Navegando por Assunto "Hidrodinâmica"
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Tese Acesso aberto (Open Access) Análise de processos oceanográficos no estuário do rio Pará(Universidade Federal do Pará, 2016-11-04) ROSÁRIO, Renan Peixoto; ROLLNIC, Marcelo; http://lattes.cnpq.br/6585442266149471Esta pesquisa de doutorado investigou processos oceanográficos físicos no estuário do Rio Pará, com foco no processo de intrusão salina e hidrodinâmica. A escolha desse tema surgiu a partir da necessidade de se consolidar o entendimento dos aspectos hidrodinâmicos e hidrográficos no estuário do Rio Pará, já que esta região da Zona Costeira Amazônica ainda se apresenta como um desafio à pesquisa. Um dos desafios consistiu em definir métodos e parâmetros para resolver diferentes escalas de espaço e tempo. Neste contexto, observações diretas no ambiente estuarino foram realizadas através de medições de intensidade e direção de correntes, perfis verticais e longitudinais de salinidade e temperatura, durante um período considerado de baixa descarga fluvial e outro de alta descarga fluvial. Além disso, de forma inédita, foi realizado durante um ano e dez meses o monitoramento da salinidade e nível de água (maré) em pontos estratégicos do estuário. As principais conclusões que esta pesquisa obteve a partir desse conjunto de dados foi a identificação da intrusão salina no estuário do Rio Pará, adentrando cerca de 100 km da foz. A sensibilidade da frente de salinidade está sujeita a variabilidade sazonal, devido a descarga fluvial, e variabilidade diária, devido à grande energia das marés na região. O transporte de Stokes, gerado pela propagação da onda de maré no estuário foi a parcela responsável pelo transporte de sal estuário acima, intensificando essa intrusão salina. A porção mais interna do estuário (mais de 60 km da foz) não existe circulação gravitacional e o transporte de sal estuário acima é realizado totalmente por difusão turbulenta; e na porção externa o fluxo resultante reverte com a profundidade e os processos advectivo e difusivos são importantes para contribuir para o transporte de sal no estuário.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Aplicação da modelagem hidrodinâmica na circulação do estuário do rio Maracanã (NE do Pará)(Universidade Federal do Pará, 2017-10-16) BARBOSA, Leandro Patrick Ferreira; EL-ROBRINI, Maâmar; http://lattes.cnpq.br/5707365981163429O litoral do NE do Pará apresenta uma configuração recortada e um grande número de sistemas estuarinos, bastante ativos com amplitudes de maré entre 5-7m. Nesta região, está inserido o estuário do rio Maracanã - estuário de planície costeira e do tipo bem misturado - com uma extensão de 101 Km a partir do igarapé do Tubo até a ilha do Cumaru. O perfil deste é tipicamente meandrante, de baixa declividade que permite escoamento superficial, e possibilita um padrão de drenagem com grande quantidade de cursos d’água em várias direções e uma ordem de vazão de 103 a 104 m3 s-1. Este estuário sofre a influência do regime de macro-marés (>4m), de natureza semi-diurna, com influência de ventos (média de 6 m/s) e correntes de maré (média de 69,53 cm/s). O clima é do tipo Am (Tropical Úmido), que é caracterizado por ser quente e úmido (Clima Equatorial Amazônico), com temperatura entre 25°C e 28°C e pluviosidade de 2.500 mm/ano a 3.000 mm/ano, e dois períodos distintos, um seco (de junho a novembro) e outro chuvoso (dezembro a maio). O trabalho teve como objetivo a aplicação da modelagem hidrodinâmica na circulação do estuário do rio Maracanã (NE do Pará), utilizando como ferramenta a modelagem (Programa de Modelagem SisBAHIA – Sistema Base de Hidrodinâmica Ambiental), com base na interpretação dos dados coletados em campo e trabalhos experimentais realizados em laboratório. Os procedimentos metodológicos consistiram em três etapas básicas: levantamento bibliográfico, trabalhos de campo e de laboratório. No campo, foram realizados: (1) um levantamento ecobatimétrico de semi-detalhe, empregando-se uma Ecossonda DGPS/PLOTTER/SONAR FURUNO GP-1850 F, onde foram feitos transectos ecobatimétricos transversais e longitudinais no estuário, durante a maré cheia; (2) medição de correntes de maré, para obtenção de medidas de intensidade e direção das correntes em um ponto (00° 45,187’ S e 47° 26,712’ W), durante um período de amostragem contínuo de 8 dias (preamar e baixamar) (04/02/07 à 11/02/07), abrangendo a sizígia. Para tal, foi utilizado um Correntógrafo Falmouth Scientific 2DACM; (3) o monitoramento vertical da maré foi baseado nos Marégrafos Orphirmedes da marca OTT-Hidrometrie, que registraram o nível d'água simultaneamente, próximo à foz e na parte interna do estuário, durante um período de 8 dias contínuos a cada 20 minutos. No laboratório: (1) o processamento dos dados ecobatimétricos em ambiente Excel para correção em relação ao nível de maré. Ainda, o Surfer foi utilizado para digitalização dos dados de entrada para o modelo hidrodinâmico do Programa Sisbahia; (2) as séries temporais de Corrente e nível de maré foram submetidas a rotinas de processamento de dados elaboradas em ambiente Excel (3) Para vazão foi realizada uma estimativa baseada em método simples e racional. Os dados processados foram submetidos em seguida a análises: (1) Na implementação do modelo, foram reunidos todos os dados coletados na área de estudo e esses dados foram fornecidos ao modelo dentro de um domínio pré-definido; (2) Para calibração do modelo foram realizados ajustes na tentativa de fusão dos dados coletados em campo e o modelo; (3) a validação do modelo, que foi a precisão dos resultados computacionais do modelo em relação aos seus propósitos, e do sistema natural que o mesmo representa, a fim de reproduzir os fenômenos reais. Em seguida, colocou-se o modelo pra “rodar”, isto é, o modelo passa a gerar cenários de maré vazante, enchente, quadratura e sizígia. Com isso, puderam-se descrever os padrões da circulação estuarina do rio Maracanã e compreender os aspectos de sua complexa hidrodinâmica. Desta maneira, obtiveramse, mapas caracterizando padrões de correntes médias na vertical, ao longo de um ciclo de maré de sizígia e de quadratura (,meia maré vazante, meia maré enchente, estofa de preamar e estofa de baixamar). Observou-se que durante as marés de sizígia, as