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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Análise faciológica e aspectos estruturais da formação Águas Claras, região central da Serra dos Carajás-PA
    (Universidade Federal do Pará, 1995-01-31) NOGUEIRA, Afonso César Rodrigues; TRUCKENBRODT, Werner Hermann Walter; http://lattes.cnpq.br/5463384509941553
    Análises faciológica e estrutural das rochas siliciclásticas da Formação Águas Claras, Pré-Cambriano da Serra dos Carajás, foram realizadas em excelentes exposições na estrada de acesso à Mina do Igarapé Bahia. A Formação Águas Claras, constituída principalmente por quartzo-arenitos e pelitos, representa uma sucessão progradante de depósitos plataformais (parte inferior) e litorâneos e fluviais (parte superior). Os depósitos plataformais são constituídos por pelitos laminados, interpretados como lamas de offshore, e siltitos e arenitos finos com estratificação cruzada hummocky, laminação cruzada microhummocky, laminação plano-paralela e marcas onduladas relacionados a depósitos de tempestades. As fácies litorâneas consistem em arenitos finos a médios com estratificação cruzada swaley, considerados como tempestitos de shoreface; arenitos finos a grossos com seqüências de tidal bundles, estratificação cruzada de baixo ângulo e estratificação plano-paralela interpretados como depósitos de submaré; e, subordinadamente, arenitos finos laminados com truncamentos de baixo-ângulo e arenitos finos a grossos com tidal bundles intercalados a ritmitos com acamamentos flaser, wavy e linsen relacionados, respectivamente, a depósitos de foreshore e planície de maré. Os depósitos fluviais consistem em arenitos grossos e conglomerados, com estratificações cruzadas tabular e acanalada e estratificação plano-paralela, relacionados a depósitos de barras e dunas subaquosas em planície aluvial braided. Subordinadamente, ocorrem arenitos finos sílticos com laminação plano-paralela interpretados como depósitos de inundação. A Formação Águas Claras permite interpretar, pelo menos, três fases deposicionais. No início da deposição, predominaram processos de tempestades retrabalhando sedimentos finos de mar raso e acumulando areias na forma de barras e lençóis nas zonas de offshore e shoreface. Na fase seguinte, prevaleceram processos de maré, provavelmente responsáveis pelo retrabalhamento dos tempestitos de shoreface, e teria se desenvolvido um complexo de braid delta como resultado da progradação de uma planície aluvial sobre um ambiente litorâneo. O abandono de áreas deltaicas durante período de baixo influxo detrítico permitiria o retrabalhamento destas zonas por ondas gerando praias restritas. A fase final na evolução da Formação Águas Claras foi marcada por uma progradação para SW da planície aluvial, estimulada provavelmente por soerguimentos tectônicos das áreas fontes situadas a NE, o que levou à instalação definitiva de um sistema fluvial braided. A caracterização geométrica-estrutural da área estudada permitiu a individualização de dois domínios estruturais. O domínio I, localizado entre os igarapés São Paulo e Águas Claras, é marcado por zonas de cisalhamento verticalizadas, dobras e cavalgamentos oblíquos; em porções menos deformadas, estas estruturas rúpteis-dúcteis são recorrentes e o acamamento mostra-se rotacionado por falhas, às vezes, afetado por dobras desarmônicas e em caixa. O domínio II, a oeste do Igarapé Águas Claras, é caracterizado pela disposição regular do acamamento com mergulho médio de 200 para NE. As estruturas rúpteis-dúcteis marcam pelo menos um evento transpressivo localizado, ligado provavelmente à movimentação sinistral da Falha Carajás. A orientação e natureza das estruturas sugerem que este evento rúptil-dúctil esteve relacionado a uma transpressão NE-SW com transporte tectônico para SW. Posteriormente, as rochas foram afetadas por falhas transcorrentes e normais, orientadas nas direções NE-SW e NW-SE, às quais se associam diques básicos.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    O arcabouço estrutural da região de Chega-tudo e Cedral, noroeste do Maranhão, com base em sensores geofísicos
    (Universidade Federal do Pará, 2002-12-05) RIBEIRO, José Wilson Andrade; ABREU, Francisco de Assis Matos; http://lattes.cnpq.br/9626349043103626; PINHEIRO, Roberto Vizeu Lima; http://lattes.cnpq.br/3251836412904734
    O segmento continental centro-norte da costa atlântica brasileira, localizado na região fronteiriça entre os estados do Pará e Maranhão, é conhecido na literatura geológica como Região do Gurupi. Esta região caracteriza-se pela presença de duas janelas erosivas maiores que expõem dois pequenos escudos proterozóicos em meio de bacias sedimentares fanerozóicas. O entendimento da geologia pré-cambriana e avanços na cartografia geológica dessa região têm sido limitados pela escassez e qualidade dos afloramentos existentes. Nesse contexto, a geofísica aérea de alta resolução provou ser uma ferramenta auxiliar valiosa de mapeamento básico, possibilitando a definição melhorada da forma e do arranjo das unidades litoestruturais principais na área de estudo. A área investigada está geologicamente inserida no contexto do Cinturão de Cisalhamento Gurupi. Este segmento do cinturão exibe uma variedade de rochas supracrustais orto e paraderivadas e rochas plutônicas metamorfizadas e alteradas, tectonicamente aleitadas entre si. As unidades litoestruturais da área encontram-se estruturalmente organizadas em três faixas longitudinais NW-SE correlacionáveis, de SW para NE, ao Complexo Maracaçumé, ao Grupo Gurupi e à Suite Tromaí, respectivamente. Rochas intrusivas básicas e ultrabásicas, cisalhadas e hidrotermalmente alteradas, encontram intercaladas com rochas da seqüência vulcanossedimentar do Grupo Gurupi. Todo esse conjunto litológico está metamorfizado em fácies xistoverde baixa a anfibolito baixa e hidrotermalmente alterado. Diques de diabásio cortam toda as unidade litoestratigraficas acima, alojando-se tanto em estruturas concordantes quanto discordantes com a trama NW-SE. Completando esse quadro, ocorrem planícies e terraços aluviais que acompanham as drenagens ativas. A análise das relações geométricas e da cinemática das estruturas internas ao cinturão permitiu a caracterização da área de estudo como segmento do cinturão de cisalhamento de alto ângulo, com sentido de movimentação dominantemente sinistral, formado sob um regime de colisão oblíqua com forte componente direcional associada. A área estudada caracteriza-se pela presença de um corredor de alta deformação associado a uma faixa onde predominam metapelitos carbonosos. Este corredor é visualizado como uma importante zona de fraqueza crustal por meio da qual se deu importante partição da deformação na área. Uma zona secundária de cisalhamento NNW-SSE ramifica-se a partir do corredor de alta deformação, ao longo do contato dos metapelitos que o constituem com as rochas metavulcaniclásticas e vulcanogênicas que formam o corpo lenticular de Cedral. A nucleação deste splay levou ao descolamento das rochas vulcaniclásticas e vulcanogênicas de granulação grossa daquelas metapelíticas em conseqüência de seus comportamentos reológicos contrastantes. A trama estrutural dominante NW-SE do cinturão encontra-se interrompida por três famílias de fraturas principais com direções N-S, E-W e NE-SW. As zonas de falha N-S e E-W apresentam dobras de arrasto, inflexões que denotam rejeitos aparentes sinistrais e dextrais nos mapas aeromagnéticos, respectivamente. As falhas E-W dextrais são correlacionáveis com aquelas descritas por Costa et al. (1996a) e Ferreira Jr. (1996) como feixes de falhas transcorrentes do arcabouço estrutural da Bacia de Pinheiro (bacia do tipo pul- apart). Embora as fraturas NE-SW controlem o curso das drenagens principais da área, não se observaram deslocamentos ao longo das mesmas na escala de 1:100.000 utilizada. Adicionalmente, essas fraturas estão ausentes nos mapas magnéticos. Qualquer que tenha sido o tempo em que essas estruturas se instalaram, as fraturas com essa direção não tiveram um papel relevante no estágio principal de formação do cinturão na área estudada, como foi sugerido por alguns autores. Por outro lado, as zonas de falhas N-S, que cortam a estruturação NW-SE dominante do cinturão, apresentam rejeitos aparentes sinistrais de dimensões quilométricas. Essas falhas N-S são claramente tardias em relação à estruturação principal do cinturão, embora não tenha sido possível correlacioná-la a nenhum evento deformacional conhecido na região. As falhas N-S, as estruturas NNW-SSE e aquelas de direção NW-SE e da trama principal do cinturão apresentam relações mútuas de corte evidenciando múltiplos episódios ou pulsos de reativação.
