estudo, para uma interpretação sismoestratigráfica, a qual está fundamentada na análise dos padrões de terminações dos refletores e padrão interno das sismofácies.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    A capa carbonática do sudoeste do cráton amazônico, estado de Rondônia: nova ocorrência e extensão dos eventos pós-glaciação marinoana (635 Ma)
    (Universidade Federal do Pará, 2014-11-27) GAIA, Valber do Carmo de Souza; NOGUEIRA, Afonso César Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/8867836268820998
    Na porção oeste da Bacia dos Parecis, Estado de Rondônia, inserida no sudoeste do Cráton Amazônico, rochas carbonáticas expostas nas bordas dos grábens Pimenta Bueno e Colorado têm sido consideradas como parte do preenchimento eopaleozoico da bacia. A avaliação das fácies/microfácies e quimioestratigrafia dessas rochas nas regiões de Chupinguaia e Pimenta Bueno, confirmou a ocorrência de dolomitos rosados que sobrepõem, em contato direto, diamictitos glaciais previamente interpretados como depósitos de leques aluviais. Trabalhos prévios reportaram excursão negativa de δ13C, também confirmados neste trabalho, com variações entre -4.6 e -3,8‰VPDB em Chupinguaia e média de - 3,15‰VPDB em Pimenta Bueno. Esse padrão, de sedimentação e quimioestratigráfico, ausente nas rochas paleozoicas, é comumente encontrado nos depósitos carbonáticos anômalos do Neoproterozoico. No sul do Cráton Amazônico, Estado do Mato Grosso, rochas com essas mesmas características são descritas como capas carbonáticas relacionadas à glaciação marinoana (635 Ma). Neste trabalho, consideramos que os dolomitos rosados sobre diamictitos, em Rondônia, fazem parte do mesmo contexto das capas carbonáticas encontradas no Mato Grosso. Adicionalmente, destaca-se o contato brusco e deformado do dolomito sobre o diamictito, presente em ambas as ocorrências, configurando-se uma das feições típicas das capas carbonáticas do Cráton Amazônico. Essa relação paradoxal, entre diamictito e dolomito, tem sido interpretada como produto da mudança rápida das condições atmosféricas de icehouse para greenhouse, e a deformação da base foi gerada pelo rebound isostático. A capa carbonática de Rondônia compreende duas associações de fácies (AF2 e AF3) que recobrem depósitos glacio-marinhos compostos por paraconglomerados polimíticos (Pp), e arenito seixoso laminado (Asl), da AF1. A AF2 consiste em dolomudstone/dolopackstone peloidal com laminação plana a quasi-planar e com truncamentos de baixo-ângulo (fácies Dp), megamarcas onduladas (fácies Dm) e laminações truncadas por ondas (fácies Dt), interpretada como depósitos de plataforma rasa influenciada por ondas. Esta sucessão costeira é sucedida pela AF3, que compreende as fácies: dolomudstone/dolopackstone e dolomudstone/dolograinstone com partição de folhelho (Df) e siltito laminado (Sl). A fácies Df compreende um pacote de 6 metros de dolomito com partição de folhelho, apresentando lâminas de calcita fibrosa (pseudomorfos de evaporito) e dolomitos com laminações onduladas de corrente. Sobrejacente à fácies Df, ocorre a fácies Sl, apresentando 5 metros de siltito argiloso com laminação plana. Esta associação é interpretada como depósitos de plataforma rasa influenciada por maré, sendo sobreposta discordantemente, em contato angular, por depósitos glaciais do Eopaleozoico. Os valores isotópicos de C e O são negativos e refletem o sinal primário do C. No entanto, pode-se considerar uma leve influência da diagênese meteórica no sinal. As principais quebras nos sinais negativos podem estar associadas à influência meteórica, expressa pela substituição e preenchimento de poros por calcita e pela proximidade de superfícies estratigráficas, os quais refletem alguns padrões de alteração diagenética, representados nos sinais mais negativos. Diferentemente da capa carbonática do Mato Grosso, a capa de Rondônia possui níveis de pseudomorfos de evaporito e dolomitos com partição de folhelho (ritmito), em sucessão de fácies marinha rasa, onde os dolomitos de plataforma rasa influenciada por ondas passam para ritmitos e siltitos de plataforma rasa influenciada por maré (zona de inframaré), configurando uma sucessão retrogradante. Esta nova ocorrência de capa carbonática modifica a estratigrafia da base da Bacia dos Parecis, ao passo que exclui essas rochas carbonáticas da sequência eopaleozoica. Além disso, fornece informações que permitem reconstruir melhor a paleogeografia costeira da bacia neoproterozoica que acumulou os depósitos da plataforma carbonática do Grupo Araras, bem como estende os eventos pós-marinoanos ligados à hipótese do Snowball/Slushball Earth para o sudoeste do Cráton Amazônico, exposto no Estado de Rondônia.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Caracterização paleoambiental dos sedimentos Códo-Grajaú, Bacia de São Luis (MA)
    (Universidade Federal do Pará, 1992-06-25) BATISTA, Ana Maria Nunes; TRUCKENBRODT, Werner Hermann Walter; http://lattes.cnpq.br/5463384509941553
    Os sedimentos Codó-Grajaú, de idade neo-aptiana, integram um sistema deposicional do tipo flúvio-deltaico-lacustre com breves invasões marinhas. Este pacote sedimentar, constituído principalmente por folhelhos betuminosos, carbonatos, arenitos e conglomerados, se acumulou na Bacia de São Luis (Norte do Estado do Maranhão) durante sua formação inicial. A partir da análise de testemunhos, efetuada em quatro poços, dez litofácies foram individualizadas e assim denominadas: conglomerado polimítico (Cgp), conglomerado intraformacional com estratificação cruzada (Cgx), brecha intraformacional maciça (Bm), arenito com estratificação cruzada (Ax), arenito com climbing-ripples (Ac), siltito argiloso bioturbado (Sb), folhelho e siltito intercalados (FS), folhelho negro (Fn), folhelho com laminação ondulada-rugosa (Fo) e folhelhos com cores diferenciadas (Fd). Estas litofácies, agrupadas em cinco associações genéticas, indicam a presença dos seguintes paleoambientes: (1) leque aluvial, (2) planície-deltalca, (3) lobo de suspensão, (4) lacustre e (5) lagunar. O sistema Codó-Grajaú se desenvolveu, provavelmente, não muito longe da linha costeira marinha, sendo sugerida esta situação paleogeográfica pela presença de polens do gênero Classopollis sp., associados a cistos de dinoflagelados e carapaças quitinosas de foraminíferos na parte inferior da Formação Codó. A influência marinha, na parte inferior da formação Codó, é também confirmada pelo aparecimento de holotúrios e equinoídes. A assembléia polínica (classopollis sp., Araucariacites sp. e Afropollis sp.), a presença de esmectita nos folhelhos e de calcrete sugerem que o clima predominante durante a deposição dos sedimentos Codó-Grajaú tenha sido do tipo semi-árido.
