Navegando por Assunto "Jornalistas paraenses"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Questão racial no Instagram: uma análise dos conteúdos publicados pelos vereadores da 19ª Legislatura de Belém(Universidade Federal do Pará, 2022-08-29) ARAÚJO, Marcus Vinícius Passos; CUNHA, Elaide Martins da; //lattes.cnpq.br/6730514752933340; http://lattes.cnpq.br/3778190981135428; https://orcid.org/0000-0001-7723-7055Esta pesquisa articula três relevantes eixos: comunicação, política e questão racial. A partir das publicações dos vereadores de Belém (PA) no Instagram, busca-se compreender as ações desses atores políticos voltadas às questões raciais. Todos os 35 vereadores da 19ª Legislatura (2021-2024) de Belém estão presentes no Instagram. Durante a vigência do primeiro ano de mandato, estes vereadores postaram 8.696 publicações no feed, especificamente no formato JPG (imagem). Neste cenário, essa mídia digital se mostra como uma ambiência que alia audiência, recursos e múltiplas possibilidades de difundir temas, dentre eles, o conteúdo racial. Para guiar essa discussão, formulou-se o seguinte questionamento: “Como são constituídas as ações dos vereadores da Câmara Municipal de Belém voltadas à população negra e de que forma a questão racial está representada nessas ações, divulgadas em seus perfis no Instagram?”. A busca por essa resposta passou pela contextualização do processo de apropriação das mídias digitais pelos agentes políticos. Pesquisas de Kahwage (2019), Gomes et al. (2013), Vieira (2017) e Nunes (2013) vão mostrar que no uso dessa ambiência comunicativa os vereadores não se desvinculam das suas responsabilidades constitucionais. Já os conceitos de raça e racismo são fundamentais para compreender e analisar as questões que giram em torno do debate racial no Brasil. Trabalhos de Almeida (2020), Deus (2008), Munanga (2004), Gomes (2012) e Hall (2015) contribuem tanto para teorizar o cenário racial, como para ajudar na identificação de temáticas raciais, a exemplo do racismo, da discriminação e da representatividade. Os procedimentos metodológicos, amparados nos estudos de análise de conteúdo de Bardin (1977) e Sampaio e Lycarião (2021), possibilitaram identificar 382 publicações com referências a questões raciais. A partir da criação de um livro de códigos, com 20 categorias analíticas, foi possível compreender melhor o teor destas publicações. Entre os resultados alcançados estão, por exemplo, quais são os vereadores envolvidos com a causa racial, as principais temáticas raciais abordadas e se os conteúdos raciais estão atrelados ou não, sobretudo, a datas comemorativas, conforme premissa formulada neste estudo. Outro resultado significativo diz respeito ao perfil de quem mais publicou sobre a questão racial: mulher negra de esquerda com ensino superior como nível básico de estudo. Além de resultados expressivos, este trabalho também é marcado pelo ineditismo temático ao relacionar comunicação política com questões raciais debatidas em mandatos legislativos municipais, dentro da esfera do Instagram.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Ser mulher no jornalismo paraense: violência de gênero e relações de poder no ambiente profissional(Universidade Federal do Pará, 2022-12-14) SILVA, Sávia Moura da; COSTA, Alda Cristina Silva da; http://lattes.cnpq.br/2403055637349630A presente pesquisa trata da relação entre mulheres jornalistas e ambiente de trabalho. Desde 2017 com a campanha #MeToo emergem no cenário mundial, movimentos insurgentes contra a violência sexual e a discriminação das mulheres nos espaços de trabalho. Em março de 2020, o coletivo Jornalistas Contra o Assédio mobilizou diversas jornalistas e entidades, em todo o país através do Twitter para promover a hashtag #MulheresJornalistasEmLuta, com a intenção de alertar sobre os ataques e o assédio cometidos contra as mulheres dentro da profissão. A presente pesquisa se alinha a entender esses movimentos quando busca investigar as experiências profissionais das jornalistas no estado do Pará, para tanto apresenta as seguintes indagações: De que maneira a violência de gênero e as relações de poder afetam mulheres jornalistas em seus ambientes de trabalho? E como essas mulheres reagem e compartilham suas experiências? Parte-se da hipótese de que as redações dos veículos de comunicação são espaços de relação de poder, e enquanto tal, a violência de gênero se manifesta de forma disfarçada. As relações de gênero, poder e violência são entendidas em Safiotti, Scott, Hooks, Foucault e Bourdieu, entre outros. Ou seja, as relações de poder são relações entre sujeitos e sujeitas, assim como modos de ação que podem: induzir, separar, facilitar, dificultar, limitar, impedir, entre outros aspectos. Essa violência impõe uma arbitrariedade pelo poder imposto e pelo modo de imposição, indicando a complexa relação entre poder e incorporação das normas de gênero. Como procedimentos metodológicos trabalhamos com a pesquisa qualitativa, aplicando a entrevista em profundidade com 7 (sete) jornalistas, que relataram suas experiências no ambiente do trabalho. Os resultados apontam experiências negativas nesses ambientes, em que as jornalistas relatam comportamentos abusivos e agressivos dos homens, com a ‘naturalização’ da violência de gênero. Contra essa cultura machista ainda vigente constata-se uma mudança de postura das mulheres, de menos aceitação e mais proteção coletiva.