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    TeseAcesso aberto (Open Access)
    Aspecto tectôno-sedimentares do fanerozóico do nordeste do estado do Pará e noroeste do Maranhão, Brasil
    (Universidade Federal do Pará, 1992-09-16) IGREJA, Hailton Luiz Siqueira da; FARIA JUNIOR, Luis Ercílio do Carmo; http://lattes.cnpq.br/2860327600518536
    Este trabalho representa a primeira tentativa de uma síntese evolutiva dos aspectos tectono-sedimentares do Fanerozóico do nordeste do Pará e do noroeste do Maranhão. As características geológicas da área estão relacionadas a dois núcleos ígneos e metamórficos pré-cambrianos (Cândido Mendes e Gurupi) e a duas bacias sedimentares fanerozdicas (Bragança-Viseu e São Luís). Foram definidas as seguintes seqüências sedimentares: Pi-(Cambro-Ordoviciano - Siluriano); Itapecuru Inferior (Cretáceo Inferior); Itapecuru Superior (Cretáceo Superior); Pirabas-Barreiras (Oligo-Mioceno - Plioceno); Pará (Quaternário). Para elaborar a evoluo tectono-sedimentar do Fanerozóico da área foram implementados estudos tert8nicos, que subsidiados por interpreta4es de dados gravimétricos, magnetométricos, sísmicos e de poços, facilitaram uma melhor delineação das seqüências sedimentares e forneceram os principais elementos do arcabouço estrutural das bacias. As propriedades sedimentares e tectônicas da seqüência Piriá-Camiranga são compatíveis com um modelo tectono-sedimentar constituído de ambiente marinho litorâneo sob influência flúvio-glacial, desenvolvido num conjunto de blocos escalonados componentes de um sistema direcional. Este estágio evolutivo da área foi geneticamente relacionado ao paroxismo Paleozóico Eo-herciniano, que finalizou com o fechamento do Atlântico I, representando, assim,o primeiro ciclo geotectônico do continente Gondwana. As seqüências Itapecuru Inferior e Superior, Pirabas-Barreiras e Pará, por estarem associadas à abertura do Atlântico Equatorial, a partir do Mesozóico, foram alvos de intensos estudos, que resultaram nos seguintes modelos tectono-sedimentares: 1) Modelo das zonas de fraturas; 2) Modelo da rotação anti-horária do continente Africano; 3) Modelo de intumescência e fraturamento; 4) Modelo de cisalhamento; 5) Modelo da rotação horária da placa Sul-Americana; 6) Modelo de transcorrência. Estes modelos foram testados na região de estudo, embora confirmem o sincronismo e a equivalência ambiental das seqüências acima com aquelas constituintes das fases "rift" e "pós-rift" das bacias da faixa equatorial brasileira, não são plenamente aplicáveis com relação aos aspectos tectônicos. O modelo aqui apresentado para geração e evolução das bacias, preconiza um mecanismo simples de distensão NE-SW, resultando em dois grandes semigrábens com polaridades similares para Bragança-Viseu e São Luís. A carta tectono-sedimentar proposto para o Fanerozóico do nordeste do Pará e do noroeste do Maranhão demonstra que os modelos deposicionais e tectónicos das seqüências são compatíveis com dois períodos de abertura continental na borda norte do continente Gondwana.
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    TeseAcesso aberto (Open Access)
    Aspectos lito-estruturais e evolução crustal da região centro-oeste de Goiás
    (Universidade Federal do Pará, 1985-11-13) COSTA, João Batista Sena; VILLAS, Raimundo Netuno Nobre; http://lattes.cnpq.br/1406458719432983; HASUI, Yociteru; http://lattes.cnpq.br/3392176511494801
    Na região compreendida entre as cidades de Paraíso do Norte, Gurupi e Dianópolis, situada na parte centro norte do Estado de Goiás, reconhecem-se diversas unidades lito-estratigráficas e várias gerações de estruturas ligadas a eventos termo-tectônicos distintos. Considerando a distribuição e as características petrográficas e estruturais dos conjuntos rochosos antigos, foi possível individualizar quatro compartimentos ou domínios lito-estruturais atribuídos ao Arqueano. O domínio 1 inclui a região de Almas-Dianópolis, é interpretado como um terreno granito-greenstone, englobando um conjunto de gnaisses tonalíticos com supracrustais associadas (Complexo Goiano), e vários corpos de tonalitos (Suíte Serra do Boqueirão) embutidos nas unidades anteriores. A evolução geral do domínio compreende três eventos deformacionais principais. O primeiro se refere à formação dos anfibolitos e/ ou biotita gnaisse e granitóides, caracterizados estruturalmente por um bandamentos sub-vertical, orientado na direção N10° E. O desenvolvimento desse elemento planar foi acompanhado por transformações mineralógicas e fácies anfibolito. O segundo evento corresponde à deposição do Grupo Riachão do Ouro, seguida pela formação de estruturas sinclinais isoclinais empinadas, orientadas na direção N10° E, contemporânea a transformações em fácies xisto verde. A esse evento se relaciona a colocação dos diápiros tonalíticos da Suíte Serra do Boqueirão. O último é representado por uma foliação de transposição suavemente inclinada para sudeste, vinculada a um processo de cisalhamento simples dúctil-rúptil de baixo ângulo, que afetou a parte oeste do domínio e transformou as rochas do Complexo Goiano em gnaisses miloníticos em condições de fácies anfibolito. O domínio 2 envolve os municípios de Porto Nacional, Brejinho de Nazaré e Natividade, correspondendo à parte centro-leste da área. Caracterizado por gnaisses granulíticos (Complexo Porto Nacional), por gnaisses tonalíticos com supra crustais associadas (Complexo Manoel Alves), por conjuntos supracrustais, envolvendo metassedimentos e metavulcânicas (Formação Morro do Aquiles), e por granitos pegmatóides, a exemplo da Suíte Xobó. As diferentes unidades litológicas apresentam-se na forma de camadas e/ ou pacotes sub-horizontais, concordantes a sub-concordantes e orientadas na direção N30°. Exibem feições estruturais produzidas por um processo de cisalhamento simples dúctil-rúptil de baixo ângulo, em condições de fácies anfibolito. Várias zonas de cisalhamento dúctil de alto ângulo, com caráter direcional, com diferentes intensidades de deformação e desenvolvidas em condições de fácies xisto verde, superpõem-se às feições estruturais ligadas ao evento de cisalhamento de baixo ângulo. O domínio 3 acha-se totalmente incluído no município de Paraíso do Norte, na porção noroeste da área, e é interpretado como um terreno granito-greenstone, a exemplo do domínio 1. Fazem parte desse domínio o Complexo Colméia, o Grupo Rio do Côco e os gnaisses alcalinos de Monte Santo. Duas fases de deformação principais são responsáveis pela estruturação geral do domínio. A fase mais antiga corresponde ao dobramento do bandamento (s) dos granitoides gnaissificados do Complexo Colméia, em dobras recumbentes, orientadas na direção E-W. A xistosidade (S1) plano-axial se formou em condições de fácies anfibolito média a alta. A fase seguinte diz respeito à constituição do Grupo Rio do Côco em discordância com o Complexo Colméia. Nesse evento estabeleceram-se dobras empinadas orientadas na direção E-W e formou-se uma xistosidade em condições de fácies xisto verde. A segunda geração de dobras do Complexo Colméia está relacionada a esse evento deformacional. O domínio 4 é definido pela região que compreende parte dos municípios de Paraíso do Norte, Fátima, Gurupi e Porto Nacional, correspondendo à porção centro-oeste da área. Faz parte desse domínio o Complexo Rio dos Mangues, as suítes Matança e Serrote e os gnaisses alcalinos da Serra da Estrela, dispostos em corpos tabulares sub-concordantes orientados na direção N30°E. A exemplo do que se observa nas unidades do domínio 2, os diferentes conjuntos rochosos do domínio 4 exibem feições estruturais ligadas aos eventos de cisalhamento de baixo e alto ângulos. A passagem entre os domínios 1 e 2 e entre os domínios 3 e 4 é gradativa de modo que se delineiam dois blocos crustais antigos (domínios 1 + 2 e 3 + 4) separados pela faixa de rochas granulíticas (Complexo Porto Nacional). A zona de justaposição corresponde a um cinturão de cisalhamento dúctil de baixo ângulo, desenvolvido a partir do cavalgamento do bloco Brasília, a leste, sobre o bloco Araguacema, a oeste. Quadro geológico semelhante já foi muito bem caracterizado na África do Sul, no Oeste da Groelândia e no noroeste da Escócia, e começa a ser esboçado em várias regiões no Brasil, configurando-se uma nova maneira de entender as relações entre os terrenos arqueanos. Nesse segmento crustal, estabilizado no final do Arqueano, foram injetados corpos graníticos da Suíte Lajeado, no final do Proterozoico Inferior, e corpos básico-ultrabásicos na primeira metade do Proterozoico Médio. Nesta época, o Lineamento Transbrasiliano se individualizou como zona de cisalhamento rúptil. Na segunda metade do Proterozoico Médio instalaram-se as bacias, onde se depositaram as rochas que constituem o Supergrupo Baixo Araguaia e o Grupo Natividade, separadas por um bloco limitado hoje, pelas cidades de Paraíso do Norte, Gurupi ePorto Nacional. O lineamento Transbrasiliano voltou a ser ativo nesse período. No final do Proterozoico Médio, uma compressão regional, aproximadamente E-W, permitiu a edificação das faixas de dobramentos Araguaia e Uruaçu. A evolução da faixa de dobramentos Araguaia envolve quatro estágios de formação de estruturas. No primeiro estágio formaram-se dobras recumbentes submeridianas, com uma xistosidade plano axial (S1) desenvolvida em condições de fácies anfibolito média a xisto verde média. Os estágios intermediários referem-se a dobramentos e redobramentos de S1. O último estágio corresponde à formação dos corpos graníticos da Suíte Santa Luzia. Como resultado dessa evolução, verifica-se na faixa Araguaia uma assimetria importante, caracterizada pela atenuação de deformação e das transformações mineralógicas de leste para oeste. O quadro geral da faixa de dobramento Uruaçu é caracterizado por dobras desenhadas pelo acamamento, com planos axiais variáveis e por transformações mineralógicas em fácies xisto verde. Na região estudada não existem variações regulares na intensidade da deformação e do grau metamórfico. Os sedimentos imaturos da Formação Monte do Carmo são os produtos dos últimos processos litogenéticos de Proterozóico Médio na área. Durante a evolução das faixas de dobramentos Araguaia e Uruaçu, a parte norte do Maciço Goiano teve uma participação limitada, de tal modo que funcionou como um bloco rígido em relação aos dobramentos laterais. Os produtos finais ligados à evolução policíclica desse segmento crustalno Pré-Cambriano. São representados por sistemas de falhas direcionais orientadas principalmente nas direções N40°- 60° E e N40° - 50° W. O sistema de falhas NE reflete nova movimentação através do Lineamento Transbrasiliano no Proterozoico Superior. No Fanerozoico depositaram-se expressivas sequências sedimentares e novos movimentos foram registrados no Lineamento Transbrasiliano levando ao desenvolvimento de importantes desnivelamentos de blocos, refletidos, em parte, na morfologia atual da área.
