Navegando por Assunto "Leucogranito"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Geologia, geoquímica e geocronologia do granito Boa Sorte, Município de Água Azul do Norte (PA), Província Carajás(Universidade Federal do Pará, 2013-08-30) RODRIGUES, Daniel Silvestre; OLIVEIRA, Davis Carvalho de; http://lattes.cnpq.br/0294264745783506O Granito Boa Sorte ocorre na região sudeste do estado do Pará, no contexto geológico do Domínio Carajás ou, mais precisamente, no Subdomínio de Transição entre o Domínio Rio Maria e a Bacia Carajás. Forma um batólito alongado na direção E-W, constituído por biotita leucomonzogranitos, com granodioritos e sienogranitos subordinados, que apresentam variados graus de deformação. As texturas observadas nas rochas com foliação dúctil mais pronunciada sugerem condições de médio grau (450°C - 600°C e 6±1 kbar) durante a deformação do Granito Boa Sorte. Este faz contato a sul com o Granodiorito Água Limpa, é intrusivo em TTGs e Greenstone belts, sendo ainda intrudido por plútons de composição máfica a intermediária do Diopsídio-Norito Pium, granitos da Suíte Planalto e por diques máficos. Geoquimicamente ocorrem quatro grupos distinguidos pelos diferentes padrões de ETR: (1) é o grupo predominante, sendo caracterizado pelas altas razões (La/Yb)N, moderadas anomalias negativas de Eu e padrão côncavo dos ETR pesados; (2) possui baixas razões (La/Yb)N e acentuadas anomalias negativas de Eu; (3) é empobrecido em ETR leves, com razões (Gd/Yb)N próximas da unidade e anomalias negativas de Eu moderadas; e (4) caracteriza-se pelo baixo conteúdo total de ETR, com razões (La/Yb)N altas a moderadas. Tais grupos possuem características compatíveis com as de granitos tipo-I, cálcico-alcalinos e fracamente peraluminosos. São rochas com alto conteúdo de K2O, baixo de elementos ferromagnesianos, moderado de CaO e Na2O e moderado a alto de Al2O3. As razões K2O/Na2O variam entre 1 e 2. Apesar da grande superposição, em média existe um aumento no conteúdo de SiO2 entre os grupos de alta razão (La/Yb)N (1), baixa razão (La/Yb)N (2) e baixa razão (Gd/Yb)N (3). Em diagramas de Harker, o primeiro e o segundo grupo tendem a se alinhar em trends bem definidos, com o terceiro, em média, mostrando valores mais altos de Na2O e mais baixos de K2O, Zr e Hf, e o quarto grupo, que, além destas diferenças, apresenta conteúdos em média mais elevados de CaO, Ba e Sr e menores de Rb e da razão FeOt/(FeOt+MgO). A colocação do Granito Boa Sorte se deu ainda no Mesoarqueano, com idade mínima de 2857±2 Ma, e por diferentes processos de fusão de protólitos crustais, cujas idades mais antigas são de ~ 3,00 Ga. Distingue-se do grupo de Leucogranodioritos-granitos do Domínio Rio Maria, mostrando maior afinidade com os Leucogranitos Potássicos tipo Xinguara e Mata Surrão. Na região de Canaã dos Carajás, os grupos de alta e baixa razão (La/Yb)N apresentam boa correspondência com as rochas do Granito Cruzadão e, em alguns aspectos, com aquelas do Granito Bom Jesus. Já o grupo de baixa razão (Gd/Yb)N se assemelha ao Granito Serra Dourada, enquanto que o grupo com baixo conteúdo de ETR possui maior afinidade com o Granito Canaã dos Carajás. Tais correspondências sugerem que toda a região localizada entre a cidade de Canaã dos Carajás e a porção nordeste do município de Água Azul do norte, tenha sido afetada por processos similares durante a evolução mesoarqueana do Domínio Carajás, sendo posteriormente modificada pela tectônica neoarqueana responsável pelo fechamento da Bacia Carajás.