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    TeseAcesso aberto (Open Access)
    O cenozoico superior do centro-oeste da Bacia do Amazonas: paleobotânica do embasamento cretáceo e evolução do Rio Amazonas
    (Universidade Federal do Pará, 2018-11-08) BEZERRA, Isaac Salém Alves Azevedo; NOGUEIRA, Afonso César Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/8867836268820998
    No final do Neógeno e durante o Quaternário o desenvolvimento do Rio Amazonas promoveu expressivas mudanças paleoambientais e geomorfológicas que culminaram na paisagem atual da Amazônia. Diversos modelos têm sido elaborados em escala continental, baseados principalmente em dados obtidos de um testemunho de sondagem realizado na plataforma continental atlântica, distante cerca de 200 km da foz do Amazonas. Enquanto estes modelos sugerem o estabelecimento desta drenagem com proveniência Andina a partir do Mioceno Superior, estudos baseados em afloramentos da porção oeste e central da Amazônia têm indicado idades mais jovens para esse ecossistema, desde Plioceno ao Quaternário. O estudo sedimentológico e estratigráfico de terraços fluviais do Rio Amazonas, expostos na porção centro-oeste da Bacia do Amazonas, auxiliado por geocronologia de luminescência, permitiu sequenciar os eventos de sedimentação e as mudanças paleoambientais e paleogeográficas desde o final do Neógeno. Estes depósitos sobrepõem rochas do Cretáceo da Formação Alter do Chão, cujo estudo sedimentológico e paleobotânico revelou o registro inédito de angiospermas para a porção aflorante desta formação, em depósitos de planície de inundação e canal abandonado de rios meandrantes. A preservação de impressões e contra-impressões de laminas foliares e outros macro restos vegetais com características das famílias Moraceae, Fagaceae, Malvaceae, Sapindaceae e Anarcadiaceae com aparecimento a partir do Cretáceo Superior, e a família Euphorbiaceae com registro se iniciando no Cretáceo Médio, confirmam a idade cretácea para estas rochas. A sucessão neógena-quanternária foi subdividida informalmente em unidade inferior e superior constituídos de areia, cascalho e subordinadamente argila, organizados em ciclos granodecrescentes ascendentes de preenchimento de canal e de inundação. Estes depósitos registram que dinâmica da construção do vale do Rio Amazonas foi influenciada pela neotectônica (106 anos) e oscilações climáticas (104-105 anos). A unidade inferior foi interpretada como registro do proto-Amazonas, com migração para leste e posicionada através de datação utilizando o sinal de luminescência opticamente estimulada de transferência térmica por volta de 2 Ma. Esta unidade é correlata aos depósitos do Mioceno-Plioceno da Formação Novo Remanso, da Bacia do Amazonas e registra o desenvolvimento de um sistema fluvial com planície aluvionar restrita, seguindo preferencialmente as zonas de fraqueza do embasamento paleozoico e Cretáceo. A unidade superior foi interpretada como o registro do estabelecimento do Rio Amazonas moderno e posicionada através de datação utilizando o sinal de infravermelho em feldspatos por volta de 1 Ma a 140 ka, correlata aos depósitos da Formação Içá, da Bacia do Solimões. A partir do Quaternário as oscilações climáticas que marcam este período alterou o regime hidrológico através do aumento do volume de chuvas orográficas na região de cabeceira no flanco leste da cordilheira andina. A amplificação dos processos de erosão de escarpas na porção centro-leste da Amazônia promoveu a expansão da planície aluvionar em uma ampla área de 120 km. Nesta fase a porção leste da Bacia do Amazonas, topograficamente mais alta, restringia a sedimentação pleistocena em espaço mínimo de acomodação. A paisagem da porção centro-leste da Amazônia dominada durante o Neógeno por terra firme em áreas elevadas passou a ser regida durante o Quaternário pela dinâmica de expansão e contração da planície aluvionar. Ao final do Quaternário a várzea constituída por áreas alagadiças dentro da planície aluvionar se tornou cada vez mais restrita pelos contínuos processos de incisão fluvial durante o máximo glacial (18 a 22 ka). A migração lateral do canal meandrante levou ao confinamento da calha pelas escarpas fluviais esculpidas no embasamento cretáceo. Análise detalhada das propriedades dos protocolos utilizados na geocronologia por luminescência permitiu entender melhor as limitações e o uso dete método em estudos na Amazônia, método este em constante evolução e aperfeiçoamento A partir destes resultados foi possível questionar dados de trabalhos anteriores obtidos a partir do uso desta imporante ferramenta e indicar que algumas destas idades podem ser idades mínimas ao invés de idades de soterramento para depósitos pré-quaternários. A identificação da dinâmica mais antiga da drenagem foi inserida na interpretação dos estágios do proto-Amazonas até a passagem para a fase do Rio Amazonas moderno, que culminou na paisagem atual no centro-leste da Amazônia.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Correlação de poços com múltiplos perfis através da rede neural multicamadas
    (Universidade Federal do Pará, 2001-11-23) AMARAL, Mádio da Silva; ANDRADE, André José Neves; http://lattes.cnpq.br/8388930487104926
    A correlação estratigráfica busca a determinação da continuidade lateral das rochas, ou a equivalência espacial entre unidades litológicas em subsuperfície, a partir de informações geológico-geofísicas oriundas de poços tubulares, que atravessam estas rochas. Normalmente, mas não exclusivamente, a correlação estratigráfica é realizada a partir das propriedades físicas registradas nos perfis geofísicos de poço. Neste caso, busca-se a equivalência litológica a partir da equivalência entre as propriedades físicas, medidas nos vários poços de um campo petrolífero. A técnica da correlação estratigráfica com perfis geofísicos de poço não é uma atividade trivial e sim, sujeita a inúmeras possibilidades de uma errônea interpretação da disposição geométrica ou da continuidade lateral das rochas em subsuperfície, em função da variabilidade geológica e da ambigüidade das respostas das ferramentas. Logo, é recomendável a utilização de um grande número de perfis de um mesmo poço, para uma melhor interpretação. A correlação estratigráfica é fundamental para o engenheiro de reservatório ou o geólogo, pois a partir da mesma, é possível a definição de estratégias de explotação de um campo petrolífero e a interpretação das continuidades hidráulicas dos reservatórios, bem como auxílio para a construção do modelo geológico para os reservatórios, a partir da interpretação do comportamento estrutural das diversas camadas em subsuperfície. Este trabalho apresenta um método de automação das atividades manuais envolvidas na correlação estratigráfica, com a utilização de vários perfis geofísicos de poço, através de uma arquitetura de rede neural artificial multicamadas, treinada com o algoritmo de retropropagação do erro. A correlação estratigráfica, obtida a partir da rede neural artificial, possibilita o transporte da informação geológica do datum de correlação ao longo do campo, possibilitando ao intérprete, uma visão espacial do comportamento do reservatório e a simulação dos possíveis paleoambientes. Com a metodologia aqui apresentada foi possível a construção automática de um bloco diagrama, mostrando a disposição espacial de uma camada argilosa, utilizando-se os perfis de Raio Gama (RG), Volume de Argila (Vsh), Densidade (ρb) e de Porosidade Neutrônica (φn) selecionados em cinco poços da região do Lago Maracaibo, na Venezuela.
