Navegando por Assunto "Granito São Jorge"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Minerais óxidos de Fe e Ti e suscetibilidade magnética em vulcânicas e granitóides proterozóicos da Vila Riozinho, Província Aurífera do Tapajós(Universidade Federal do Pará, 1999-12-22) FIGUEIREDO, Marco Aurélio Benevides; DALL'AGNOL, Roberto; http://lattes.cnpq.br/2158196443144675O estudo de suscetibilidade magnética (SM) e da minerografia de minerais óxidos de Fe e Ti em granitóides e rochas vulcânicas da região de Vila Riozinho, Província Aurífera do Tapajós, permitiu discutir as relações ente as variações do comportamento magnético e os processos que ocorreram durante a evolução dessas rochas, bem como estimar as condições de fugacidade de oxigênio (fO2) para a sua formação e estabelecer comparações com rochas similares do Cráton Amazônico. Duas associações vulcânicas e três corpos granitóides de idades paleoproterozóicas, foram selecionados. A associação vulcânica de Morais Almeida (1,88 Ga), é formada por riolitos e ignimbritos, ao passo que a de Vila Riozinho (2,0 Ga) é formada por dacitos e andesitos com riolitos subordinados. Entre os granitóides, foram estudados o granito subalcalino de Morais Almeida (1,88 Ga) e os granitos cálcico-alcalinos São Jorge (1,98 Ga, mineralizado a ouro) e Jardim de Ouro (1,88 Ga). O Granito São Jorge (Gsj) apresenta conteúdos modais expressivos de magnetita (Mt) com ilmenita (Ilm), geralmente intensamente transformada, em proporções subordinadas. As quatro populações magnéticas em que foi dividido, apresentam boa correlação com as fácies petrográficas, observando-se que as variações dos valores de SM nas suas diversas fácies são devidas principalmente aos diferentes graus de martitização da Mt e, de uma fácies para outra, às variações nos conteúdos modais de Mt, refletindo os processos de diferenciação. Condições oxidantes, com ƒO2 próxima ao tampão HITMQ, estiveram presentes durante a cristalização do Gsj. Em furos de sondagem de área mineralizada, observou-se um decréscimo dos valores SM nas zonas mais hidrotermalizadas, evidenciando a desestabilização parcial da Mt pela ação das soluções hidrotermais. O Granito Jardim de Ouro (Gjo) é similar ao Gsj, diferenciando-se, entretanto, deste, por apresentar conteúdos de opacos e valores de SM inferiores, bem como pela melhor preservação e maior diversidade de tipos texturais de ilmenita. Esse último aspecto, associado à presença menos acentuada de martita na Mt hospedeira, é sugestivo de que as condições de ƒO2 durante o estágio pós-magmático foram comparativamente menos oxidantes do que aquelas observadas no Gsj. As amostras do Granito Subalcalino de Morais Almeida (GSma), em que a Mt não se encontra inteiramente martitizada, apresentam valores de SM similares aqueles observados no Gjo e nas fácies mais evoluídas do Gsj. Entretanto, se considerarmos que as amostras do GSma e Gjo são, respectivamente, leucogranitos e hornblenda-biotita-monzogranitos, pode-se até mesmo pensar que, para rochas de mesma composição, o GSma seja comparativamente mais magnético que o Gjo. Os polígonos de freqüência construídos a partir dos dados de SM do GSma mostraram um comportamento bimodal para o GSma, não observado no Gsj. O conjunto de amostras do GSma com menores valores de SM àquelas mais intensamente martitizadas. Logo, esse contraste com o Gsj é provavelmente devido ao maior grau de oxidação da Mt presente em um número expressivo de amostras do GSma. Os minerais óxidos de Fe e Ti são representados tanto pela Mt quanto pela Ilm. Este corpo granítico mostra maior afinidade com os granitos do tipo A, e se formou em condições um pouco menos oxidantes do que as do Gsj. Na associação vulcânica de Morais Almeida, os valores inferiores de SM apresentados pelos ignimbritos, em relação aos riolitos, são claramente resultantes do forte processo de oxidação a que foram submetidas essas rochas. Isso é