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    TeseAcesso aberto (Open Access)
    A associação anortosito-mangerito-granito rapakivi (AMG) do Cinturão Guiana Central, Roraima, e suas encaixantes paleoproterozóicas: evolução estrutural, geocronologia e petrologia
    (Universidade Federal do Pará, 2002-12-19) FRAGA, Lêda Maria; COSTA, João Batista Sena; http://lattes.cnpq.br/0141806217745286
    O mapeamento geológico na escala de 1:250.000, de uma área de aproximadamente 22.500 km2 na região central do estado de Roraima, aliado ao estudo petrográfico e microtectônico e a novos dados geocronológicos, litoquímicos e isotópicos, permitiu a caracterização de uma associação anortosito-mangerito-granito rapakivi (AMG), mesoproterozóica e suas encaixantes paleoproterozóicas. Ortognaisses, granitóides foliados e corpos de rochas charnockíticas da Suíte Intrusiva Serra da Prata mostram idades Pb-Pb (evaporação em zircão) em torno de 1,94 Ga, também inferida para os noritos e gabronoritos associados. As suítes ígneas paleoproterozóicas foram colocados sin-cinematicamente, durante o Evento Deformacional D1, com a evolução de petrotramas indicativas de temperaturas altas, a partir de 600º-650ºC. Estas feições incluem feldspatos recristalizados por rotação de subgrãos, feldspatos alcalinos pertíticos recristalizados e quartzo com subgrãos em padrão de tabuleiro de xadrez tendo sido observadas em diques sin-plutônicos que cortam a trama D1 cedo-cinemática nas encaixantes. A disposição NE-NW dos corpos paleoproterozóicos foi controlada pela estrutura prévia deste setor do Cinturão Guiana Central (CGC). Os ortognaisses e granitóides foliados abrangem duas suítes distintas, com características litoquímicas de granitóides tipo A, provavelmente relacionadas a diferentes condições de oxidação na fonte. As rochas charnockíticas mostam características químicas que se aproximam daquelas descritas para o magmatismo tipo C. Idades modelo Sm-Nd TDM entre 2,19 Ga e 2,05 Ga, com valores de ƐNd (T) variando de +0,68 até +2,47 sugeram fontes de limitada residência crustal. A idade dos eventos orogênicos em Roraima ainda não foi devidamente esclarecida, entretanto, apesar dos dados limitados , propõe-se para as suítes paleoproterozóicas estudadas um posicionamento pós-colisional após acresção de arcos magmáticos transamazônicos. As unidades paleoproterozóicas constituem o embasamento das suítes ígneas mesoproterozóicas, que compreendem os anortositos da unidade Repartimento e gabronoritos associados, os granitóides rapakivi da Suíte Intrusiva Mucajaí (SIM), e os charnockitos finos, porfiríticos, de ocorrência pontual e posicionamento geocronológico incerto. Na SIM foram identificadas três fácies de granitóides (faialita-piroxênio-quartzo-mangeritos a sienitos; hornblenda-biotita-granitos; e biotita-granitos porfiríticos) geoquímica e petrograficamente muito similares aos granitos rapakivi de áreas clássicas da Finlândia. A presença de faialita nas rochas mais primitivas da SIM indica condições de baixa fugacidade de oxigênio, observada em vários complexos de granitóides rapakivi. Os charnockitos finos não mostram correlação química cpm a SIM. As suítes mesoproterozóicas integram uma associação AMG (Anortosito-Mangerito-Granito rapakivi) colocada em ambiente anorogênico entre 1.54 e 1.53Ga. As idades modelos Sm-Nd, de 2,07 Ga a 2,01 Ga com valores de ƐNd (T) variando de -2,37 a -1,27 sugerem, para os granitóides da associação, fontes crustais separadas do manto no Paleoproterozóico, provavelmente durante o Transamazônico. Feições miloníticas relacionadas ao Evento Deformacional D2, registrando condições de temperaturas moderadas a baixas (400º-450ºC), em ambiente rúptil-dúctil, obliteram localmente as texturas ígneas das unidades mesoproterozóicas, bem como as petrotramas D1 de alta temperatura no embasamento paleoproterozóico. Estas feições encontram-se especialmente bem desenvolvidas em algumas zonas de cisalhamento que mostram cinemática transpressiva dextral. O evento D2 com idade em torno de 1,26 Ga relaciona-se ao Episódio Deformacional K’Mudku. As principais zonas miloníticas D2 foram reativadas no Mesozóico em níveis crustais rasos e condições rúpteis, durante a evolução do Graben Tacutu.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Caracterização estrutural da borda sudeste do sistema transcorrente Carajás com ênfase nas rochas do terreno granítico-gnáissico
    (Universidade Federal do Pará, 2002-04-05) OLIVEIRA, Junny Kyley Mastop de; PINHEIRO, Roberto Vizeu Lima; http://lattes.cnpq.br/3251836412904734
    O Cinturão Itacaiúnas está localizado na borda leste do Craton Amazônico, sendo dividido em dois domínios tectônicos maiores: (1) os sistemas tectônicos Carajás e Cinzento que expõem rochas vulcano-sedimentares arqueanas e proterozóicas; e (2) diversos conjuntos de leques de cavalgamentos dúcteis imbricados cobrindo uma ampla área do embasamento regional. O Sistema Transcorrente Carajás (STCa) é formado por conjuntos de lineamentos anastomóticos orientados na direção E-W, onde ocorrem rochas vulcânicas ácidas e básicas juntamente com formações ferríferas, quartzitos (Grupo Grão Pará), arenitos e argilitos (Formação Águas Claras) e conglomerados (Formação Gorotire), alojadas em estruturas do tipo dilational jogs. Essas rochas encontram-se recobrindo as rochas graníticas e gnáissicas do embasamento arqueano. Granitos proterozóicos cortam muitas dessas rochas, formando plútons. O STCa é afetado pela Falha Carajás que representa a mais importante feição tectônica particular associada à evolução arqueana da região. O embasamento regional, exposto a sul do STCa, foi afetado por um evento transpressivo dúctil sinistral capaz de desenvolver uma foliação pervasiva em suas rochas. Um evento deformacional tardio, de caráter dúctil-rúptil (milonítico) foi superposto à essa deformação dúctil, desenvolvendo uma nova trama relacionada com processos de alterações hidrotermais que tomaram lugar na região em diferentes pulsos. O principal objetivo desta pesquisa está relacionado à trama planar e linear desenvolvida sobre a trama dúctil milonítica anteriormente formada sobre as rochas do embasamento regional. A ocorrência, idade e papel dessa trama tardia na evolução da regido ndo são bem conhecidos até o momento. Estudos prévios têm mostrado a relação íntima entre essa feição tectônica e a presença de importantes depósitos minerais