velocidades são maiores se comparadas com as marés de quadratura. A geometria do estuário é responsável pela restrição da penetração das águas costeiras e contribui para elevação da maré no interior do mesmo. Os resultados gerados pelo modelo não foram iguais aos medidos em campo, em virtude da complexidade da área e da quantidade de dados adquiridos.Tese Acesso aberto (Open Access) Aplicação da transformada integral generalizada em mancais radiais operando com fluidos não-newtonianos tipo lei da potência(Universidade Federal do Pará, 2016-02-29) MAGNO, Rui Nelson Otoni; MACÊDO, Emanuel Negrão; http://lattes.cnpq.br/8718370108324505; QUARESMA, João Nazareno Nonato; http://lattes.cnpq.br/7826389991864785Neste trabalho é estudada a lubrificação hidrodinâmica de mancais radiais completos lubrificados com fluidos não newtonianos que obedecem a lei da potência. A formulação do problema é obtida a partir das equações gerais do movimento, após serem assumidas algumas hipóteses simplificadoras inerentes ao tipo de problema. O método da perturbação regular é aplicado nas equações governantes para determinação dos perfis de velocidade e em seguida à equação de Reynolds generalizada para fluidos não-newtonianos. Soluções para os casos limites foram obtidas analiticamente. Em seguida, a equação de Reynolds generalizada, na forma completa, é resolvida via Técnica da Transformada Integral Generalizada. Para o cálculo das formulações foram desenvolvidos códigos computacionais em linguagem FORTRAN 90/95 onde se utilizou a sub-rotina DBVPFD da biblioteca IMSL (2014). Os resultados para os parâmetros de desempenho operacional tais como o campo de pressão, a carga suportada, número de Sommerfeld, ângulo de ação, o coeficiente de atrito e escoamento lateral foram estabelecidos, e apresentaram excelente concordância quando comparados com resultados disponíveis na literatura, para diferentes excentricidades específicas, razões de aspectos e índices “n” para fluidos que obedecem a lei da potência. Resultados considerando três tipos de rugosidade, quais sejam, senoidal, meia onda e onda completa, também foram obtidos e apresentaram uma boa concordância com a literatura, sendo que a rugosidade tipo onda completa apresentou melhor desempenho, aumentando a pressão, a capacidade de carga, o escoamento lateral e uma diminuição no coeficiente de atrito.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Aplicação do modelo hidrodinâmico no estuário do rio Caeté (NE do Pará)(Universidade Federal do Pará, 2007-10-17) ABREU, Marcelo Wanderley Matos de; EL-ROBRINI, Maâmar; http://lattes.cnpq.br/5707365981163429A costa norte do Brasil é recortada por uma grande e complexa rede hidrográfica, onde o principal rio é o Amazonas. Este rio, assim como outros menores, desembocam no Oceano Atlântico formando os estuários, que são freqüentemente definidos como um trecho do rio, onde ocorre a interação das águas fluviais e oceânicas (zona de transição). No NE do Pará está inserido o estuário do rio Caeté (00º43’18” – 00º04’17” S e 46º32’16” – 46º55’11” W) que sofre influência de macro-marés semi-diurnas com amplitude média de 5,6 m, correntes costeiras (aproximadamente 0,75 m/s de velocidade média), ondas de 0,7 m e ventos alísios, que possuem direção preferencialmente NE com velocidade média de 6 m/s. Esse estuário situa-se numa região tropical de clima úmido, com temperatura média anual de 27ºC e elevada pluviosidade com média anual de 2500 mm/ano. Na região, observa-se também, a existência de épocas com características distintas: chuvosa (dezembro a maio), seca (junho a novembro) e intermediária. O estuário do rio Caeté se enquadra num estuário dominado por marés (quanto aos processos físicos), do tipo formado em planície costeira (quanto à geomorfologia) e do tipo bem misturado (quanto à circulação das águas). A circulação hidrodinâmica em estuários é considerada como um importante processo que vem sendo continuamente estudado, porém na região Norte do Brasil, ainda são poucos os estudos de modelagem estuarina. Sendo assim, adotou-se para este trabalho o uso do modelo hidrodinâmico do programa de Modelagem SisBAHIA (Sistema Base de Hidrodinâmica Ambiental), visando observar os aspectos gerais da circulação hidrodinâmica em diferentes fases de maré (preamar, baixamar, enchente e vazante) no estuário do rio Caeté (PA) e assim validar, através da modelagem, os dados (correntes, marés e amplitude de maré) coletados no estuário do rio Caeté. A metodologia foi executada em duas etapas (campo e laboratório). A etapa de campo consistiu em: (1) levantamento ecobatimétrico, vinculado ao Projeto de Pesquisa do PROGRAMA SET/CT-Hidro que utilizou uma base cartográfica georeferenciada previamente digitalizada, tendo como base uma imagem de radar LANDSAT-ETM+7, além de uma sonda ecobatimétrica analógico-digital/ODEC e um DGPS (Differential Global Positionning System); (2) registros de elevação do mar, através da fixação de dois marégrafos digitais Orphimedes da marca OTT-Hidrometrie, localizados na vila de Bacuriteua e na ponte sobre o Furo do Maguary, onde se obtiveram valores diários a cada 20 minutos durante 7 dias consecutivos com resultados variando de um mínimo de 0,01 m a um máximo de 5,08 m e de 0,42 a 5,18 no ponto situado na ponte sobre o furo do Maguary e na vila de Bacuriteua, respectivamente; e (3) medir a velocidade das correntes utilizando um correntógrafo Falmouth 2D ACM em um ponto do estuário dentro do domínio do modelo, que ficou acoplado ao barco durante sete dias consecutivos e que apresentou valores para as correntes variando de um mínimo de 2,95 cm/s a um máximo de 154,59 cm/s. Na etapa de laboratório, foi realizado o processo de calibração entre os dados do modelo e os medidos no campo. Foram geradas simulações das condições hidrodinâmicas durante a enchente, vazante, meia maré enchente, meia maré vazante, estofas de preamar e baixamar, para marés de quadratura e sizígia. Através dessas simulações foram gerados mapas superficiais de correntes para observar os diferentes padrões de circulação.