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    Artigo de PeriódicoAcesso aberto (Open Access)
    Estratigrafia da sucessão sedimentar Pós-Barreiras (Zona Bragantina, Pará) com base em radar de penetração no solo
    (2001-08) ROSSETTI, Dilce de Fátima; GÓES, Ana Maria; SOUZA, Lena Simone Barata
    Investigação pioneira aplicando Radar de Penetração no Solo (GPR) na área da Praia do Atalaia, norte do Brasil, nos permitiu caracterizar, pela primeira vez, fácies e estratigrafia dos depósitos conhecidos informalmente como Sedimentos Pós-Barreiras (Plioceno e mais recente). Esta sucessão sedimentar recobre discordantemente o embasamento miocênico, representado pelas formações Pirabas/Barreiras. Três unidades estratigráficas foram reconhecidas. A Unidade 1, inferior, consiste em um intervalo com 6 m de espessura média dominado por reflexões pobremente definidas e de baixa amplitude, e que intergradam com reflexões de média escala dos tipos tangencial, obliquo e hummocky. A Unidade 2, intermediária, possui cerca de 9 m de espessura e inclui, principalmente, reflexões oblíquas de larga escala, cujas configurações variam de paralela, tangencial, sigmoidal a sigmoidal-complexa. A Unidade 3, superior, corresponde a um intervalo entre 3,5 e 9 m de espessura, sendo dominada por reflexões hummocky, seguidas por reflexões de média escala dos tipos oblíquo, paralelo a sub-paralelo, e em corte-e-preenchimento. A análise da configuração das reflexões internas e geometria das reflexões nos leva a propor que a unidade correspondente aos Sedimentos Pós-Barreiras é mais variável faciologicamente que inicialmente imaginado, incluindo depósitos eólicos (dunas costeiras), bem como depósitos de cordão litorâneo, planície de maré, canal e mangue. Além disto, o mapeamento das três unidades descritas acima é importante para desvendar a complexidade de sedimentação versus erosão durante o Neógeno tardio no norte do Brasil.
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    Estratigrafia de dunas costeiras de Salinópolis/PA em associação com variações pluviométricas
    (Universidade Federal do Pará, 2010-09-24) LEITE, Wladson da Silva; SOUZA FILHO, Pedro Walfir Martins e; http://lattes.cnpq.br/3282736820907252; ASP NETO, Nils Edvin; http://lattes.cnpq.br/7113886150130994
    O presente estudo foi realizado no município de Salinópolis, nas praias de Atalaia e Maçarico (PA/Brasil), com o objetivo de se obter um panorama morfo-estratigráfico das dunas costeiras e sua evolução recente na área, avaliando também as correlações com variações climáticas no Holoceno tardio. Na área de estudo foram realizados trabalhos nas dunas transversais e nas dunas parabólicas utilizando-se principalmente perfilagem geofísica com Radar de Penetração no Solo (GPR), sondagens, análises granulométricas e datações. Foi utilizado o sistema GPR digital SIR-2000 com uma antena de 200 MHz, para se obter a estratigrafia dos depósitos dunares, identificando suas fácies estratigráficas e possíveis reativações destas dunas em tempos pretéritos. Testemunhos de sedimentos foram coletados a partir de um sistema de trado manual para complementação, obtenção de material para análises e datações, especialmente nos locais onde os registros de GPR, e consequentemente a estratigrafia, se mostraram interessantes. Na Praia do Maçarico foram identificadas duas cristas de dunas frontais principais, com idades de 69 e 80 anos respectivamente com uma taxa média de progradação de 6 metros/ano. Na praia do Atalaia o cenário apresenta-se com caráter mais transgressivo, onde se observou uma feição provavelmente pleistocênica, embora a datação obtida indique uma idade de apenas 58 anos. A duna parabólica investigada nessa área revelou uma migração da ordem de 4 metros/ano, semelhante à taxa observada na praia do Maçarico e possivelmente correspondendo a fases anuais de migração, que ocorreriam durante o período seco e de ventos mais fortes. A estratigrafia das dunas na área de estudo mostra uma correspondência com as oscilações climáticas sazonais de pluviosidade e ventos, seu uso é de grande potencial para estudos climáticos.
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    Estratigrafia e evolução estrutural do segmento setentrional da faixa de desdobramentos Paraguai - Araguaia
    (Universidade Federal do Pará, 1979-06-13) ABREU, Francisco de Assis Matos de; HASUI, Yociteru; http://lattes.cnpq.br/3392176511494801
    A porção setentrional da Faixa de Dobramentos Paraguai-Araguaia encerra uma vasta porção do Précambriano da Plataforma Sul Americana. Aqui, estabeleceu-se uma cadeia montanhosa edificada no Ciclo Geotectônico Brasiliano, a partir de regeneração e evolução sedimentar, metamórfica, magmática, estrutural e orogênica à margem oriental do Craton Amazônico. As seqüências rochosas estão reunidas em uma única unidade estratigráfica, o Super Grupo Baixo Araguaia, dividido nos Grupos Estrondo (inferior) e Tocantins (superior). O Grupo Estrondo é composto pelas Formações Morro do Campo (inferior), litologicamente constituída por quartzitos e subordinadamente xistos e gnaisses, e Xambioá (superior), reunindo xistos diversos. O Grupo Tocantins é formado pelas Formações Couto Magalhães (inferior), representada por filitos e intercalações de quartzitos, e Pequizeiro (superior), constituída por orto e para-rochas magnesianas, formando uma seqüência vulcano-plutono-sedimentar. A esses dois Grupos associam-se rochas máfico-ultramáficas, rochas granit6ides e intrusivas graníticas de eventos pré, tardi e pós-tectónico, respectivamente. Uma seqüência sedimentar denominada Rio das Barreiras, representada por conglomerado polimítico com níveis de silti tos e arenitos finos e matriz carbonática, recobre discordantemente as seqüências anteriores podendo representar restos de uma seqüência final relacionada ao Ciclo Brasiliano. As estruturas primárias reconhecíveis são representadas pelo acamamento, estratificações cruzada, gradacional e paralela nos metassedimentos e por estruturas reliquiares em rochas ígneas. As tectógenas são representadas por estruturas planares e lineares de diversas gerações. A análise geométrica das estruturas tect6genas, mostrou padrões