na área (Au e Cu). A área estudada está localizada na borda SE do STCa, nos domínios do embasamento, e está geograficamente limitada pelas coordenadas 6º 19' 56"S; 6º 35'08'S e 49º 4913'W; 50º 16'36'W. Essa área foi mapeada em escala 1: 50.000 a partir de trabalhos de campo e sensoriamento remoto, dirigidos para a análise geométrica e cinemática das estruturas tectônicas presentes. Estudos de detalhes, na escala 1:100, de áreas selecionadas, foram também realizados. O mapeamento geológico revelou a presença de rochas do Complexo Pium (granulitos; 3.0Ga); Complexo Xingu (gnaisses, granitóides, anfibolitos e migmatitos; 2.8Ga); Suíte Plaque (biotita-granitos; 2.7Ga); Grupo Grão Pará (basaltos, anfibolitos, quartzitos e formações ferríferas; 2.7Ga); e granitos proterozóicos (2.0-1.8Ga). O Complexo Pium, o Complexo Xingu e as rochas da Suite Plaque estão marcadas pela presença de uma importante foliação milonítica orientada nos trends E-W, WNW- ESE e N-S sempre com mergulhos altos (>70º). A foliação com direção E-W é a mais importante. Essa trama está representada por uma foliação espaçada, disjuntiva, anastomótica, algumas vezes fina, intimamente relacionada com feições miloníticas. Essa foliação se formou sob transpressão dúctil particionada, em cinemática sinistral (mais importante) e destral. Uma segunda trama deformacional planar e linear, não penetrativa, é observada superpondo-se a trama milonítica anteriormente formada. Essa feição está presente tanto nas rochas do embasamento quanto nas rochas supracrustais (Grupo Grão Pará), enquanto que a trama milonítica se restringe às rochas cristalinas. A foliação secundária é do tipo clivagem cataclástica que se desenvolve em diferentes estágios, em associação com brechas ao longo de zonas de falhas até uma clivagem disjuntiva espaçada (desde clivagem de fratura até uma clivagem ardosiana) ao longo de bandas de deformação. Essa foliação pode ser reconhecida por trazer associada uma lineação estrutural do tipo construida (slickenlines e slickensides). A orientação geral deste conjunto de foliações está em torno de NW-SE (mais frequente) e NE-SW. Essa trama está associada com um evento transpressivo sinistral-destral capaz de reativar parte da trama milonítica anteriormente formada. Essa trama é suposta ter sido formada por fluxo cataclástico durante altas pressões de fluidos ao longo de condutos hidrotermais relacionados a reativações da Falha Carajás desde sua formação em torno de 2.7Ga.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Caracterização morfoestrutural e morfotectônica de áreas transpressivas: Serra dos Carajás e Serra do Tiracambú
    (Universidade Federal do Pará, 1999-12-11) ESPÍRITO SANTO, Cláudia Vilhena do; COSTA, João Batista Sena; http://lattes.cnpq.br/0141806217745286
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Considerações lito-estruturais sobre o duplex transpessivo Serra Pelada
    (Universidade Federal do Pará, 1992-07-18) OULD LAB, Khalifa; COSTA, João Batista Sena; http://lattes.cnpq.br/0141806217745286
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Datação pelo método de traços de fissão em apatita da região da estrutura dômica de Monte Alegre, Bacia do Amazonas (PA)
    (Universidade Federal do Pará, 2011-04-05) NEGRÃO, Sílvia Cristina Barroso; LELARGE, Maria Lidia Vignol; MOURA, Candido Augusto Veloso; http://lattes.cnpq.br/1035254156384979
    Na porção norte da Bacia Sedimentar do Amazonas, ao sul do município de Monte Alegre (PA), ocorre uma estrutura semi-elipitica desenhada por um conjunto de serras, conhecida como o Domo de Monte Alegre. Na sua porção central afloram rochas devonianas da Formação Ererê e, em direção a borda da estrutura, estão expostas rochas das formações Barreirinha, Curiri, Oriximiná, Faro e Monte Alegre com idades variando do Neoevoniano ao Mesocarbonífero. Esse conjunto de rochas é cortado por diques de diabásio de aproximadamente 200 Ma (Magmatismo Penatecaua). A formação da estrutura dômica de Monte Alegre tem sido atribuída à colocação dos diques e soleiras de diabásio. No entanto, não se pode descartar, a priori, a contribuição do tectonismo Terciário, presente em toda a Bacia do Amazonas, na formação do domo, uma vez que nas porções leste e sul dessa estrutura as rochas cretáceo/terciárias da Formação Alter do Chão se encontram em contato por falha com as rochas da Formação Ererê. Neste estudo empregou-se a termocronologia por traços de fissão em apatita nos diabásios do Magmatismo Penatecaua com o objetivo de definir a idade da estruturação do Domo de Monte Alegre, de modo a investigar o papel do tectonismo terciário na formação da estrutura. O método de traços de fissão em apatitas (TFA) é aplicado ao estudo da evolução termotectônica de uma região, uma vez que a quantificação dos traços de fissão presentes no mineral permite estimar a idade em que a rocha passou em uma determinada temperatura (temperatura de bloqueio), que pode estar relacionada a um evento tectônico (soerguimento/ subsidência) ocorrido na área. As rochas máficas estudadas na região de Monte Alegre forneceram idades aparentes médias de TFA entre 53,2 e 43,6 Ma. Estas idades representam um importante evento tectônico do Terciário (Eo a Meso Eoceno) que alçou para níveis crustais mais rasos estes diabásios e suas rochas encaixantes. As histórias térmicas obtidas após a modelagem dos dados de TFA permitiram a individualização de quatro eventos de resfriamento para as amostras de diabásio aqui estudadas, ocorridos em 140-110 Ma, 110-100 Ma, 55-45 Ma e 30 Ma-recente. Apenas a amostra TFMA 12, localizada fora do Domo de Monte Alegre, não registrou do evento do Eoceno. A modelagem dos dados possibilitou, ainda, a avaliação de taxas de resfriamento que variam de 0,4 ºC/Ma, para eventos mais lentos, até 2,82ºC/Ma, para eventos mais rápidos. Essas taxas permitiram estimar de 3 a 3,35 Km para as seções removidas associadas a reativações de falhas em diferentes momentos da história da região, principalmente no Cenozóico. As idades aparentes de traços de fissão em apatitas situadas entre 53,2 Ma e 43,6 Ma, assim como o marcante evento térmico de resfriamento do Eoceno registrado no modelamento sugerem uma importante participação do tectonismo terciário na formação da estrutura dômica de Monte Alegre. Acredita-se que as idades aparentes de traços de fissão (53,2 Ma e 43,6 Ma) colocariam limites na idade dessa tectônica terciária.
