Navegando por Assunto "Indígenas mulheres"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) O futuro ancestral da comunicação política: análise e reflexões sobre as primeiras candidaturas indígenas para deputadas federais do Pará(Universidade Federal do Pará, 2025-03-14) PEREIRA, NailanaThiely Salomão; STEINBRENNER, Rosane Maria Albino; http://lattes.cnpq.br/1508467019000744; https://orcid.org/0000-0003-4321-7245Nas últimas sete décadas, os povos indígenas começaram a eleger seus primeiros representantes para cargos eletivos e o crescimento desta participação em processos eleitorais no Brasil tem voltado o olhar de pesquisadores para reflexões sobre esta expansão enquanto fenômeno sociopolítico (Baniwa, 2003, 2006, 2010, 2022; De Paula, 2017, 2023; Harari, 2023; Jecupé, 1998; Lima, 2010, 2022; Oliveira, 1968; Oliveira, 1983; Pataxó, 2023; Terena, 2021; Tuxá, 2020; Verdum, 2004, 2023). A dimensão comunicacional, entretanto, atravessa esses estudos ainda de maneira incipiente. Poucas pesquisas exploraram a forma como os povos indígenas se envolvem com a comunicação político partidária, suas contribuições, o impacto das estratégias de campanha na mobilização eleitoral entre não-indígenas e indígenas e as barreiras culturais enfrentadas por esses grupos. Apesar da Constituição Federal de 1988 reconhecer as organizações sociais e culturais dos povos indígenas como base para cidadania diferenciada – noção que se explica, segundo Baniwa (2022), na medida em que povos indígenas têm direitos específicos, além daqueles extensivos ao restante de cidadãos brasileiros, a representatividade no Legislativo, Executivo e também no Judiciário, ainda é proporcionalmente incipiente para que indígenas participem politicamente de forma mais ativa nas decisões que dizem respeito a seus povos e ao país, como um todo. O direito à cidadania política diferenciada, e as lacunas de estudos sobre os desafios de comunicação político partidária de indígenas nas eleições brasileiras são o ponto de partida e justificativa deste estudo, que objetiva analisar a candidatura das duas primeiras indígenas a deputadas federais do estado do Pará, suas ontologias e reafirmações de si enquanto candidatas indígenas, buscando compreender as estratégias e os desafios de comunicação eleitoral, sobretudo frente às desigualdades estruturais do processo eleitoral no Brasil. Para isso, utilizamos o conceito de contracolonização de Nego Bispo (2015), os Estudos Críticos da Branquitude por Deivison Faustino (2017), Priscila Elisabete Da Silva (2017), W. E.B. DuBois (1920, 1935); Frantz Fanon (1952); Albert Memmi (1957), Steve Biko (1978) e Alberto Guerreiro Ramos (1957), Lourenço Cardoso (2017), Daniela Núñez Longhini (2022), Lia Schucman (2017), Bento, (2002) e a visão comunicacional de Paulo Freire (1976, 1981, 1986, 1987, 1994), através de uma investigação mista e em profundidade da campanha das candidatas, complementando as reflexões com teóricas(os) das resistências à colonialidade. Entre as diversas assimetrias (ontológicas, estruturais, financeiras, raciais), a necessidade de implantação de uma eleição especial e diferenciada para povos indígenas, com cadeiras reservadas no Parlamento, mostrou-se como proposta de urgente debate e implementação.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Invisibilidade, apagamento e estereótipos de povos indígenas no espaço escolar: um diálogo com Manoela e Suzana Karipuna e suas perspectivas sobre ser indígena mulher(Universidade Federal do Pará, 2022-12-14) SOARES, Ana Cláudia Dutra; LINHARES, Anna Maria Alves; http://lattes.cnpq.br/3081434819616255; https://orcid.org/0000-0001-7548-9259Esta dissertação tem como objetivo realizar um debate referente à invisibilidade e ao apagamento histórico dos povos indígenas e das indígenas mulheres, os conceitos e preconceitos estereotipados que perpassam gerações e ainda fazem parte da realidade e do cotidiano escolar, através de um debate com as indígenas Ana Manoela Primo e Suzana Primo, dos povos Karipuna do Amapá, ressaltando-se que, levantando um debate sobre a invisibilidade histórica das indígenas mulheres, é possível trazer à tona a situação das mesmas, suas lutas, reflexões e violências ainda sofridas, assim como proporciona uma ponte com o feminismo decolonial e sua atuação na compreensão do contexto latino americano ao que se refere gênero e raça. É fato que o ambiente escolar também consiste um espaço de propagação de violências, pois ao relegar um povo e um gênero específico a clandestinidade histórica, determina a esse a construção de estereótipos sobre sua cultura e participação histórica. A pesquisa será realizada com os educandos das turmas do 9º ano do ensino da E.M.E.F. Prefeito Oton Gomes de Lima, localizado na cidade de Moju-Pa, e o trabalho visa além de realizar uma análise bibliográfica, debates com os discentes e entrevista com as indígenas mulheres para discutir suas percepções sobre a condição histórica dos povos originários do Brasil e seus respectivos gêneros.