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Aporte hídrico e de material particulado em suspensão para a Baía do Marajó: contribuições dos rios Jacaré Grande, Pará e Tocantins(Universidade Federal do Pará, 2014-03-19) COSTA, Maurício da Silva da; ROLLNIC, Marcelo; http://lattes.cnpq.br/6585442266149471; SOUZA FILHO, Pedro Walfir Martins e; http://lattes.cnpq.br/3282736820907252O sistema estuarino Amazônico é influenciado pelo regime de maré e pelas variações da descarga fluvial que modificam o regime das correntes e contribuem com aportes de material particulado em suspensão (MPS) acarretando diversas modificações morfológicas ao longo do rio. A quantificação desses parâmetros fornece um entendimento sobre as taxas de exportação e importação de materiais ou volume e suas implicações na geomorfologia estuarina. O objetivo desse estudo é avaliar a hidrodinâmica, o transporte de volume e de MPS em diferentes períodos nos rios Jacaré Grande, Pará e foz do Tocantins. Coletaram-se dados de velocidade e direção da corrente, maré, turbidez, transporte de volume e MPS, ao longo de um ciclo de maré no período seco (2012) e chuvoso (2013). O rio Pará exportou volume, nos dois períodos. O rio Tocantins importou no período seco e exportou no período chuvoso. O rio Jacaré Grande influenciado pelo rio Amazonas, importou no período chuvoso e exportou no período seco. A análise dos métodos de transporte de volume mostrou uma tendência de exportação em direção ao rio Amazonas e a baía do Marajó no período seco e para baía do Marajó no período chuvoso. Os valores de MPS no período chuvoso foram maiores, sendo decrescente do rio Jacaré Grande até o rio Tocantins, respectivamente período seco e chuvoso. A turbidez seguiu a mesma tendência de MPS com a maré, tendo os valores máximos durante a enchente. Os métodos de transporte de MPS, mostrou valores similares e que obedecia a mesma direção. O rio Jacaré Grande atuou como exportador no período seco e importador no período chuvoso, o rio Pará como exportador nos dois períodos e o rio Tocantins como importador no período seco e exportador no período chuvoso. O sistema formado pelos três rios mostrou a mesma tendência de exportação nos dois períodos, tendo no período seco duas rotas de exportação, o rio Amazonas e a baía do Marajó, e no período chuvoso uma rota de exportação, a baía do Marajó. Anualmente o sistema exporta entre 5 a 7,2 milhões de toneladas, sendo que possivelmente a baía do Marajó recebe entre 3,7 a 5,8 milhões de toneladas, podendo o volume transportado para a região oceânica ser bem maior.Os fluxos de MPS associado à variabilidade das condicionantes ambientais modelam a região estuarina, como na foz do rio Tocantins e na Baía do Guajará, sendo preciso um monitoramento continuo devido a possíveis acidentes náuticos ou a derramamentos de óleo ou qualquer contaminante na região que acarrete danos ao meio.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Características hidrodinâmicas da plataforma interna do nordeste paraense(Universidade Federal do Pará, 2014-08-28) ALVES, Alex Costa; BÉRGAMO, Alessandro Luvizon; http://lattes.cnpq.br/9711842025835463Neste trabalho buscou-se caracterizar a hidrodinâmica da plataforma continental próxima à costa nordeste do Estado do Pará em pontos adjacentes aos municípios de Salinópolis e Marapanim. A escolha do período de aquisição dos dados ocorreu levando-se em conta a contribuição do rio Tocantins, que apresenta uma maior descarga durante o mês de abril e menor descarga durante o mês de setembro. Os dados tratados ao longo deste trabalho são referentes à duas estações ancoradas iniciadas nos dias 11 de setembro de 2013 e 25 de abril de 2014, ambas com 25 horas de duração. Durante as estações, foram obtidos não só dados hidrodinâmicos (componente longitudinal da corrente) como também dados hidrográfico (temperatura, salinidade e densidade). Com isso, foi possível calcular os transportes resultantes de massa e volume. As observações foram realizadas empregando dois perfiladores acústicos de corrente por efeito Doppler e registradores de salinidade, temperatura e pressão. O tratamento dos dados inclui a filtragem por meio de médias móveis e interpolações para análise dos resultados em profundidade adimensional. Os resultados hidrográficos revelaram uma possível influência da drenagem continental durante o período de aquisição. A comparação entre as correntes de água e eólica mostram que durante os experimentos a influência do vento não foi determinante na circulação e os cálculos de transportes indicam uma circulação predominantemente influenciada pela maré e aporte de água doce.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Caracterização física do estuário do rio Mojuim em São Caetano de Odivelas - PA(Universidade Federal do Pará, 2015-02-25) ROCHA, Adriano Santos da; ROLLNIC, Marcelo; http://lattes.cnpq.br/6585442266149471O presente estudo teve como objetivo descrever os aspectos hidrodinâmicos, hidrológicos e morfológicos do Estuário do rio Mojuim, localizado no município de São Caetano de Odivelas - PA (Salgado Paraense), analisando as variações que ocorrem em função do ciclo de maré e da sazonalidade (regime de chuvas). Os dados hidrológicos e hidrodinâmicos foram coletados em dois períodos sazonais em 2014: Março, correspondente ao período chuvoso (~500 mm) e setembro, correspondente ao período seco (~100 mm), ambos durante marés de sizígia. O levantamento batimétrico ocorreu somente no período chuvoso e foi realizado com uma ecossonda em uma malha amostral com 116 perfis transversais espaçados de 200 m. No canal estuarino, definiu-se uma seção onde foram realizados perfis de medição de intensidade e direção da corrente e vazão, com um ADCP, e em três estações fixas (margem direita (MD), centro (C) e margem esquerda (MD)) foram realizadas coletas de condutividade e turbidez com um CTD e um OBS, na coluna d'água. O padrão de maré e a salinidade também foram obtidos com um sensor de pressão e condutividade, fixos na ME durante 56 dias no período chuvoso e 57 dias no seco. O estuário é raso (4,5 m de profundidade média) e é dominado por um regime de macromarés semidiurnas. Ao longo de um ciclo de maré a salinidade aumenta nas enchentes e diminui nas vazantes em ambos os períodos sazonais. A turbidez aumenta nas enchentes e diminui nas vazantes do período chuvoso e o valor medido no centro (C) é o dobro do encontrado nas margens. No período seco, a salinidade foi superior a do chuvoso (média de 20 e 8, respectivamente). Este estuário apresenta-se bem misturado, sendo verticalmente homogêneo no chuvoso e altamente estratificado no seco. Os fluxos de enchente ocorrem predominantemente pelo centro da seção, enquanto que os fluxos de vazante predominam na MD, nas duas situações a maior intensidade da corrente ocorre período chuvoso. O estuário é importador nos dois períodos, porém, com maior entrada no período chuvoso (transporte resultante de 95,87 m³/s). Estes dados correspondem às primeiras informações sobre as características hidrológicas e hidrodinâmicas do estuário e poderão subsidiar estudos posteriores na região.