demonstrado conclusivamente pelas feições texturais da Mt, que foi substituída inteiramente por martita, trocando-se uma fase ferrimagnética por outra antiferromagnética. Na associação vulcânica de Vila Riozinho, dacitos e andesitos apresentaram valores de SM superiores aos ignimbritos e riolitos de Morais Almeida. Tais rochas apresentam-se comparativamente menos afetadas pelos processos de oxidação e, conseqüêntemente, preservaram melhor suas propriedades magnéticas. Essas características são sugestivas de que, na região estudada, as associações extrusivas ácidas, mais jovens e possivelmente mais hidratadas, foram mais fortemente oxidadas do que as associações de composição andesítica-dacítica. Os granitóides paleoproterozóicos da Amazônia Oriental Musa, Jamon e Redenção possuem associações de minerais óxidos de Fe e Ti e comportamento magnético semelhantes ao do Gsj. Os maciços citados distinguem-se, entretanto, do Gsj por serem do tipo A, e subalcalinos. Já o Adamelito Água Branca, cálcico-alcalino e de idades similar a do Gsj, também apresenta valores supersupostos com os obtidos no Gsj, porém não se dispõe de estudos sobre seus minerais óxidos de Fe e Ti. O GSma, por outro lado, apresenta valores máximos de SM que se aproximam mais daqueles das variedades menos evoluídas dos granitóides mineralizados em Sn da Amazônia Oriental (Antônio Vicente, Mocambo, Velho Guilherme) e Ocidental (Água Boa e Madeira). Entretanto, seus valores mínimos de SM são sistematicamente mais elevados do que os das variedades especializadas en Sn. Essa característica do GSma é coerente com a ausência de mineralizações estaníferas associadas ao mesmo.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Quartzo magmático e hidrotermal do depósito de ouro São Jorge, Província Aurífera do Tapajós, Pará: petrografia, microscopia eletrônica de varredura-catodoluminescência e implicações metalogenéticas(Universidade Federal do Pará, 2015-12) SOTERO, Aldemir de Melo; LAMARÃO, Cláudio Nery; MARQUES, Gisele Tavares; RODRIGUES, Paulo Roberto SoaresEstudos em cristais de quartzo presentes nas associações minerais para a área do depósito de ouro São Jorge, Província Aurífera do Tapajós, sudoeste do estado do Pará, identificaram quatro tipos morfológico-texturais (Qz1, Qz2, Qz3 e Qz4) com base em imagens de microscopia eletrônica de varredura-catodoluminescência. Nas rochas mais preservadas do Granito São Jorge Jovem, ricas em anfibólio e biotita (associações 1 e 2), dominam cristais anédricos de quartzo magmático com luminescência alta a moderada (Qz1). Nas rochas parcialmente alteradas (associações 2 e 3), fluidos pós-magmáticos a hidrotermais afetaram o granito e percolaram fraturas do Qz1 e cristalizaram Qz2 não luminescente (escuro). Nas rochas mais intensamente alteradas (associação 4), sucessivos processos de alteração, dissolução e recristalização deram origem a cristais de quartzo zonados subédricos (Qz3) e euédricos (Qz4). Imagens por elétrons retroespalhados e análises semiquantitativas por espectroscopia por dispersão de energia identificaram duas gerações de ouro: Au1, enriquecido em Ag (4,3 a 23,7%) e associado a cristais de pirita; Au2, enriquecido em Te (1,1 a 17,2%) e incluso ou associado ao Qz4. O estudo de microscopia eletrônica de varredura-catodoluminescência forneceu informações importantes que foram preservadas na estrutura do quartzo. A evolução morfológico-textural desse mineral em diferentes estágios evidencia a ação gradativa do hidrotermalismo nas rochas e nas associações minerais do depósito São Jorge. A mineralização aurífera do depósito foi caracterizada quimicamente (espectroscopia por dispersão de energia) e parageneticamente (pirita, esfalerita e Qz4), podendo ser dividida em gerações ou eventos mineralizantes distintos. A eficiência da metodologia utilizada neste estudo foi comprovada, permitindo sua aplicação em estudos de outros depósitos hidrotermais.
