Navegando por Assunto "Literatura - História e crítica"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) O aberto na obra de Paulo Plínio Abreu(Universidade Federal do Pará, 2018-07-05) SANTIAGO, Rúbia de Nazaré Duarte; FERRAZ, Antônio Máximo von Sohsten Gomes; http://lattes.cnpq.br/5982898787473373Esta dissertação apresenta um estudo sobre a questão do aberto na obra do poeta paraense Paulo Plínio Abreu. Tal questão aparece explicitamente tematizada no poema “Oitava Elegia” de Rainer Maria Rilke e trouxe frutos para a filosofia de Martin Heidegger. O filósofo alemão apresenta, em sua obra Parmênides, o modo como os gregos compreendem o aberto, como a essência da verdade e, com isso, faz um paralelo com a citada elegia de Rilke. Tendo Paulo Plínio traduzido Rilke, também incorporou o tema do aberto em sua obra poética, como o pôr em obra da verdade, porém de maneira singular. Fazemos aqui um estudo de como cada um destes autores apresenta tal questão, detendo-nos, em especial, no modo como Paulo Plínio a inscreve em seus poemas, empreendendo, para este fim, a escuta das imagens da noite, da viagem, do anjo e da morte, presentes em sua obra Poesia.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A construção da identidade no conto fonsequiano: a intertextualidade e a morte como afirmação do estrangeiro(Universidade Federal do Pará, 2017-02-22) FERREIRA, João Paulo Cordeiro; GUIMARÃES, Mayara Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/6834076554286321Nos contos de Rubem Fonseca é comum encontrarmos diversos discursos “intertextualizados”, com obras, personagens, citações e discussões em torno de famosos autores literários brasileiros e estrangeiros que são, em diferentes contextos e construções literárias, postos na prosa fonsequiana, direta ou indiretamente. Dessa maneira, faremos uma abordagem levando em consideração três importantes contos de Fonseca: “Encontro no Amazonas” (do livro O cobrador), “Romance Negro” (do livro Romance Negro) e “A matéria do Sonho” (do livro Lúcia McCartney). A leitura desses contos, em parte, nos sugere existir um intenso diálogo entre o nacional e o estrangeiro, no qual a morte assume um papel determinante para que ocorra a autoafirmação da tradição estrangeira em nossa literatura. Esse diálogo permite-nos, também, identificar a relação existente entre a prosa fonsequiana e as narrativas de E.T.A. Hoffmann e Edgar A. Poe, visto ser possível que algumas composições desses autores tenham traçado um diálogo com as construções literárias de Rubem Fonseca, o que possibilitou, nesse sentido, a noção de reeleitura das obras de Poe e Hoffmann. Dessa maneira, destacamos, também, a relação da prosa fonsequiana com a tragédia grega, relacionando o uso da máscara à farsa e a troca de identidade na literatura de Rubem Fonseca. Para tanto consideramos as teorizações de Maurice Blanchot acerca da morte do autor, Otto Rank, ao que se refere à noção de duplo e Sigmund Freud, acerca da psicanálise.Tese Acesso aberto (Open Access) A figuração da mulher em Dalcídio Jurandir: entre o desamparo, a opressão e a transgressão(Universidade Federal do Pará, 2018-05-24) SANTOS, Alinnie Oliveira Andrade; FURTADO, Marli Tereza; http://lattes.cnpq.br/2382303554607592Dalcídio Jurandir (1909-1979), escritor brasileiro, publicou onze romances, dez dos quais compõem o chamado Ciclo do Extremo Norte: Chove nos Campos de Cachoeira (1941), Marajó (1947), Três Casas e um Rio (1958), Belém do Grão Pará (1960), Passagem dos Inocentes (1963), Primeira Manhã (1967), Ponte do Galo (1971), Os Habitantes (1976), Chão dos Lobos (1976) e Ribanceira (1978), que tematizam sobre o homem e os costumes da região amazônica. Apesar de nessas obras homens ocuparem a posição de protagonistas, impressiona o grande número de personagens femininas que colaboram para o desenvolvimento das narrativas, contribuindo de forma marcante para a construção dos enredos e dos dramas presentes na obra. Esta tese, portanto, objetiva analisar as personagens femininas do referido Ciclo, agrupando-as conforme a situação social em que se encontram. Sendo assim, criamos as seguintes categorias de análise: desamparo, opressão e transgressão, as quais não são excludentes entre si, mas defendemos neste trabalho que as personagens transitam entre essas três categorias. Para tanto, fizemos uso dos trabalhos de BRAIT (2006), ROSENFELD (2011), CANDIDO (2011), WOOD (2011), REIS (2015) para refletir sobre a personagem de ficção; CASTELO BRANCO e BRANDÃO (1989), BRANDÃO (2006), ZOLIN (2009) e ZINANI (2013), para pensar a