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Caracterização geoquímica de sedimentos de fundo da orla de Belém-PA(Universidade Federal do Pará, 2001-09-14) PEREIRA, Kátia Regina de Brito; CORRÊA, José Augusto Martins; http://lattes.cnpq.br/6527800269860568Dissertação Acesso aberto (Open Access) Caracterização hidrodinâmica do Furo da Laura (Rio Guajará-mirim), Amazônia Oriental(Universidade Federal do Pará, 2014-12-01) FERNANDES, Aldo Rafael Pascoal; ROLLNIC, Marcelo; http://lattes.cnpq.br/6585442266149471Conhecer e preservar nossos ambientes costeiros e estuarinos são de grande importância para o desenvolvimento local e regional, visto que nesses ambientes estão localizadas a maioria das cidades e servem de berço para vários espécimes, não obstante levantar informações desses ambientes e conhecer seus padrões característicos e sazonais são aspectos importantes. Nesse contexto, o Furo da Laura (Rio Guajará-mirim), ambiente estuariano transicional e de importante atuação no âmbito econômico e social para as comunidades ribeirinhas, cidades e arredores, serve como umas das principais rotas de entrada de insumos pesqueiros para o estado. O Furo da Laura é um corpo d’água adjacente a Baía do Marajó, possui duas conexões com o mesmo e está sob sua influência direta, localiza-se nas coordenadas UTM 22M, 796169-830035 W e 9880864-9916228 S, mediante isso foram realizadas três campanhas oceanográficas, período seco (outubro 2013), período chuvoso (fevereiro 2014) e seco (agosto 2014), a esse importante curso d'água com utilização de equipamentos para aferição de parâmetros geofísicos na região, tais como, batimetria, hidrodinâmica, variação de superfície livre e salinidade. Observou-se de posse desses parâmetros o comportamento hidrodinâmico, classificação e amplitude de maré, diferença de fase entre enchente e vazante, tendência de salinidade no curso d'água em resposta a Baía do Marajó, além da identificação das feições morfológicas características e análise sazonal dessas mudanças nas seções de coleta 1 e 2 pré-estabelecidas, bem como, mapeamento e confecção de um mapa batimétrico da área de estudo.Tese Acesso aberto (Open Access) Comunidade de meiofauna e associações de nematoda em praias arenosas Amazônicas de macromaré: variações espaciais e sazonais(Universidade Federal do Pará, 2016-10-27) MELO, Tatianne Pereira Gomes de; VENEKEY, Virág; http://lattes.cnpq.br/1106411624280455Levando em consideração comunidades bentonicas, poucos estudos são direcionados à comunidade de meiofauna de regiões tropicais sob o regime de macromaré. Essa tese é dividida em dois capítulos. No capítulo 1 foram analisadas as variações espaciais e temporais na estrutura da meiofauna e das associações de Nematoda em praias com diferentes hidrodinâmicas na Ilha de Algodoal (Pará). As coletas foram realizadas ao longo de um ano (setembro/2011, dezembro/2011, março/2012 e junho/2012) em três praias da ilha: Caixa d’Agua, Farol e Princesa. A meiofauna foi composta por 14 taxons, sendo Nematoda e Tardigrada os grupos dominantes. A densidade média da meiofauna na praia da Princesa diferiu significativamente da praia do Farol sendo tal resultado atribuído a maior oferta de alimento na praia estuarina semi-exposta do Farol e a menor disponibilidade alimentar além da maior ação das ondas na praia oceânica exposta da Princesa. Todos os descritores de Nematoda (densidade, riqueza, equitatividade e diversidade) foram mais elevados na praia estuarina protegida da Caixa d’Agua e mais baixos na praia oceânica. Em relação as estações nas praias, as maiores abundâncias ocorreram na zona intermaré média e as menores na zona intermaré superior, porém a riqueza, equitatividade e diversidade apresentaram valores máximos na zona intermaré inferior. Foram identificados 131 gêneros de Nematoda. A nematofauna mostrou diferençaa significativa entre meses e estações em todas as praias. As variáveis ambientais mais bem relacionadas com os gêneros de Nematoda foram conteúdo de água, temperatura do substrato e fração de areia. No capítulo 2 foi feito um levantamento taxonômico e uma análise para identificar padrões de diversidade da meiofauna e dos Nematoda em praias arenosas de macromaré, considerando graus de morfodinâmica e latitudes: revisão literária. Até o presente momento foram identificados 46 gêneros de Nematoda nas praias dissipativas, 103 na praia dominada por maré semi-exposta; 82 na praia dominada por maré protegida; 80 na praia modificada por maré e 82 na praia ultradissipativa. Quanto as latitudes foram registradas 139 gêneros na região tropical e 107 na região temperada.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Condições oceanográficas, ocupação territorial e problemas ambientais na praia do Atalaia (nordeste do Pará, Brasil)(Universidade Federal do Pará, 2012-06-28) PINTO, Ketellyn Suellen Teixeira; COSTA, Rauquírio André Albuquerque Marinho da; http://lattes.cnpq.br/4504677939464624; PEREIRA, Luci Cajueiro Carneiro; http://lattes.cnpq.br/9883400404823218A conservação e gestão da zona costeira da região amazônica merecem atenção especial, devido à riqueza de seus recursos naturais. O presente estudo visa avaliar os impactos dos eventos naturais e atividades humanas na praia de Atalaia, situada no estado do Pará (Brasil), e o desenvolvimento de diretrizes para a implementação de programas de gestão costeira. Os dados foram coletados entre novembro/2008 e novembro/2010. Quatro conjuntos de variáveis foram avaliados: (i) variáveis físicas (climatologia, hidrodinâmica e morfodinâmica), (ii) variáveis hidrológicas (temperatura da água, salinidade, pH, turbidez, oxigênio dissolvido e nutrientes inorgânicos dissolvidos, clorofila a e níveis de coliformes termotolerantes), (iii) desenvolvimento