bem definidos dos vários tipos de feições. A xistosidade desenvolvida na área é plano-axial em relação a dobras intrafoliais e mostra regionalmente orientação submeridiana com mergulhos médios para este, traduzindo vergência para o Craton Amazõnico. O bandeamento mostrado pelos gnaisses coincide em postura com a xistosidade das rochas sobrejacentes nas megadobras. Das lineações destaca-se aquela dada por minerais e que estão presentes isorientadamente nos gnaisses e nos demais metamorfitos. Várias gerações de dobras estão presentes em escala centimétrica a decaquilométrica. São representadas por: a) dobras intrafoliais contemporâneas ao metamorfismo regional, anisópacas de ápices espessados, desenvolvidas no nível estrutural inferior; b) dobras desenhadas pela xistosidade, anis6pacas com desenvolvimento também compatíveis com o nível estrutural inferior; c) dobras de crenulação resultado da incidência de fraturamento e desenvolvidas nas seqüência mais plásticas no topo do nível estrutural inferior; d) dobras isoladas, resultado de dobramento descontínuo e flexural são representadas pela megadobras de Colméia, Xambioá, Lontra, etc., desenvolvidas no nível estrutural médio; e) dobras suaves e cruzadas de duas gerações associadas à zona do Lineamento Iriri-Martírios. Fraturas e falhas se desenvolvem conforme sistemas N-S e NW-SE principalmente, seccionando todas as litologias presentes. Algumas estruturas, devido ao porte que têm, destacam se como feições marcantes dentro da faixa, a exemplo da Geossutura Tocantins-Araguaia, Lineamento Iriri-Martirios e Falha de Empurrão de Tucuruí. O metamorfismo varia progressivamente de condições anquimetamórficas a oeste até fácies anfibolito a este. Para o magmatismo foram caracterizados três eventos a saber: a) magmatismo básico-ultrabásico anterior ao metamorfismo regional; b) intrusões granit6ides tardi-tectônicas; c) intrusões graníticas pós-tectônicas. Os resultados geocronológicos até agora conhecidos pelo método K-Ar para as rochas da faixa de dobramentos, indicam valores compatíveis com o Ciclo Brasileiro para a edificação desta entidade geotectônica. Idades das rochas gnaíssicas do núcleo da estrutura de Colméia indicaram valores compatíveis com o Ciclo Transamazônico. A evolução geológica pode ser sumarizada em três etapas: a) etapa inicial, envolvendo a sedimentação advinda em conseqüência da regeneração implantada na porção marginal do craton, possibilitando a acumulação de uma sedimentação psamo-pelítica do Grupo Estrondo e pelito-psamítica da Formação Couto Magalhães. A Formação Pequizeiro se constituiu em seguida, relacionada com o magmatismo máfico-ultramáfico pré-tectõnico, que incidiu com maior potência na zona próxima ao Craton Amazônico. b) etapa intermediária,envolvendo as deformações superpostas agrupadas em fases distintas, bem como metamorfismo, magmatismo e ascensão orogênica. 1.) Fase F1 de deformação e Metamorfismo Regional envolvendo a formação de dobras desenhadas pela estratificação So, intensa transposição e metamorfismo progressivo com zonas mineralógicas sucessivas de sericita à granada. 2) Fase F2 de deformação desenvolvendo dobras desenhadas pela xistosidade e forte lineação mineral L2. 3) Fase F3 crenulação, com desenvolvimento de dobras de crenulação e transposição da xistosidade. 4) Fase F4, migmatização e intrusão de granitos geração das megadobras e colocação de corpos graníticos tardi-tectônicos. 5) Fase F5, dobramentos suaves associados a deslocamentos ao longo do lineamento Iriri-Martírios. c) etapa final (estágio de transição) - desenvolve-se a Formação Rio das Barreiras, dão-se deformações finais, com movimentos de falha e formação de juntas, e o magmatismo ácido pós-tectonico. Em tempos fanerozóicos, com a estabilização da Plataforma Sul-Americana, processos tectônicos, magmáticos e sedimentares afetaram a área.
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    Estratigrafia e tectônica da Faixa Paraguai Norte: implicações evolutivas neoproterozóicas no Sudeste do Cráton Amazônico
    (Universidade Federal do Pará, 2016-11-11) SANTOS, Iara Maria dos; PINHEIRO, Roberto Vizeu Lima;  http://lattes.cnpq.br/3251836412904734; NOGUEIRA, Afonso César Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/8867836268820998
    A Faixa Paraguai Norte, localizada a SE do Cráton Amazônico foi estabelecida durante os estágios finais do Ciclo Brasiliano (940-620 Ma.) marcado por colisões entre os crátons Amazônico, São Francisco e Rio de La Plata para compor o Supercontinente Gondwana Oeste. Este segmento tectônico é formado por rochas metassedimentares do Grupo Cuiabá (720 Ma.), provenientes de bacias marinhas profundas em margens passivas no contexto extensional da fragmentação do Supercontinente Rodínia (1,0 Ga.). Estas bacias foram afetadas por inversão tectônica, devido aos esforços advindos da Orogenia Brasiliana, promovendo metamorfismo regional e deformação cujo nível crustal dúctil está hoje aflorante. Subsequentemente, este orógeno foi soerguido, exposto à erosão e submetido a eventos extensionais, embasando bacias intracratônicas que compreende as rochas sedimentares da Formação Puga (635 Ma.), Grupo Araras (627±32), Formação Raizama (645±15 Ma.) e Formação Diamantino (541±7 Ma.) de ambiente plataformal moderadamente profundo a raso, com influência de tempestades, ambiente transicional com influência de sedimentares são relacionadas a eventos de reativações transtensivas de estruturas antigas, e estão relacionadas à geração de dobras de arrasto e grábens pós-paleozóicos afetando as bacias sedimentares dos Parecis e do Paraná. Veios de quartzo tardios ocorrem encaixados somente em rochas do Grupo Cuiabá. Os dados apresentados indicam que as rochas da Faixa Paraguai Norte foram afetadas por no mínimo dois episódios tectônicos: o primeiro relacionado ao estabelecimento do Orógeno Brasiliano composto somente por rochas do Grupo Cuiabá metamorfizadas e deformadas; e o segundo ligado a reativações transtensivas, responsáveis pelo estabelecimento de bacias sedimentares fanerozóicas e deformação rúptil por dobras e falhas normais nas rochas sedimentares da Formação Puga, Grupo Araras, Formação Raizama e Formação Diamantino.