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    Estratigrafia e evolução estrutural do segmento setentrional da faixa de desdobramentos Paraguai - Araguaia
    (Universidade Federal do Pará, 1979-06-13) ABREU, Francisco de Assis Matos de; HASUI, Yociteru; http://lattes.cnpq.br/3392176511494801
    A porção setentrional da Faixa de Dobramentos Paraguai-Araguaia encerra uma vasta porção do Précambriano da Plataforma Sul Americana. Aqui, estabeleceu-se uma cadeia montanhosa edificada no Ciclo Geotectônico Brasiliano, a partir de regeneração e evolução sedimentar, metamórfica, magmática, estrutural e orogênica à margem oriental do Craton Amazônico. As seqüências rochosas estão reunidas em uma única unidade estratigráfica, o Super Grupo Baixo Araguaia, dividido nos Grupos Estrondo (inferior) e Tocantins (superior). O Grupo Estrondo é composto pelas Formações Morro do Campo (inferior), litologicamente constituída por quartzitos e subordinadamente xistos e gnaisses, e Xambioá (superior), reunindo xistos diversos. O Grupo Tocantins é formado pelas Formações Couto Magalhães (inferior), representada por filitos e intercalações de quartzitos, e Pequizeiro (superior), constituída por orto e para-rochas magnesianas, formando uma seqüência vulcano-plutono-sedimentar. A esses dois Grupos associam-se rochas máfico-ultramáficas, rochas granit6ides e intrusivas graníticas de eventos pré, tardi e pós-tectónico, respectivamente. Uma seqüência sedimentar denominada Rio das Barreiras, representada por conglomerado polimítico com níveis de silti tos e arenitos finos e matriz carbonática, recobre discordantemente as seqüências anteriores podendo representar restos de uma seqüência final relacionada ao Ciclo Brasiliano. As estruturas primárias reconhecíveis são representadas pelo acamamento, estratificações cruzada, gradacional e paralela nos metassedimentos e por estruturas reliquiares em rochas ígneas. As tectógenas são representadas por estruturas planares e lineares de diversas gerações. A análise geométrica das estruturas tect6genas, mostrou padrões bem definidos dos vários tipos de feições. A xistosidade desenvolvida na área é plano-axial em relação a dobras intrafoliais e mostra regionalmente orientação submeridiana com mergulhos médios para este, traduzindo vergência para o Craton Amazõnico. O bandeamento mostrado pelos gnaisses coincide em postura com a xistosidade das rochas sobrejacentes nas megadobras. Das lineações destaca-se aquela dada por minerais e que estão presentes isorientadamente nos gnaisses e nos demais metamorfitos. Várias gerações de dobras estão presentes em escala centimétrica a decaquilométrica. São representadas por: a) dobras intrafoliais contemporâneas ao metamorfismo regional, anisópacas de ápices espessados, desenvolvidas no nível estrutural inferior; b) dobras desenhadas pela xistosidade, anis6pacas com desenvolvimento também compatíveis com o nível estrutural inferior; c) dobras de crenulação resultado da incidência de fraturamento e desenvolvidas nas seqüência mais plásticas no topo do nível estrutural inferior; d) dobras isoladas, resultado de dobramento descontínuo e flexural são representadas pela megadobras de Colméia, Xambioá, Lontra, etc., desenvolvidas no nível estrutural médio; e) dobras suaves e cruzadas de duas gerações associadas à zona do Lineamento Iriri-Martírios. Fraturas e falhas se desenvolvem conforme sistemas N-S e NW-SE principalmente, seccionando todas as litologias presentes. Algumas estruturas, devido ao porte que têm, destacam se como feições marcantes dentro da faixa, a exemplo da Geossutura Tocantins-Araguaia, Lineamento Iriri-Martirios e Falha de Empurrão de Tucuruí. O metamorfismo varia progressivamente de condições anquimetamórficas a oeste até fácies anfibolito a este. Para o magmatismo foram caracterizados três eventos a saber: a) magmatismo básico-ultrabásico anterior ao metamorfismo regional; b) intrusões granit6ides tardi-tectônicas; c) intrusões graníticas pós-tectônicas. Os resultados geocronológicos até agora conhecidos pelo método K-Ar para as rochas da faixa de dobramentos, indicam valores compatíveis com o Ciclo Brasileiro para a edificação desta entidade geotectônica. Idades das rochas gnaíssicas do núcleo da estrutura de Colméia indicaram valores compatíveis com o Ciclo Transamazônico. A evolução geológica pode ser sumarizada em três etapas: a) etapa inicial, envolvendo a sedimentação advinda em conseqüência da regeneração implantada na porção marginal do craton, possibilitando a acumulação de uma sedimentação psamo-pelítica do Grupo Estrondo e pelito-psamítica da Formação Couto Magalhães. A Formação Pequizeiro se constituiu em seguida, relacionada com o magmatismo máfico-ultramáfico pré-tectõnico, que incidiu com maior potência na zona próxima ao Craton Amazônico. b) etapa intermediária,envolvendo as deformações superpostas agrupadas em fases distintas, bem como metamorfismo, magmatismo e ascensão orogênica. 1.) Fase F1 de deformação e Metamorfismo Regional envolvendo a formação de dobras desenhadas pela estratificação So, intensa transposição e metamorfismo progressivo com zonas mineralógicas sucessivas de sericita à granada. 2) Fase F2 de deformação desenvolvendo dobras desenhadas pela xistosidade e forte lineação mineral L2. 3) Fase F3 crenulação, com desenvolvimento de dobras de crenulação e transposição da xistosidade. 4) Fase F4, migmatização e intrusão de granitos geração das megadobras e colocação de corpos graníticos tardi-tectônicos. 5) Fase F5, dobramentos suaves associados a deslocamentos ao longo do lineamento Iriri-Martírios. c) etapa final (estágio de transição) - desenvolve-se a Formação Rio das Barreiras, dão-se deformações finais, com movimentos de falha e formação de juntas, e o magmatismo ácido pós-tectonico. Em tempos fanerozóicos, com a estabilização da Plataforma Sul-Americana, processos tectônicos, magmáticos e sedimentares afetaram a área.
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    Estudo da geometria e cinemática das rochas sedimentares arqueanas da mina do Igarapé do Azul – Carajás-PA
    (Universidade Federal do Pará, 2006-09-18) SILVA, Daniela Cristina Costa da; PINHEIRO, Roberto Vizeu Lima; http://lattes.cnpq.br/3251836412904734
    Mina de Manganês do Igarapé Azul posiciona-se geologicamente no interior do feixe da Falha Carajás, na porção central do Sistema Transcorrente de Carajás. O depósito do Manganês do Azul relaciona-se a rochas sedimentares pelíticas do Membro Azul, na base da Formação Águas Claras (Arqueano), em contato discordante, acima do Grupo Grão Pará (Nogueira et al, 1995). Três frentes de lavra a céu aberto estão atualmente em andamento na área: (1) Mina Principal (Mina 1), (2) Mina 2 e (3) Mina 3. Nestes locais encontram-se excelentes afloramentos de siltitos intercalados com argilitos e arenitos finos, intercalados com níveis manganesíferos. Essas rochas estão organizadas em conjuntos de dobras e falhas normais e inversas sob deformação heterogênea, particionada em diferentes escalas. As seções geológicas realizadas nas frentes de lavra mostram a predominância de siltitos intercalados com argilitos em contato com rochas pelíticas manganesíferas e minério (bióxido de Mn). Nessas rochas são comuns estruturas primárias tipo hummocky, estratificações cruzadas, e laminações plano-paralelas. O acamamento centimétrico a métrico (em média de 30 a 50 cm ) representa a principal estrutura primária, usada como marcador de deformação, observada nas rochas. A Mina do Igarapé Azul encontra-se dividida em dois blocos, separados por falha normal com rejeito de até dezenas de metros, com o bloco norte alto em relação ao bloco sul. O bloco sul encontra-se pouco deformado, apresentado uma regularidade no acamamento que mergulha com ângulos suaves para sul, colocando a camada de minério sucessivamente em níveis mais profundos na direção S. No bloco norte o acamamento apresenta um comportamento heterogêneo. A deformação é mais expressiva nessa região, estando o nível de minério deformado por dobras e falhas inversas. Além da cinemática vertical, as falhas apresentam deslocamento conjugado destral dando a essas feições um caráter oblíquo. Essa região pode ser definida como um corredor de deformação. O corredor observado no bloco norte, de acordo com os domínios principais separados pelas falhas anteriormente descritas, possui orientação NW-SE, com aproximadamente um quilômetro de extensão, sendo caracterizado por dobras assimétricas curvilineares com eixos de mergulhos suaves (10° a 25°) para NW e SE. Essas dobras são seccionadas por falhas normais sinuosas NW-SE e/ou E-W, com baixo ângulo de mergulho (em torno de 10° a 30°), subordinadas a transcorrências destrais, gerando em escala de detalhes feições como drag folds. Observam-se ainda falhas inversas retas e/ou sinuosas NW-SE e zonas de falhas sub-verticalizadas WNW -ESE. As dobras individuais nesta área são estruturas do tipo reversas, flexurais e com geometria en echelon com orientação semelhante às dobras curvilineares: eixos com baixo ângulo de mergulho (10° a 25°) e caimento para SE. O conjunto de feições anteriormente descrito desenha, em escala quilométrica, um antiforme aberto, provavelmente resultante da acomodação do acamamento em resposta a deformação dessas falhas. O paralelismo entre feições observadas na área da Mina do Igarapé Azul e os lineamentos maiores que desenham a Falha Carajás em planta sugere uma relação com dois importantes episódios deformacionais ocorridos durante a história tectônica da Falha Carajás. As falhas normais associadas a componente direcional destral, de maior expressividade da área da mina, estariam relacionadas ao episódio de transtensão destral responsável pela instalação da Falha Carajás anterior a 2.6 Ga (Pinheiro, 1997). As dobras, as falhas de cavalgamento e as zonas de falhas sub-verticalizadas estariam relacionados a deformações sob regime de transpressão sinistral, um segundo evento atuante na região, responsável pela reativação e inversão da maioria das estruturas próximas à zona da Falha Carajás (Pinheiro, 1997; Pinheiro & Holdsworth, 2000; Lima, 2002).
