Navegando por Assunto "Geologia marinha"
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Tese Acesso aberto (Open Access) Análise da dinâmica das áreas de manguezal no litoral Norte do Brasil a partir de dados multisensores e hidrossedimentológicos(Universidade Federal do Pará, 2016-12-16) NASCIMENTO JUNIOR, Wilson da Rocha; SOUZA FILHO, Pedro Walfir Martins e; http://lattes.cnpq.br/3282736820907252O objetivo desta pesquisa é analisar a dinâmica das áreas de manguezal no litoral norte do Brasil a partir de imagens de sensores remotos orbitais e dados hidrossedimentológicos (vazão e concentração de sedimentos em suspensão). Buscamos compreender a existência de causalidade entre a expansão ou retração dos manguezais com a descarga sólida em suspensão calculada a partir de dados de vazão e concentração de sedimentos em suspensão. Os manguezais foram mapeados, utilizando a técnica de classificação orientada ao objeto, nos anos de 1975, 1996 e 2008 tendo como base dados de sensores imageadores na faixa das microondas (RADAM/GEMS; JERS-1; ALOS/PALSAR). Foram utilizados os dados de estações fluviométricas e sedimentos da Agência Nacional de Águas para calcular a descarga sólida em suspensão nos rios Araguari, Gurupi, Pindaré, Grajaú e Mearim buscando relacionar a acresção e erosão nas áreas de manguezal com a carga sedimentar dos rios que deságuam no litoral. As variações de vazão refletem a precipitação nas sub-bacias dos rios analisados e apresentaram correlação forte e moderada com as anomalias de temperatura na superfície do oceano Pacífico evidenciando uma relação dos fenômenos El Niño e La Niña com os regimes de precipitação na Amazônia. As variações de concentração de sedimentos em suspensão não apresentaram relação com a variação fluviométrica sugerindo que as oscilações médias anuais são reflexos de outros fenômenos (cobertura e uso do solo). Os resultados mostram que as áreas drenadas das sub-bacias mais impactadas pela ação antrópica contribuem com uma carga sedimentar superior a rios que possuem maior concentração de floresta nativa. A vegetação nativa contribui para a contenção da erosão do solo e as áreas de solo exposto e pastagem são mais vulneráveis a erosão dos solos. Os rios Gurupi, Pindaré, Grajaú e Mearim apresentaram carga sólida em suspensão superior ou igual ao rio Araguari. Analisando os manguezais nos estuários percebemos a acresção dos manguezais nas margens nos estuários dos rios Gurupi e Mearim (Baia de São Marcos) e a diminuição das áreas de manguezal no estuário do rio Araguari. A zona costeira amazônica está sujeita a processos naturais de grande magnitude, porém as atividades atrópicas influenciam na dinâmica natural da região ao implementar práticas econômicas ambientalmente insustentáveis.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Spatial distribution of southern brown shrimp (Farfantepenaeus subtilis) on the Amazon continental shelf: a fishery, marine geology and GIS integrated approach(Universidade Federal do Pará, 2015-12) MARTINS, Déborah Elena Galvão; CAMARGO-ZORRO, Mauricio; SOUZA FILHO, Pedro Walfir Martins e; CINTRA, Israel Hidenburgo Aniceto; SILVA, Kátia Cristina de AraújoA distribuição espacial do camarão-rosa Farfantepenaeus subtilis (Pérez-Farfante, 1967) foi estudada a partir de dados oriundos da pesca industrial, os quais foram associados às características geológicas e oceanográficas dos ambientes bentônicos da plataforma continental do Amazonas. A partir do uso de um sistema de informações geográficas (SIG), este trabalho teve como objetivo calcular a abundância relativa do camarão rosa baseada na captura por unidade de esforço (CPUE) e compará-la com dados batimétricos, tipo de estrutura sedimentar, taxa de sedimentação e salinidade de fundo. Como resultado, nós podemos afirmar que a abundância relativa (em CPUE) não está uniformemente distribuída. A análise espacial indica que o esforço do arrasto da pesca industrial foi realizado na região frontal do delta submerso (foreset) do Amazonas, entre 40 e 60 m de profundidade. Nesta região, os camarões são responsáveis pela bioturbação dos sedimentos e geração de uma estrutura sedimentar chamada lama mosqueada. Na região do foreset, as taxas de sedimentação foram de até 10 cm/yr; o processo de ressuspensão foi reduzido e a salinidade de fundo mostrou-se alta (~ 36). Parece que todos estes fatores definem uma área estável de lama com intensa bioturbação. Esta notável atividade biológica é explicada pela ocorrência de alta abundância de F. subtilis que parece ter sido originada pela alça microbiana. A partir da combinação de dados pesqueiros com dados ambientais em um SIG, é possível identificar um padrão de distribuição de abundância do camarão rosa e outros recursos pesqueiros de importância econômica, assim como compreender como eles variam espacialmente.