relação entre mulher e literatura e os estudos de RAGO (2011), SAFFIOTI (2013), ALAMBERT (2004), LENIN (1979), BEAUVOIR (2009), os quais nos possibilitaram compreender as questões relativas à mulher, bem como sobre as relações de gênero. Das dezesseis personagens analisadas, seis, predominantemente, estão na categoria do desamparo, das quais se destacam: Orminda, D. Inácia e Lucíola; três na opressão, tendo como destaque Felícia e sete na transgressão, das quais se destacam: Alaíde, D. Amélia e Isaura. Investigar, pois, a personagem feminina dos romances produzidos por Dalcídio Jurandir, os quais possuem como forte aspecto a denúncia social, nos ajuda a desvelar a sociedade brasileira do início do século passado, assim também como essa sociedade foi retratada pela literatura brasileira.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Lavoura arcaica: diálogos entre literatura e cinema e outras interfaces(Universidade Federal do Pará, 2013-02-28) LIMA, José Augusto Pachêco de; PANTOJA, Tânia Maria Pereira Sarmento; http://lattes.cnpq.br/3707451019100958; CASTILO, Luís Heleno Montoril del; http://lattes.cnpq.br/3519128535996125Tendo como objeto de estudo o livro Lavoura arcaica, de Raduan Nassar, e a obra cinematográfica homônima, de Luiz Fernando Carvalho, este trabalho se debruça sobre as análises possíveis no processo de adaptação como recriação da obra, interpretando temas como a família, as paixões proibidas e o trágico. Para tal estudo, a visão teórica de autores como Freud, Bataille, Marcuse, Bakhtin e Nietzsche, em seus pontos convergentes, auxilia a compreensão secular de interditos, proibições e transgressões, presentes na obra de Nassar.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A memória das representações de morte e AIDS no conto e no cinema na década de 80(Universidade Federal do Pará, 2018-08-23) ARAÚJO, Francisco José Corrêa de; SARMENTO-PANTOJA, Carlos Augusto Nascimento; http://lattes.cnpq.br/3263239932031945A presente dissertação intitulada “A Memória das Representações de Morte e Aids no Conto e no Cinema da Década de 80” analisa como se constituiu a memória das representações de morte e aids na contística de Caio Fernando Abreu e na produção cinematográfica do final da década de 80. Por isso, neste processo recorremos às contribuições literárias, históricas, sociológicas, filosóficas e artísticas a respeito das relações entre memória, morte e aids. A década de 80 foi marcada pela descoberta da aids e essa descoberta gerou medo mundial por conta dos altos níveis de letalidade da doença. Podemos dizer que a descoberta do vírus HIV “imobilizou” a ciência, pois foi responsável por provocar um conjunto de situações traumáticas, que envolveram o silenciamento, o preconceito e o enlutamento. Por isso, buscamos: identificar o processo de construção da memória na história das representações de morte e aids no Brasil; reconhecer como Caio Fernando Abreu, em Os dragões não conhecem o paraíso (1988), representa a morte relacionando-a com a aids utilizando uma linguagem literária de resistência; e refletir sobre o teor testemunhal do filme: Caminhos Cruzados (Dirigido por Rob Epstein. EUA/1989). A pesquisa aqui proposta segue uma metodologia de estudo bibliográfico, no qual concluímos que a memória da aids nos anos 80 revela uma representação de morte catastrófica e silenciadora, marcada pelo preconceito e ineficiência de políticas públicas, contudo testemunha também a resistência de movimentos sociais pelas conquistas de direitos. Assim, a existência da construção de uma memória coletiva que representou a realidade histórica da aids nos possibilita a esperança de dias melhores onde o ser humano se relacione mais harmonicamente com a morte, onde haja maior entendimento sobre a diferença entre viver com HIV e morrer de aids. E nesta construção textual, a literatura ainda tem muito a contribuir para romper os silêncios que cercam a temporalidade do existir.Tese Acesso aberto (Open Access) O prazer estético diante das atrocidades narradas por Erich Remarque e Guimarães Rosa(Universidade Federal do Pará, 2018-02-28) SILVA, Leonardo Castro da; HOLANDA, Sílvio Augusto de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/0928175455054278A presente tese elege como corpora o romance Nada de novo no front (1929) de Erich Maria Remarque (1898-1970) e as crônicas “O mau humor de Wotan”, “A velha” e “A senhora dos segredos” presentes em Ave, palavra (1970) de Guimarães Rosa (1908-1967). Pensando-se no romance alemão, cuja temática gira em torno da Primeira Guerra Mundial e