Navegando por Assunto "Interdito"
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Tese Acesso aberto (Open Access) Corpo, linguagem e transgressão em lavoura(Universidade Federal do Pará, 2021-02-26) SANTOS, Elijames Moraes dos; GUIMARÃES, Mayara Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/6834076554286321Esta tese intitulada Corpo, linguagem e transgressão em Lavoura arcaica é um estudo sobre questões ligadas ao erotismo dos corpos, e as transgressões que se dão na e pela linguagem da narrativa do romance, de Raduan Nassar, publicado em 1975. Procedo com a hipótese de que ocorre no Lavoura arcaica um conflito entre o instinto e a razão, que são desdobrados nos discursos da narrativa por meio de uma linguagem alegórica. Desse modo, é por meio do instinto do corpo que o sujeito viola a norma patriarcal e, ao mesmo tempo, revela como o desejo e a sexualidade são interditados. Para tanto, o percurso teórico utilizado para sustentar esse estudo tem como base os trabalhos de Georges Bataille (2016; 2017; 2018), de Walter Benjamin (1984; 2013b); Michel Foucault (1977; 1988) e Sigmund Freud (2006; 2011; 2013); Giorgio Agamben (2007) e Mircea Eliade (2001). Aponto que a narrativa de Lavoura arcaica está sustentada numa linguagem que transita por uma poética erotizada, a qual revela os instintos do sujeito e seus conflitos. Com efeito, ocorre um confronto entre a razão, do mundo dos valores patriarcais, e a subversão do filho que deixa a casa da família e vai em busca de novas realizações. É com a partida de André que são revelados os problemas ligados à questão do interdito dos desejos e das paixões. Assim, esse corpo carrega em si a desmedida, que vai ser revelada pela forma fragmentada, pelo vazio, e por sua vez pela ruína que se espalha sobre os demais membros da família. Com isso, a partir do conjunto teórico aqui delineado foi possível apresentar uma discussão em torno da narrativa, de Raduan Nassar, no que se refere a presença do corpo, seus impulsos, entre outras questões que são da ordem da violação da norma, da lei, ou seja, daquilo que é interdito pelo pai. Reforço, portanto, que se verificaram alguns desdobramentos por meio de alegorias inerentes à linguagem do corpus, que deixa à mostra a fragmentação de um corpo que emana o trágico.
