Navegando por Assunto "Literatura - Estética"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) A construção da identidade no conto fonsequiano: a intertextualidade e a morte como afirmação do estrangeiro(Universidade Federal do Pará, 2017-02-22) FERREIRA, João Paulo Cordeiro; GUIMARÃES, Mayara Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/6834076554286321Nos contos de Rubem Fonseca é comum encontrarmos diversos discursos “intertextualizados”, com obras, personagens, citações e discussões em torno de famosos autores literários brasileiros e estrangeiros que são, em diferentes contextos e construções literárias, postos na prosa fonsequiana, direta ou indiretamente. Dessa maneira, faremos uma abordagem levando em consideração três importantes contos de Fonseca: “Encontro no Amazonas” (do livro O cobrador), “Romance Negro” (do livro Romance Negro) e “A matéria do Sonho” (do livro Lúcia McCartney). A leitura desses contos, em parte, nos sugere existir um intenso diálogo entre o nacional e o estrangeiro, no qual a morte assume um papel determinante para que ocorra a autoafirmação da tradição estrangeira em nossa literatura. Esse diálogo permite-nos, também, identificar a relação existente entre a prosa fonsequiana e as narrativas de E.T.A. Hoffmann e Edgar A. Poe, visto ser possível que algumas composições desses autores tenham traçado um diálogo com as construções literárias de Rubem Fonseca, o que possibilitou, nesse sentido, a noção de reeleitura das obras de Poe e Hoffmann. Dessa maneira, destacamos, também, a relação da prosa fonsequiana com a tragédia grega, relacionando o uso da máscara à farsa e a troca de identidade na literatura de Rubem Fonseca. Para tanto consideramos as teorizações de Maurice Blanchot acerca da morte do autor, Otto Rank, ao que se refere à noção de duplo e Sigmund Freud, acerca da psicanálise.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Ficção e sociedade em Guimarães Rosa: interpretação dos contos “A volta do marido pródigo” e “Minha gente”(Universidade Federal do Pará, 2011-05-11) MAUÉS, Brenda de Sena; HOLANDA, Sílvio Augusto de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/0928175455054278O presente trabalho tem como base teórico-metodológica a Estética da Recepção, corrente de teoria literária surgida no final da década de 1960 em oposição aos dogmas marxistas e formalistas, na medida em que eles ignoram o papel do leitor enquanto principal destinatário da obra literária. A pesquisa está centrada em uma abordagem hermenêutica e embasada em uma leitura que relaciona a literatura e a sociedade, tendo em vista que é possível encontrar ecos de ideais humanistas dentro da obra como um todo, mas, principalmente, dentro dos contos que serviram de corpus para este estudo. Desse modo, seguindo o viés metodológico postulado por Jauss (1921-1997), no qual o sentido da obra deve ser buscado dentro de uma constituição dialética entre o próprio texto e o leitor, este trabalho traça um exame dos contos “A volta do marido pródigo” e “Minha gente” de Sagarana, sobretudo no que concerne aos vínculos temático-formais e à análise da construção dos personagens dos contos mencionados. Nestas narrativas, é possível identificar lides políticas e amorosas que se desenvolvem paralelamente ao longo da trama, em linhas gerais, é retratada a forma do exercício da política partidária e das relações familiares no Brasil do início do século passado, cada conto molda essas temáticas à sua própria maneira, um de forma mais cômica, privilegiando os aspectos políticos e sociais, outro enfatizando as relações familiares. Em “A volta do marido pródigo”, depara-se com um protagonista de evidente procedência folclórica, dentro de uma narrativa que dialoga com a parábola do filho pródigo e com a fábula esópica do cágado e do sapo. Em “Minha gente” encontra-se uma história em que é estabelecida uma relação entre a vida dos personagens e o jogo de xadrez. Embora guardem diferenças significativas entre si, as narrativas que aqui nos servem de corpus possuem muitos aspectos em comum. Este trabalho levou em consideração estudos já consolidados acerca de Sagarana como o é o de Álvaro Lins em Mortos de sobrecasaca, bem como outros, mais recentes, de pesquisadores como Luiz Roncari (O Brasil de Rosa: o amor e o poder), Gilca Seidinger (Guimarães Rosa ou a paixão de contar: narrativas de Sagarana), Nildo Benedetti (Sagarana: o Brasil de Guimarães Rosa) e Sílvio Holanda (Rapsódia Sertaneja: leituras de Sagarana).
