Navegando por Assunto "Literatura comparada"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) A presença inglesa no Brasil e sua influência nas obras de escritores brasileiros do século XIX(Universidade Federal do Pará, 2005-08-31) PEREIRA, Rosamaria Reo; SALES, Germana Maria Araújo; http://lattes.cnpq.br/8723885160615840Esta dissertação tem por objetivo investigar a presença dos escritores ingleses nas obras de escritores brasileiros do século XIX. Os romancistas ingleses que se destacaram na Inglaterra do século XVIII foram Daniel Defoe, Samuel Richardson e Henry Fielding. Eles contribuíram para ascensão e consolidação do romance como gênero literário. No Brasil, o romance desenvolveu-se com maior liberdade e atraiu o público leitor. O novo público começa a ler romances que recriavam a cidade, as ruas e a vida de uma classe social emergente: a burguesia. O novo gênero que surgiu na Inglaterra promoveu o crescimento do comércio, a proliferação de revistas e jornais, de cunho popular e literário. Os escritores brasileiros como José de Alencar e Machado de Assis sofreram influências dos escritores ingleses, no entanto, essa influência não foi refletida somente nos romances desses escritores, foi sentida também nos negócios, na cultura e na vida social do Brasil. Alguns exemplos dessa presença são igualmente revelados nas obras de Machado de Assis por meio das citações, das referências e das alusões. Machado de Assis, sempre quando possível, faz referências aos escritores ingleses tanto dos séculos XVI e XVIII quanto do século XIX, tais como Shakespeare, Swift, Fielding. Sterne, Lamb e Dickens entre outros romancistas ingleses.Tese Acesso aberto (Open Access) Bruno de Menezes, Dalcídio Jurandir e De Campos Ribeiro e as territorializações afro-amazônicas urbanas (da belle époque à década de trinta)(Universidade Federal do Pará, 2019-11-22) SANTOS, Josiclei de Souza; FURTADO, Marli Tereza; http://lattes.cnpq.br/2382303554607592O presente trabalho faz uma leitura das territorializações afro-amazônicas profanas e sagradas na cidade Belém na passagem do século XIX para o XX, e nas primeiras décadas deste, a partir das obras Batuque (1939), de Bruno de Menezes, Gostosa Belém de Outrora (1965), de José de Campos Ribeiro, e Belém do Grão Pará (1960), de Dalcídio Jurandir, observando como os referidos autores, a partir de vivências e pesquisas, conseguiram criar obras que reinseriram na narrativa da cidade os grupos minoritários afro-amazônicos que haviam sido ocultados pela narrativa dos grupos majoritários do período da belle époque amazônica, que se deu durante o ciclo econômico gomífero, tendo tais comunidades sido ocultadas da narrativa de conformação da cidade. Houve no referido ciclo um agenciamento enunciativo de essencialidade euro-indígena, alimentado por meio de uma produção artística comprometida com o aparelho de Estado. Interessa para este trabalho o que as referidas obras possuem de Literatura Menor, trabalhando com os signos das territorializações afro-amazônicas na cidade de Belém, rasurando as genealogias de origem geradoras de racismos e hierarquias, que diminuíram a participação afrodescendente na história da Amazônia. Como ferramentas para a leitura das obras estudadas serão utilizados os Estudos Comparativos, bem como os Estudos Culturais, numa perspectiva transdisciplinar. Para o estudo do conceito de territorialização utilizou-se Deleuze e Guattari (2012). Para o conceito de literatura menor também utilizou-se o estudo dos mesmos (2014). Para o estudo da narrativa de nação foram utilizados os estudos de Homi Bhabha (2013). Para se estudar o espaço urbano foram utilizados os estudos de Ricoeur (2007), Costa (2013) e Foucault (1987). Para o estudos do Modernismo no Pará foram utilizados Leal (2011), Figueiredo (1996) e (2001), e Furtado (2002). Para os estudos afro-amazônicos foram utilizadas as pesquisas de Salles (2005), (2004) e (2003).Dissertação Acesso aberto (Open Access) O cangaço em “Fogo morto” e em “Os Desvalidos”(Universidade Federal do Pará, 2012-10-29) MENESES, Antonio Alan Dantas de; FURTADO, Marli Tereza; http://lattes.cnpq.br/2382303554607592O presente estudo visa a estabelecer uma análise comparativa entre dois romances da literatura brasileira do século XX, no que tange à abordagem realizada pelas obras do fenômeno histórico-social do cangaço. As obras escolhidas, Fogo Morto, de José Lins do Rego, e Os Desvalidos, de Francisco Dantas, representam dois momentos distintos da produção ficcional nordestina. A primeira está inserida na corrente ficcional das décadas de 30 e 40. Décimo romance do escritor paraibano, Fogo Morto representa o cangaço na perspectiva do personagem José Amaro, seleiro que se transforma em ajudante do cangaceiro Antônio Silvino. A segunda obra, publicada em 1993, representa uma retomada da ficção regionalista. O romance focaliza o cangaço sob o ponto de vista de