urbano e (iv) distribuição espacial de serviços e infraestrutura. Os resultados indicam que o clima e as condições hidrodinâmicas foram os principais fatores responsáveis pelas flutuações na qualidade de água, turbidez, oxigênio dissolvido, nutrientes inorgânicos dissolvidos e concentrações de clorofila a. A descarga de esgoto doméstico não tratado foi responsável pela contaminação bacteriológica, embora a rápida turbulência decorrente da alta energia hidrodinâmica do ambiente tenha limitado a contaminação por coliformes termotolerantes. Esta alta energia hidrodinâmica, principalmente durante as marés equinociais de sizígia e a falta de planejamento urbano gera outros problemas, tais como a erosão costeira. A área de estudo é caracterizada por altas taxas pluviométricas (> 1900 mm durante a estação chuvosa), ventos de NE com velocidades médias mensais superiores a 4,36 m/s na estação seca e 3,06 m/s na estação chuvosa, condições de macromaré (alcance da maré > 4,0 m), velocidades moderadas de correntes de maré (superior a 0,5 m/s) e alturas de ondas significantes superior a 1,5 m. Em março e junho (meses chuvosos), a corrente de maré vazante alcançou um máximo de 0,4 m/s. O ciclo de maré foi fracamente assimétrico com a maré vazante durando mais de 6 horas e 40 minutos. A energia das ondas foram fracamente moduladas pela maré baixa devido à atenuação das ondas em bancos de areia. A temperatura da água foi relativamente homogênea (27,4°C a 29,3°C). A salinidade variou de 5,7 (junho) a 37,4 (novembro). A água foi bem oxigenada (superior a 9,17 mg/L), turva (superior a 118 NTU), alcalina (acima de 8,68) e eutrófica (máximo de 2,36 μmol/L para nitrito, 24,34 μmol/L para nitrato, 0,6 μmol/L para fosfato e 329,7 μmol/L para silicato), além de apresentar altas concentrações de clorofila a (acima de 82 mg/m³). As condições naturais observadas no presente estudo indicam a necessidade de uma revisão dos critérios hidrológicos usados para avaliação de praias por agências nacionais e internacionais e sua adaptação para a realidade da costa amazônica. A falta de sistema de saneamento público levou a contaminação bacteriológica e a perda da qualidade da água. Com relação ao estado morfodinâmico, as condições dissipativas foram encontradas durante alta a moderada energia hidrodinâmica (condições equinociais e não-equinociais), porém em novembro as maiores alturas de ondas geraram características de barred dissipative, enquanto nos outros meses características nonbarred foram dominantes. Desta forma, o modelo proposto por Masselink & Short (1993) parece não ser ideal para ser aplicado em praias com características similares a praia de Atalaia, na qual a energia das ondas é modulada pela presença de bancos de areia durante algumas fases da maré.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Contribution to the marine propeller hydrodynamic design for small boats in the Amazon region(Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, 2016-03) FAVACHO, Breno Inglis; VAZ, Jerson Rogério Pinheiro; MESQUITA, André Luiz Amarante; LOPES, Fábio; MOREIRA, Antonio Luciano Seabra; SOEIRO, Newton Sure; ROCHA, Otávio Fernandes Lima daNa Amazônia, a navegação é muito importante devido a extensão de rios navegáveis e a falta de redes rodoviárias alternativas. As embarcações geralmente trabalham em condições desfavoráveis, uma vez que não há relação entre a hidrodinâmica dos hélices, geometria e as dimensões do casco da embarcação. Atualmente, não há metodologia para otimização hidrodinâmica com baixo custo computacional e fácil implementação na região. O objetivo deste trabalho foi o desenvolvimento de uma abordagem matemática voltada para o projeto de propulsores marítimos aplicados as embarcações tipicamente encontradas nos rios da Amazônia. Nós desenvolvemos uma formulação otimizada para o cálculo das distribuições de corda e ângulo de torção, considerando o modelo clássico de Glauert. Uma análise teórica para as relações de empuxo e torque em um volume de controle anular foi realizado. O modelo matemático utilizado foi baseado na teoria do momento do elemento de pá (BEMT). Concluímos que a nova metodologia, proposta neste trabalho, demonstra bom comportamento físico quando comparado com a teoria de Glauert e os dados experimentais do propulsor Wageningen B3-50.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Dinâmica da comunidade microfitoplanctônica relacionada com os parâmetros físico-químicos do estuário do rio Guajará-Mirim (Vigia - PA)(Universidade Federal do Pará, 2009-03-31) CARDOSO, Fábio Ferreira; PAIVA, Rosildo Santos; http://lattes.cnpq.br/0510818763187669Estuários são ambientes ricos em nutrientes, favorecendo a reprodução e desenvolvimento de diversas espécies. Nestes, o fitoplâncton representa uma considerável parcela da produção primária e, em conjunto com outros fatores, regula os níveis de produtividade biológica. Este estudo teve o objetivo de conhecer a dinâmica do microfitoplâncton e sua correlação com os fatores ambientais no estuário do rio Guajará-mirim, na cidade de Vigia- PA, que é um importante pólo pesqueiro do estado do Pará. Foram realizadas coletas bimestrais de fitoplâncton e parâmetros físico-químicos em quatro estações de coleta ao longo do estuário, durante os períodos de maré vazante e enchente. Foram determinadas a composição específica e densidade do microfitoplâncton (org.L-1) e realizadas análises de frequência de ocorrência, diversidade e equitabilidade, agrupamento e componentes principais (ACP). Sazonalmente, nota-se, principalmente durante a maré vazante, uma considerável variação dos parâmetros físico-químicos que está fortemente relacionada ao ciclo hidrológico da região. Foram registrados 78 táxons pertencentes às Divisões Bacillariophyta (65), Chlorophyta (6), Cyanophyta (3), Dinophyta (3), e Ochrophyta (1). A divisão Bacillariophyta foi predominante em numero de espécies, frequência de ocorrência e densidade (99,89%). A densidade média mensal do microfitoplâncton variou de 9.999 (julho) a 535.411 org. L-1 (janeiro). Durante o mês de janeiro ocorreu uma floração de Skeletonema costatum (máx = 1.996.613 org. L-1). A comunidade microfitoplanctônica caracterizou-se como de diversidade média (média geral anual = 2,40). A variação sazonal dos parâmetros físico-químicos e da densidade das espécies foi o fator preponderante no agrupamento de amostras, tendo se formado dois grandes grupos, o primeiro composto por amostras do período chuvoso e o segundo grupo composto por amostras do período de estiagem. A análise de componentes principais mostrou que, apesar de os parâmetros físico-químicos apresentarem baixa variabilidade espacial e sazonal, a variação do índice de pluviosidade, do teor de sólidos totais dissolvidos e da salinidade foi determinante na variação da densidade de grande parte das espécies e também favoreceu um leve aumento da diversidade no período de estiagem.