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    Estudo sedimentológico da formação Pedra de Fogo-Permiano: Bacia do Maranhão
    (Universidade Federal do Pará, 1979-10-17) FARIA JUNIOR, Luis Ercílio do Carmo; TRUCKENBRODT, Werner Hermann Walter; http://lattes.cnpq.br/5463384509941553
    A Formação Pedra de Fogo, Eo-Meso-Permiano, da Bacia do Maranhão é caracterizada por uma sedimentação cíclica constituída de intercalações de arenitos finos, siltitos, folhelhos e bancos carbonáticos contendo abundantes níveis e concreções de sílex. A elaboração detalhada de 20 perfis estratigráficos, na escala 1:20, durante os trabalhos de campo, juntamente com as análises granulométricas dos arenitos, petrografia de carbonatos, minerais pesados e arenitos, determinação do teor carbonático e a análise difratométrica da fração argila dos carbonatos, siltitos e folhelhos permitem adicionar à Formação Pedra de Fogo novos dados obtidos. Em superfície divide-se esta Unidade em três partes: Membro Sílex Basal, Médio e Superior, Trisidela. Na seqüência inferior intercalam-se siltitos e bancos carbonáticos contendo concreções silicosas. Na parte média, inferior, encontram-se pacotes de arenitos seguidos até o topo por ciclotemas de siltitos, folhelhos e bancos carbonáticos com pequenas concreções silicosas. A seqüência superior inicia-se com intercalações laminares de folhelhos e níveis descontínuos de sílex, contendo brechas intraformacionais, que passam para novos ciclotemas constituídos de arenitos finos e/ou siltitos, folhelhos e bancos dolomíticos contendo concreções silicosas. Ocorrem ainda, especialmente nas seqüências inferior e superior da Formação Pedra de Fogo, níveis silicificados de oólitos, pellets, coquinas com restos de peixes e algas estromatolíticas. As madeiras silicificadas encontram-se nos sedimentos do topo da Formação Pedra de Fogo bem como da base da unidade superior, Formação Motuca. A mineralogia da Formação Pedra de Fogo reflete sua variabilidade litológica. Os minerais argilosos mais freqüentes são esmectitas e ilitas e, subordinadamente, os interestratificados ilita-montmorilonita e clorita-montmorilonita. A caulinita é também freqüente, mas encontra-se como produto de alteração, recente a subrecente, das rochas intemperizadas. Em escala reduzida ocorre a clorita. O quartzo e os feldspatos são essencialmente de origem clástica e ocorrem sob a forma de grãos subarredondados a arredondados. Nos arenitos, o quartzo é encontrado como grãos monocristalinos mas, também, aparecem aqueles policristalinos. Os feldspatos são potássicos e os plagioclásios sódicos (oligoclásio). As micas são raras, mas a muscovita é abundante em alguns arenitos da seqüência superior na região oeste da Bacia. Calcedônia, quartzino e massas microcristalinas de sílica são produtos diagenéticos das rochas silicificadas. Os minerais pesados por ordem de abundância são: granada, turmalina, estaurolita, zircão, rutilo, apatita e cianita. Nas regiões central e oeste são comuns granada e estaurolita. No leste, a estaurolita é menos presente e a granada torna-se rara. Nos arenitos friáveis estão sempre presentes zircão, turmalina e rutilo. Dolomita e calcita são os carbonatos encontrados, além é claro das rochas carbonáticas, nos arenitos, siltitos e folhelhos. A dolomita é mais abundante e constitui mais de 90% do carbonato total. Ocorre como cristais romboédricos e subeuedrais de dimensões variando entre 40 e 80 µ. A calcita é mais comum como cimento nos arenitos. A substituição de dolomita por calcita, no cimento de alguns arenitos, sugere processo de dedolomitização ligado com o intemperismo. Os fragmentos de rochas mais comuns são as "placas" de sílex que compõem as brechas intraformacionais. Microscopicamente identificam-se grãos líticos de chert, quartzo policristalino, argila, folhelhos e/ou siltitos. Os arenitos Pedra de Fogo são normalmente finos a muito finos, pobremente selecionados, com assimetria positiva a muito positiva devido a abundância das frações finas e com curtose muito leptocúrtica. A composição dos arenitos inclui os tipos mineralógicos e grãos líticos anteriormente descritos. Além destes, é válido ressaltar a presença de glauconita nos arenitos verdes. Classificam-se os arenitos Pedra de Fogo em Subarcósios, Sublitoarenitos e Arenitos Líticos (Chert Arenitos) de acordo com as relações quantitativas entre quartzo, feldspatos e grãos líticos. A aplicação do método estatístico de SAHU (1964) indica que estes arenitos depositaram-se num ambiente de média a baixa energia possivelmente de mar raso. Os tipos de contatos entre os grãos dos arenitos Pedra de Fogo demonstram que estes não foram submetidos a processos diagenéticos de profundidade. As rochas carbonáticas ocorrem principalmente no Membro Sílex Basal e na seqüência Superior, Trisidela. Constituem-se de extensas camadas que ajudam nas correlações de campo. Associadas à estas, são comuns camadas silicificadas de restos fósseis, pellets e algas estromatolíticas. As rochas carbonáticas Pedra de Fogo são compostas essencialmente de dolomita e, subordinadamente, de calcita. Os clásticos normalmente são: quartzo, feldspatos potássicos, chert e os argilominerais esmectitas e ilitas. Classificam-se em Dolomito arenoso, quando impuras, e Dolomito médio cristalino, aquelas com menos de 5% de clásticos. A silicificação na Formação Pedra de Fogo está representada pela abundância das espécies e estruturas de sílica encontradas. Ocorrem desde concreções e/ou nódulos milimétricos a centimétricos ("bolachas") até camadas inteiramente silicificadas (horizontes de pellets, etc.). Acredita-se que processos iniciais de silicificação sejam responsáveis pela formação das "placas" de sílex que constituem as brechas intraformacionais. As concreções e nódulos são típicos de processos diagenéticos de substituição dos carbonatos pela sílica. A origem das camadas inteiramente silicificadas estaria ligada aos processos intempéricos desenvolvidos nas áreas continentais. As áreas fornecedoras dos materiais terrígenos foram também a fonte de parte da sílica da Formação Pedra de Fogo, pois, sob condições alcalinas do clima árido, aumenta a solubilidade da sílica. Os processos tardios de silicificação estão representados pelos cristais anédricos desenvolvidos nos "poros", entre as pellets, do sílex oolítico. Esta silicificação tardia é possivelmente resultante das diferenças nas condições químicas uma vez que, conforme o que já foi citado anteriormente, faltam evidências de soterramento profundo nestes sedimentos. A Formação Pedra de Fogo depositou-se num ambiente marinho, restrito, raso, tipo Epicontinental, no qual desenvolveram-se, durante a sedimentação desta Unidade, duas fases transgressivas intercaladas por uma regressão. Referidas fases estão representadas pelas seqüências inferior e superior, transgressivas, e média, inferior, regressiva. As variações faciológicas laterais refletem a dinâmica sedimentar e permitem supor que o ambiente marinho tenha variado de transicional, deltáico, no leste e sul, a nerítico raso, no centro e oeste. As principais áreas fornecedoras dos sedimentos clásticos e de parte da sílica, situaram-se de nordeste a sul da Bacia, e seriam constituídas de rochas das Províncias Borborema e São Francisco. Subordinadamente, áreas emersas no oeste e sudoeste, compostas de rochas das Províncias Tocantins e Tapajós, forneceram materiais para a bacia de deposição. O clima durante a sedimentação Pedra de Fogo variou de temperado a semi-árido conseqüência da migração lenta do continente sulamericano na direção norte. A Bacia do Maranhão esteve parte do Permiano sujeita às condições semi-áridas e áridas de desertos em torno da latitude 30º S. Durante este Período a Bacia do Maranhão permaneceu estável tectônicamente. A lenta subsidência desta bacia intracratônica prosseguiu sem influenciar fortemente a deposição Pedra de Fogo. As invasões marinhas desenvolveram-se a partir do oeste, através da Bacia do Amazonas, a qual ligava-se à Bacia do Maranhão através do eixo Marajó de direção sudeste. Assim, com base ainda nas espessuras dos ciclotemas, supõe-se que a sedimentação cíclica da Formação Pedra de Fogo tenha-se desenvolvido a partir de oscilações do nível das águas na Bacia, responsáveis também pelas fases transgressivas e regressivas, e cujas origens estariam ligadas às variações climáticas desenvolvidas durante o Permiano.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Estudo sedimentológico dos sedimentos Barreiras, Ipixuna e Itapecuru no nordeste do Pará e noroeste do Maranhão