Coriolano, personagem que, ao contrário de José Amaro, demonstra ódio implacável pelo cangaço, no romance representado por Lampião. A análise comparativa das obras foi precedida pelo estudo das raízes históricas do cangaço, bem como a caracterização do cangaceiro como ser carregado de dubiedade no imaginário popular nordestino. Com efeito, o cangaceiro ora é representado como herói, ora é encarado como bandido pelo sertanejo, sendo que essa visão contraditória é transportada para a ficção, aparecendo nos dois romances que são analisados neste trabalho. A abordagem histórica do cangaço é realizada a partir de estudos de autores como Rui Facó (1983), Maria Isaura Pereira de Queiroz (1977) e Luiz Bernardo Pericás (2010). Também foi imprescindível um breve estudo de Câmara Cascudo (2005), que auxilia a compreender a figura do cangaceiro enquanto herói popular regional. Finalmente, como suporte para o estudo comparativo entre Fogo Morto e Os Desvalidos foram utilizados trabalhos de autores como José Paulo Paes (1995) e Sônia Lúcia Ramalho de Farias (2006), que fornecem elementos importantes para o estabelecimento de relações entre obras de cunho regionalista, produzidas por escritores nordestinos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A cartografia de Irene na trilogia de Lindanor Celina(Universidade Federal do Pará, 2008-06-25) PENHA, Maria das Neves de Oliveira; SILVA, Joel Cardoso da; http://lattes.cnpq.br/6918547599708778Esta pesquisa insere-se no eixo temático literatura e cultura e investiga a protagonista da trilogia da escritora Lindanor Celina composta pelas obras: Menina Que Vem de Itaiara, Estradas do Tempo-foi e Eram Seis Assinalados. O trabalho rastreia a trajetória da protagonista Irene desde a infância até a maioridade, tentando capturar todos os condicionantes que influenciaram na formação de sua personalidade e de seu comportamento. O trabalho divide-se em quatro capítulos, sendo que o primeiro aborda os pressupostos teóricos que lhe dão suporte. São eles principalmente: autobiografia; dialogismo, polifonia e intertextualidade; teoria de gênero e teorias psicológicas do campo da psicanálise. O segundo capítulo apresenta a vida e a obra da escritora, discute a abordagem biográfica nas obras estudadas, bem como mostra a crítica sobre a trilogia. O terceiro capítulo analisa a intertextualidade entre os romances em estudo e também de dois destes com o romance Chove nos Campos de Cachoeira de Dalcídio Jurandir. O quarto capítulo dedica-se à análise das obras e às conclusões a que o estudo chegou.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Contos de Grimm e novos contos de Grimm: tradução e adaptação em Monteiro Lobato(Universidade Federal do Pará, 2016-04) TRUSEN, Sylvia MariaÉ conhecido o trabalho de Monteiro Lobato no campo da produção literária para o público infantil, como também o é seu esforço em emancipar o gênero dos cânones europeus. Contudo, sua tarefa de tradutor, ao realizar o traslado e a circulação de um grande número de obras estrangeiras para o ambiente nacional, parece contradizer seu projeto de fundar uma literatura infantil brasileira. A partir do exame da recepção da coletânea dos Grimm em sua obra, especialmente as adaptações Contos de Grimm e Novos Contos de Grimm, pretende-se, pois, vislumbrar o modo pelo qual Lobato teria conciliado os propósitos aparentemente em desacordo.Dissertação Acesso aberto (Open Access) O erotismo revisitado na poética de Herberto Helder(Universidade Federal do Pará, 2015-03-02) FERNANDEZ, Rafaella Diaz; LEAL, Izabela Guimarães Guerra; http://lattes.cnpq.br/2507019514021007A obra de Herberto Helder é muito vasta e inclui trabalhos de poesia e tradução. Nota-se que na sua escrita há uma relação íntima entre as duas, tanto a poesia como a tradução surgem com uma potência erótica que será fundamental para a criação herbertiana. A tradução está intrinsecamente relacionada à criação, o próprio modo peculiar de o poeta nomear esse trabalho “poemas mudados para português” revela isso. A poesia e a tradução também instauram uma violência contra a linguagem, as duas deformam a língua, tirando-a do lugar-comum do sentido e aplicando a potência do vazio sobre ela. A desconstrução do sentido da palavra é o que possibilita a criação poética. A escrita de Herberto Helder é relacionada ao corpo e as imagens dos órgãos sexuais, do sangue, do sêmen e da saliva apontam para o corpo deformado, pensado agora em partes energéticas e é da deformação do corpo que surge o buraco para o fazer poético. Busca-se pensar na importância do erotismo como vetor de construção poética. Nesse sentido, as reflexões de Georges Bataille serão importantíssimas para nortear o erotismo e o relacionar à obra de Herberto Helder. Desta forma, a hipótese que se lança é de que o erotismo impõe uma violência contra a palavra e o corpo necessária para o trabalho de criação. Nesse sentido, nossa busca será pela presença do erotismo na poesia e na tradução de Herberto Helder, privilegiando os textos onde se encontra a imagem da criação.