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Distribuição espaço-temporal das larvas de peixe e sua relação à hidrodinâmica e à qualidade da água no entorno das ilhas do Combu e Murucutu, Belém - PA(Universidade Federal do Pará, 2010) WANDERLEY, Clarissa Maria da Silva; MENEZES, Maria Ozilea Bezerra; http://lattes.cnpq.br/4537440664948152; SARPEDONTI, Valérie; http://lattes.cnpq.br/2358097649881792No intuito de suprir a carência de informações sobre a comunidade ictioplanctônica da região amazônica, o presente trabalho procurou investigar as variações espaciais e temporais de densidade, diversidade e dos estágios ontogênicos das larvas de peixe, além disso, visou relacionar essas informações à qualidade ambiental da água e às características hidrodinâmicas dos cursos amostrados. As amostragens foram realizadas em outubro/2008, janeiro, abril e julho/2009 de acordo com os períodos climáticos que caracterizam a região. As capturas foram realizadas nos cursos hídricos que margeiam as ilhas do Combu e Murucutu, ou seja, nas águas do rio Guamá, do canal do Benedito e do furo da Paciência, o qual separa as duas ilhas. As larvas foram capturadas através de arrastos superficiais na coluna de água, com uma rede de plâncton cônico-cilíndrica de malha 330 μm, com 0,5 m de diâmetro e 2,5 m de comprimento. Em paralelo a captura das larvas, foram realizadas amostragens superficiais da água para análise de sua qualidade, assim como, foram coletados dados referentes à hidrodinâmica. A análise dos dados consistiu na aplicação das técnicas univariadas (ANOVA) e multivariadas (ACP; RDA). A comunidade de larvas de peixe representada por 4.983 indivíduos que se distribuíram entre as famílias Clupeidae, Engraulidae, Sciaenidae, Carangidae, Tetraodontidae e Hemiramphidae. As famílias Engraulidae e Clupeidae foram dominantes, seguidos pela família Sciaenidae. O pico larval, assim como, a maior densidade do estágio de pré-flexão, ocorreram em outubro/2008, mês incluso na estação seca, o que indica um período de desova na área. No furo da Paciência as larvas foram mais abundantes na extremidade Norte, devido ao maior fluxo de água oriunda do rio Guamá. Além disso, o furo da Paciência que diferiu em termos de densidade larval, representou um local de maior proteção às larvas de peixe, por concentrar a maior quantidade de indivíduos, sobretudo no mês de outubro/2008. Na área Leste do rio Guamá as larvas também foram abundantes, provavelmente por representar uma área menos agitada que a área Oeste. Entre todos os parâmetros analisados, os hidrodinâmicos foram os que apresentaram melhores associações com a comunidade ictioplanctônica. Não houve variação espacial dos estágios ontogênicos durante os quatro meses amostrados, porém ocorreu uma ocupação diferenciada ao nível taxonômico no mês de outubro/2008. Quanto à diversidade e a densidade larval, estas foram consideradas baixas, o que pode estar relacionado à grande influência das águas fluviais na área de estudo. A qualidade de água no entorno das ilhas Combu e Murucutu não representou um fator limitante para as larvas de peixe, portanto o impacto antrópico na área pode ser considerado um fator que ainda não está afetando a desova dos peixes. A dinâmica do fluxo de água no furo da Paciência permitiu definir que existe uma restrição quanto ao transporte de larvas de peixe entre o rio Guamá e o canal do Benedito.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Hidrodinâmica e transporte de sedimentos em uma área de manguezal na planície costeira de Bragança, Amazônia Oriental – Brasil(Universidade Federal do Pará, 2012-10-04) MIRANDA, Artur Gustavo Oliveira de; ROLLNIC, Marcelo; http://lattes.cnpq.br/6585442266149471; SOUZA FILHO, Pedro Walfir Martins e; http://lattes.cnpq.br/3282736820907252Os processos físicos que ocorrem nas áreas de intermarés são de fundamental importância para o ecossistema manguezal, devido o processo de interação existente entre oceanos e estuários, com os manguezais. Os canais de maré apresentam uma das mais importantes e peculiares características dos ambientes costeiros, devido à hidrodinâmica que controla tanto o fluxo das marés quanto a morfologia do canal. Este trabalho tem como objetivo analisar e compreender o processo hidrodinâmico e a dinâmica sedimentar na Planície Costeira de Bragança, especificamente na região conhecida como Canal de Maré do Furo do Meio. Foram realizados levantamentos hidrodinâmicos, medições das propriedades físico-químicas das águas, coleta de sedimentos superficiais, topográficos e quantificação da taxa de sedimentação. Como demonstrou o presente estudo o canal de maré apresentou um fluxo bidirecional bem definido, entretanto na área vegetada pelo mangue apresentou fluxo sem padrão de direção definido, logo a variação dos valores de velocidade de corrente em ambas as unidades morfológicas variaram de acordo com a sazonalidade. A média da concentração de sólidos em suspensão (CSS), entre os meses de março a setembro, mantevese em torno de 400 ppm no canal. Quanto à planície de maré dominada por floresta de mangue, obtivemos média de aproximadamente 21.000 ppm, enquanto que no mês de dezembro esses valores foram inferiores aos registrados nos meses anteriores, onde a máxima CSS no canal foi em torno de 270 ppm e no mangue foi de 1000 ppm. Não houve uma relação direta da CSS entre canal e o manguezal. A elevada CSS no manguezal está associada à remobilização do próprio sedimento na entrada da maré nesta área, não ocorrendo o significativo aporte sedimentar do manguezal para o canal. Alterações da cota topográfica corroboraram com valores adquiridos nas medições dos trapeadores e a variação das classes texturais dos sedimentos