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    Estudo das feições lineares observadas em dados aeromagnéticos da Bacia do Solimões a partir de imagens digitais de sombreamento do relevo anômalo total
    (Universidade Federal do Pará, 1991-11-25) AFFONSO, Alexandre de Oliveira; O'BRIEN, Douglas Patrick
    A Bacia do Solimões é caracterizada por um padrão magnético complexo, expresso ao longo de toda sua extensão, e produzido pela superposição de anomalias magnéticas que se apresentam sob a forma de feições lineares. Tais feições refletem as diferentes atividades tectônicas que atuaram na Região Amazônica através do Pré-Cambriano e Fanerozóico. Neste trabalho, foi aplicado nos dados aeromagnéticos da Bacia do Solimões um método de processamento de imagens digitais de sombreamento do relevo magnético anômalo total que, dadas suas características metodológicas, permitindo utilizá-lo como um filtro direcional, possibilitou a definição de aspectos relevantes no contexto das relações entre os lineamentos magnéticos E/W, NE/SW, e NW/SE. Nesse sentido, foram identificados padrões de lineamentos magnéticos que refletem a existência de zonas de cisalhamento transcorrentes dextrais, orientadas preferencialmente na direção E/W. A interação entre os diversos segmentos transcorrentes promoveu o desenvolvimento de um regime predominantemente transpressivo, representado por falhas reversas associadas aos lineamentos magnéticos E/W e NE/SW; e duplexes direcionais formando falhas em flor positivas e negativas associadas, respectivamente, aos lineamentos magnéticos orientados na direção N70-80E e N70-80W. A análise quantitativa permitiu explicar dois aspectos importantes em relação às feições lineares observadas nas imagens digitais. O primeiro mostra, através de modelamentos baseados na superposição de prismas bidimensionais, que estas feições lineares magnéticas podem ser explicadas pela superposição de fontes profundas intraembasamento altamente magnéticas, e fontes rasas de alta frequência, sendo estas associadas a falhas reversas ao longo dos níveis de diabásio, presentes em forma de intrusões nos sedimentos paleozóicos da Bacia do Solimões. O segundo aspecto, baseado na utilização dos conceitos da cross-covariância, constata a presença de 'offsets' dextrais, associados aos lineamentos magnéticos NE—SW, ao longo da direção E—W. Este fato mostra, quantitativamente, que o padrão magnético desta região pode ser explicado pela presença de zonas de cisalhamento transcorrestes dextrais, cujos processos tectônicos associados foram fortemente condicionados por zonas de fraquezas pré-existentes (Pré-Cambrianas, Paleozóicas) durante o Mesozóico e Cenozóico.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Estudo do comportamento das feições lineares observado em dados aeromagnéticos da Bacia do Paraná
    (Universidade Federal do Pará, 1990-12-28) MACHADO, Sérgio Augusto Moraes; O'BRIEN, Douglas Patrick
    O processamento dos dados aeromagnéticos em imagens revelou-se como um bom método de interpretação, que aqui denominamos de método das imagens sombreadas. A aplicação deste método foi feita em dados aeromagnéticos de uma área da Bacia do Paraná, com o objetivo de realçar os lineamentos que não são evidentes nos mapas de contorno. Para subsidiar os nossos estudos, utilizamos imagens de LANDSAT porque muitos lineamentos presentes na bacia não possuem resposta ao levantamento aeromagnético. Com a integração destas duas imagens definimos duas direções dominantes para os lineamentos nos seguintes intervalos: N40° — 60°W e N40° — 65°E. Com a definição deste padrão, obtivemos informações do arcabouço estrutural e, consequentemente, uma idéia da evolução tectônica da bacia. A outra parte desenvolvida neste trabalho foi o cálculo do vetor de magnetização total nos principais lineamentos da bacia, e eles apresentaram um total de 5 inclinações de magnetização diferentes. Essas inclinações foram explicadas pela superposição do efeito da magnetização induzida, efeito de reversão do campo geomagnético, e o efeito da magnetização anisotrópica causada pela desmagnetização nos diques.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Estudo tectono-sedimentar da Bacia de Jaibaras, na região entre as cidades de Pacujá e Jaibaras, noroeste do estado do Ceará
    (Universidade Federal do Pará, 1996-04-22) QUADROS, Marcos Luiz do Espírito Santo; ABREU, Francisco de Assis Matos de; http://lattes.cnpq.br/9626349043103626
    Os estudos realizados na porção sudoeste da Bacia de Jaibaras em uma área de aproximadamente 300 km², situada entre as cidades de Pacujá e Jaibaras, região noroeste do Estado do Ceará, envolvendo mapeamento geológico de semi-detalhe na escala de 1:25.000, análises faciológica, petrográfica e estrutural das formações Pacujá e Aprazível, permitiram uma melhor visualização da distribuição espacial das unidades acima referenciadas, bem como a caracteriza ção dos seus ambientes de deposição, padrão estrutural e por fim tecer cons iderações acerca da evolução tectono-sedimentar da Bacia de Jaibaras. A Formação Pacujá é caracterizada como uma seqüência vulcano-sedimentar afossilífera que foi submetida a dobra mentos e falhamentos. É constituída por intercalações rítmicas de arenitos arcosianos finos a siltitos com pelitos, onde os arenitos ocorrem na forma de bancos decimétricos tabulares, contínuos lateralmente, exibindo base abrupta e gradação para siltitos em direção ao topo. Os arenitos podem apresentar-se maciços ou estratificados, exibindo laminação plano-paralela, estratificação cruzada micro-hummocky, cruzada climbing waveripples, lineação de partição e laminação convoluta. No topo das camadas de arenito ocorrem, por vezes, marcas onduladas assimétricas e simétricas. Os pelitos apresentam laminação planoparalela e eventualmente gretas de contração. Intercaladas nos sedimentos da Formação Pacujá ocorrem rochas vulcânicas e sub-vulcânicas (basaltos, andesitos, dacitos e riolitos), sob a forma de sills, diques e derrames associados com rochas vulcanoclásticas. Tais rochas tem sido englobadas na Suite Parapuí. O ambiente deposicional da Formação Pacujá foi caracterizado como lacustre, com vulcanismo associado, sujeito a ação de ondas de tempestades, atestada pela presença da laminação cruzada micro-hummocky. Entretanto, não se descarta o ambiente marinho para esta formação, haja vista que os dados obtidos no campo não são suficientes para caracterizar com segurança um destes ambientes. Nesta formação, as intercalações rítmicas de arenitos com pelitos caracterizam ciclos de tempestitos, geralmente incompletos. No contexto geral da Bacia de Jaibaras, a Formação Pacujá representa o pr imeiro pulso deposicio nal, ocorrido no Neo-Proterozóico e estendendo-se até o Cambriano, sendo que a sua área de sedimentação estendeu-se além dos limites atuais da Bacia de Jaibaras. A Formação Pacujá apresenta um padrão de dobramento complexo, resultado de superposição de dobramentos, com formas geométricas semelhantes aos padrões de interferência do tipo 1 - “domos e bacias” e dobras em kinks. Este dobramento pode estar relacionado a transpressões em regime dúctil-rúptil, ligado a um esquema transcorrente sinistral nordestesudoeste no Eopaleozóico, que levou a fraca inversão da Bacia de Jaibaras. A Formação Aprazível compreende uma seqüência sedimentar delgada, falhada e basculada em geral para sudeste, que recobre discordantemente a Formação Pacujá. É constituída por conglomerados polimíticos com arcabouços fechado (clast -support) e aberto (matrixsupport), maciços ou estratificados, contendo clastos de rochas vulcânicas, gnaisses, granitos, rochas calciossilicáticas, quartzo, anfibolitos, riolitos, mármores, milonitos, siltitos e arenitos, com tamanhos que variam de grânulos até matacões. A matriz é arenosa arcosiana grossa a muito grossa, localmente microconglomerática. Ocorrem, em menor proporção, arenitos arcosianos médios a grossos maciços, localmente com estratificação cruzada acanalada, e também intercalações de camadas contínuas lateralmente de arenitos arcosianos com pelitos laminados com níveis gretados. Estes arenitos apresentam laminação plano-paralela, laminação cruzada cavalgante (climbing-ripples), localmente estratificação acanalada de pequeno porte, lineação de partição e laminação convoluta. Na superfície das camadas de arenitos ocorrem, eventualmente, marcas onduladas simétricas e assimétricas. O ambiente de deposição da Formação Aprazível foi caracteriza do como do tipo leque/planície aluvial, dominado por debris-flows e stream-flows, progradando distalmente sobre pequenos corpos lacustres. O acamamento da Formação Aprazível encontra-se em geral basculado para sudeste, fato este ocasionado a partir da rotação de blocos, em função de um eixo extensional de direção noroeste-sudeste atuante no Ordoviciano, o qual controlou a deposição da Formação Aprazível no espaço compreendido entre as zonas de cisalhamento Sobral-Pedro II e Café- Ipueiras. A Formação Aprazível representa a seqüência do segundo e último pulso deposicional ocorrido na Bacia de Jaibaras no Ordoviciano, em uma área de deposição mais restrita, controlada pelas zonas de cisalhamento Sobral-Pedro II e Café Ipueiras. Sua deposição ocorreu no intervalo de tempo pós-seqüência Pacujá e intrusões dos granitos da Suite Meruoca, e pré-seqüência do Grupo Serra Grande da Bacia do Parnaíba.