    (Universidade Federal do Pará, 1981-06-24) GÓES, Ana Maria; TRUCKENBRODT, Werner Hermann Walter; http://lattes.cnpq.br/5463384509941553
    Este trabalho apresenta as características sedimentológicas das unidades sedimentares Itapecuru, Ipixuna e Barreiras aflorantes em grande parte no nordeste do Estado do Pará, bem como no noroeste (Maracaçumé - Turiaçu - Santa Inês) e sudoeste (Serra do Tiracambu. Açailândia) do Estado do Maranhão. Os sedimentos Barreiras subdividem-se em fácies Conglomerática. Argilo-Arenosa e Arenosa. Suas principais características são: má a moderada seleção de areias e seixos; altos teores de matriz; seixos quartzosos disseminados; presença pouco expressiva de estratificação. concreções e arenitos ferruginosos. O material foi depositado em ambiente subáreo a partir de fluxos gravitacionais de lama e areia e restritamente, em ambiente lacustre, durante um clima com tendência a semi-aridez. As principais áreas fonte são provavelmente os xistos da Formação Santa Luzia (Pré- Cambriano) e sedimentos preexistentes. Os sedimentos Itapecuru, dos quais apenas a parte noroeste de sua distribuição foi estudada, constituem-se por arenitos médios, localmente conglomeráticos, ricos em estratificação cruzada tangencial, acanalada e restritamente siltitos. Representam sedimentação típica de ambiente fluvial em clima, provavelmente, com tendência a semi-aridez. As áreas-fonte são predominantemente graníticas, secundariamente rochas metamórficas (xistos) e sedimentos preexistentes. Os sedimentos Ipixuna caracterizam-se por sua granulação arenosa fina, ausência de seixos, boa seleção das areias, matriz caulínica, bancos de caulim e abundância de estratificação cruzada tangencial. Subdividem-se em litologia A, formada por arenitos finos a médios caulínicos com estratificação cruzada e subordinadamente siltitos; litologia B, composta por intercalações ritmicas exibindo arenitos finos e argilitos e por bancos de caulim. Estas características indicam maior afinidade litológica entre as unidades Itapecuru e Ipixuna, principalmente de sua litologia A, do que com o Grupo Barreiras. Os sedimentos Ipixuna foram depositados em ambiente flúvio-lacustre, sendo os canais fluviais do tipo meandrante. A assembléia de minerais acessórios é pobre sugerindo que na fase anterior (ou durante ?) à sedimentação Ipixuna o clima é úmido, corroborado também pela presença de espessas camadas de caulim. O processo de bauxitização de idade terciária inferior atingiu indistintamente Ipixuna e Itapecuru, não tendo sido constatado no Barreiras.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Estudo sedimentológico e estratigráfico dos sedimentos holocênicos da costa do Amapá - setor entre a ilha de Maracá e o cabo Orange
    (Universidade Federal do Pará, 1994-02-21) MENDES, Amilcar Carvalho; FARIA JUNIOR, Luis Ercílio do Carmo; http://lattes.cnpq.br/2860327600518536
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    TeseAcesso aberto (Open Access)
    Evolução geológica da porção centro-sul do Escudo Guianas com base no estudo geoquímico, geocronológico (evaporação de Pb e U-Pb ID-TIMS em zircão) e isótopo (Nd-Pb) dos granitóides paleoproterozóicos do sudeste de Roraima, Brasil
    (Universidade Federal do Pará, 2006-11-17) ALMEIDA, Marcelo Esteves; MACAMBIRA, Moacir José Buenano; http://lattes.cnpq.br/8489178778254136
    Este estudo focaliza os granitóides da região centro-sul do Escudo das Güianas (sudeste de Roraima, Brasil), área caracterizada essencialmente por dois domínios tectono-estratigráficos denominados Güiana Central (DGC) e Uatumã-Anauá (DUA) e considerada limite entre províncias geocronológicas (Ventuari-Tapajós ou Tapajós-Parima, Amazônia Central e Maroni- Itacaiúnas ou Transamazônica). O objetivo principal deste trabalho é o estudo geoquímico, isotópico e geocronológico dos granitóides desta região, buscando ao mesmo tempo subsidiar a análise petrológica e lito-estratigráfica local e contribuir com as propostas e modelos evolutivos regionais. O DGC é apenas localmente abordado na sua porção limítrofe com o DUA, tendo sido apresentados novos dados geológicos das rochas ortognáissicas e duas idades de zircão (evaporação de Pb) de biotita granodiorito milonítico (1,89 Ga) e de hastingsita-biotita granito foliado (1,72 Ga). Essas idades contrastam com as idades obtidas para os protólitos de outras áreas do DGC (1,96-1,93 Ga), sugerindo a existência de cenários litoestratigráficos distintos dentro do mesmo domínio. Mapeamento geológico regional, petrografia, geoquímica, e geocronologia por evaporação de Pb e U-Pb ID-TIMS em zircão efetuadas nas rochas do DUA apontam para a existência de um amplo magmatismo granítico paleoproterozóico cálcio-alcalino. Estes granitóides estão distribuídos em diversas associações magmáticas com diferentes intervalos de idade – entre 1,97 e 1,89 Ga - estruturas e afinidades geoquímicas, individualizados em dois subdomínios no DUA, denominados de norte e sul. No setor norte dominam granitos tipo-S (Serra Dourada) e tipo-I cálcio-alcalino com alto- K (Martins Pereira) mais antigos (1,97-1,96 Ga), ambos intrusivos em inliers do embasamento composto por associação do tipo TTG e seqüências meta-vulcanossedimentares de médio a alto grau (>2,03 Ga). No setor sul, xenólitos do Granito Martins Pereira e enclaves ricos em biotita são encontrados no Granito Igarapé Azul (1,89 Ga), que é caracterizado por seu quimismo cálcioalcalino de alto-K, restrito a termos monzograníticos ricos em SiO2. O Granito Caroebe (1,90- 1,89 Ga) também apresenta quimismo cálcio-alcalino de alto-K, mas possui composição mais expandida e ocorre associado a rochas vulcânicas co-genéticas (1,89 Ga, vulcânicas Jatapu) e a charnoquitóides (1,89 Ga, p.ex. Enderbito Santa Maria). As características petrográficas similares, aliada à idade obtida em amostra do Granito Água Branca em sua área-tipo (1,90 Ga) permite incluí-los numa mesma suíte (Suíte Água Branca). O setor sul é caracterizado apenas por discretas e localizadas zonas de cisalhamento dúctil-rúptil dextrais com direção NE-SW. Duas gerações de granitos tipo-A (Moderna, 1,81 Ga; Mapuera. 1,87 Ga) cortam o DUA, embora sejam mais freqüentes no setor sul. Além disso, foram identificados três tipos diferentes de metalotectos nesta região: a) mineralização de ouro hospedada em granitóides Martins Pereira- Serra Dourada (setor norte), b) columbita-tantalita aluvionar assentada em região dominada por granitóides Igarapé Azul (setor sul), e c) ametista associada a pegmatitos hospedados em granitos do tipo Moderna. Os dados isotópicos dos sistemas do Nd (rocha total) e do Pb (feldspato) sugerem que todos os granitóides do DUA analisados são produtos de fontes crustais mais antigas, sejam elas de natureza mais siálica (de idade sideriana-arqueana) e/ou juvenil (de idade transamazônica), afastando a possibilidade de participação de magmas mantélicos na sua geração. Embora o mecanismo de subducção tenha sido dominante no estágio inicial da evolução do setor norte do DUA, o magmatismo pós-colisional do setor sul teve significante participação na adição de material crustal. É possível que após o fechamento do oceano do sistema de arco Anauá (2,03 Ga) e após a orogenia colisional (1,97-1,94 Ga?), líquidos basálticos tenham sido aprisionados na base da crosta (mecanismo de underplating). Estes líquidos basálticos puderam então interagir com a crosta inferior, fundi-la e gerar, subseqüentemente em ambiente pós-colisional, imenso volume de granitos e vulcânicas observados entre 1,90 e 1,87 Ga. Quadro similar é identificado no domínio Tapajós (DT), sugerindo que ambos domínios (DUA e DT) fazem parte de uma mesma província (Ventuari-Tapajós ou Tapajós-Parima). Apesar dessas semelhanças, o estágio colisional parece não ter sido tão efetivo no DT, como atestam os escassos indícios de granitos tipo-S e de rochas de alto grau metamórfico.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Evolução geológica da região de Araguacema-Pequizeiro-Goiás-Brasil