entre silte fino e areia fina estão associadas à variação sazonal da hidrodinâmica.Tese Acesso aberto (Open Access) Hidrodinâmica, transporte e proveniência sedimentar no baixo rio xingu e sua importância como “Tidal River” amazônico(Universidade Federal do Pará, 2022-07-14) MEDEIROS FILHO, Lucio Cardoso de; LAFON, Jean Michel; http://lattes.cnpq.br/4507815620234645; ASP NETO, Nils Edvin; http://lattes.cnpq.br/7113886150130994Está pesquisa é fundamentada na investigação dos processos (geológicos e hidrodinâmicos) que regem a evolução recente de um grande tributário do baixo Amazonas, o rio Xingu. O intuito foi investigar a evolução sedimentar e fluxos hidrológicos, a partir de dados já consolidados sobre o preenchimento de sua ria e como tem se estabelecido seus padrões de transporte e aprisionamento de sedimentos, seus efeitos sazonais e de maré, além compreender o papel do rio Amazonas como regulador na dinâmica de seu afluente. Medições hidrodinâmicas de vazão, velocidade e nível d’água juntamente com amostras de sedimentos de fundo e MPS foram coletados em 3 períodos anuais (fevereiro, junho e novembro). Os resultados deram subsídios para investigação da interação Xingu-Amazonas e a evolução da morfologia de fundo do baixo Xingu. Os resultados sugerem um enchimento da ria tanto pelo próprio rio Xingu, formando um proeminente delta de cabeceira, quanto pelo rio Amazonas, onde as variações das marés transportam sedimentos a montante no rio Xingu. Por outro lado, grandes áreas na parte central da ria indicam uma sedimentação lamosa. A geoquímica elementar permitiu traçar parte da história dos sedimentos e rochas de origem, juntamente com a análise dos elementos imóveis (Al, Ti, Zr, Hf, Th) e dos elementos terras raras (ETR) por serem pouco fracionados durante os processos de intemperismo e concentram-se nos sedimentos de fundo em detrimento da fração dissolvida dos rios. Os depósitos preservados no baixo rio Xingu, além de drenar regiões cratônicas em zonas mais elevadas, ratificam que o material de fundo é derivado de fontes heterogêneas com composições predominantemente ígnea intermediaria e que foram submetidos a importante reciclagem durante o transporte fluvial. A modelagem hidrodinâmica permitiu apontar a descarga fluvial como forçante mais relevante para dinâmica de deposição lamosa na ria do Xingu. A partir de um modelo numérico foi possível extrapolar a dinâmica de fluxo e transporte para além das fronteiras abertas, ou seja, a porção central da ria, elucidando o mecanismo de interação entre a descarga fluvial e maré e a dinâmica sedimentar associada. A determinação das amplitudes e fases das componentes de maré, sejam as de origem puramente astronômico ou decorrentes de águas rasas, assim como do nível médio e a descarga horária mostraram-se fundamentais para o entendimento dos processos regentes.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Hydrodynamic modeling and morphological analysis of Lake Água Preta: one of the water sources of Belém-PA-Brazil(2011-06) HOLANDA, Patrícia da Silva; BLANCO, Claudio José Cavalcante; CRUZ, Daniel Onofre de Almeida; LOPES, David Franco; BARP, Ana Rosa Baganha; SECRETAN, YvesDissertação Acesso aberto (Open Access) Modelagem hidrodinâmica 2DH no furo de Laura - Nordeste Paraense(Universidade Federal do Pará, 2016-05-23) LOPES, Matheus Santiago; ROLLNIC, Marcelo; http://lattes.cnpq.br/6585442266149471Os ambientes estuarinos são objeto de árduo estudo ao longo das últimas décadas devido sua importância no contexto econômico, social e ambiental. As estratégias para contenção de derrames de óleo em corpos d’água, por exemplo, são baseadas em estudos de modelagem hidrodinâmica. O uso de modelos numéricos computacionais para prever e analisar os padrões de circulação dentro de corpos d’água costeiros vem crescendo no país. Na região norte do Brasil a utilização de modelos ainda está em caráter experimental. Neste trabalho, foi utilizado o software SisBaHia® (Sistema Base de Hidrodinâmica Ambiental) para implementar, calibrar e validar um modelo hidrodinâmico para o corpo d’água chamado furo da Laura (rio Guajara-Mirim) que localiza-se na região costeira do nordeste Paraense. O modelo foi calibrado com dados pretéritos de elevação da superfície e velocidade de correntes coletados em três períodos: seco de 2013, chuvoso de 2014 e seco de 2014. O fluxo de enchente e vazante da maré ocorre de forma simultânea nas duas bocas que o furo da Laura apresenta. Objetivou-se localizar a região de tombo da maré ou convergência barotrópica e sua variação sazonal. Foi simulado a hidrodinâmica para um mês no período chuvoso (fevereiro) e um mês no período seco (agosto). O transporte lagrangeano com partículas lançadas na baía do sol foi analisado quanto sua dispersão horizontal. Os locais de convergência do campo de velocidade foram encontrados próximos à boca sul do FL e os locais de divergência variam espacialmente devido o ciclo da maré. As partículas lançadas na baía do Sol tendem a não entrar no FL, mas contribuem para o processo de sedimentação e erosão que ocorre no litoral da ilha de Colares.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Monitoramento meteorológico e hidrodinâmico de um ambiente lêntico em uma região metropolitana amazônica(Universidade Federal do Pará, 2025-04-25) GOMES, João Vitor da Silva; ROSÁRIO, Renan Peixoto; http://lattes.cnpq.br/8003860457518342; https://orcid.org/0000-0003-2913-0514A crescente urbanização e a consequente pressão sobre os recursos hídricos têm intensificado a necessidade de monitorar e gerenciar ecossistemas aquáticos. O Parque Estadual do Utinga, localizado em Belém-PA, abriga um importante lago que desempenha um papel crucial no abastecimento da região. No entanto, a falta de planejamento urbano e o crescimento populacional desordenado têm colocado em risco a qualidade e a quantidade de água desse recurso hídrico. Diante desse cenário, este estudo teve como objetivo avaliar as condições hidrodinâmicas e meteorológicas do lago Água Preta, visando contribuir para a sua conservação e gestão sustentável. As variáveis meteorológicas foram medidas por meio de uma estação meteorológica ao longo de 12 meses. Os dados foram disponibilizados em intervalos de 60 minutos. A aquisição dos dados hidrodinâmicos foram realizados usando