nos textos rosianos moldados pelo contexto da Segunda Guerra Mundial, propõe-se aplicar os teóricos Márcio Seligmann-Silva (1964) em O local da diferença (2005), Zygmunt Bauman (1925) em Modernidade e Holocausto (1998) e Hannah Arendt em (1906-1975) Eichmann em Jerusalém (1963) e Origens do Totalitarismo (1951) para se discutir o corpora em diferentes perspectivas sobre a guerra, visando a compreender como os textos literários podem contribuir ou até causar tensões para a teoria. A perspectiva central do trabalho será o manejo do corpora sob a teoria da Estética da Recepção de Hans Robert Jauss (1921-1997) e da Hermenêutica definida por Benedito Nunes (1929-2011) em Hermenêutica e poesia (1999) bem como o diálogo do teórico alemão com seu mestre Hans Georg Gadamer (1900-2002) e Martin Heidegger (1889-1976), pensando na historicidade transcendental e na temporalidade do ser. Na ótica das teorias acerca da guerra o texto do teórico brasileiro assumirá dois momentos dentro do trabalho, sendo o primeiro de aplicação dos fundamentos psicanalíticos do trauma, choque, neurose de guerra, entre outros, enquanto que o segundo será de questionamento de O local da diferença sobre sua proposta da sobreposição do ético sobre o estético. Em relação ao sociólogo polonês além do manejo das obras literárias sob sua concepção, abordar-se-á como, por meio da estética de Nada de novo no front, já é possível se apontar elementos capazes de fazer com que o homem já se possa perguntar pela lição razão versus emoção que, para Bauman, é somente perceptível no Holocausto, porém, ao se aproximar Remarque e Guimarães, observar-se-á que, por meio de elementos estéticos, obviamente diferentes da sociologia, se pode inverter tal noção, ou seja, fica mais notória a relação razão versus emoção no romance alemão do que nas crônicas rosianas. Tratando da pensadora alemã examinar-se-á como a obra Nada de novo no front oferece imagens analisáveis pela teoria de Arendt, assim como também mostra personagens complexos que se deixam banalizar pelo mal, depois pensar e julgar por si mesmos, questionando o poder do Estado e, por último, se tornarem novamente indiferentes com o outro. Examinando-se o corpora segundo a concepção jaussiana e a Hermenêutica, levando-se em consideração as premissas teóricas acerca da guerra mostrar-se-á como o leitor atual pode ter uma experiência estética de prazer diante do terror infligido ao homem no século XX e como o contexto do Holocausto pode ser interpretado como uma violência mais branda do que se mostra na mídia e nas teorias acerca da guerra, já que o receptor terá um primeiro contato com a Primeira Guerra Mundial mediante o romance remarqueano.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Tempo e memória em o Cacaulista e o coronel sangrado, de Inglês de Sousa(Universidade Federal do Pará, 2018-01-19) GONÇALVES, Messias Lisboa; FERRAZ, Antônio Máximo von Sohsten Gomes; http://lattes.cnpq.br/5982898787473373Inglês de Sousa nasceu na cidade interiorana de Óbidos, localizada no estado do Pará, em 28 de dezembro de 1853, e faleceu no Rio de Janeiro, em 6 de setembro de 1918. O escritor passou a maior parte de sua vida fora da cidade natal, mas foi na região amazônica que se inspirou para compor as suas obras literárias: História de um Pescador (1876), O Cacaulista (1876), O Coronel Sangrado (1877), O Missionário (1891) e Contos Amazônicos (1893). É possível cogitar que a valorização, apenas, da textura documental sócio-político-histórica pela crítica foi responsável por instaurar o obscurecimento do lastro estético dos romances O Cacaulista e O Coronel Sangrado. No entanto, é justamente o lastro estético que os mantém vivos. Sendo assim, esta pesquisa objetiva estudar as questões do tempo e da memória postas em obra por esses romances. Diante disso, é necessário lançar-se no abismo do pensamento e realizar uma crítica literária enquanto escuta poética das questões. Para uma maior compreensão e aprofundamento, esta pesquisa limitou-se à reflexão do personagem protagonista Miguel Faria, que migra de um romance para o outro. Dessa forma, entende-se que esse personagem-questão vive uma experienciação com o tempo, que foge àquele cronometrado pelo relógio ou mesmo àquele pensado pela ciência, e no seu tempo experiencia o tempo humano e poético. Para realizar este intento, dialogou-se especialmente com Henri Bergson (1859-1941), Martin Heidegger (1889-1976), Benedito Nunes (1929-2011) e Manuel Antônio de Castro (1941-) para pensar a escuta poética das questões naqueles romances inglesianos.
