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Acesso aberto (Open Access)
Gestão de pessoal de enfermagem por competências em serviços de saúde: revisão de escopo
(Universidade Federal do Pará, 2021-04-06) OLIVEIRA, Sebastião Magno; MENEGAZ, Jouhanna do Carmo; http://lattes.cnpq.br/2423764452219953; https://orcid.org/0000-0002-7655-9826
Introdução: Devido aos benefícios reconhecidos derivados do modelo da gestão por competências no cenário público, este vem se introduzindo-se nas instituições que fornecem serviços de assistência à saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). As instituições prestadoras de serviços de saúde foram levadas a verificar os modelos de gestão utilizados e adaptá-los às mudanças advindas com a globalização, partindo da necessidade de moldes gerenciais capazes de pôr em prática as competências dos trabalhadores, por este motivo, a utilização de ferramentas como a gestão por competências estão sendo inseridas nos serviços de saúde. Objetivo: Descrever, com base na literatura científica, como ocorre a gestão de pessoal de enfermagem por competências nos serviços de saúde. Método: Trata-se de uma revisão de escopo baseada no protocolo do Joanna Briggs Institute (JBI). Os artigos pesquisados foram obtidos utilizando duas estratégias de busca, nas bases LILACS, MEDLINE e SCIELO, por meio de descritores, palavras-chave e operadores boolianos, sem delimitação de tempo, nos idiomas português, inglês e espanhol. Os dados foram coletados no mês de setembro de 2020, tendo sido captados 165 artigos. Os estudos encontrados foram transferidos para o aplicativo Rayyan®, objetivando com isso conferir às etapas seguintes e à revisão maior agilidade e segurança. Após excluir os duplicados, permaneceram 148 artigos, sendo lidos título e resumo, onde classificaram-se como elegíveis para a revisão 20 artigos, os quais foram lidos na íntegra e, com as exclusões, restaram cinco artigos incluídos na revisão. A seleção dos estudos foi realizada com base nos critérios de inclusão. A análise dos dados se deu por estatística descritiva e por meio da análise de conteúdo de Bardin. Realizou-se a análise qualitativa dos dados extraídos, relacionados ao processo de gestão por competências. Resultado: Como resultado, foram obtidos cinco estudos relacionados ao tema da revisão com atributos contributivos para compor a revisão. Os resultados foram organizados pelos tópicos de interesse do trabalho, de acordo com o protocolo JBI. Os estudos evidenciaram uma janela temporal de publicações sobre a temática no contexto nacional, o que sugere número reduzido de pesquisas sobre a temática no Brasil. Nos resultados constatou-se que houve predominância de pesquisa em instituições públicas de saúde e realizadas com profissionais enfermeiros. Este fato reforça a relevância do enfermeiro nos processos de gestão de pessoas nos serviços de saúde. Um ponto de fragilidade constatado foi em relação ao conceito de competência sendo evidenciado em apenas um artigo. Em quatro estudos foi evidenciado algum tipo de material, instrumento ou sistema de referência, porém que não abordavam especificamente a temática de gestão por competências, mas, sim, tratavam assuntos relacionados ao processo de gestão de pessoas, qualidade e demais processos assistenciais que envolvem os profissionais das instituições de maneira geral, e não especificamente a equipe de enfermagem.
Acesso aberto (Open Access)
Política de educação permanente em saúde: análise do processo de implementação nos municípios do estado do Pará
(Universidade Federal do Pará, 2020-08-27) LUZ, Michelle Pena Nery; LOPES, Márcia Maria Bragança; http://lattes.cnpq.br/6740484061412959
O estudo tem o objetivo de analisar como os municípios, com Comissão de Integração Ensino e Serviço implementadas estão desenvolvendo a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Essa política é uma estratégia do SUS para a formação, desenvolvimento e reorganização das práticas e dos serviços. No referencial teórico, utilizam-se os pressupostos da concepção pedagógica libertadora teórica de Paulo Freire. Participaram do estudo oito (8) Secretários Municipais de Saúde (SMS) de Belém, Ananindeua, Marituba, Redenção, São Felix do Xingu, Conceição do Araguaia, Barcarena e Ajuruteua. Trata-se de um Estudo de Caso Único, integrado, de abordagem qualitativa e com uma estratégia explanatória. O período da coleta foi de julho a outubro de 2019, por meio da entrevista focada (YIN, 2010), a partir do protocolo de entrevista. Para análise utilizou-se uma estratégia analítica geral denominada “contando com proposições teóricas” (YIN, 2010), alicerçada nas proposições teóricas da Educação Permanente em Saúde, seguida do procedimento analítico de Strauss e Corbin (2008). Emergiram três (3) categorias, quais sejam: “Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) e suas repercussões nas práticas”, “Avanços proporcionados pela Política Nacional de Educação Permanente em Saúde: Reflexos no processo de trabalho” e “Contribuições das Comissões de Integração Ensino-Serviço: seus reflexos na organização dos processos de trabalho e qualificação dos serviços no SUS”; e seis (6) subcategorias, quais sejam: “Política de Educação Permanente em Saúde: Reflexão dos gestores sobre a sua importância”, “Estratégias de Ação da Política Nacional de Educação Permanente: Impactos no processo de trabalho”, “Dificuldades no processo de implementação da PNEPS”, “Avanços para a qualificação dos trabalhadores e melhoria do cuidado”, “Avanços para a qualificação da Gestão”, “Papel das CIES e a contribuição no processo de implementação”. Os resultados mostram que os municípios estão desenvolvendo a PNEPS sob a ótica da Educação Continuada, centrada em ações de capacitações e treinamentos; identificou-se ainda pouca clareza e dificuldade de compreensão sobre a tal política refletindo em pouca priorização por parte dos SMS. Sugere-se aos municípios retomar o debate e reflexão sobre as diretrizes da PNEPS, criar espaços coletivos de reflexões dos problemas do cotidiano dos serviços e de planejamento participativo, potencializar a criação dos Núcleos de Educação Permanente (NEP) e fortalecer as CIES nas regionais de saúde.