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Geologia, petrografia e geoquímica das associações leucograníticas e TTG arqueanos da área de Nova Canadá (PA) Domínio Carajás(Universidade Federal do Pará, 2014-02-25) SANTOS, Pablo José Leite dos; OLIVEIRA, Davis Carvalho de; http://lattes.cnpq.br/0294264745783506O mapeamento geológico realizado na área de Nova Canadá, porção sul do Domínio Carajás, aliado aos estudos petrográficos e geoquímicos, permitiram a caracterização de pelo menos três novas unidades que antes estavam inseridas no contexto geológico do Complexo Xingu. São elas: (i) Leucogranodiorito Nova Canadá, que é constituído por rochas leucogranodioríticas mais enriquecidas em Al2O3, CaO, Na2O, Ba, Sr e na razão Sr/Y, que mostram fortes afinidades geoquímicas com a Suíte Guarantã do Domínio Rio Maria, as quais também podem ser correlacionadas aos TTGs Transicionais do Cráton Yilgarn. Estas rochas apresentam padrão ETR levemente fracionado, mostram baixas razões (La/Yb)N e anomalias negativas de Eu ausentes ou discretas; (ii) Leucogranito Velha Canadá, caracterizado pelos conteúdos mais elevados de SiO2, Fe2O3, TiO2, K2O, Rb, HFSE (Zr, Y e Nb), das razões K2O/Na2O, FeOt/(FeOt+MgO), Ba/Sr e Rb/Sr. Apresentam dois padrões distintos de ETR: (a) baixas à moderadas razões (La/Yb)N com anomalias negativas de Eu acentuadas; e (b) moderadas à altas razões (La/Yb)N, com anomalias negativas de Eu discretas e um padrão côncavo dos ETRP. Em diversos aspectos, as rochas do granito Velha Canadá mostram fortes afinidades com os leucogranitos potássicos tipo Xinguara e Mata Surrão do Domínio Rio Maria, assim como aqueles da região da Canaã dos Carajás e mais discretamente com os granitos de baixo Ca do Cráton Yilgarn. Para a origem das rochas do Leucogranodiorito Nova Canadá é admitida a hipótese de cristalização fracionada a partir de líquidos com afinidade sanukitóide, seguido por processos de mistura entre estes e líquidos de composição trondhjemítica, enquanto que para aquelas de alto K do Leucogranito Velha Canadá, acreditase na fusão parcial de metatonalitos tipo TTG em diferentes níveis crustais, para gerar líquidos com tais características; e (iii) associações trondhjemíticas com afinidade TTG de alto Al2O3, Na2O e baixo K2O, compatíveis com os granitoides arqueanos da série cálcioalcalina tonalítica-trondhjemítica de baixo potássio. Foram distinguidas duas variedades: (a) biotita-trondhjemito com estruturação marcada pelo desenvolvimento de feições que indicam atuação de pelo menos dois eventos deformacionais em estágios sin- a pós-magmáticos, como bandamentos composicionais, dobras e indícios de migmatização; e (b) muscovita ± biotita trondhjemito que é distinguido da variedade anterior pela presença da muscovita, saussuritização do plagioclásio, textura equigranular média e atuação discreta da deformação com o desenvolvimento de uma foliação E-W de baixo angulo. A primeira variedade destes litotipos, que ocorre predominantemente na porção norte, tem ocorrência restrita. Com intensa deformação e prováveis feições de anatexia (migmatitos) podem indicar que estas rochas tenham sido afetadas por um retrabalhamento crustal, ligado à geração dos leucogranitos dominantemente descritos na área. Os trondhjemitos do sul da área são mais enriquecidos em Fe2O3, MgO, TiO2, CaO, Zr, Rb, e na razão Rb/Sr em relação aos trondhjemitos da porção norte da área. Estas exibem ainda padrões fracionados de ETR, com variações nos conteúdos de ETRP, além da ausência de anomalias de Eu e Sr, e baixos conteúdos de Y e Yb. Tais feições são tipicamente atribuídas à magmas gerados por fusão parcial de uma fonte máfica em diferentes profundidades, com aumento da influência da granada no resíduo e a falta de plagioclásio tanto na fase residual como na fracionante. Em uma análise geral, a disposição dos trends geoquímicos evolutivos de ambas as variedades sugere que estas unidades não são comagmáticas. As afinidades geoquímicas entre as rochas da área de Nova Canadá com aquelas do Domínio Mesoarqueano Rio Maria, poderiam nos levar a entender a região de Nova Canadá como uma extensão do Rio Maria para norte, enquanto que para aquelas do Leucogranito Velha Canadá, que são mais jovens e geradas já no Neoarqueano, se descarta a idéia de associação com os mesmos eventos tectono-magmáticos que atuaram em Rio Maria.
