Navegando por Assunto "Hematite"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Mineralogia e geoquímica do perfil laterítico do depósito de ferro da Serra Leste, Carajás-PA(Universidade Federal do Pará, 2020-07-17) SILVA, Rayara do Socorro Souza da; COSTA, Marcondes Lima da; http://lattes.cnpq.br/1639498384851302A Província Carajás hospeda um dos maiores depósitos de ferro de alto teor do mundo, distribuídos nos distritos Serra Norte, Serra Sul e Serra Leste. O processo de mineralização do Fe na região ainda é palco de discussão, parte é em decorrência à complexidade textural típica do minério, o que induz diferentes interpretações quanto ao seu modelo genético. Neste contexto, no intuito de auxiliar na compreensão sobre a sua origem, o presente trabalho buscou avaliar a contribuição do intemperismo laterítico para a formação do depósito de ferro da Serra Leste. Em campo foi descrito um perfil de alteração intempérica e seu substrato, por meio de dois furos de sondagens cedidos pela empresa VALE S.A, seguido de amostragem. Posteriormente cerca de 20 amostras foram descritas, fotografadas e preparadas para análises mineralógicas e químicas. As fases mineralógicas foram identificadas por Difração de Raios - X (DRX) e as imagens micromorfológicas obtidas por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), acompanhadas de análises semi-quantitativas por Espectrometria de Energia Dispersiva (EDS). Os aspectos texturais envolveram também microscopia ótica por luz refletida e transmitida. Análise por espectroscopia Mössbauer foi empregada no intuito de se identificar os estados de oxidação dos íons Fe presente nas amostras, complementando as informações obtidas pelas demais técnicas utilizadas. As análises químicas foram realizadas por Espectrômetro de Emissão Atômica por Plasma Acoplado Indutivamente (ICP-AES), e Espectrômetro de Massa com Plasma indutivamente acoplado (ICP-MS). O perfil investigado compreende duas sucessões de alteração laterítica, uma derivada de jaspilitos e outra derivada de rochas de composição máfica. O perfil compreende na base jaspilitos e clorititos, seguidos dos horizontes saprolíticos (saprólito grosso e saprólito fino) e crostas ferroaluminosas. A composição química demonstra que as quantidades de SiO2 (chert/quartzo) diminuíram drasticamente durante a formação dos horizontes a partir da base do perfil, com aumento nos de teores Fe2O3 (principalmente hematita) e sua concentração substancial no horizonte saprolítico (zona mineralizada). A partir do topo do saprólito fino há um aumento nos conteúdos de Al2O3, TiO2 e P2O5, relacionados a presença da gibbsita, goethita aluminosa e anatásio, da mesma forma elementos traços (Ga, V, Cr, Ta, Nb, W, Zr, ETR e outros) presentes na estrutura dos minerais neoformados. Os dados obtidos no perfil investigado, portanto, evidenciam uma evolução laterítica, e são similares aos perfis lateríticos maturos da Amazônia.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Mineralogia e geoquímica do perfil laterito bauxítico na serra Sul, Província Mineral de Carajás(Universidade Federal do Pará, 2020-11-03) RODRIGUES, Paulo Ronny Soares; COSTA, Marcondes Lima da; http://lattes.cnpq.br/1639498384851302A Amazônia detém as maiores reservas de bauxitas do Brasil, localizadas em Trombetas, Juruti, Paragominas e Rondon do Pará. A região de Carajás, com grandes depósitos lateríticos, em especial de ferro, também se desponta com potencialidade para depósitos de bauxita, com destaque para os da Serra Norte. Nas Serras Sul foram identificadas ocorrências de menor porte, as quais foram investigadas neste trabalho. Após levantamento cartográfico, foram realizadas atividades de campo em uma estrada vicinal nas proximidades da Serra Sul, onde em quatro perfis de alteração, foram descritas, fotografadas e coletadas 23 amostras para análise mineralógica (difratometria de raios – X), textural (Microscopia óptica e eletrônica de varredura) e química (Espectrometria de massa e de emissão óptica, com plasma indutivamente acoplado). O perfil laterito bauxítico compreende da base para o topo de: 1) Horizonte Caulínico (HC); 2) Horizonte Argiloso Mosqueado (HAM); 3) Horizonte Bauxita Nodular (HBN); 4) Horizonte Bauxita Argilosa (HBA) e 5) Horizonte Ferruginoso (HF); e finalmente ao topo 6) Horizonte ferruginoso desmantelado (HFD. A composição química é dominada essencialmente por Al2O3, Fe2O3, SiO2 e TiO2, que constituem os principais minerais, caulinita, gibbsita, hematita, goethita e anatásio. Os elementos traços V, Cr, Cu, Ga, As, Zr, Cd, Hf, Bi e Th, cujas concentrações são em geral superiores às da Crosta Superior da Terra, encontram-se mais concentrados nos horizontes ferruginosos, relacionados aos oxihidróxidos de Fe (hematita e goethita) e ainda ao zircão. Por outro lado, os elementos Co, Zn, Se, Rb, Sr, (Nb), Ag, (Sn), Cs, Ba e Pb estão em níveis inferiores ao da Crosta Continental Superior da Terra, e suas concentrações são mais baixas nos horizontes ferruginosos, sugerindo afinidade com minerais de argila. Os ETR em níveis inferiores a UCC, se enriquecem em ETRP e apresentam fortes anomalia positiva e negativa de C e positiva de Eu, e sugerem distribuição em zircão, oxi-hidróxidos de Fe e outras fases minerais. Os cálculos de balanço de massa demonstram claramente uma evolução laterítica completa, apenas parcialmente modificada em sua porção superior. A zona bauxítica, no entanto, não apresenta localmente potencial para minério, devido o baixo teor de alumina aproveitável e elevado em sílica reativa. Porém a sua ocorrência abre oportunidade para novas pesquisas tendo em vista o potencial geológico e paleoambiental da Província Mineral de Carajás.