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    Evolução estrutural da Bacia do Amazonas e sua relação com o embasamento
    (Universidade Federal do Pará, 1991-02-19) WANDERLEY FILHO, Joaquim Ribeiro; COSTA, João Batista Sena; http://lattes.cnpq.br/0141806217745286
    Este trabalho apresenta aspectos relativos à evolução estrutural da Bacia do Amazonas e discute o papel das estruturas do Prê-Cambriano no desenvolvimento da arquitetura fanerozôica. O quadro estrutural do Prê-Cambriano compreende estruturas ligadas a dois eventos termo tectônicos principais. O evento mais antigo, responsável pela instalação dos terrenos granito-"greenstones" e dos cinturões de cisalhamento de alto grau metamôrfico no Arqueano, impôs as linhas estruturais mestras NW-SE, NE-SW e E-W ao arcabouço tectônico regional. O segundo evento, no âmbito da Amazônia Oriental, proporcionou o desenvolvimento de falhas normais NW-SE e WNW-ESE, e de falhas de transferência NE-SW relacionadas a um eixo extensional NE-SW proterozóôico; várias bacias foram formadas neste evento, com destaque para o Graben do Cachimbo. A evolução estrutural da Bacia do Amazonas atraves do Fanerozóico foi fortemente controlada pela geometria das estruturas criadas no Prê-Cambriano. A instalação da Bacia do Amazonas está relacionada ao ciclo de abertura e fechamento do oceano Iapetus no Paleozóico, durante o qual as zonas de fraqueza antigas NE-SW e NW-SE foram reativadas em falhas normais e falhas de transferência, respectivamente. A movimentação associada às falhas de transferências promoveu a compartimentação da bacia em quatro blocos estruturais distintos; nesse contexto, destaca-se a zona compartimental de Purus (Arco de Purus), que evoluiu a partir de reativações de falha normais do Graben do Cachimbo, separando as Bacias do Amazonas e Solimões. Os efeitos da fragmentação do megacontinente Gonduana no Mesozóico estão registrados na Bacia do Amazonas através de falhas normais NE-SW e NNE-SSW, de falhas de transferência NW-SE, de falhas transcorrentes ENE-WSW e de produtos ígneos e sedimentares. No Cenozóico a Bacia do Amazonas e adjacências experimentaram movimentações essencialmente transcorrente de natureza dextral.
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    Evolução geológica da região de Araguacema-Pequizeiro-Goiás-Brasil
    (Universidade Federal do Pará, 1981-12-21) GORAYEB, Paulo Sérgio de Sousa; ALBUQUERQUE, Carlos Alberto Ribeiro de
    A área compreendida entre as cidades de Araguacema, Pequizeiro e Conceição do Araguaia, faz parte da Faixa de Dobramento Araguaia, onde engloba uma variedade litológica submetida a processos sedimentares, magmáticos, metamórficos e deformacionais. O levantamento geológico envolvendo estudos estruturais-estratigráficos, petrográficos-petrológicos e químicos, permitiu a elaboração do quadro geológico-evolutivo da região. As seqüências litológicas são incluídas no Grupo Tocantins, representado pelas Formações Pequizeiro e Couto Magalhães. Corpos ultramáficos metemorfizados e máficos e ultramáficos representam respectivamente eventos pré ou sin e também pós-tectônicos. A Formação Rio das Barreiras assenta-se discordantemente ao conjunto Tocantins. A Formação Pequizeiro é constituída principalmente por micaxistos com intercalações subordinadas de quartzitos, calcoxistos e magnetita-moscovita filitos, caracterizando uma seqüência metassedimentar com derivação predominante de pelitos e grauvacas. Na Formação Couto Magalhães predominam filitos e ardósias e em menor proporção metapsamitos, metapelitos, cherts, lentes de calcário e metagrauvacas, intercalados. Esta sequência deriva-se essencialmente de pelitos. Corpos ultramáficos lentiformes de natureza dunítica, foram induzidos tectonicamente no domínio da Formação Couto Magalhães. Encontram-se associados a zona de falhas, alinhados submeridianamente. Suas feições assemelham-se a corpos do tipoalpino mas podem representar corpos ofiolíticos dentro da conceituação moderna. A deposição do Grupo Tocantins e manifestações ultramáficas, seguiram-se processos de deformação e metamorfismo polifásicos, vinculados possivelmente ao Proterozóico Superior (Ciclo Brasiliano). A evolução estrutural compreende três fases de deformação plásticas (F1, F2 e F3) gerando dobras, feições planares e lineares e, sincronicamente a fase de deformação F1 implantou- se o metamorfismo Regional (M1 variando de graus arquimetamórficos à fácies xisto-verde, crescente no sentido leste. Quatro zonas metamórficas foram reconhecidas, representadas pelas isógradas da sericíta, clorita e biotita pareadas submeridianamente. O segundo episódio blástico (M2 se deu durante o desenvolvimento da crenulação (F3), resuitando na formação: de micro-porfiroblastos de filossilicatos (.moscovita, clorita e biotita) durante esta fase e de biotita pós-F3. No Proterozóico Superior ainda uma tectónica ruptural, foi responsável pela reativação de falhas antigas do embasamento e geração de falhas e fraturas. Intrusão de hornblenda-peridotitos e injeção de diques de diabásio e "stocks" de gabros datam dessa época. Pequenos "grabens" acolheu os sedimentos conglomeráticos e silticos da Formação Rio das Barreiras, refletindo o relevo criado pela tectanica brasiliana. Nos tempos Fanerzóicos desenvolveu-se um intenso processo de laterização e intemperismo em extensas áreas, sedimentando areias e argilas ao longo dos principais rios que drenam a região.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Evolução geológica da região de Colméia
    (Universidade Federal do Pará, 1980-09-03) COSTA, João Batista Sena; HASUI, Yociteru; http://lattes.cnpq.br/3392176511494801
    A região de Colméia situada na parte norte do Estado de Goiás, foi objeto de mapeamento geológico em escala 1:100.000 e de observações em nível de semi-detalhe. Os dados sobre a estratigrafia, estruturas, metamorfismo, migmatização e magmatismo são aqui apresentados e integrados no sentido de reconstituir a evolução geológica dessa região. A unidade rochosa mais antiga reconhecida é o Complexo Colméia (Arqueano), representado por gnaisses, granitose, migmatitos, rochas supracrustais (xistos e quartzitos) e anfibolitos associados. Esta unidade ocorre principalmente no núcleo da braquianticlinal de Colméia. Estas rochas passaram por duas fases principais de deformação no fim do Arqueano. A primeira, F1, originou dobras desenhadas pelo bandeamento, com eixos orientados na direção E-W, e levou também à formação de uma xistosidade plano axial. A segunda, F2, causou redobramento do bandeamento e dobramento da xistosidade, resultando em dobras com espessamento nos ápices e eixos orientados na direção E-W. Duas fases de migmatização são também reconhecidas. A primeira fase, sin-F1, formou neossomas quartzo-feldspáticos mostrando orientação de minerais placosos. Na segunda fase, pré – F2 e Pós – F1, formaram-se neossomas quartzo-feldspático sem orientação preferencial de minerais. Na segunda metade do Proterozóico Médio, a borda do Craton Amazônico sofreu regeneração com a acumulação da espessa sequência vulcano-sedimentar do Super Grupo Baixo Araguaia (Abreu, 1978). O Grupo Estrondo, em posição inferior, é constituído da base ao topo pelas Formações Morro do Campo (representada basicamente por quartzitos com pequenas intercalações de xistos), Xambioá (caracterizada por uma variedade de xistos) e Canto da Vazante (constituída por xistos feldspáticos e biotita xis tos intercalados). O Grupo Tocantins, em posição superior, é representado na área apenas pela Formação Pequizeiro composta essencialmente por clorita-quartzo xistos. Rochas máficas e ultramáficas metamorfisadas encontram-se associadas a esses dois grupos. Na região de Colméia, o Super Grupo Baixo Araguaia teve uma evolução polifásica no fim do Proterozóico Médio, caracterizada por três fases principais de deformação. A primeira fase de deformação é representada por dobras intrafoliais da superfície So e formação de xistosidade plano axial. Metamorfismo regional de fácies xisto verde e anfibolito acompanha este episódio deformacional. A segunda fase