    (Universidade Federal do Pará, 1981-12-21) GORAYEB, Paulo Sérgio de Sousa; ALBUQUERQUE, Carlos Alberto Ribeiro de
    A área compreendida entre as cidades de Araguacema, Pequizeiro e Conceição do Araguaia, faz parte da Faixa de Dobramento Araguaia, onde engloba uma variedade litológica submetida a processos sedimentares, magmáticos, metamórficos e deformacionais. O levantamento geológico envolvendo estudos estruturais-estratigráficos, petrográficos-petrológicos e químicos, permitiu a elaboração do quadro geológico-evolutivo da região. As seqüências litológicas são incluídas no Grupo Tocantins, representado pelas Formações Pequizeiro e Couto Magalhães. Corpos ultramáficos metemorfizados e máficos e ultramáficos representam respectivamente eventos pré ou sin e também pós-tectônicos. A Formação Rio das Barreiras assenta-se discordantemente ao conjunto Tocantins. A Formação Pequizeiro é constituída principalmente por micaxistos com intercalações subordinadas de quartzitos, calcoxistos e magnetita-moscovita filitos, caracterizando uma seqüência metassedimentar com derivação predominante de pelitos e grauvacas. Na Formação Couto Magalhães predominam filitos e ardósias e em menor proporção metapsamitos, metapelitos, cherts, lentes de calcário e metagrauvacas, intercalados. Esta sequência deriva-se essencialmente de pelitos. Corpos ultramáficos lentiformes de natureza dunítica, foram induzidos tectonicamente no domínio da Formação Couto Magalhães. Encontram-se associados a zona de falhas, alinhados submeridianamente. Suas feições assemelham-se a corpos do tipoalpino mas podem representar corpos ofiolíticos dentro da conceituação moderna. A deposição do Grupo Tocantins e manifestações ultramáficas, seguiram-se processos de deformação e metamorfismo polifásicos, vinculados possivelmente ao Proterozóico Superior (Ciclo Brasiliano). A evolução estrutural compreende três fases de deformação plásticas (F1, F2 e F3) gerando dobras, feições planares e lineares e, sincronicamente a fase de deformação F1 implantou- se o metamorfismo Regional (M1 variando de graus arquimetamórficos à fácies xisto-verde, crescente no sentido leste. Quatro zonas metamórficas foram reconhecidas, representadas pelas isógradas da sericíta, clorita e biotita pareadas submeridianamente. O segundo episódio blástico (M2 se deu durante o desenvolvimento da crenulação (F3), resuitando na formação: de micro-porfiroblastos de filossilicatos (.moscovita, clorita e biotita) durante esta fase e de biotita pós-F3. No Proterozóico Superior ainda uma tectónica ruptural, foi responsável pela reativação de falhas antigas do embasamento e geração de falhas e fraturas. Intrusão de hornblenda-peridotitos e injeção de diques de diabásio e "stocks" de gabros datam dessa época. Pequenos "grabens" acolheu os sedimentos conglomeráticos e silticos da Formação Rio das Barreiras, refletindo o relevo criado pela tectanica brasiliana. Nos tempos Fanerzóicos desenvolveu-se um intenso processo de laterização e intemperismo em extensas áreas, sedimentando areias e argilas ao longo dos principais rios que drenam a região.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Evolução geológica da região de Colméia
    (Universidade Federal do Pará, 1980-09-03) COSTA, João Batista Sena; HASUI, Yociteru; http://lattes.cnpq.br/3392176511494801
    A região de Colméia situada na parte norte do Estado de Goiás, foi objeto de mapeamento geológico em escala 1:100.000 e de observações em nível de semi-detalhe. Os dados sobre a estratigrafia, estruturas, metamorfismo, migmatização e magmatismo são aqui apresentados e integrados no sentido de reconstituir a evolução geológica dessa região. A unidade rochosa mais antiga reconhecida é o Complexo Colméia (Arqueano), representado por gnaisses, granitose, migmatitos, rochas supracrustais (xistos e quartzitos) e anfibolitos associados. Esta unidade ocorre principalmente no núcleo da braquianticlinal de Colméia. Estas rochas passaram por duas fases principais de deformação no fim do Arqueano. A primeira, F1, originou dobras desenhadas pelo bandeamento, com eixos orientados na direção E-W, e levou também à formação de uma xistosidade plano axial. A segunda, F2, causou redobramento do bandeamento e dobramento da xistosidade, resultando em dobras com espessamento nos ápices e eixos orientados na direção E-W. Duas fases de migmatização são também reconhecidas. A primeira fase, sin-F1, formou neossomas quartzo-feldspáticos mostrando orientação de minerais placosos. Na segunda fase, pré – F2 e Pós – F1, formaram-se neossomas quartzo-feldspático sem orientação preferencial de minerais. Na segunda metade do Proterozóico Médio, a borda do Craton Amazônico sofreu regeneração com a acumulação da espessa sequência vulcano-sedimentar do Super Grupo Baixo Araguaia (Abreu, 1978). O Grupo Estrondo, em posição inferior, é constituído da base ao topo pelas Formações Morro do Campo (representada basicamente por quartzitos com pequenas intercalações de xistos), Xambioá (caracterizada por uma variedade de xistos) e Canto da Vazante (constituída por xistos feldspáticos e biotita xis tos intercalados). O Grupo Tocantins, em posição superior, é representado na área apenas pela Formação Pequizeiro composta essencialmente por clorita-quartzo xistos. Rochas máficas e ultramáficas metamorfisadas encontram-se associadas a esses dois grupos. Na região de Colméia, o Super Grupo Baixo Araguaia teve uma evolução polifásica no fim do Proterozóico Médio, caracterizada por três fases principais de deformação. A primeira fase de deformação é representada por dobras intrafoliais da superfície So e formação de xistosidade plano axial. Metamorfismo regional de fácies xisto verde e anfibolito acompanha este episódio deformacional. A segunda fase de deformação gerou dobras desenhadas pela xistosidade com pianos axiais inclinados e eixos orientados na direção N-S. No Complexo Colméia superimpuseram-se dobras com orientação e estilos semelhantes. Migmatização contemporánea criou neossomas quartzo-feldspáticos orientados na direção N-S no Complexo Colméia. A terceira fase de deformação é representada pela crenulação da xistosidade, aparecendo dobras que variam desde dimensões milimétricas a quilométricas, orienta das na direção NW-SE. Uma clivagem de crenulação também se desenvolveu, onde a xistosidade foi completamente transposta. Recristalização de biotita e clorita aconteceram nos planos de transposição. No embasamento pré-Baixo-Araguaia as estruturas planares foram onduladas em consequência de cizalhamentos. A braquianticlinal de Colméia e dobras menores com orientação N-S estabeleceram-se por fim, devido a remobilização do Complexo Colméia e colocação de corpos graníticos intrusivos. Falhas radiais desenvolveram-se ao longo da braquianticlinal, cortando o embasamento e a cobertura metassedimentar. As outras descontinuidades principais também estão ligadas a este e vento. A evolução se completa com a sedimentação da Formação Rio das Barreiras. A área de Colméia tem, pois, uma evolução complexa que inclui processos litogenéticos do Arqueano e do Proterozóico Médio e termo-tectônicos vinculados aos ciclos Jequié e Uruaçuano. As datações K-Ar e Rb:Sr disponíveis acusam ainda reaquecimentos dos ciclos Transamazônicos e Brasiliano.