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Leituras intertextuais de O Tetraneto del-rei de Haroldo Maranhão(Universidade Federal do Pará, 2011-03-25) POMPEU, Thaís do Socorro Pereira; CASTILO, Luís Heleno Montoril del; http://lattes.cnpq.br/3519128535996125O presente trabalho tem como objeto de investigação a escrita de Haroldo Maranhão, buscando compreender os aspectos que influenciaram na formação deste autor, bem como a particularidade de sua escrita, repleta de traços eruditos e, paralelamente, apresentando expressões obscenas e de valor popular. Para tanto, pautou-se a presente análise na obra O Tetraneto Del-Rei, que apresenta com riqueza de detalhes, aspectos relacionados ao período de nossa colonização, porém sob um prisma diferenciado e reinterpretativo, a partir dos diversos signos e elementos manifestados na obra de Haroldo. Converge, portanto, ao caráter reinterpretativo, a figura do Torto, colonizador português que protagoniza momentos de fraqueza, angústia, desejos e medos, sentimentos esses que não constam em obras que disseminaram em prosa e verso o imaginário de um herói. Como subsídio conceitual e literário, apresentamos autores precursores a Haroldo Maranhão, buscando identificar as relações deste com o estilo daqueles. Por fim, a investigação buscou demonstrar a presença de três elementos intertextuais na obra O Tetraneto Del-Rei, a saber: releituras da colonização, o significado do chapéu e as interpretações do obsceno.Tese Acesso aberto (Open Access) A reconstrução histórica da cabanagem em “Lealdade” e da guerra civil moçambicana em “As Duas sombras do rio”(Universidade Federal do Pará, 2015) BARROS, Liliane Batista; PADILHA, Laura Cavalcante; http://lattes.cnpq.br/0119590982312606; SARMENTO-PANTOJA, Tânia Maria Pereira; http://lattes.cnpq.br/3707451019100958Nesta tese, pretendemos analisar comparativamente a reconstrução histórica da Cabanagem e da Guerra Civil Moçambicana nos romances Lealdade (1997), de Márcio Souza e As duas sombras do rio (2003), de João Paulo Borges Coelho. Para tanto, apresentaremos um breve percurso histórico da colonização brasileira e moçambicana, bem como o período da independência e pós-independência, além do percurso teórico sobre o romance histórico, resistência, memória, bem como a teoria sobre o espaço, nesse caso o rio, que utilizamos como ferramenta de análise. Utilizando o rio como fio condutor de nossa análise. Na obra de Borges Coelho, a análise foi feita a partir das travessias das personagens pelos rios que foram desencadeadas pela chegada da guerra civil. Fixamos nossa leitura em Leónidas Ntsato personagem que metaforiza Moçambique dividido em dois pela guerra civil e destacamos o papel do narrador neste romance. Na narrativa de Márcio Souza acompanhamos as viagens de Fernando, narrador do romance, que tem sua biografia entrelaçada aos acontecimentos que desencadearão a Cabanagem anos mais tarde. Cada um com seu estilo, os dois romancistas revisitam as agruras das duas guerras que tem como palco o Norte do Brasil e de Moçambique que são espaços periféricos desde os tempos coloniais.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Tra[D]ição e o jogo da diferença em Marajó, de Dalcídio Jurandir(Universidade Federal do Pará, 2006-10-24) SANTOS JÚNIOR, Luiz Guilherme dos; FURTADO, Marli Tereza; http://lattes.cnpq.br/2382303554607592Este trabalho, que escolheu como tema a presença da tradição no romance Marajó de Dalcídio Jurandir, procura investigar como a escritura do romance citado dialoga intertextualmente com a tradição literária, mitológica e oral, sem anular o caráter social da ficção dalcidiana. Defendo a hipótese de que o jogo intertextual presente na obra não está a favor de uma exaltação das fontes ou como mera transposição de influências, mas se projeta como diferença. A base teórica do trabalho se fundamentou, sobretudo, a partir das discussões sobre “fonte” e “influência” estabelecidas pela literatura comparada nas figuras de autores como Tania Franco Carvalhal e Silviano Santiago e de algumas considerações de escritores importantes da literatura moderna como T. S. Eliot e Jorge Luis Borges, reconhecidos como os iniciadores das discussões acerca do legado da tradição, retomada pela literatura modernista. A escolha da literatura comparada possibilitou a presente leitura, uma abertura teórica em que entram em cena, na abordagem, a Psicanálise freudiana, a escritura-jogo de Roland Barthes, Júlia Kristeva e Jacques Derrida, além de outros pressupostos analíticos de pesquisadores da ficção de Dalcídio Jurandir como os professores Vicente Salles, Marli Tereza Furtado, Paulo Nunes, Audemaro Taranto Goulart e Pedro Maligo e estudiosos da tradição como Anthony Giddens, Homi Bhabha, Stuart Hall e Walter Benjamin.