de deformação gerou dobras desenhadas pela xistosidade com pianos axiais inclinados e eixos orientados na direção N-S. No Complexo Colméia superimpuseram-se dobras com orientação e estilos semelhantes. Migmatização contemporánea criou neossomas quartzo-feldspáticos orientados na direção N-S no Complexo Colméia. A terceira fase de deformação é representada pela crenulação da xistosidade, aparecendo dobras que variam desde dimensões milimétricas a quilométricas, orienta das na direção NW-SE. Uma clivagem de crenulação também se desenvolveu, onde a xistosidade foi completamente transposta. Recristalização de biotita e clorita aconteceram nos planos de transposição. No embasamento pré-Baixo-Araguaia as estruturas planares foram onduladas em consequência de cizalhamentos. A braquianticlinal de Colméia e dobras menores com orientação N-S estabeleceram-se por fim, devido a remobilização do Complexo Colméia e colocação de corpos graníticos intrusivos. Falhas radiais desenvolveram-se ao longo da braquianticlinal, cortando o embasamento e a cobertura metassedimentar. As outras descontinuidades principais também estão ligadas a este e vento. A evolução se completa com a sedimentação da Formação Rio das Barreiras. A área de Colméia tem, pois, uma evolução complexa que inclui processos litogenéticos do Arqueano e do Proterozóico Médio e termo-tectônicos vinculados aos ciclos Jequié e Uruaçuano. As datações K-Ar e Rb:Sr disponíveis acusam ainda reaquecimentos dos ciclos Transamazônicos e Brasiliano.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Evolução geológica da região nordeste do estado do Pará com base em estudos estruturais e isotópicos de granitóides
    (Universidade Federal do Pará, 2001-07-04) PALHETA, Edney Smith de Moraes; ABREU, Francisco de Assis Matos de; http://lattes.cnpq.br/9626349043103626
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    TeseAcesso aberto (Open Access)
    Evolução geotectônica do pré-cambriano da região meio norte do Brasil e sua correlação com a África Ocidental
    (Universidade Federal do Pará, 1990-12-04) ABREU, Francisco de Assis Matos de; HASUI, Yociteru; http://lattes.cnpq.br/3392176511494801
    Uma proposta de evolução geotectônica para o Pré-Cambriano da região meio norte do Brasil e sua correlação com a África Ocidental é apresentada, tendo por base a integração de informações geológicas multidisciplinares. Dois tipos fundamentais de entidades geotectônicas são reconhecidas: áreas estabilizadas ao final do Proterozóico inferior/ inicio do Proterozóico Médio (núcleos cratônicos) e áreas adjacentes cuja instabilidade tectônica prosseguiu até o Fenerozóico (cinturões móveis). No primeiro caso encontram-se o Cratón Amazônico, não analisado neste trabalho, e o Cráton Oeste-Africano/São Luis. No segundo caso, enquadra-se toda a vasta região que no Brasil corresponde à Faixa Araguaia e à parte noroeste da Província Borborema, as quais, com a porção a sudoeste do Cinturão Tentugal, dão continuidade para sul ao embasamento da Bacia do Parnaíba. No lado da África, na borda oriental do Cráton Oeste-Africano, aqueles cinturões móveis correspondem às faixas Farusiana e Daomeana e, do lado ocidental, às faixas Rokellana e Mauritaniana, esta última com evolução configurada até o Evento Herciniano. No núcleos cratônicos encontram-se preservados aspectos geométricos fundamentais das relações pretéritas entre a crosta siálica mais antiga onde se vislumbram a presença de batólitos polidomais globulares, introduzidos em gnaisses de alto grau, fortemente deformados, e sua cobertura muitas vezes representada por seqüências do tipo greenstone belt. A formação dessa crosta continental ter-se-ia dado inicialmente por underplating, tendo sido em seguida aumentada horizontalmente pela interação de núcleos cratônicos primários. Nas áreas onde perdurou a instabilidade tect8nica, a litosfera continental foi extremamente modificada dando condições para o estabelecimento de bacias de sedimentação por colapso da supraestrutura, geração de magmas sincronicamente com as deformações plásticas, as quais estabeleceram relações complexas entre os gnaisses e as raízes dessas bacias, gerando terrenos de alto grau, formações de baixo mergulho e zonas de migmatização. Na região enfocada, sobretudo para a porção brasileira, essas áreas de instabilidade tectônica compreendem um macrocinturão de cisalhamento de direção NE-SW, que, estendendo-se desde a África, atravessa o noroeste do Ceará e prossegue para sul sob os sedimentos da Bacia do Parnaíba. Em Serra Leoa e na Costa do Marfim, tais orientações se modificam para E-W à proporção que se dirigem para a costa africana, assim prosseguindo na borda do Cráton Amazônico, modificando-se para NW-SE no Escudo das Guianas. Essas direções estruturais compreendem de forma fundamental o Cinturão Noroeste do Ceará (NE-SW) e fortes assinaturas gravimétricas de mesma orientação. As rochas de médio e alto grau dessa região cedem lugar, para noroeste, a rochas de baixo e médio graus do Cráton São Luis e do complexo de bacias vulcano-sedimentares birrimianas. Cinturão Tentugai, que possui orientação NW-SE, se estabelece discordantemente em relação as estruturas NE-SW do Cinturão Noroeste do Ceará. Zonas com largura menos expressiva e com essas mesmas direções são encontradas na borda ocidental do Cráton Amazônico. Naquele cinturão teria ocorrido toda uma fenomenologia, em termos de processos deformacionais, que culminou em expressiva granitogênese e cratonização com Idades Rb/Sr de 1.900-2.0130 Ma, situando assim, temporalmente, o período no qual tiveram lugar esses fenômenos, no Arqueano e inicio do Proterozóico. Elementos planares e lineares definem geometricamente nos vários segmentos analisados as posições espaciais dos eixos principais do elipsóide de deformação. Sob o ponto de vista cinemático, a movimentação geral ao longo dos segmentos NE-SW a E-W foi dextral, tendo se definido direções secundárias de cisalhamento NW-SE e ENW-SSE sinistrais. As condições metamórficas reinantes durante o período considerado assinalam a presença de assembléias minerais estabilizadas em condições degraus baixo a médio no domínio cratônico, enquanto que no cinturão as condições de alto grau e anatexia aconteceram por grandes áreas. Essa matriz geotectônica passou a condicionar então os fenômenos geológicos acontecidos na região. A estabilidade tectfinica advinda deu lugar ao aparecimento de condições para a deposição de seqüências plataformais importantes com início por volta de 1.600-1.700 Ma (Tarkwalano, Gorotire, Guelb el Hadld etc.). As condições de Instabilidade voltaram a se manifestar por volta de 800-1.000 Ma de forma mais restrita em termos de área de atuação e resultou na formação de uma extensa zona de mobilidade crustas, contornando as áreas cratônicas estabilizadas no início do Proterozólco, a exemplo das faixas Faruslana, Daomeana, Noroeste do Ceará, Tentugal, Rokellana, Mauritaniana e Araguaia. Os processos distensivos foram mais importantes na Faixa Farusiana com a formação de uma crosta oceânica (oflolitos de Bou Azzer-Marrocos) e de uma crosta continental fortemente percolada por rochas básico-ultrabásicas na Faixa Araguaia. Nas outras áreas os processos distensivos foram menos importantes. Retrabalhamento crustas em grande escala com homogeneização total ou parcial de rochas acontece nessa região bem como granitogênese com idade situada ao redor de 500-600 Me. Efeitos tardi-cinemáticos que se expressam através de movimentações tectônicas ao longo de zonas lineares estreitas e molassas restritas, acompanham toda essa fenomenologia e são representados pelo Grupo Jaibaras, Formação Piriá, Formação Rio das Barreiras etc., no limiar do Eon Fanerozóico.
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    DissertaçãoAcesso aberto (Open Access)
    Evolução morfotectônica e ecologia da paisagem na região da Orinôquia Colombiana
    (Universidade Federal do Pará, 2000-07-20) CASTRO, Beatriz Jimenez; BORGES, Maurício da Silva; http://lattes.cnpq.br/1580207189205228
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