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    TeseAcesso aberto (Open Access)
    Evolução tectono-estrutural da região de Dianópolis-Almas, SE do estado de Tocantins
    (Universidade Federal do Pará, 1993-12-17) BORGES, Maurício da Silva; COSTA, João Batista Sena; http://lattes.cnpq.br/0141806217745286
    No interior do Bloco Brasília, na Região de Dianópolis-Almas (SE do Estado de Tocantins), encontram-se registros de terrenos granito-"greenstone" do Arqueano-Proterozóico Inferior, metassedimentos proterozóicos do Grupo Bambuí, depósitos continentais cretácicos e colúvios e alúvios lateritizados, além de depósitos flúvio-lacustres holocênicos ligados à evolução cenozóica. O Arqueano-Proterozóico Inferior compreende vários feixes de rochas supracrustais do Grupo Riachão do Ouro e corpos de granitóides da Suíte Serra do Boqueirão, ambos embasados por gnaisses do Complexo Alto Paranã. O Complexo Alto Paranã é representado por gnaisses de composição tonalítica, bandados, milonitizados, parcialmente migmatizados, e com enclaves granulíticos e anfibolíticos. O Grupo Riachão do Ouro é composto de filitos bandados, xistos, metadacitos, metariolitos, formação ferrífera, quartzitos, metaconglomerados e brechas; os filitos, os xistos e as metavulcânicas são os tipos litológicos dominantes. A Suíte Serra do Boqueirão engloba granítóides de composição tonalítica, trondhjemítica, granodiorítica e granítica, deformados nas bordas e cortados por fases tardias de auto-injeção ligadas a aplitos e pegmatitos. Estas unidades litológicas estão afetadas por zonas de cisalhamento orientadas nas direções N10-20E, N45E, N25W e N55W, as quais definem um padrão anastomosado. Ao longo dos feixes de zonas de cisalhamento reconhecem-se duplexes transpressivos simétricos ou assimétricos, alternados com faixas de movimentação dominantemente direcional. Tais estruturas estão pronunciadamente desenvolvidas na interface rochas supracrustais-granitóides. Mesoscopicamente as zonas de cisalhamento são caracterizadas pela foliação milonítica, paralela ou em ligeira obliqüidade ao bandamento composicional. Outras estruturas são representadas por duplexes internos, bandas de cisalhamento, lentes de rochas menos deformadas e clivagem extensional do tipo "C'" (clivagem de crenulação), além de zonas de cisalhamento rúptil-dúctil marcadas por estruturas de dilatação. Uma forte trama linear é definida por bastões e barras de quartzo, eixos de agregados elípticos de minerais e minerais placóides alongados e alinhados. A rotação dextral associada é facilmente deduzida a partir de vários critérios cinemáticos. Os estudos de microtrama sugerem que a deformação foi acomodada principalmente por plasticidade cristalina e as tramas de forma e cristalográficas corroboram o sentido de movimentação dextral. Apenas os feixes de zonas de cisalhamento de direção N55W têm movimentação sinistral. Esse conjunto de estruturas é atribuído à atuação de um binário dextral orientado preferencialmente na direção N20E, de modo que as zonas de cisalhamento N10-20E, N45E, N25W e N55W são interpretadas como feições do tipo Y, R, P e R', respectivamente. A evolução da área no Arqueano-Proterozóico Inferior envolveu provavelmente colisão oblíqua entre massas continentais, resultando no soerguimento de rochas granulíticas, seguida de transtensão que originou várias bacias onde se instalaram as rochas supracrustais do Grupo Riachão do Ouro, sendo acompanhada de ascensão dos granitóides da Suíte Serra do Boqueirão. A progressão da deformação é expressa através de transpressão materializada pelas zonas de cisalhamento dúctil e transformações minerais e hidrotermais. O Proterozóico Médio a Superior é representado pelo Grupo Bambuí, o qual compreende ardósias, metassiltitos e filitos, com intercalações de calcários. Como estruturas tectógenas, ligadas à inversão da- Bacia do São Francisco no Proterozóico Superior, destacam-se os cavalgamentos oblíquos submeridianos e as rampas laterais NE-SW. Durante o Mesozóico, depositou-se o pacote de sedimentos da Formação Urucuia (Cretáceo Superior), caracterizado por três litofácies, a saber: (i) fácies conglomerática, que representa pavimentos residuais de deflação eólica e, em parte, acumulações interdunares e "wadi fans" ligados a drenagem intermitente; (ii) fácies arenosa com estratificação cruzada de grande porte, constituída de ortoquartzito e arcóseos/subarcóseos que representam acumulações arenosas eólicas; e (iii) fácies silex estratificado, com estratificação ondulada e irregular, que representa depósitos químicos lacustrinos. A bacia Alto Sanfranciscana, que acolheu esses sedimentos na região estudada, é um hemigráben, cuja arquitetura compreende uma carapaça, falhas normais sintéticas e antitéticas orientadas na direção geral NNW-SSE e falhas de transferência com direção NE-SW e de movimentação principalmente dextral. As falhas normais sintéticas formam um leque imbricado lístrico, mergulhando para E, desenvolvido a partir do colapso da lapa e ligado a um eixo extensional N50E. Durante o Cenozóico, no Terciário, houve a deposição de colúvios e alúvios que foram posteriormente lateritizados sob a forma de um perfil imaturo. No Quaternário instalou-se um sistema flúvio-lacustre. O sistema de drenagem ligado a bacia coletora dos rios Manoel Alves e Araguaia encontra-se fortemente adaptado a lineamentos NE-SW, cuja interação promoveu a edificação de cunhas e romboédros extensionais tipo "pull-apart", provavelmente relacionados à atuação de um binário dextral.
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