instrumentos como o ADCP, que mede a intensidade e direção de corrente em intervalos de 50 cm ao longo da coluna d’água; o correntômetro eletromagnético que foi utilizado para medições durante o período menos chuvoso (seco) e chuvoso ao longo de 48 horas, a fim de validar o padrão hidrodinâmico do lago; o CTD responsável por medir o perfil vertical da temperatura e também foram instalados sensores de pressão da levelogger fundeados em locais estratégicos. Após analises, é possível afirmar que a velocidade de corrente do lago é lenta. Os fatores meteorológicos se mantiveram dentro dos parâmetros encontrados por outros autores, confirmando a consistência dos dados coletados com estudos anteriores. A análise hidrodinâmica revelou padrões de circulação restritos, com pouca movimentação das águas, principalmente próxima ao fundo. Sua principal forçante é através do acionamento das bombas que alimentam esse sistema com água vinda do rio Guamá. Em superfície, o deslocamento também é pequeno, pois os ventos não atingem valores elevados, o que dificulta a circulação nesse ambiente. Esses resultados destacam a relevância do monitoramento contínuo para a gestão eficiente do lago, especialmente em um contexto de pressão ambiental crescente devido à urbanização desordenada. As informações obtidas fornecem uma base sólida para futuras ações de conservação, contribuindo para a manutenção da biodiversidade e a sustentabilidade do abastecimento de água na região.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Morfodinâmica e transporte de sedimentos na praia da Romana, Ilha dos Guarás (Nordeste do Pará)(Universidade Federal do Pará, 2011-03-03) RANIERI, Leilanhe Almeida; EL-ROBRINI, Maâmar; http://lattes.cnpq.br/5707365981163429Os processos costeiros: ondas, marés, correntes associadas e ventos modelam a face praial e contribuem no transporte e distribuição de sedimentos em praias. Devido à atuação destes processos, a realização de experimentos é bastante dificultada pelos altos níveis de turbulência gerados pela arrebentação das ondas. Na praia emersa, os ventos adquirem a função de transportar e distribuir os sedimentos depositados pelo espraiamento das ondas. Na Praia da Romana, cordões arenosos progradacionais orientados em direção W indicam o transporte de sedimentos predominante nesta direção. O objetivo principal deste trabalho é analisar a dinâmica deste transporte nesta praia. A praia barreira da Romana está situada na foz do rio Pará, em uma área de alta hidrodinâmica, é dominada por ondas (RTR < 3) no período menos chuvoso, sobretudo durante a maré vazante, e por ondas e maré (> 3 RTR < 7) no período mais chuvoso, principalmente pelas correntes de maré enchente. O regime de maré dominante na praia é de macromaré no período mais chuvoso (altura de 4,3 m - março de 2010) e de mesomaré no período menos chuvoso (altura de 3,4 m - agosto de 2010). As ondas incidentes na Praia da Romana (em média de 1,5 m de altura) são essencialmente de NE, pois os ventos chegam nesta direção na praia. As correntes geradas por ondas propagam-se para direção W, assim como a corrente de maré dominante na praia: corrente de maré enchente. Os procedimentos metodológicos foram aplicados na praia segundo dois conjuntos: (a) de experimentação de métodos tradicionais e (b) de métodos alternativos para analisar o transporte de sedimentos. O primeiro foi aplicado na parte emersa da praia, através da realização de perfis transversais de praia nos setores Oeste, Central e Leste, e medições da velocidade e direção dos ventos locais na linha de maré alta de cada perfil. O segundo corresponde à aplicação de armadilhas de sedimentos na linha de maré alta (parte emersa da praia) e na zona de surf (parte submersa da praia) de cada setor da praia, e na medição da intensidade das correntes costeiras, da altura, período e ângulo de incidência de ondas na parte submersa de cada perfil. A aquisição dos dados ocorreram durante 4 campanhas de campos, adotando o ciclo hidrológico sazonal: (a) transição sazonal do período menos chuvoso para o período mais chuvoso (janeiro de 2010), (b) em meio ao período mais chuvoso, em março de 2010 (dia de maré equinocial) e maio de 2010, e durante o (c) período menos chuvoso (agosto de 2010). Durante todo o ciclo sazonal estudado, obteve-se o volume de sedimentos final positivo no Setor Oeste (409 m3/m) e negativo no Setor Central (-306 m3/m) e no Setor Leste (-339 m3/m). O coeficiente final de variação da largura da praia foi de 9,08% no Setor Oeste; 7,43% no Setor Central; e 13,33% no Setor Leste. Nota-se o predomínio de areia fina (>2 phi a 3 phi) bem selecionada (0,35 phi a <0,50 phi) e muito bem selecionada (<0,35 phi) na Praia da Romana. Dados correspondentes a aplicação de parâmetros estatísticos granulométricos na parte emersa da praia indicam a predominância do transporte de sedimentos no sentido E-W, verificou-se que os valores da Média vão aumentando do Setor Leste (mínimo valor encontrado: 2,31 phi em agosto de 2010) para o Setor Oeste (máximo valor encontrado: 3,37 phi em agosto de 2010), implicando também no aumento no grau de assimetria nesta ordem (Setor Leste ao Setor Oeste), e o grau de seleção e curtose aumenta do Setor Oeste para o Setor Leste. Maiores alturas de ondas (> 1,3 m), intensidade de correntes costeiras (> 0,3 m/s) e maiores quantidade de sedimentos retidos nas armadilhas eólicas (> 0,02 g) ocorreram no Setor Oeste, indicando também a predominância do transporte de sedimentos no sentido E-W. Durante a maré enchente, aumenta a quantidade de sedimentos retidos nas armadilhas de sedimentos aplicados na zona de surf, principalmente os sedimentos mais finos e nas armadilhas de fundo, assim como aumenta a intensidade das correntes longitudinais (máximo valor no Setor Oeste em janeiro: 1,41 m/s), da altura de ondas (máximo de 1,62 m no Setor Central em agosto) e a intensidade dos ventos (7,5 m/s no Setor Leste em agosto). Isto é devido à influência das correntes de maré enchente ser maior que as correntes de maré vazante na Praia da Romana. A forçante mais expressiva atuante na área de estudo corresponde às correntes de maré enchente (fluindo e intensificando-se do Setor Leste ao Setor Oeste) e, secundariamente, os ventos fluindo nesta mesma direção preferencial, mantendo o aporte sedimentar em direção W.
